Por que razão o Senhor ordena começar a guarda do Sábado ao pôr-do-sol e não à meia-noite, ou às seis horas da tarde? O facto do dia começar em horas diferentes em Lisboa, Rio de Janeiro e em muito outros lugares do mundo, não tornará impossível que todos os filhos de Deus observem devidamente o Sábado? E os que habitam nas regiões polares, onde o dia e a noite duram seis meses, em que ficamos?
No livro de R.L.Odom, The Lord`s Day on a Round World, extraímos o seguinte: “Vendo que as Escrituras Sagradas ensinam a observância do Sábado do pôr do sol, pessoas há que concluem ser isso impossível no extremo Norte, onde há todos os anos um período durante o qual o Sol permanece no alto, e outro em que ele permanece oculto abaixo do horizonte, durante as completas vinte e quatro horas do dia.
“É certo que residem ali numerosos observadores do Sábado, os quais afirmam não ser difícil saber quando chega a hora do pôr-do-sol, para então iniciarem a observância do dia de repouso. Surpreendem-se, ao saberem que haja quem isso julgue impossível.
“No período em que o Sol está oculto abaixo do horizonte, os observadores do Sábado no extremo Norte observam o dia de sexta-feira ao meio dia até ao Sábado ao meio-dia, porquanto essa hora corresponde ao pôr do Sol na região árctica no Inverno. Pois todos os dias, enquanto o Sol se oculta sob o horizonte meridional, ele atinge o seu zénite ao meio-dia, visto como nessa hora tanto se levanta como se põe, abaixo do horizonte.
“Daí por diante, passa a ser visível o pôr-do-sol, assinalando o começo e o fim do sétimo dia. Cada dia o Sol ergue-se um pouco mais cedo e se põe um pouco mais tarde, de modo que a 21 de Março (equinócio vernal), o nascer do Sol se dá às 6 horas da manhã, pondo-se às 6 horas da tarde.
“Nos dias de Verão, em que o Sol não se põe, quando ele alcança o zénite (o ponto mais alto no seu aparente caminho circular no céu) os habitantes de além do círculo árctico sabem que é meia-noite. Este ponto mais baixo no aparente circuito solar de vinte e quatro horas no céu é pelos habitantes daquela região denominado ponto do norte. Corresponde, como dissemos, ao pôr-do-sol. Daí, os habitantes de além círculo árctico, observam no Verão o sétimo dia de meia-noite de sexta-feira até à meia-noite de Sábado, pois o Sol está então no seu nadir (o ´mergulho´), que é também o ponto do pôr-do-sol.
“Nem os observadores do domingo nem os do Sábado têm qualquer dificuldade em saber quando começar o seu dia de repouso religioso, no extremo Norte. Em dois períodos do ano o visível pôr-do-sol serve de sinal para marcar o princípio e o fim do sétimo dia para os Adventistas na região árctica. E nos dias em que o Sol não aparece acima do horizonte, o Sábado é observado de sexta-feira, ao meio-dia, até ao meio-dia do Sábado, por isso que essa hora corresponde ao tempo do pôr do Sol, segundo o prova o último pôr do sol visível, ocorrido no principio do período, e o primeiro pôr do Sol visível ocorrido no final do período. Mas durante o tempo em que o Sol está no céu continuamente, o Sábado é observado de sexta-feira à meia-noite, até meia-noite do Sábado, porque o Sol está em seu nadir nesse momento do dia, como o provam o último pôr do sol visível no princípio do período, e o primeiro visível por do sol ocorrido no final do período.” – Obra citada, pp. 121,122,138,140,141,143,144.
Quanto às diferenças de tempo entre observadores do Sábado de diferentes meridianos e fusos horários, Francis D. Nichol de forma muito sucinta diz:
“O mandamento do Sábado nada diz acerca de ocorrer a guarda do dia de repouso no mesmo espaço de tempo em todos os lugares da Terra. Simplesmente ordena guardar ´o sétimo dia´. E este sétimo dia acaso não chega a todas as partes da Terra?” – Answer to Objections, p. 207.