OBJECÇÃO: “CRISTO DISSE AO LADRÃO NA CRUZ QUE ESTARIA COM ELE NO PARAÍSO” (Ver Lucas 23:43).
O texto, nas traduções portuguesas correntes, reza assim: “Disse-lhe Jesus: em verdade te digo que hoje estarás comigo no Paraíso”. Os crentes na doutrina de almas ou espíritos imortais apresentam ousadamente 1ª Pedro 3:18,20 numa tentativa de provarem que quando Cristo morreu na cruz desceu a pregar a certas almas perdidas que se encontravam no inferno. Mas essa pretensão manifesta-se logo desprovida de fundamento quando nos é apresentado este texto de Lucas 23:42 e se pretende que quando Cristo morreu na cruz foi imediatamente para o Paraíso. Cremos que Cristo não foi para o Paraíso naquela sexta-feira da crucificação, e pelos seguintes motivos:
Se o leitor comparar Apocalipse 2:7 com Apocalipse 22:1,2, verá que o Paraíso é onde está o “trono de Deus”. Portanto se Cristo foi para o Paraíso naquela sexta-feira à tarde, Ele foi para a própria presença de Deus; mas Cristo mesmo, na manhã da ressurreição, declarou a Maria, ao cair ela aos Seus pés para O adorar: “Não me detenhas (me toques) porque ainda não subi para Meu Pai, mas vai para Meus irmãos, e dize-lhes que Eu subo para Meu Pai e vosso Pai, Meu Deus e vosso Deus”. (João 20:17). Estas palavras de Cristo concordam perfeitamente com as palavras do anjo às mulheres que foram à sepultura: “Vinde, vede o lugar onde o Senhor jazia”. (Mateus 28:6). Ele tinha jazido na sepultura e esse foi o motivo porque disse na manhã da ressurreição: “Ainda não subi para Meu Pai”.
Temos, portanto, de ser colocados na embaraçante posição de tentar decidir se aceitamos as declarações feitas às mulheres por Cristo e pelo anjo na manhã da ressurreição, ou a declaração feita por Jesus ao ladrão na sexta-feira à tarde? Não, Cristo não se contradisse. Notai que a conjunção “que” não aparece no original deste versículo. Os nossos tradutores usaram o seu melhor critério em colocá-la onde a colocaram, mas o seu trabalho não foi certamente inspirado. Por isso não necessitamos de nos ater a essa introdução feita recentemente pelos tradutores, quando nos esforçarmos por determinar o pensamento dos escritores de há mais d 19 séculos.
Se os tradutores, que em geral fizeram excelente trabalho, tivessem posto o “que” de Lucas 23:43 depois de “hoje” em vez de depois de “digo”, não estaríamos em presença de uma contradição aparentemente insolúvel. As palavras de Cristo poderiam então ser correctamente compreendidas assim: Na verdade te digo hoje (neste dia em que parece que sou abandonado por Deus e pelos homens e morro como um criminoso comum) que tu estarás comigo no Paraíso. Em vez de ficar desprovida de sentido, a palavra “hoje” adquire um significado real.
Portanto, Cristo disse, segundo a língua original: Em verdade te digo hoje, comigo estarás no Paraíso – e não “que hoje”.
Construção da frase semelhante ocorre nos escritos do profeta Zacarias: “Voltai à fortaleza, ó presos de esperança: também hoje vos anuncio que vos recompensarei de dobro”. (Zacarias 9:12). O contexto mostra que a expressão “dobro” não devia ocorrer naquele próprio (hoje), mas era um acontecimento futuro. É evidente que “hoje” qualifica “declaro”, da mesma sorte que em Lucas 23:43 “hoje” qualifica “digo”, o que não só é gramaticalmente correcto, mas paralelo à linguagem de Zacarias. Não há pois contradição entre a mensagem dada ao ladrão e a comunicada a Maria. E, devemos acrescentar, não há entidade consciente introduzindo-se no Paraíso naquela triste sexta-feira à tarde.
