04/12/08

O SÁBADO NUM MUNDO ESFÉRICO

Qual a razão de Deus ordenar a observância do Sábado do pôr-do-sol e não à meia-noite, ou às seis horas da tarde? Como podem os filhos de Deus observar o Sábado à mesma hora se o dia começa em hora diferente em Lisboa, Rio de Janeiro, Tóquio e em tantas outras partes do Mundo?

No livro de R.L.Odom, The World, retiramos as seguintes observações:
“Vendo que as Escrituras Sagradas ensinam a observância do Sábado do por do Sol ao pôr do Sol, pessoas há que concluem ser isso impossível no Extremo Norte, onde há todos os anos um período durante o qual o Sol permanece no alto, e outro em que ele permanece oculto abaixo do horizonte, durante as completas vinte e quatro horas do dia.
“É certo que residem ali numerosos observadores do Sábado, os quais afirmam não ser difícil saber quando chega a hora do pôr-do-sol, para iniciarem a observância do santo dia de repouso. Surpreendem-se, com efeito, ao saberem que haja quem pense ser isso impossível.
“No período em que o Sol está oculto abaixo do horizonte, os guardadores do Sábado no Extremo Norte observam o dia de sexta-feira ao meio – dia até ao Sábado ao meio-dia, porquanto essa hora corresponde ao pôr do Sol na região Árctica no Inverno. Pois todos os dias, enquanto o Sol se oculta sob o horizonte meridional, ele atinge o seu zénite ao meio-dia, visto como nessa hora tanto se levanta como se põe, abaixo do horizonte.
“Daí por diante, passa a ser visível o pôr-do-sol, assinalando o começo e o fim do sétimo dia. Cada dia o Sol se ergue um pouco mais cedo e se põe um pouco mais tarde, de modo que a 21 de Março (equinócio vernal), o nascer do Sol se dá às 6 horas da manhã, pondo-se às 6 da tarde.
“Nos dias de verão, em que o Sol se não se põe, quando ele alcança o zénite (o ponto mais alto no seu aparente caminho circular no céu), nos dias de Verão, eles sabem que é meia-noite. Este ponto mais baixo no aparente circuito solar de vinte e quatro horas no céu é pelos habitantes daquela região denominado ponto do Norte. Corresponde, como dissemos, ao pôr-do-sol. Por essa referência os habitantes do árctico, observam no Verão o sétimo dia de meia-noite de sexta-feira até meia-noite de Sábado, pois o Sol está por essa altura em seu nadir (o “mergulho”), que é também o ponto do pôr-do-sol.
“Nem os observadores do domingo nem os do Sábado têm qualquer dificuldade em saber quanto começar o seu dia de repouso religioso, no Extremo Norte. Em dois períodos do ano o visível pôr-do-sol serve de sinal para marcar o princípio e o fim do sétimo dia para os Adventistas na região árctica. E nos dias em que o Sol não aparece acima do horizonte, o Sábado é observado de Sexta-feira, ao meio-dia, até ao meio-dia do Sábado, é por isso que essa hora corresponde ao tempo do pôr do sol, segundo o prova o último pôr-do-sol visível, ocorrido no princípio do período, e o primeiro por do sol visível no final do período. Mas durante o tempo em que o Sol está no céu continuamente, o Sábado é observado de sexta-feira à meia-noite, até meia-noite do Sábado, porque o Sol está no seu nadir nesse momento do dia, como o provam o último por do sol visível no princípio do período, e o primeiro visível por do sol ocorrido no final do período”. – Obra citada, ps. 121, 122, 138, 140, 141, 143, 144.
Quanto às diferenças de tempo entre observadores do Sábado de diferentes meridianos e fusos horários, Francis D. Nichol de forma muito concreta responde:
“O mandamento do Sábado nada diz acerca de ocorre a guarda do dia de repouso no mesmo espaço de tempo em todos os lugares da Terra. Simplesmente ordena guardar ´o sétimo dia´. E este sétimo dia acaso não chega a todas as partes da Terra?” Answer to Objections, p. 207

03/11/08

O SÁBADO, OU UM OUTRO DIA?

