05/03/12

ADULTÉRIO: DEFINIÇÃO, CAUSAS E CONSEQUÊCIAS.

INTRODUÇÃO
O adultério tem sido um tema que sempre vem à tona na vida social da Igreja. Longe de ser um pecado recente, ele possui raízes antigas e complexas, tanto sociais quanto religiosas. O presente estudo pretende esclarecer dúvidas e fatos sobre o adultério e está dividido em cinco partes. A primeira identifica as definições de adultério no Antigo e Novo Testamento. A segunda parte trata das causas e razões do adultério. A terceira parte trata das consequências físicas e emocionais do adultério. A quarta parte lida com as soluções e prevenções. A quinta e última dá a posição da Igreja sobre o adultério.
Definição da Problemática
O que é definido na Bíblia como adultério? Quais são as causas e consequências? Os adúlteros possuem ainda solução para seu casamento e vida espiritual? Qual a posição da Igreja, e o que ela faz ao descobrir entre seus membros pessoas que vivem em adultério?
Propósito e Justificação
Desde o inicio da revolução sexual dos anos sessenta, o adultério tem crescido em larga escala no mundo religioso e secular. Deixando de ser um ato vergonhoso para se tornar uma atitude aceita e comum, as práticas adúlteras têm tomado proporções incríveis, tornando-se comum até na Igreja. Todavia, alguns
defensores da liberdade sexual, têm dito que o adultério foi condenado na Bíblia devido à época em que ela foi escrita, sendo uma prática condicionada a cultura do lugar. Outros dizem que Deus, por ser um Deus de amor, não leva em conta o pecado do adultério, devido o fim da lei do Antigo Testamento, através da morte de Cristo na Cruz. Pior ainda, é atitude tomada por algumas igrejas e alguns adventistas, que não dão o devido valor ao adultério, negligenciando-o e não tratando corretamente os irmãos que caem no erro. Pensando nisto é que o presente artigo lida com este assunto tão delicado e controvertido no meio religioso e secular.
Este é um assunto polémico tanto no âmbito social quanto no religioso. O que será que as pessoas

Consequências Bíblicas do Adultério

O adultério sempre foi uma prática criticada e punida nos tempos antigos. Existem documentos que provam que babilônicos, assírios, persas, egípcios, gregos e romanos castigavam esta pratica sexual. [43] Também na Bíblia, desde cedo o adultério é mencionado e punido, devido a ser uma pratica odiosa a Deus (Ml 2:16). A primeira punição mencionada na Bíblia para os adúlteros é no caso de Judá e Tamar, em Gn 38:24, onde a punição é a fogueira. [44] Outro castigo mencionado na Bíblia é o da mutilação (Ez 23:25). [45] Um meio Talmúdico posterior é o estrangulamento. [46] Porém, o método mais usado e com apoio bíblico era o apedrejamento, sendo o único confirmado por lei (Jo 8:5, Dt 22:22, Ez 16:40). [47] Deve-se notar que as penas variavam conforme o caso. [48] O primeiro passo ao se pegar os adúlteros em flagrante, era levá-los ao tribunal da cidade, e na presença de duas testemunhas, era aplicada a pena de morte. [49] Se os acusados de tal prática fossem ambos casados, os dois seriam apedrejados (Lv 19:20). [50] Caso a relação fosse entre uma virgem desposada e um homem casado, ela tivesse sido seduzida na cidade, ambos também seriam apedrejados (Dt 22:20-22). [51] Caso a relação fosse entre um patrão e uma escrava desposada, receberiam ambos chibatadas, visto este ato ser considerado não estritamente um adultério, devido à escrava ser propriedade do dono (Lv 19:20-22). [52] Quando os adúlteros morriam, ocorria a extinção da linhagem familiar da parte masculina. [53] Caso a opção fosse dar carta de divórcio, se a mulher fosse a adúltera, um rito de desnudação precedia a expulsão do lar, sendo em seguida lhe dado um documento de divórcio (Os 2:12, Jr 13:26-27, Ez 16:37). [54] A mulher cujo marido mantinha suspeitas de infidelidade, passava pelo teste da sota, ou a lei de ciúmes de Nm 5:11-31, onde ela era obrigada a beber água com terra do tabernáculo, jurando que caso mentisse que as maldições bíblicas caíssem sobre ela. [55]
No Novo Testamento as punições já são mais brandas. Devido à perda de autonomia, os judeus não mais matavam os adúlteros, embora ocasionalmente ocorressem apedrejamentos (Jo 8:5). [56] Porém, esta prática foi abandonada pela Igreja Cristã. A primeira referencia ao adultério é de forma velada, onde o concílio de Jerusalém recomenda os cristãos de que se abstenham de relações sexuais ilícitas, onde a palavra grega utilizada no verso inclui o sentido de adultério (At 15:20). [57] O castigo dado para o adultério nas cartas de Paulo é a exclusão ou a disciplina na Igreja, segundo I Co 5:1-6, além de perda da salvação conforme I Co 6:9-10.
Consequências Emocionais
Além das consequências vistas anteriormente, existem hoje as consequências emocionais, físicas e espirituais que afetam tanto à parte traída como a parte infiel.
A parte enganada do casamento é a que mais sofre. Devido à confiança perdida nos anos de investidos no casamento, à parte traída sofre de quatro tipos de sentimentos: A) A parte traída fica paralisada diante da situação. O cônjuge enganado fica imóvel diante da recusa de que seu cônjuge tenha sido infiel. B) A segunda consequência é a autojustificação. O cônjuge traído começa a perguntar o que ele tem de errado, já que é um bom cônjuge, pai ou mãe. O amor próprio é ferido, sobrevindo sentimentos de incapacidade e desamor de si mesmo, ou então passa como mártir. C) Os que se dão por vencidos são aqueles que se escoravam na parte infiel, e ao se deparar com o adultério perdem toda à vontade de viver. D) A vontade de vingança leva a pessoa traída a trair também. [58]
Porém, o cônjuge infiel também passa por crises emocionais, vindo todas em seqüência. O primeiro