26/10/11

O Aborto à Luz da Bíblia

No Antigo Testamento, a Bíblia utiliza as mesmas palavras hebraicas para descrever os ainda não nascidos, os bebés e as crianças. No Novo Testamento, o grego utiliza, também, as mesmas palavras para descrever crianças ainda não nascidas, os bebés e as crianças, o que indica uma continuidade desde a concepção à fase de criança, e daí até a idade adulta.
A palavra grega brephos é empregue com frequência para os recém-nascidos, bebés e para as crianças mais velhas (Lucas 2.12,16; 18.15; 1 Pedro 2.2). Em Atos 7.19, por exemplo, brephos refere-se às crianças mortas por ordem de Faraó. Mas em Lucas 1:41,44 a mesma palavra é empregue referindo-se a João Batista, enquanto ainda não tinha nascido, estando no ventre de sua mãe.
Aos olhos de Deus ele era indistinguível com relação a outras crianças. O escritor bíblico também informa que João Batista foi cheio do Espírito Santo enquanto se encontrava no ventre materno, indicando, com isso, o inconfundível ser (Lucas 1.15). Mesmo três meses antes de nascer, João conseguia fazer um miraculoso reconhecimento de Jesus, já presente no ventre de Maria (Lucas 1.44).
Com base nisso, encontramos a palavra grega huios significando “filho”, utilizada em Lucas 1.36, descrevendo a existência de João Batista no ventre materno, antes do seu nascimento (seis meses antes, para ser preciso).
A palavra hebraica yeled é usada normalmente para se referir a filhos (ou seja, uma criança, um menino etc.). Mas, em Êxodo 21.22, é utilizada para se referir a um filho no ventre. Em Génesis 25.22 a palavra yeladim (filhos) é usada para se referir aos filhos de Rebeca que se empurravam enquanto ainda no ventre