30/09/12

Como encarar o fardo da depressão



Pode um cristão ficar deprimido? A depressão no cristão não é indicação de que ele não confia em Deus? É pecaminoso o sentimento depressivo?

Antes de considerar o assunto, vejamos algumas declarações de Davi: “Por que está abatida, oh! minha alma?” (Salmo 42:5). “Sinto abatida dentro de mim a minha alma” (Salmo 42:6). “Por que te perturbas dentro de mim?” (Salmo 42:5). Agora vejamos a declaração de outros homens bíblicos. Elias disse: “Toma agora, ó Senhor a minha alma” (I Reis 19:4); e Jonas: “Melhor me é morrer do que viver” (Jonas 4:3). Quer ir um pouco mais adiante? Veja o que Jesus falou: “A Minha alma está profundamente triste até a morte” (Mateus 26:38).
Geralmente, quando uma pessoa está deprimida, fica com o rosto triste, o semblante descaído, chora, perde o apetite e sente como se sua situação não tivesse saída. Para completar, a pessoa sente-se culpada porque acha que o cristão não pode ficar deprimido e aí o problema se complica mais.
O que fazer quando na vida surgirem momentos difíceis que nos levam ao desânimo? O conselho do salmista é: “Lança o teu fardo sobre o Senhor e Ele te susterá”.
O que significa isto? Primeiro: aceite-se como você é. Não tenha medo das situações adversas. Deus nos criou com temperamentos diferentes. Uns são mais duros e dificilmente tremem; outros, por sua vez, são mais sensíveis e sujeitos a sentir-se fracos diante da adversidade. Aceite-se a si mesmo do jeito que você é. Isto não quer dizer que a personalidade distorcida que podemos trazer antes da conversão deve dominar a nossa vida. Mas, deixe que o Espírito Santo complete em você a obra que iniciou. Então não desespere. Reconheça sua realidade e aceite-a.
Em segundo lugar, louve o nome de Deus mesmo que não sinta que deve louvar. Louve-O porque o amor de Deus, Sua misericórdia e as bênçãos que Ele está disposto a derramar sobre você, não dependem de como você se sente, mas de quanto você significa para Ele. Você é a coisa mais importante para Deus, ao ponto de enviar Seu Filho Unigénito para salvá-lo.
A palavra fardo [ou cuidados] usada em Salmo 55:22, no original hebraico é yehab e significa “carga pesada”. A Septuaginta usa a mesma palavra, mérinma, que significa “cuidado”, “ansiedade”, “preocupação” pelo que ainda não aconteceu.
O conselho divino para nós é então: “Filho, Eu o amo. Você não tem que andar preocupado pelos problemas que ainda não apareceram. Confie em Mim, lance sobre Mim o seu fardo. Eu o ajudarei a chegar descansado ao porto seguro.”
O dia de hoje está diante de você. Ao seu lado, embora você não possa vê-Lo, está Jesus, pronto a carregar o fardo que o oprime. Aceite o convite e parta para a luta na companhia dAquele que nunca falha. (Alejandro Bullon)

14/09/12

A LONGEVIDADE SEGUNDO A BÍBLIA

“Então disse o SENHOR: Não contenderá o meu Espírito para sempre com o homem; porque ele também é carne; porém os seus dias serão cento e vinte anos”. Génesis 6:3

Os 120 (cento e vinte) anos retratados nesse versículo recebem duas interpretações:

1. Seria o tempo que Deus esperaria até destruir o mundo com o dilúvio, a partir daquela data.

Se assim foi, Moisés teve 120 anos para construir a arca e pregar a salvação para a humanidade, na esperança de que alguém se convertesse e também fosse salvo do dilúvio. A Bíblia diz que era um povo corrupto e despreocupado quanto às coisas espirituais:
“Porquanto, assim como, nos dias anteriores ao dilúvio, comiam, bebiam, casavam e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca, E não o perceberam, até que veio o dilúvio, e os levou a todos”. Mateus 24:38-39

“Os quais noutro tempo foram rebeldes, quando a longanimidade de Deus esperava nos dias de Noé, enquanto se preparava a arca; na qual poucas (isto é, oito) almas se salvaram pela água”;
1 Pedro 3:20

Também se refere a Noé como um pregador da justiça: “E não perdoou ao mundo antigo, mas guardou a Noé, pregoeiro da justiça, com mais sete pessoas, ao trazer o dilúvio sobre o mundo dos ímpios” . 2 Pedro 2:5

2. Seriam a idade limite para a vida máxima do homem, estabelecida por Deus a partir do dilúvio.
Antes do dilúvio a Bíblia traz o registo de pessoas que viveram muito além disso. Por exemplo: Adão viveu 930 anos; Sete, 912 anos; Noé, 950 anos e Matusalém, o recordista, viveu 969 anos.

