Ainda rapaz, Maomé viajou para a Síria com o seu tio numa
caravana de mercadores. Repetiu a viagem anos mais tarde, enquanto trabalhava
para uma viúva rica chamada Khadijah. Mais tarde estes se casaram e, muito
embora ele fosse 15 anos mais jovem que ela, tiveram um bom matrimónio.
Logo Maomé ganhou posição entre os notáveis de Meca. Os habitantes
afirmavam ser descendentes de Abraão (Ibrahim).
Como alguém que aborrecia o mal, Maomé detestava aqueles que
desobedeciam as Escrituras. Conhecia os ensinos do livro sagrado dos judeus e
cristãos, A Bíblia, (talvez ele mesmo a tenha lido, se sabia ler, ou então veio
a conhece-la por tradição oral). Ele ficava irado contra a hipocrisia do povo;
a idolatria e qualquer coisa desonrosa para Deus o revoltava bastante. Ele
acreditava que Alá tinha revelado a Torá e os evangelhos (o Injil).
“Deus! Não há mais
divindade além d'Ele, o Vivente, o Subsistente. Ele te revelou (ó Mohammad) o
Livro (paulatinamente) com a verdade corroborante dos anteriores, assim como
havia revelado a Torá e o Evangelho, Anteriormente, para servir de orientação
aos humanos, e relevou ainda o Discernimento (julgamento entre o bem e o mal).”
—Alcorão, Surata 3:3-4