O texto, nas traduções portuguesas correntes, reza assim: “Disse-lhe Jesus: em verdade te digo que hoje estarás comigo no Paraíso”. Os crentes na doutrina de almas ou espíritos imortais apresentam ousadamente 1ª Pedro 3:18,20 numa tentativa de provarem que quando Cristo morreu na cruz desceu a pregar a certas almas perdidas que se encontravam no inferno. Mas essa pretensão manifesta-se logo desprovida de fundamento quando nos é apresentado este texto de Lucas 23:42 e se pretende que quando Cristo morreu na cruz foi imediatamente para o Paraíso. Cremos que Cristo não foi para o Paraíso naquela sexta-feira da crucificação, e pelos seguintes motivos:
Se o leitor comparar Apocalipse 2:7 com Apocalipse 22:1,2, verá que o Paraíso é onde está o “trono de Deus”. Portanto se Cristo foi para o Paraíso naquela sexta-feira à tarde, Ele foi para a própria presença de Deus; mas Cristo mesmo, na manhã da ressurreição, declarou a Maria, ao cair ela aos Seus pés para O adorar: “Não me detenhas (me toques) porque ainda não subi para Meu Pai, mas vai para Meus irmãos, e dize-lhes que Eu subo para Meu Pai e vosso Pai, Meu Deus e vosso Deus”. (João 20:17). Estas palavras de Cristo concordam perfeitamente com as palavras do anjo às mulheres que foram à sepultura: “Vinde, vede o lugar onde o Senhor jazia”. (Mateus 28:6). Ele tinha jazido na sepultura e esse foi o motivo porque disse na manhã da ressurreição: “Ainda não subi para Meu Pai”.
Temos, portanto, de ser colocados na embaraçante posição de tentar decidir se aceitamos as declarações feitas às mulheres por Cristo e pelo anjo na manhã da ressurreição, ou a declaração feita por Jesus ao ladrão na sexta-feira à tarde? Não, Cristo não se contradisse. Notai que a conjunção “que” não aparece no original deste versículo. Os nossos tradutores usaram o seu melhor critério em colocá-la onde a colocaram, mas o seu trabalho não foi certamente inspirado. Por isso não necessitamos de nos ater a essa introdução feita recentemente pelos tradutores, quando nos esforçarmos por determinar o pensamento dos escritores de há mais d 19 séculos.
Se os tradutores, que em geral fizeram excelente trabalho, tivessem posto o “que” de Lucas 23:43 depois de “hoje” em vez de depois de “digo”, não estaríamos em presença de uma contradição aparentemente insolúvel. As palavras de Cristo poderiam então ser correctamente compreendidas assim: Na verdade te digo hoje (neste dia em que parece que sou abandonado por Deus e pelos homens e morro como um criminoso comum) que tu estarás comigo no Paraíso. Em vez de ficar desprovida de sentido, a palavra “hoje” adquire um significado real.
Portanto, Cristo disse, segundo a língua original: Em verdade te digo hoje, comigo estarás no Paraíso – e não “que hoje”.
Construção da frase semelhante ocorre nos escritos do profeta Zacarias: “Voltai à fortaleza, ó presos de esperança: também hoje vos anuncio que vos recompensarei de dobro”. (Zacarias 9:12). O contexto mostra que a expressão “dobro” não devia ocorrer naquele próprio (hoje), mas era um acontecimento futuro. É evidente que “hoje” qualifica “declaro”, da mesma sorte que em Lucas 23:43 “hoje” qualifica “digo”, o que não só é gramaticalmente correcto, mas paralelo à linguagem de Zacarias. Não há pois contradição entre a mensagem dada ao ladrão e a comunicada a Maria. E, devemos acrescentar, não há entidade consciente introduzindo-se no Paraíso naquela triste sexta-feira à tarde.