Como lidar com um marido/esposa ou colega de trabalho autoritário? Todos
querem ter autoridade para serem respeitados. As pessoas procuram impor a
autoridade que têm umas sobre as outras. Mas Deus nos ensinou uma grande lição
sobre isso. Com o Seu exemplo, Ele mostrou que para se ter autoridade é preciso
atentar para o PARADOXO DA SUBMISSÃO. Como Deus mostrou autoridade ao homem?
Ele impôs o seu poder? Ele obrigou o homem a fazer tudo o que Ele queria? Não!
Então o que fez Ele? Augusto Cury, no seu livro O Mestre da Sensibilidade, fala
sobre isso de forma singular:
Tibério César
estava assentado no trono em Roma. Queria dominar a terra com espadas, lanças e
máquinas de guerra. Mas o Autor da vida, que postula ser o dono do mundo,
queria sujeitá-lo com uma história de amor. [i]
Deus mostrou a Sua autoridade através do amor, e mostrou
amor através da submissão. Jesus se submeteu ao Pai e se entregou para morrer
na cruz em nosso lugar. Ele deixou o Seu reino de glória, veio ao mundo como um
homem, para se submeter à vontade do Pai, em amor a Deus e a nós também. E
Jesus demonstrou o Seu amor por nós, se submetendo, de certa forma, a nós
também, porque em muitos momentos Ele disse que veio para servir: “Assim como o
Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir, e para dar a sua
vida em resgate de muitos”[ii]
Um exemplo dessa submissão aos homens Ele foi lavar os pés dos
seus discípulos numa atitude de
submissão e amor:
“Jesus, sabendo
que o Pai tinha depositado nas suas mãos todas as coisas, e que havia saído de
Deus e ia para Deus, Levantou-se da ceia, tirou os vestidos, e, tomando uma
toalha, cingiu-se. Depois
deitou água numa bacia e começou a lavar os pés aos discípulos, e a enxugar-lhos com a toalha com que estava cingido.”[iii]
deitou água numa bacia e começou a lavar os pés aos discípulos, e a enxugar-lhos com a toalha com que estava cingido.”[iii]
“Depois que lhes lavou os pés, e tomou os seus vestidos, e
se assentou outra vez á mesa, disse-lhes: Entendeis o que vos tenho feito? Vós
me chamais Mestre e Senhor, e dizeis bem, porque eu o sou. Ora se eu, Senhor e
Mestre, vos lavei os pés, vós deveis também lavar os pés uns aos outros. Porque
eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também. Na verdade,
na verdade vos digo que não é o servo maior do que o seu senhor, nem o enviado
maior do que aquele que o enviou. Se sabeis estas coisas, bem-aventurados sois
se as fizerdes.” [iv]
E qual foi o resultado dessa submissão? Foi autoridade. Ele
ganhou respeito e autoridade das pessoas que o cercavam, e o amavam, e o
admiravam, e o seguiam, não porque ele impunha sua vontade sobre eles, mas
porque ele mostrava todo o seu poder e sua autoridade através da submissão.
Através do amor que se submete. Parece um paradoxo, mas é a verdade mais pura e
singular:
“Nenhum ser humano esteve numa posição tão alta como a do
Mestre de Nazaré. Todavia, paradoxalmente, ninguém se humilhou tanto como ele,
pois ele teve a coragem de abaixar-se até os pés dos seus incultos discípulos e
lavá-los silenciosamente”. [v]
As pessoas que mais respeitamos, que mais admiramos, não são
aquelas que impõem a sua vontade sobre nós, não são aquelas que demonstram sua
autoridade por falar alto, por dar ordens, por ter poder. Mas são aquelas que,
apesar de terem uma posição que lhes dá certo poder, não querem impor este
poder sobre os outros, mas têm a humildade de reconhecer quando estão erradas,
de pedir desculpas, de se submeter primeiramente a Deus, e depois, no amor de
Deus, se submeter aos seus semelhantes, por amor. Estas pessoas sim, são
aquelas que merecem nossa admiração e que realmente têm autoridade. Essas
pessoas seguem o exemplo do nosso Deus, que nos ensinou uma grande lição de
amor:
“O Pai e o Filho
são fortes a tal ponto que não precisavam mostrar a sua força. Grandes a tal
ponto que se misturaram com os homens mais desprezados da sociedade. Nobres a
tal ponto que queriam ser amados pelos homens, e não tê-los como seus escravos
ou servos. Pequenos a tal ponto que só são perceptíveis àqueles que enxergam
com o coração. Somente alguém tão forte e tão grande consegue se fazer tão
pequeno e acessível!” [vi]
“Amamos os grandes eventos, mas Deus ama as coisas singelas.
É preciso enxergar as coisas pequenas para encontrar Aquele que é grande”.[vii]
É só através do amor que seremos capazes de demonstrar a
verdadeira autoridade. Sim, só através do amor que tudo sofre, que tudo crê,
que tudo espera e que se submete é que conseguiremos cumprir a vontade de Deus
para sermos todos um. E para que isso aconteça, precisamos fazer o que está
escrito em Efésios 5:21:
“Sujeitando-vos uns aos outros no temor de Deus.”
AMÉM!
Referências:
[i] CURY, Augusto Jorge. O Mestre da Sensibilidade. Vol 2:
Análise da Inteligência de Cristo. São Paulo:
Ed. Academia da Inteligência, 2000.
[ii] Bíblia Sagrada.
Mateus 20:28.
[iii] Bíblia Sagrada. João 13: 3 a 5.
[iv] Bíblia Sagrada. João 13: 12 a 17.
[v] CURY, Augusto Jorge. O Mestre da Sensibilidade. Vol 2:
Análise da Inteligência de Cristo. São Paulo: Ed. Academia da Inteligência,
2000.
[vi] CURY, Augusto Jorge. O Mestre da Sensibilidade. Vol 2: Análise
da Inteligência de Cristo. São Paulo: Ed. Academia da Inteligência, 2000.
[vii] Augusto Cury- Análise da Mente de Cristo- O Mestre da
Sensibilidade
CURY, Augusto Jorge. O Mestre da Sensibilidade. Vol 2:
Análise da Inteligência de Cristo. São Paulo: Ed. Academia da Inteligência,
2000.
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