Após o dilúvio a idade não se reduziu a 120 anos subitamente mas, de forma progressiva, aqueles que nasceram a partir daquele evento foram vivendo menos.

Por exemplo, Arfaxade, filho de Sem e neto de Noé, que nasceu 2 anos após o dilúvio, viveu 438 anos; Selá, filho de Arfaxade, viveu 433 anos; seu filho 464 e já na 5ª geração a vida diminuiu para 241 anos (Génesis 11). Terá, pai de Abraão, viveu 205 anos, Abraão 175 anos (Gn 25:7), Isaque 180 anos (Génesis 35:28) e Jacó 147 anos (Gn 47:28). A partir daí as idades foram diminuindo e Moisés viveu 120 anos, já o rei Davi, cerca de 70 anos.

VOLTANDO-NOS PARA OS DIAS ATUAIS
Segundo o Guinnes Book, a pessoa viva mais velha do mundo é actualmente a americana Besse Cooper, com 116 anos e a pessoa que mais viveu no mundo foi a francesa Jeanne Calment que viveu 122 anos e 164 dias (1).

Na revista Superinteressante encontramos o seguinte relato: A marca tida como limite da longevidade humana é de 120 anos. “Ao longo da História, há registros de gente com 120 anos, mas esse é apenas um número mágico, sem comprovação científica”, explicou à SUPER a professora de Genética Marília Cardoso Smith, da Universidade Federal de São Paulo (2). Na verdade a ciência tem conseguido aumentar a idade média, mas não a idade máxima.

QUAL SERIA, ENTÃO, A INTERPRETAÇÃO MAIS CORRETA?
Na dúvida entre uma e outra talvez possamos ficar com as duas.
Que Deus nos abençoe!
Pensamento para reflexão: “Hábitos físicos corretos promovem a superioridade mental. Faculdade intelectual, força física e longevidade dependem de leis imutáveis. Nesta questão o acaso não existe. O Deus da natureza não interferirá para preservar os homens das consequências da violação das leis da natureza. Há muita genuína verdade no provérbio: "O homem é o arquiteto do seu próprio destino." Conquanto os pais sejam responsáveis pela estampa do caráter, bem como pela educação e instrução de seus filhos, é ainda verdade que nossa posição e prestatividade no mundo dependem, em grande medida, de nossa própria conduta. Daniel e seus companheiros desfrutaram os benefícios de instrução e educação corretas logo nos primeiros tempos de vida, mas essas vantagens tão-somente, não teriam feito deles o que foram. Chegou o momento em que deviam agir por si mesmos, quando o futuro deles dependia de sua conduta. Decidiram então ser fiéis às lições que lhes foram dadas na meninice. O temor de Deus, que é o princípio da sabedoria, foi o fundamento de sua grandeza. O Espírito de Deus fortaleceu-lhes cada propósito bom, cada nobre resolução.” Christian Temperance and Bible Hygiene, págs. 25-28.

FONTES
1. http://pt.wikipedia.org/wiki/Anexo:Lista_das_pessoas_mais_velhas_do_mundo
2. http://super.abril.com.br/alimentacao/65-anos-cada-perna-437886.shtml
3 Bíblia Online: http://www.bibliaonline.com.br/

09/09/12

Como Compreender Lucas 16:16, "A lei e os profetas duraram até João"?

Lucas 16:16 assim descreve que “A lei e os profetas duraram até João; desde então é anunciado o reino de Deus, e todo o homem emprega força para entrar nele”. É necessário entender 3 questões importantes a este respeito, sendo:

1º A lei que durou até João não são os dez mandamentos, mas as leis cerimoniais do santuário que envolvia festas solenes, luas novas e sábados festivos que aconteciam anualmente, mensalmente e semanalmente, que apontavam para a vinda do Messias (Ef 2:15; Cl 2:14-16 – Lc 23). Todas estas leis eram mensagens em forma de simbolismos que representavam e anunciavam a vinda do verdadeiro cordeiro que tiraria o pecado do mundo (Jo 1:29). Além do mais, Jesus está fazendo uma referência a toda a escritura do Antigo Testamento que apresentava a verdade messiânica através de ritos, símbolos e mensagens proferidas pelos profetas (Jo 1:45).