São Paulo em Romanos 14:5 e 6 parece afirmar que tanto faz observar o Sábado como qualquer outro dia. Como compreender este assunto do quarto Mandamento face a esta declaração?

Vários comentadores de renome têm analisado Romanos 14, tanto mais que este capítulo não trata assuntos fundamentais à doutrina e à fé cristão, mas nem por isso deixam de ter a sua pertinência.
O nosso tema trata “os dias” que poderiam ser ou não observados. Estes dias que o Apóstolo aqui menciona, são os dias tradicionais dos judeus, ligados à sua História nacional que alguns crentes de origem judaica observavam escrupulosamente (como a Páscoa, Pentecostes, etc.) enquanto outros julgavam não haver obrigação de observar pelo facto de serem dias de carácter civil e não religioso, mais ainda, eles tinham-se desligado do judaísmo como religião para abraçar o Cristianismo repudiado pelos judeus.
Há os que apontam o exemplo dos essénios, que eram escrupulosos quanto à abstenção da carne e do vinho e que acrescentavam certos dias de festa ao calendário judaico regular. Diz Raoul Dederen, antigo professor da Universidade de Andrews, dos Estados Unidos, referindo-se ao costume dos essénios: “O debate sobre exactamente esta questão existia no judaísmo antes do advento do cristianismo. Não se teria dado o caso de essa controvérsia ter ido transferida à Igreja Cristã, achando-se reflectida em Romanos 14? Nesse caso a atitude do fraco pode ser comparada com a do costume dos cristãos primitivos, indicada na Didaquê sobre jejuar duas vezes por semana. Não é relevante ao mesmo tempo que tenhamos aqui uma questão de regime alimentar e observância de dias, conjugados num tema controverso?” – Ond Esteeming One Day Better Than Another? Raoul Dederen (Suplemento de The Ministry, Agosto de 1971), p. 18.
Pelo raciocínio deste autor, Paulo, em Romanos 14, está a referir-se à prática de abstinência e jejum em datas fixas regulares. A Didaquê 8:1 admoesta os cristãos a não jejuarem como os hipócritas no segundo e quinto dias da semana, mas no quarto e sexto dias. Pela maneira tão pouca assertiva de Paulo tratar a questão em Romanos 14 chega-se à conclusão de que o problema aqui refere-se a um tema não essencial, diferentemente do que se dava nas instruções aos gálatas quanto ao apego que eles tinha por certos “dias, e meses, e tempos, e anos” (Gálatas 4:10).
Uma coisa, neste assunto, é certa: Paulo não está a referir-se ao que é claramente apresentado na Lei de Deus quanto à observância do dia bíblico de repouso. Mesmo aos observadores do Domingo não é aceite a ideia de que em Romanos 14 Paulo esteja a deixar ao critério dos crentes a observância deste ou daquele dia como memorial da ressurreição de Cristo (o que, par dizer o mínimo, seria totalmente ilógico) ou simplesmente não guardar dia nenhum, fazendo isso especificamente “para o Senhor” (ver Romanos 14:6). Como diz Dederen “o próprio Paulo, que evidentemente não pode se catalogado entre os “fracos”, observava o Sábado como era ´seu costume´(Actos 17:2, cf Lucas 4:16), não há qualquer evidência em contrário disto.”
Que há um dia específico para a observar o Dia do Senhor torna-se claro nos textos de Lucas 23:54-56 e Apocalipse 1:10. no primeiro destes textos vemos os seguidores de Jesus a observarem o Sábado “conforme o mandamento” após a morte de Cristo na cruz. O versículo seguinte (Lucas 24:1) evidencia que o dia imediato foi um 1º dia da semana. Logo, eles observaram “conforme o mandamento” o sétimo dia da semana. E o relato disso foi escrito cerca de 30 anos após o acontecimento.
Em Apocalipse 1:10 o Apóstolo João situa-se no espaço (Ilha de Patmos) e no tempo (no dia do Senhor). Que esse “dia do Senhor” se refere ao Sábado, e não ao Domingo, está muito claro pelo consenso do ensino bíblico sobre o quarto mandamento da Lei Moral de Deus. O que por si só destrói a ideia que alguns sustentam de que na era Cristã e com base em Romanos 14:5,6, é indiferente para o Senhor observar qualquer dia.
Confrontados com as palavras de Cristo de que “o Sábado foi estabelecido por causa do homem” (Marcos 2:27), ficam sem desculpa perante Deus os que fazem trocadilhos de palavras. Adaptam a Palavra de Deus aos usos e costumes do tempo, e assim vivem, a exigência de Deus é adaptar a nossa vida à Sua imutável Palavra.
Esta palavra “é um assim diz o Senhor”. Deus o abençoe.

