13/02/12

O Adventismo e a Inspiração

Provavelmente nenhum componente da fé cristã tem sido tão debatido nos dois últimos séculos como a natureza e a autoridade das Escrituras. Havendo perdido sua confiança na Bíblia, muitos cristãos modernos e pós-modernos não mais a consideram como a "única regra de fé e prática". Sua confiança básica está fundamentada em algum elemento humano específico, ao qual as Escrituras são acomodadas. Enquanto os assim chamados conservadores da extrema-direita tentam manter a Bíblia presa a suas tradições humanas (tradicionalistas), os liberais da extrema-esquerda procuram reler as Escrituras da perspectiva da razão humana (racionalistas), ou da experiência pessoal (existencialistas), ou da cultura moderna (culturalistas). Esses elementos são considerados não apenas como mais orientários do que os escritos inspirados, mas até mesmo como o padrão adequado a ser usado para "corrigir" o conteúdo da Bíblia.
Deus suscitou a Igreja Adventista do Sétimo Dia, em meio aos desafios "desses últimos dias" (II Tim. 3:1), para restaurar e enaltecer a autoridade de Sua Palavra.1 Lamentavelmente, porém, o cumprimento dessa missão tem sido seriamente debilitado, em alguns círculos, pela aceitação das mencionadas acomodações da Escritura. Isso significa que a identidade de nossa denominação está sendo desafiada hoje não apenas por forças externas, mas também por algumas vozes internas empenhadas em promover tais acomodações.

Dez razões por que creio em Deus

No princípio… Deus” (Génesis 1:1). Esse é o fundamento de meu ser, minha esperança e meu destino. Sem este firme fundamento de crença em Deus, a vida é vazia. Alguns acham difícil crer num Deus vivo e pessoal. Alguns acham estranho relacionar-se com Deus num nível profundo e significativo. Não eu. Para mim Deus é real, tão real como se poderia esperar — para guiar, corrigir e orientar na jornada da vida. Ao refletir sobre minha fé em Deus, posso pensar pelo menos em 10 razões para essa convicção.

1. Creio em Deus por causa da grande beleza que a maior parte da natureza ainda exibe. A beleza da natureza é desnecessária sob o ponto de vista evolucionista. A natureza fala de desígnio com um pendor para a beleza.
2. Creio em Deus por causa da ordem, complexidade e complementaridade da natureza. A maior parte das coisas na natureza opera num conjunto harmonioso e parece feita uma para a outra, como as peças de um gigantesco quebra-cabeça. Isso revela desígnio, e não ocorrência casual.
3. Creio em Deus por causa das numerosas maneiras pelas quais a ecologia, o ambiente, a posição e os movimentos de nosso planeta satisfazem as necessidades da vida na terra, dentro de limites estreitos. Isso, de novo, é muito mais provavelmente o resultado de desígnio e não de casualidade.
4. Creio em Deus por causa de pessoas como Albert Schweitzer, Madre Teresa e milhões de outros seres humanos dispostos a sacrificar-se. Vidas e impulsos altruísticos contradizem a “sobrevivência do mais forte” no cenário de unhas e dentes proposto pelos evolucionistas. O sacrifício próprio testifica