2º Os profetas, juntamente com estas leis, também duraram até João - Bom, assim como as leis, Jesus está descrevendo as mensagens proferidas por estes profetas que prediziam a vinda do Messias. Todos os profetas que profetizaram a respeito da vinda do Messias seriam até João Batista que foi o último profeta que pré-anunciou e preparou o caminho de Jesus.

3º A palavra "duraram" não condiz com a realidade textual do verso. Tanto é verdade que o verso seguinte (17) afirma de forma incisiva que "é mais fácil passar o céu e a terra, que cair um til sequer da lei". Não há contradição, pois o verso 16 apenas descreve que, o que durou ou vigorou até João Batista foram as predições a respeito do Messias que estavam inseridos nas leis ritualísticas e nas mensagens dos profetas. Depois de João Batista nenhum profeta mais anunciaria a primeira vinda de Cristo porque o Cristo predito já estava entre os homens conforme a lei e os profetas predisseram.

De forma objetiva, a lei e os profetas, ou seja, Antigo Testamento, com suas mensagens que clarificaram a promessa de Deus de enviar o Messias, anunciaram sobre esta promessa até João Batista. Qualquer bom comentário bíblico adventista ou não adventista entra em pleno consenso a este respeito. O próprio João Batista foi contundente em apresentar este fato ao afirmar, "arrependei-vos, porque é chegado o reino dos céus" (Mt 3:2), ou seja, ele era o último profeta que desempenharia o papel de proclamador da vinda do Messias.

Observações para refletir:

1º Se a lei durou até João, porque muitos evangélicos, embora não guardem o sábado, respeitam e observam os demais 9 mandamentos?
2º Se os profetas duraram até João, como explicar as revelações do livro do apocalipse que foi escrito depois de João Batista, por volta do ano 90 d.C.?
3º Se não existem mais profetas, por terem durado até João, porque os evangélicos contemporâneos insistem na ideia de suposta revelação, papel exclusivo de profetas?
4º Se a lei terminou até João, por que Jesus disse que quem O ama guardaria seus mandamentos? (Jo 14:15, 21)
5º Se a lei terminou em João, porque Paulo citou alguns dos mandamentos de Êxodo 20 como representação clara de amor ao próximo?
6º Se a lei terminou em João, como entender as mulheres e sua mãe na carne que conheciam muito bem os ensinamentos de Jesus, por terem convivido com ele por anos e anos, e mesmo assim guardaram o sábado segundo o mandamento? (Lc 23:53-56).
7º Se a lei terminou em João, como entender os evangélicos que ensinam com insistência que o sábado foi mudado para o domingo, sugerindo a permanência da lei de um dia santo semanal?
8º Se a lei terminou em João, como entender 1º João 3:4 que diz categoricamente que pecado é a transgressão da lei? Se não existe lei, logo não existe pecado.
9º Se a lei terminou em João Batista, como entender João, o profeta, afirmar que quando recebeu as primeiras revelações deste livro era o dia do Senhor, ou seja, o dia sagrado do mandamento? (Ap 1:10)
10º Se os profetas duraram até João, como entender que nos últimos dias haveria o dom da profecia? (At 2:17 e 18).
11º Se a lei terminou em João, como entender.... etc, etc, etc, etc,

Parece que o problema não está com a lei, mas com as pessoas que interpretam equivocadamente o papel da lei. O que é importante não é a letra da lei em si, mas os princípios que estão por detrás dela. Por este motivo é que também é chamado de lei do amor (Rm 13:10; Jo 14:15), ou lei espiritual (Rm 7:14).

O tal resumo da lei que alguns evangélicos sugerem relaciona-se com Mateus 22:34-40. No entanto, distorcem afirmando que não há mais leis e que todas as leis agora são apenas duas, amar o próximo e a Deus. Na verdade, Jesus, nestes versos, não efetuou um novo resumo da lei, mas, citando um resumo que Moisés já tinha feito no Antigo Testamento. Observe Deuteronómio 6:5 “Amar a Deus acima de todas as coisas”, e Levítico 19:18 “amar ao próximo como a ti mesmo”. Como visto, este resumo já era bem antigo e Jesus apenas fez referência a uma citação já existente desde os tempos antigos. O fato revelado aqui é que toda a lei, ou todos os mandamentos, devem ter como base a essência do amor (Rm 13:10), por se tratar de relacionamento e obediência a Deus e relacionamento com o próximo.

