28/01/10

EXISTEM REALMENTE ATEUS?

A Mídia já está a comentar o mais recente livro do Dr. Richard Dawkins, um cientista britânico que se auto-proclama "ateu", e que gosta de ridicularizar a religião. É notável como os grandes meios de comunicação de massa, no Brasil e em geral no mundo Ocidental, dão muita publicidade aos ditos "ateus", mas raramente falam sobre os cientistas de notoriedade que mantém de forma saudável a harmonia entre a fé e a ciência. Na verdade, a religião ultimamente tem sido retratada de forma pejorativa, deturpada e constrangedora nas novelas, telejornais e programas de um modo geral.
Pessoas como o Dr. Dawkins, que é catedrático da prestigiada Universidade Oxford, tendem a considerar a fé no Criacionismo como sendo algo próprio para pessoas com mente "fechada" (aliás, um artigo de algumas meses atrás da Revista Época colocava o comentário do livro do Dr. Dawkins numa secção intitulada "Mente Aberta"; ou seja, para a Mídia, o ateísmo é próprio de pessoas intelectualizadas, enquanto que o cristianismo é relegado a indivíduos sem cultura, e, portanto, com uma "mente fechada").
Mas, será que REALMENTE existem ateus? A que se apegam essas pessoas tão "inteligentes" na hora de angústia e conflitos emocionais? Será nos livros, ou nos compêndios científicos da nanotecnologia? Como será que eles explicam a transformação de vida (e aqui falo de transformação verdadeira) que vemos constantemente entre os que professam o Cristianismo? Como eles racionalizam o vermos tantos "milagres" (que são, por definição, eventos que demonstram uma "quebra" nas leis naturais do Universo) ocorrerem entre os cristãos? Onde colocam os ateus a sua esperança na hora que a morte se aproxima, e eles estão limitados a um leito de hospital, agonizando com uma doença cruel (como Câncer ou AIDS, por exemplo) à espera do último momento?
Eu não acredito que existam ateus verdadeiros.
Na hora da dor, muitos destes pseudo-intelectuais irredutíveis sentem que suas teorias filosóficas, antropológicas, sociológicas... ateológicas... não os levou a lugar nenhum. Enquanto que o cristão enfrenta a morte com confiança e certeza do "depois", o ateu enfrenta este mesmo momento com uma implacável dúvida - E AGORA? SERÁ QUE EU ESTAVA CERTO?
Esporadicamente a Mídia dá uma abertura insípida para que um criacionista defenda o seu ponto de vista. Você deve lembrar-se, por exemplo, da entrevista que o Dr. Rodrigo Silva, erudito da área no Brasil (crente Adventista) deu no programa do Jô Soares há alguns anos.
Felizmente, os argumentos filosóficos de pessoas como o Dr. Dawkins não conseguem nem mesmo arranhar a fé daqueles que realmente entendem o papel de Deus nas suas vidas. Apenas os que não se dedicam ao estudo sistemático e relacional da Bíblia e dos seus conceitos, é que se deixam embalar por estas teorias meramente humanas. Ou poderíamos chamar de "ventos de doutrina"? (cf. Efés. 4:14).
Recentemente também foi publicado um excelente livro de um cientista e ex-ateu que se converteu ao Cristianismo Criacionista (sim, pois existem cristãos que não crêem na Criação). O mais interessante é que este cientista não é "qualquer um", é simplesmente o "pai" do Projecto Genoma, o Dr. Francis S. Collins, autor de "A Linguagem de Deus".
No final, tanto o Evolucionismo ateísta como o Criacionismo cristão dependem da fé, pois ambos não podem ser comprovados na totalidade de suas declarações.
É por isto que, no final das contas, eu acho que os ateus têm mais fé do que os cristãos... porque é necessário muita fé para acreditar que o mundo surgiu do nada, e que a complexidade que hoje conhecemos (basta olhar para a nossa própria estrutura fisiológica) tenha "evoluído" a partir de organismos unicelulares marinhos.
Como eu não tenho tanta "fé" assim, prefiro ficar com o que a Bíblia declara, e crer que existe um Arquiteto, Criador, Mantenedor e Redentor de todo o Universo.
"Porque eu sei que o meu Redentor vive, e que por fim Se levantará sobre a Terra..." (Jó 19:25).