“A Nova Era” é um
termo usado para descrever um coquetel de práticas, filosofias e crenças
fundamentadas no espiritualismo moderno, no humanismo secular e nas religiões
místicas, vindas do Oriente.
Embora entrelaçada em todos os campos da atividade humana –
literatura, música, teatro, filmes, novelas, terapias alternativas, educação,
história em quadradinhos, horóscopo, cristais, pirâmides, ecologia e alimentação
– a Nova Era é um movimento difícil de ser identificado. Isso porque não tem um
corpo organizado, nem uma estrutura religiosa, nem princípios doutrinários
escritos e nem segue um líder visível. No entanto, está em todas as partes,
conquistando homens, mulheres, crianças, ateus, racionalistas, religiosos,
donas de casa, empresários e profissionais liberais. A Nova Era tem atividades
para todos os gostos e preferências.
Cativa as crianças que ficam grudadas diante dos jogos electrónicos ou diante da TV para assistir desenhos orientais. Fascina os empresários com os seminários de auto-ajuda para seus empregados. E atrai a atenção da juventude com a meditação transcendental, as disciplinas orientais ou uma literatura aparentemente inofensiva como “Fernão Capelo Gaivota”.
Cativa as crianças que ficam grudadas diante dos jogos electrónicos ou diante da TV para assistir desenhos orientais. Fascina os empresários com os seminários de auto-ajuda para seus empregados. E atrai a atenção da juventude com a meditação transcendental, as disciplinas orientais ou uma literatura aparentemente inofensiva como “Fernão Capelo Gaivota”.
A humanidade vive com medo, e essa é a razão do crescimento
surpreendente que a Nova Era teve nos últimos anos. Há muita violência,
sofrimento, exploração do ser humano por seu próprio semelhante. Há um vazio
existencial cuja origem é ignorada conscientemente.
Há ocasiões em que você se sente tão deprimido, tão oco, tão
rodeado de circunstâncias difíceis que não sabe para onde correr, nem onde se
esconder. É aí que aparece a Nova Era, com a idéia maravilhosa de que você pode
ser o Deus de seu próprio destino, porque existe uma energia ilimitada dentro
de você. Você precisa descobrir o “Eu Superior” que dorme no seu interior. Se
souber fazê-lo – afirmam os adeptos da Nova Era – não precisará mais do Deus
apresentado pela Bíblia, já que Deus não passa de uma “Energia Superior” que
pode estar em você, ou, na melhor das hipóteses, nos recursos da Natureza: no
Sol, na Lua, nas estrelas ou nos cristais, nas pirâmides, ou simplesmente na
terra, nas árvores e na água.
Mas o que tem tudo isto a ver com as profecias do
Apocalipse? Voltemos novamente os olhos ao Jardim do Éden. Especificamente ao
diálogo entre Eva e o demónio, disfarçado de serpente. Deus tinha advertido ao
primeiro casal de que a vida deles dependeria da observância e obediência aos
princípios de vida estabelecidos pelo Criador.
Leiamos em Génesis 2, 16 e 17: “…De toda árvore do jardim
comerás livremente, – tinha advertido o Criador – mas da árvore do conhecimento
do bem e do mal não comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente
morrerás”.
Mas ali aparece a serpente e contradiz a advertência divina:
Veja o que diz Génesis 3, versos 4 e 5: “…É certo que não morrereis. – afirma –
Porque Deus sabe que no dia em que dele comerdes se vos abrirão os olhos e,
como Deus, sereis conhecedores do bem e do mal”.
Nessa declaração histórica da serpente estão as verdadeiras raízes
da Nova Era, que pode hoje se apresentar revestida de “solução” para o mundo
desumano e violento em que vivemos, mas que, na realidade, só mudou de
roupagem.
A resposta da serpente a Eva apresenta quatro dos vários
fundamentos da Nova Era:
1. Não morrereis.
2. Se comerdes da árvore recebereis uma energia sem limite,
e vossos olhos se abrirão.
3. Sereis como Deus.
4. Decidireis o que é certo e errado.
Deixaremos o primeiro fundamento – “Não morrereis” – para
ser tratado num outro programa desta série.