O grande problema é que alguns entendem que a lei de Deus foi dada para salvar e isto é um erro grotesco. Salvação é um dom que advém somente pelo sacrifício de Cristo, Sua graça eterna (Ef 2:8). A lei não foi dada para salvar, mas para nos proteger colocando-nos distante dos limites do pecado, pois, segundo as Escrituras, o pecado é a transgressão da lei (1 Jo 3:4). Por este motivo é que Paulo afirmou que se não há lei, também não há pecado, ironizando a questão (Rm 4:15).

Bom, mas a lei de Deus é como uma lei de trânsito, lei do casamento, lei da saúde, lei da gravidade, lei da química, lei da física, que favorecem a segurança e manutenção da vida, e no caso da lei de Deus, ela existe para nos conduzir os passos nos aspectos morais. Aquele que seguir sua guia, além de demonstrar claramente submissão a Deus em atos, também será beneficiado por viver longe dos limites do pecado e consequentemente longe das consequências.

Como ressaltado, o grande problema é a maneira equivocada como ensinam a lei. Ela deve ser obedecida, mas por amor e submissão a Deus, por termos sido salvos, e não para sermos salvos. Por este motivo é que Paulo afirmou em 1 Timóteo 1:8 que “Sabemos porém, que a lei é boa, se alguém dela se utiliza de modo legítimo”. Se a utilizarmos de forma legítima, ou correta, com certeza ela será prazerosa (Rm 7:22; Sl 1:2; 119:174), restaurará completamente a alma e dará sabedoria (Sl 19:7; 23:3), além de ser santa, justa e boa (Rm 7:12), serão bem-aventurados os que andam nela (Sl 119:1).

E por último, há uma regra valiosa para testarmos os pregadores de nosso tempo que falam em nome de Jesus, descrita por João, afirmando que, “Aquele que diz que o conhece, e não guarda os seus mandamentos, é mentiroso e nele não está a verdade” (1 Jo 3:4). Qualquer um que pretenda transgredir a lei de Deus e ensinar os outros a se distanciarem desta verdade deve ser considerado um legítimo mentiroso.
Vale lembra também que o Salmista já dizia que os mandamentos de Deus duraria para sempre (Sl 11:7-8) e que jamais faria mudança alguma em Sua palavra (Sl 89:34; Ml 3:6; Tg 1:17; Mt 5:17; Lc 16:17), e que Satanás, o dragão, teria uma ira especial contra os que guardassem os mandamentos de Deus (Ap 12:17).

Bom, há muitas outras evidências que confirmam esta verdade, mas creio ser suficiente... Por demais, Deus lhe abençoe...

Ass. Gilberto Theiss

07/09/12

Como Superar um Vício?

Mesmo sabendo que nada substitui o tratamento especializado que uma pessoa dependente deve receber, existem alguns conselhos que podem parecer úteis. Os doutores W. Dryden y W. Matweychuk, no livro que escreveram em 2003, apresentam algumas sugestões ou receitas que podem auxiliar a quem é vencido por um vício. São as seguintes:

1. Concentre-se no que ganhará se superar o seu vício. Muitos pensam que vão sair perdendo se deixam de usar droga, fumar ou tomar bebidas alcoólicas. É muito melhor ver o ponto de vista positivo, O fumante que tem problemas respiratórios, que tem uma mucosa permanente e que não sente gosto na comida, vai descobrir que uma salada pode ter um sabor incrível e que agora pode encher seus pulmões de oxigénio. Da mesma forma, um alcoólatra que teve um acidente, vai ver que quando sóbrio, pode dirigir com mais segurança e que sem drogas no sistema, o organismo rende melhor na escola e no trabalho. As vitórias de quem está livre dos narcóticos são tremendas, e um incentivo poderoso para conquistar novamente a alegria de viver.

2. Estabeleça objetivos: Abstinência contra o consumo controlado das substâncias. O caminho mais seguro é sempre a abstinência. Alguns especialistas sugerem o método progressivo de cortara droga. Quem fumava um maço por dia, pode fumar dois cigarros menos a cada dia, até chegar a abstinência total. Esse método funciona para algumas pessoas, mas não para todos. Essa pessoas decidem terminar tudo numa pancada só, como quando se corta o rabo de um cachorro. Mas o ponto principal é, acima do longo ou curto prazo, alcançar a abstinência definitiva. Essa é a meta que se tem que lutar sem parar., “sem pressa mas sem parar”, até que se tenha um novo estilo de vida saudável.

