Provavelmente nenhum componente da fé cristã tem sido tão debatido nos dois últimos séculos como a natureza e a autoridade das Escrituras. Havendo perdido sua confiança na Bíblia, muitos cristãos modernos e pós-modernos não mais a consideram como a "única regra de fé e prática". Sua confiança básica está fundamentada em algum elemento humano específico, ao qual as Escrituras são acomodadas. Enquanto os assim chamados conservadores da extrema-direita tentam manter a Bíblia presa a suas tradições humanas (tradicionalistas), os liberais da extrema-esquerda procuram reler as Escrituras da perspectiva da razão humana (racionalistas), ou da experiência pessoal (existencialistas), ou da cultura moderna (culturalistas). Esses elementos são considerados não apenas como mais orientários do que os escritos inspirados, mas até mesmo como o padrão adequado a ser usado para "corrigir" o conteúdo da Bíblia.
Deus suscitou a Igreja Adventista do Sétimo Dia, em meio aos desafios "desses últimos dias" (II Tim. 3:1), para restaurar e enaltecer a autoridade de Sua Palavra.1 Lamentavelmente, porém, o cumprimento dessa missão tem sido seriamente debilitado, em alguns círculos, pela aceitação das mencionadas acomodações da Escritura. Isso significa que a identidade de nossa denominação está sendo desafiada hoje não apenas por forças externas, mas também por algumas vozes internas empenhadas em promover tais acomodações.