10/10/08

ABSTINÊNCIA DE ALIMENTOS

Que razões levaram o Apóstolo Paulo a denunciar as heresias descritas em 1ª Timóteo 4:14
(I Timóteo 4:1) – MAS o Espírito expressamente diz que nos últimos tempos apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demónios;
(I Timóteo 4:2) – Pela hipocrisia de homens que falam mentiras, tendo cauterizada a sua própria consciência;
(I Timóteo 4:3) – Proibindo o casamento, e ordenando a abstinência dos alimentos que Deus criou para os fiéis, e para os que conhecem a verdade, a fim de usarem deles com acções de graças;
(I Timóteo 4:4) – Porque toda a criatura de Deus é boa, e não há nada que rejeitar, sendo recebido com acções de graças.

Comentadores bíblicos concordam em que esta passagem encontra o seu cumprimento primário nas heresias gnósticas e outras relacionadas, que se tinham iniciado e tomado forma nos primórdios da Igreja Cristã. Muito destes comentadores protestantes crêem que a passagem encontra cumprimento suplementar e completo na Igreja Católica Romana. A prova em apoio a esta opinião é abundante e de forte argumentação.
“Os gnósticos, que a princípio conseguiram profunda penetração no seio da igreja cristã, criam que a matéria é essencialmente má e que o alimento que comemos não foi criado por Deus mas por uma divindade inferior. Eles denunciavam o matrimónio como sendo algo mau. Os maniqueus, outra seita herética dos tempos primitivos, sustentavam que o desejo sexual fluía do sangue e da bílis do demónio´. Comentário de Lange sobre I Timóteo 4:3.
Posteriormente, a Igreja Católica Romana, pela qual, comenta Harnack, o gnosticismo obteve meia vitória, estabeleceu o celibato do clero, e instituiu proibições contra (o consumo) de carne em vários períodos do ano.
“Bem podia Paulo advertir contra tal heresia. Abster-se de certos alimentos ou bebidas palas razões dadas por gnósticos e outros falsos ensinos…Nem nós nem o objectante poderíamos praticar ou promover a abstinência do vinho, por exemplo, com base naquilo que foi estabelecido por esses apóstatas. Mas a condenação do objectante ao raciocínio dos gnósticos ou maniqueus não o tornaria menos defensor da temperança, ou mesmo, talvez, igualmente de uma reforma dietética.
“É isso o que se passa connosco, pois nos unimos a Paulo em denunciar as heresias descritas em 1 Timóteo 4:1-4, enquanto ainda cremos que é melhor, com base em princípios dietéticos, abster-nos de certos alimentos e bebidas…
Paulo está preocupado em exortar contra heresias que induziriam os cristãos a absterem-se de vários ´alimentos´, não em virtude de qualquer princípio dietético válido, mas por causa de falsas razões filosóficas e pagãs. Cremos que se Paulo ressuscitasse hoje, ele ficaria muito espantado em descobrir que as suas palavras de advertência contra a heresia gnóstica já em franco desenvolvimento estão a ser interpretadas como uma aplicação aos pontos de vista da nutrição dos adventistas do sétimo dia no século XX”. Francis D. Nichol, Answers to Objections, p. 426,427.
Deve levar-se em conta que as expressões “tudo” e “nada” têm de ser compreendidas à luz do ponto de vista que São Paulo deseja salientar. Essas expressões têm os seus limites, assim como ocorre em 1 Cor. 6:12: “Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas me convêm. Todas as coisas me são lícitas mas eu não me deixarei dominar por nenhuma delas”. Evidentemente Paulo não consideraria o adultério, o roubo, a mentira, a prática dos vários pecados, enfim, como coisas lícitas, apenas não praticadas por serem “inconvenientes”. Nenhum cristão equilibrado admitiria tal interpretação.

