1. Articulação da obra
2. Jesus cristo, salvador universal
3. Articulação do capítulo (esquema)
4. Dialética entre Cristologia e Soteriologia norteia a
reflexão da Igreja sobre o mistério de Jesus Cristo.
Cristologia – fundamentação soteriológica – compreender
melhor quem é Jesus Cristo abre caminho a novas instituições do mistério de
nossa salvação por meio dele.
5. QUESTÃO CENTRAL DO CAPÍTULO
Por quê Jesus Cristo e para quê?
6. ASPECTOS DA QUESTÃO
1) Qual foi o intuito de Deus ao condicionar sua
autocomunicação com os homens à encarnação histórica de seu Filho?
2) Como o plano divino se desenrola dentro da história da
humanidade e do mundo?
3)Qual o significado de Jesus Cristo no contexto da criação
e da história humana?
4)Qual o sentido e o lugar de Jesus Cristo dentro das outras
culturas?
7. EM SÍNTESE...
Qual a relevância de Jesus Cristo como salvador diante do
pluralismo religioso e dos avanços da ciência moderna? Tem sentido o
cristocentrismo tradicional sustentado pela Igreja? Ou precisa ser
redimensionado?
8. Jesus Cristo no mundo e na história
9. Para a TRADIÇÃO CRISTÃ Jesus Cristo é o fundamento da
fé, alguém no qual e pelo qual Deus se manifesta a si mesmo, de forma
definitiva, insuperável e irrepetível. Sua obra de salvação se estende a todos
os homens de todos os tempos e lugares. O Cristo, como mistério, é Deus que se
volta para os homens em sua automanifestação e auto-revelação.
Este mistério permanece “anônimo” para as demais religiões.
Somente os cristãos têm condições de identifica-lo em seu verdadeiro nome –
essência.
Teologia do Cristo cósmico
10. Jesus Cristo no centro da fé
“O cristianismo é o Cristo”.
O cristianismo vivido pela Igreja não é o Cristo. Ele vai
além e se torna sempre instância de reavaliação crítica da Igreja.
Cristo é o centro da fé – mensageiro e mensagem – revelação
de uma pessoa.
NT – São Paulo – mystérion – pessoa de Jesus Cristo. (Hb
3,5-7; Cl 1,26-27;2,2; I Tm 3,6)
Jesus é o único mediador (I Tm 2,5)- salvador universal
11. São Pedro – At 4,12
Grandes hinos de Paulo – Ef 1,3-13; Cl 1,15-20
Jo 3,17; At 10,44-48; 17,24-31.
PATRÍSTICA – a unicidade de Jesus Cristo constitui o coração
da fé. Não necessita ser questionado.
VATICANO II – Cristocentrismo e Pneumatologia – mistério de
Cristo é fonte e razão de ser da Igreja
Definição de Igreja – Sacramento universal de salvação-
sacramento de Cristo.
Superação do conceito de encarnação continuada – J. Moeller.
12. O sentido de Cristo no plano divino
Jesus Cristo – mediador universal da salvação.
Tema equivalente – o motivo da encarnação
O particularismo e o universalismo deste acontecimento causa
escândalo e banalização do evento em seu contexto histórico.
Modelos: S. Anselmo – “satisfação adequada”; S. Tomás –
“Razões de conveniência”.; Escotistas – Jesus estava, desde o primeiro instante
no centro do desígnio de Deus.
14. Qual é o sentido do evento Cristo para a humanidade, em
quem reconhecemos a plena gratuidade da parte de Deus na ordem da criação e da
redenção, como dom do ser e do perdão?
Intenção formal – inserir o dom de si mesmo no gênero humano
o mais profundamente possível, na própria substância da humanidade, por ele
chamada a compartilhar sua vida.
Inserção do próprio Deus na família humana e em sua
historia.
Mistério da encarnação do Filho de Deus em Jesus Cristo –
autocomunicação criadora e reparadora.
Colocou o próprio Deus e o dom que ele nos faz de sua
própria vida ao nosso alcance e em nosso nível.
15. E. SCHILLEBECKX – Cristo Deus dos homens de modo humano
– “Cristo é Deus em forma humana e homem em forma divina”.