Consideremos aqui os
três últimos:
Sereis como Deus – A grande acusação de Satanás foi que Deus
era injusto e, portanto, não merecia mais adoração nem obediência. “Eu posso
ser Deus”, era a ideia de fundo. “Vote em mim. Eu posso liberá-lo de todas as
imposições divinas”. E com esse tipo de campanha eleitoral, Lúcifer conseguiu
enganar uma terça parte dos anjos. O profeta Isaías no capítulo 14, versos 13 e
14, dirige-se a Lúcifer com as seguintes palavras:
“Tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu; acima das
estrelas de Deus exaltarei o meu trono… subirei acima das mais altas nuvens e
serei semelhante ao Altíssimo”.
Você percebe que a tese de Lúcifer era: “Não preciso de Deus
porque eu posso ser Deus”? Ele começou assim, depois continuou tentando o ser humano
com a fascinante ideia: “sereis como Deus”. Por algum motivo essa ideia foi
muito desenvolvida no Oriente. Mas hoje chega com força ao Ocidente através de
algo aparentemente inocente como a yoga. Os místicos orientais, entre eles os
hindus e budistas, praticaram a yoga ou meditação transcendental durante
séculos. O propósito da meditação é alcançar a “perfeição espiritual”, aquele
estado espiritual “maravilhoso” denominado nirvana, “a suprema realidade”. Para
alcançar o nirvana, a yoga ensina a alterar o estado mental, fugindo do mundo
físico e juntando-se a Brahma (deus) com a possibilidade de tornar-se, por sua
vez, um deus.
Eles ensinam que Deus é uma energia que pode estar em tudo.
E, no momento em que você, através da meditação, consegue alcançar essa
energia, passa a ser o deus de seu próprio destino.
Junto à meditação, a yoga usa muito os mantras, que são
repetições constantes de sons que ajudam a entrar no estado do nirvana. A
famosa atriz Shirley Maclaine, escreveu um livro onde afirma que o mantra que
ela usa no seu hatha yoga é: “Eu sou o deus da luz”.
A yoga hoje está se tornando tão comum, que quase virou
moda. Não é uma nova religião, é uma filosofia de vida. Você pode continuar com
a sua religião e crendo no deus que quiser. Afinal de contas, se Deus é apenas
uma energia superior e não um Deus pessoal, Ele pode estar em todas as partes
do Universo e em forma de qualquer deus. E mais ainda: você pode alcançar esse
estado superior ao longo dos anos e da prática da meditação.
Mas o anjo de Apocalipse disse em voz alta: Veja o capítulo
14, verso 7: “…Temei a Deus e dai-lhe glória… e adorai aquele que fez o céu, e
a terra, e o mar, e as fontes das águas”.
Este Deus não é apenas um deus energia; é um Deus pessoal; e
a criatura nunca poderá tornar-se igual ao Deus. A Bíblia é contundente ao
mencionar, em Isaías capítulo 55, verso 9, o seguinte: “Porque, assim como os
céus são mais altos do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do
que os vossos caminhos, e os meus pensamentos, mais altos do que os vossos
pensamentos”.
O segundo argumento da Nova Era, apresentado por Lúcifer no
Jardim do Éden, tinha como propósito tirar a atenção humana de Deus e
direcioná-la para as coisas criadas. “Se comerdes” – disse a serpente – “vossos
olhos se abrirão”. Em outras palavras Satanás estava querendo dizer que existia
algo de mágico naquela árvore. Que ela teria uma energia especial e poderia ser
a porta que conduziria o ser humano a uma esfera superior. “Esta é a chave de
vosso desenvolvimento. Vossos olhos se abrirão”.
Parece-lhe estranho que hoje as pessoas busquem a solução de
seus problemas nas pirâmides, nos cristais, nas pedras preciosas ou nos
astros? Essa atitude se baseia na idéia
de que “tudo” – pessoas, animais, plantas, objetos, estrelas ou planetas –
enfim, tudo é apenas parte de uma unidade abrangente, impessoal e absoluta.
Ninguém existe ou vive por si só. Tanto nós, quanto os cosmos, fazemos parte de
uma “unidade absoluta”, denominada “consciência universal”, “energia vital
universal”, “a força” ou, inclusive, “deus”. Dentro desse conceito, o bem-estar
de todos depende de sua interligação com esse total energético absoluto,
concentrado em algum elemento ou num peculiar centro de energia pessoal.