07/08/08

COISAS DE DEUS

HISTÓRIA
Tudo o que Deus faz é bom! Há muito tempo, num Reino distante, havia um Rei que não acreditava na bondade de Deus. Tinha, porém, um súbdito que repedidamente falava de Deus na presença do rei. Era muito frequente dizer:
- Meu Rei, não desanime, porque Deus é bom! Um dia, o Rei saiu para caçar juntamente com o seu súbdito, e uma fera da floresta atacou o Rei. O súbdito conseguiu matar o animal, porém não evitou que sua Majestade perdesse o dedo mínimo da mão direita. O Rei, furioso pelo acontecido, e sem mostrar agradecimento por ter a sua vida salva pelos esforços de seu servo, perguntou-lhe:
- E agora, o que me dizes? Deus é bom? Se Deus fosse bom eu não teria sido atacado, e não teria perdido o meu dedo. O servo respondeu:
- Meu Rei, apesar de todas essas coisas, o que posso dizer: Deus é bom, e apesar de ter perdido dedo, será para seu bem! O Rei, indignado com a resposta do súbdito, mandou que fosse preso na cela mais escura e mais fétida do calabouço.
Após algum tempo, o Rei saiu novamente para caçar e aconteceu ser atacado de novo, desta vez por uma tribo de índios que vivia na selva. Estes índios eram temidos por todos, pois sabia-se que faziam sacrifícios humanos aos seus deuses.
Mal prenderam o Rei, passaram a preparar, cheios de júbilo, o ritual do sacrifício. Quando já estava tudo pronto, e o Rei já estava diante do altar, o sacerdote indígena, ao examinar a vitima, disse furioso:
- Este homem não pode ser sacrificado, pois é defeituoso! ...Falta-lhe um dedo!
E o Rei foi liberto. Ao voltar para o palácio, muito alegre e aliviado, libertou o seu súbdito e pediu que viesse à sua presença. Ao ver o servo, abraçou-o afectuosamente dizendo-lhe:
- Meu caro, Deus foi realmente bom comigo! Tu já deves estar a par que escapei da morte justamente porque não tinha um dos dedos. Mas ainda tenho no meu coração uma grande dúvida:
Se Deus e tão bom, porque permitiu que tu fosses preso da maneira como foste?...Logo tu, que tanto O defendes!? O servo sorriu e disse:
- Meu Rei, se eu estivesse ido contigo nessa caçada, certamente seria sacrificado em teu lugar, pois não me falta dedo algum!

BÊNÇÃOS DISFARÇADAS

HISTÓRIA
Vós, na verdade, intentastes o mal contra mim; porém Deus o tornou em bem, para fazer, como vedes agora, que se conserve muita gente em vida. Génesis. 50:20.
Este versículo refere-se à experiência de José. Quando foi vendido como escravo, os seus irmãos tiveram a certeza de que os sonhos proféticos dele jamais se cumpririam. Mas deixaram de considerar o facto de que Deus pode tomar uma situação má e convertê-la em algo bom. Ele fez isso por Seus filhos fiéis inúmeras vezes.
Wallace Johnson tinha 40 anos em 1939. Pebsiy que tinha estabilidade no seu emprego co serralheiro. Qual não foi a surpresa quando um dia o seu patrão o chamou e lhe disse que estava despedido. Isto não podia ter acontecido numa época pior. Os Estados Unidos da América estavam justamente a sair da grande depressão financeira da década de 30, e Johnson tinha esposa e filhos para manter. Como, perguntava-se ele, poderia a família sobreviver financeiramente agora? Johnson saiu da serralharia com a sensação de que o seu pequeno mundo desabara. A caminho de casa, entretanto, orou por orientação divina. Quando entrou em casa e contou à esposa o que tinha acontecido, o seu estado de ânimo já era melhor.
- O que é que vais fazer agora? - Quis saber a esposa.
- Vou hipotecar a casa e entrar no negócio de construções – disse ele.
A sua primeira tentativa foi a construção de duas pequenas estruturas. Em cinco anos, a família Johnson estava multimilionária. Wallace foi o fundador da rede de hotéis Holiday Inn e ficou conhecido como o "albergueiro da América". Mais tarde ele declarou: "Se eu pudesse encontrar o homem que me despediu do emprego, eu teria de lhe agradecer. Quando fiquei desempregado, não pude ver a mão de Deus naquela circunstância, mas posteriormente vim a entender que Ele o permitira para que eu pudesse contribuir financeiramente para a manutenção de Sua obra na Terra, enquanto ao mesmo tempo me dava condições de oferecer emprego a mais de 100.000 pessoas."
Depois de muitos dias lança o teu pão sobre as águas, porque depois de muitos dias o acharás. Eclesiastes. 11:1.