MARTELET – Motivo de encarnação – o pressuposto imediato não
é o pecado, mas a adoção, a deificação. A encarnação é a nossa adoção.
16. POR QUE JESUS CRISTO??? – Jo 3,16-17; I Jo 1,1-2; Jesus,
Filho do Pai, aparece como princípio de vida, profundamente inserido na
essência mesma de tudo o que é humano. Rm 5,12-20 – Jesus e Adão.
São Paulo não afirma apenas que em Jesus se realizou a
redenção, mas também que isso aconteceu por meio de um homem- a causalidade
humana no dom gratuito de Deus em Jesus Cristo.
TRADIÇÃO PATRÍSTICA – integridade da natureza humana de
Jesus, e sua real identificação com a condição pecadora da humanidade. “Ele se
fez homem para que fôssemos divinizados”. Admirável intercâmbio.
16. PROBLEMAS SUSCITADOS- contexto da ciência moderna e
pluralismo religioso
1)Essa intrusão do divino no humano não será, talvez,
inumana, da parte de Deus?
2) Não é escandaloso, parcial e injusto que o dom da
salvação venha a depender de um evento histórico necessariamente particular e
proposto como único?
3) Não se poderia pensar em encarnações múltiplas para
amenizar este particularismo?
20. 4) Por que Jesus veio tão tarde?
5) Por que veio tão cedo?
6) Por que escolheu uma tradição religiosa em especial,
marginalizando, por exemplo, tradições religiosas e culturais antigas e não
menos ricas, como as da Asia?
27. K. Rahner – tarefa cristológica- demonstração do sentido
universal e da dimensão cósmica do evento Jesus Cristo.
Cristologia cósmica – o que significaria Jesus Cristo para
todo o universo?
Teilhard de Chardin – teoria evolutiva – cristogênese
28. O evento Cristo, centro da história da salvação
29. Visão cristã
Visão de mundo e de homem que haure de Jesus Cristo.
A história da salvação é a própria história universal, como
diálogo entre Deus e os homens. Distingue-se da história profana, mas dela não
se separa.
Experiência religiosa de Israel – Aliança com YHWH – Shemà
Israel.
A história da salvação vai do início ao fim da história, da
criação até o fim do mundo. Não no sentido cronológico, mas teológico.
GS 10 – Jesus Cristo é a chave, o centro e o fim de toda a
história humana.
Tempo da Igreja – tensão escatológica.
Equívocos da escatologia consequente.
O. Cullmann – contraste entre a psicologia de Israel e a dos
cristãos= futuro e presente; espera e concretização.
30. Jesus Cristo e as religiões do mundo
31. A posição central de Cristo na teologia das religiões
UR – hierarquia de verdade na doutrina católica (11)
Tarefa – descentrar eclesiologicamente a teologia das
religiões e centrá-la em Cristo.
RELAÇÃO VERTICAL COM O MISTÉRIO DE CRISTO
A sentença: “extra Ecclesiam nulla salus”
Os requisitos para a salvação eram enfocados negativamente e
a partir de uma perspectiva centrada na Igreja.
GS 22
Nostra Aetate – religiões não-cristãs.
33. PROBLEMAS SUSCITADOS
1) Como reconhecer uma presença oculta do Cristo nessas
tradições e entrever uma mediação do próprio mistério por meio delas?
2) Por que o Concílio não reconhece estas tradições como
caminhos legítimos de salvação para seus seguidores?
H. Kung – cristocentrismo inclusivo – à luz do plano divino
da salvação não existe o fora, mas somente o dentro
16. Jesus no debate sobre o pluralismo religioso
17. 3 modelos – exclusivismo, inclusivismo e pluralismo
Mais plausível – tese inclusivista – K. Rahner. Afirma que
Jesus Cristo é a revelação decisiva de Deus e o Salvador absoluto; ao mesmo
tempo reconhece as manifestações divinas na história do gênero humano e nas
diferentes culturas e elementos de graça nas demais tradições religiosas para a
salvação de seus adeptos.
A teologia cristã é teocêntrica, porque cristocêntrica; e
cristocêntrica porque teocêntrica.