“Ninguém, pois, vos julgue por causa de comida e bebida, ou
dia de festa, ou lua nova, ou sábados”. (Colossenses 2:16).
“Guardais dias, e meses, e tempos, e anos...”. (Gálatas
4:10)
Muitos sinceros cristãos têm lido este texto e ‘entendido’
que esta é uma forte evidência a favor da abolição do 4o mandamento – o
descanso no sétimo dia. Ao analisarmos seu contexto e entendermos ‘a que tipo’
de sábado se refere, vermos que tal conclusão (abolição do sábado) não é
apoiada pelas Escrituras.
Comentaristas Batistas, Metodistas, Presbiterianos e de
outras denominações reconhecem que o Sábado mencionado nestas passagens não se
refere ao descanso do Sétimo Dia, mas aos sábados “cerimoniais”. Veja o que diz
Adam Clarke, erudito Metodista, em seu autorizado comentário:
“Não há aqui indicação de que o sábado fosse abolido, ou que
sua obrigação moral fosse superada pelo estabelecimento do cristianismo.
Demonstrei em outra parte que ‘Lembra-te do dia de sábado para o santificar’ –
é um mandamento de obrigação perpétua, e nunca pode ser superado senão pela
finalização do tempo”.
Albert Barnes, profundo comentador presbiteriano, em sua
obra Notes on the Testament, comenta Colossenses 2:16, textualmente:
“Não há nenhuma evidência nessa passagem de que Paulo
ensinasse que não havia mais obrigação de observar qualquer tempo sagrado, pois
não há a mais leve razão para crer que ele quisesse ensinar que um dos Dez
Mandamentos havia cessado de ser obrigatório á humanidade. Se ele tivesse
escrito a palavra ‘O sábado’, no singular, então, certamente estaria claro que
ele quisesse ensinar que aquele mandamento (o quarto) cessou de ser
obrigatório, e que o sábado não mais deveria ser observado. Mas o uso do termo
no plural, e a sua conexão, mostram que o apóstolo tinha em vista o grande
número de dias que eram observados pelos hebreus como festivais, como uma parte
de sua lei cerimonial e típica, e não a lei moral, ou os Dez Mandamentos.
Nenhuma parte da lei moral – nenhum dos Dez Mandamentos – poderia ser referido
como ‘sombra das coisas futuras’. Estes mandamentos são, pela natureza da lei
moral, de obrigação perpétua e universal”.
Podemos ver, portanto, palavra “Sábado” está no plural,
indicando que se refere aos sábados cerimoniais.
O Sábado mencionado nesta passagem não se refere ao descanso
do Sétimo Dia, mas aos sábados “cerimoniais”. A palavra “Sábado” está no
plural, indicando que se refere aos sábados cerimoniais. Estes sábados eram
guardados uma vez ao ano, quando o sacerdote fazia expiação pelos pecados do
povo (ver Levíticos 16:29 a 31). Em Levíticos 23:38 Deus orienta ao povo para
guardarem as festas fixas do Senhor “além dos sábados do Senhor”. Isto mostra
que além dos sábados do Senhor tinham outras cerimónias, e entre elas este
Sábado anual.
Existem muitas provas de que na Bíblia são mencionados dois
tipos de Sábados; mas creio que esta passagem da Bíblia será suficiente:
Levíticos 23: 3 e 24,25.
“Seis dias trabalhareis, mas o sétimo será o sábado do
descanso solene, santa convocação; nenhuma obra fareis; é sábado do SENHOR em
todas as vossas moradas”. (verso 3).
“Fala aos filhos de Israel, dizendo: No mês sétimo, ao
primeiro do mês, tereis descanso (esta é a