AS SETE MARAVILHAS DO MUNDO

Um grupo de estudantes de geografia estudou as sete maravilhas do mundo. No final da aula, foi pedido aos estudantes para fazerem uma lista do que eles pensavam que fossem consideradas as sete maravilhas actuais do mundo. Embora houvesse algum desacordo, começaram os votos:
1. As Grandes Pirâmides do Egito
2. Taj Mahal
3. Grand Canyon
4. Canal de Panamá
5. Empire State Building
6. Basílica de St. Peter
7. A Grande Muralha da China
Ao recolher os votos, o professor notou uma estudante muito quieta. A menina, tinha uma pequena folha diante dela. O professor então perguntou-lhe se estava com problemas com a lista sobre as sete maravilhas do Mundo.
A menina calmamente respondeu:
- Sim, um pouco. Eu não consigo fazer a lista, porque são muitos.
O professor disse:
- Bem, diz o que escreveste e talvez nós possamos ajudar-te. A menina hesitou, então leu:
- Eu penso que as sete maravilhas do mundo sejam:
1. tocar
2. saborear
3. ver
4. ouvir
5. sentir
6. rir
7. e amar
A sala então ficou completamente em silêncio. É fácil para nós olharmos as façanhas do homem, já que negligenciamos tudo o que Deus fez por nós. Lembra-te neste dia daquelas coisas que são verdadeiramente maravilhosas."Faz tudo de bom que puderes, a todas as pessoas que puderes, puder, sempre que puderes."

AMOR NÃO CONRESPONDIDO

HISTÓRIA
Fazei o bem e emprestai, sem esperar nenhuma paga; será grande o vosso galardão, e sereis filhos do Altíssimo. Pois Ele é benigno até para com os ingratos e maus. S. Luc. 6:35.
No dia 8 de Setembro de 1860, uma terrível tempestade abateu-se sobre o Lago Michigan e ameaçou afundar o navio de passageiros Lady Elgin. Na praia, observando o desdobramento da tragédia, estava um grupo de estudantes do Instituto Bíblico Garrett, que ficava perto. Quando o navio começou a partir-se, um dos estudantes, Edward W. Spencer, viu uma senhora agarrada a um dos destroços. Não conseguindo ver sem agir, Spencer tirou o casaco, lançou-se nas agitadas águas, nadou até ao navio e trouxe aquela senhora em segurança para a praia. Spencer nadou repetidas vezes e trouxe náufragos de volta, até que as suas forças se esgotaram e ele desmaiou na praia, exausto. Como resultado dos seus esforços, 17 vidas foram salvas, mas o acto heróico quase lhe custou a vida. Ele nunca recuperou totalmente a saúde. Após a sua morte, alguns anos mais tarde, alguém escreveu à sua esposa a perguntar se era verdade que nenhum dos náufragos salvos tinha agradecido o heroísmo de seu marido. Aqui está a resposta dela: "A afirmação é verdadeira. Spencer nunca recebeu nenhum agradecimento das pessoas que ele conseguiu salvar, e nenhum reconhecimento por parte de qualquer uma delas." A seguir, num admirável espírito de magnanimidade, ela colocou a culpa da aparente ausência de gratidão na confusão geral reinante e na exaustão, tanto dos resgatados quanto do resgatador. Ela encerrou a carta com estas palavras: "O meu marido sempre manteve esse ponto de vista acerca daquele episódio; nunca manifestou qualquer ressentimento, e tenho a certeza de que nunca o sentiu. Fez o melhor que pôde, sem esperar recompensas ou apreciação."