3. Descubra a função do seu vício pra você. “Por que bebe, fuma ou consome drogas? Quando o faz? Ao se sentir triste? É para esquecer alguma tristeza ou preocupação? O desejo é maior quando está triste, enjoado ou frustrado? Um paciente me comentou que ia ao bar quando a esposa dava bronca nele. Um jovem se trancava para não consumir mas via os amigos” e saía para drogar-se. Um estudante recorria as anfetaminas para melhorar seu rendimento nos estudos. “O que o vício está trazendo para sua vida?” Reconhecer essa razão o ajuda a encontrar a verdadeira solução, da mesma forma que ajudou a resolver os conflitos do casal do primeiro caso, ter amigos abstémios, como no segundo caso, e estudar mais, sem a ajuda de estimulantes que trazem, no longo prazo, mais contras do que prós.

4. Reconheça o papel importante que a atitute e as desculpas tem para determinar a sua emoção e vencer o consumo de substâncias. “De qualquer maneira iremos todos morrer” dizia um viciado ao explicar-me o risco que sua vida corria com o consumo. “Eu sou forte. Não me vai fazer nada”, acrescentou outro viciado, menosprezando os efeitos letais da cocaína. “Eu posso dirigir/conduzir com os olhos fechados”, argumentava um homem alcoolizado, ou ser advertido sobre o perigo de dirigir embriagado. Há desculpas racionais e irracionais. As primeiras estão de acordo com a realidade e são baseadas no comportamento são e moral. Os exemplos mencionados são expressões de desculpas irracionais que destorcem a imagem de si próprio e a realidade externa. Nunca se deve minimizar os efeitos altamente destrutivos das substâncias nem sobrestimar a própria capacidade de poder controlá-las.

5. Mantenha o controlo na frente da tentação. A tentação é repetitiva e viciante. Quando você cede, entra numa teia de aranha onde é difícil de escapar. Se você está dirigindo numa rodovia que tem um abismo ao lado, o melhor a fazer é dirigir o mais longe possível do abismo pra não cair. Para estar seguro, o melhor é ficar o mais longe possível do perigo, sem brincar e nem se expor aos seus riscos.

6. Aumente o seu nível de tolerância com respeito a frustração. Algumas pessoas não são capazes de tolerar o mínimo dos incómodos, contratempo ou a demora de satisfazer todos os seus desejos; não suportam nenhum sentimento ou situação desagradável. Não toleram a frustração. Nas crianças isso é um comportamento normal. Pro bebés, há que satisfazer-lhes suas necessidades de forma imediata, mas a medida que se cresce, é necessário aprender a controlar os seus impulsos e elevar o nível de tolerância. Isso é sinónimo de estar maduro e de ter se desenvolvido. A droga leva as pessoas ao estado do bebé. É necessário recuperar o controlo e a maturidade.

7. Desenvolva uma auto-aceitação incondicional. Um dos pensamentos de derrotados mais comuns é a convicção de que uma pessoa não é capaz de conseguir nada bom. Essa auto-avaliação negativa é extremamente prejudicial. A melhor forma de combater é aceitando-se a si mesmo e perdoar-se os erros. A auto-aceitação incondicional alimenta a confissão honesta e o leva a adquirir uma responsabilidade maior para o futuro. Dessa maneira, aumentam suas oportunidades para mudar essa dura realidade.

8. Conserve uma mentalidade sã com respeito a vida. Para manter uma abstinência e nao ter uma recaída ao consumo, é importante firmar os valores da vida e desenvolver uma mentalidade sã, vital e um sentimento importante da vida. Quando se entende que Deus dirige a sua vida, e que todos fomos chamados por Ele para levar adiante uma missão útil e valiosa, se fortalecem os valores superiores e se acabam com os impulsos autodestrutivos. Então a vida tem um novo significado, mais pleno e feliz.

Dryden W. y Matweychuk W. Cómo superar las adicciones. (Editorial Hispano Europea, S.A., Barcelona, España. 2003).

Por Mario Pereyra

Mario es doctor en Psicología, psicólogo clínico, terapeuta de familia, investigador y escritor. Actualmente es catedrático de la Universidad de Montemorelos, Nuevo León, México.
Revista El Centinela
Blog Sétimo Dia