Mas a experiência mostra que, quando o ser humano tira os
olhos de Deus e começa a concentrá-los nas coisas criadas, o resultado quase
natural é o ocultismo, nas suas mais variadas formas.
Analise por exemplo o filmes e programaa de TV que seus
filhos assistem ou assistiam todo dia. Os desenhos apresentam seres
sobrenaturais, com características humanas. Esses seres se dividem em dois
bandos: os maus e os bons. Cada episódio é um desfile de feitiçaria, magia e
encantamentos.
Antigamente um adulto se assustava apenas com o ouvir a
palavra magia ou feitiçaria. Mas a geração atual aceita tudo isso como parte de
seu cotidiano. Em nenhum episódio aparece Deus. Tudo que é preciso para
resolver problemas é um pouco de energia cósmica ou alguns trabalhos de
feitiçaria. As crianças crescem aceitando a feitiçaria, a vidência, e o
ocultismo com a maior naturalidade. Em 1996, o garoto norte-americano Keith
Flaig, de 14 anos, brincava no computador com o melhor amigo, Nicholas Watts,
na cidade de Portland, quando, de repente, sem motivo nenhum, Keith rasgou com
uma faca a garganta do amigo. Depois, o garoto pegou uma pistola calibre 20 e
atirou contra a irmã e a mãe de Nicholas, e finalmente, suicidou-se.
Um jornalista disse que: “Antes de cometer toda esta
barbaridade, Keith jogava ‘Hell’, game de ação com cenários assustadores. Um
exemplo é o campo de punição, onde há pessoas queimadas e amarradas em estacas
de madeira. A sala do dentista é pior. Em vez de aparelhos odontológicos,
vêem-se serrotes, limas e uma cadeira de tortura. Na história, o jogador assume
o papel de um casal que procura pistas para desvendar segredos de um ditador. É
macabro. Foi depois de mergulhar nessa história perturbadora que o garoto Keith
cometeu os terríveis homicídios.”
O terceiro argumento apresentado pela serpente foi que, ao
abrir-se os olhos de Eva, ela passaria a ser quem determinaria o que é bom e o
que é mau. E esta, talvez, seja uma das principais razões porque a Nova Era é
tão fascinante. Ela dá ao indivíduo um sentido de autocontrolo e de poder.
Promete crescimento espiritual descobrindo o “eu superior”, e você passa a ser
seu próprio deus. Ninguém tem o direito de impor qualquer tipo de moral a você.
O que você decidir está certo.
Em março de 1989 por exemplo, descobriu-se que Ozel Tendzin,
líder espiritual do ramo mais numeroso dos budistas tibetanos nos Estados
Unidos, estava com AIDS. Foi um golpe tremendo para seus seguidores. Tendzin,
cujas atividades homossexuais não eram segredo para ninguém, tinha sido
contaminado, mas nunca o reconheceu, até que foi confrontado com seus parceiros
-homens e mulheres – todos contaminados.
O que impressiona é que quando John Dart, editor da coluna
de religião de “Los Angeles Times”, falou com Martin Janowitz, um dos líderes
da organização de Tendzin, este respondeu: “Nós não temos dentro de nossa
religião um conceito acerca de práticas sexuais, morais ou imorais. Nós não
consideramos, como o fazem outras religiões, que as práticas homossexuais sejam
pecado”.
Isto é “fascinante” para o ser humano. Você é “livre” para
chamar ao mal, bem e ao bem, mal. Você
determina o que é certo e errado. Não é extraordinário do ponto de vista
humano?
Você percebe que o inimigo de Deus continua com a velha
tese: “Não busque a solução de seus problemas em Deus. Busque-os dentro de você
mesmo ou da Natureza”. E está conseguindo seu objetivo. Por incrível que
pareça, está. Se você duvida, entre numa livraria e observe a enorme quantidade
de livros esotéricos, de yoga, meditação transcendental, horóscopos e afins.
Sente-se diante da TV e perceba a inúmera quantidade de filmes, novelas e
programas que tem como tema central a reencarnação, o espiritismo e filosofias
orientais.
Coincidência? Não. Tudo estava na profecia. Pouco antes da
volta de Cristo, exatamente esse seria o pensamento da moda.
E você precisa estar avisado para fundamentar sua fé
unicamente na Palavra de Deus.
Que Deus o abençoe.
Pr.Alejandro Bullón
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