03/08/08

O SÁBADO EM HEBREUS 4

A que Sábado se refere Hebreus 4:3-10? Trata-se do sétimo dia? Ou do período que compreende o Milénio?

O tema abordado neste capítulo não é o dia santificado; o Sábado. Trata-se da entrada no “descanso de Deus “ pela fé. Aconselhamos a ler com todo o cuidado Hebreus 3 e também o capítulo 4. Esta leitura, deve ser feita sem nenhuma ideia preconcebida e no espírito de oração.
O Senhor deseja levar os Seus filhos, os cristãos fiéis, para junto de Si, para aquele eterno repouso prometido na Sua Palavra.
Os capítulos 3 e 4 de Hebreus, acentuam que os Israelitas ao saírem do Egipto e entrarem na Terra Prometida, de facto não desfrutaram plenamente daquele “repouso”. Este “repouso” é uma dádiva que Deus quer que seja plenamente desfrutada, a cessação das lutas e angústias, o fruir a tranquilidade permanente.
Não se trata, como é óbvio, do chamado “milénio sabático”. Como, porém, o repouso eterno só se dá por ocasião da posse do reino eterno, então fala-nos a carta aos Hebreus que podemos, pela fé, ao cremos em Jesus e nos relacionarmos com Ele, sentir e viver o gozo antecipado do abençoado repouso.
Há duas comparações para esse repouso: o dia de Sábado, que comemora o “descanso” de Deus após a obra da Criação, e a Terra prometida aos israelitas com o objectivo de lá se fixarem e “repousarem”. Contudo, não houve o repouso.
Diz o versículo 8: “ Porque, se Josué lhes houvesse dado repouso, não falaria depois disso de outro dia.” Isto não é outro dia da semana, nem um dia de 24 horas, mas sim numa outra ocasião, numa outra época, em que Deus daria repouso ao Seu povo.
A única razão pela qual se menciona o sétimo dia, é mostrar que o plano de Deus acerca do repouso do Seu povo vem desde o princípio do Mundo. Qual era o plano de Deus? Que a Terra criada, destinava-se a ser o lar de repouso do homem por toda a eternidade. E o que aconteceu? Entrou o pecado no mundo, e o homem consequentemente deixou de ter o repouso. Passou a ter dores, angústias, lutas e aflições. Nada de paz e repouso.
Deus, no entanto, prometeu repouso aos Israelitas, quando saíram do Egipto. Possuiriam terra própria, os seus lares, viveriam numa comunidade dirigida por Deus, enfim entrariam no repouso. Na condição de permanecerem fiéis a Deus. Tal não ocorreu, e Josué não lhes pode dar o repouso na “terra que mana leite e mel”. A entrada no repouso de Deus, portanto, ainda está no futuro. De outra feita, sob Salomão e David, Deus queria dar repouso ao Seu povo. A incredulidade, porém, impediu tal propósito.
Chegamos, então, à situação mencionada em Hebreus 4: e que é a mesma de hoje, e o será até ao glorioso dia da Vinda de Jesus. Agora o Senhor concede esse repouso a cada alma individualmente, pela fé. “Hoje” – cada dia – Deus nos chama para entrarmos naquele repouso. Quando o homem angustiado e perdido abandona os seus próprios esforços e lutas, as suas próprias obras, a sua justiça própria e os seus pecados e se rende inteiramente a Deus através de Cristo e da Sua justiça imaculada, o homem entra no princípio desse repouso, e esse repouso se completará quando o homem entrar na Terra renovada por ocasião da Segunda Vinda de Cristo. Jesus diz aos angustiados que se dirijam a Ele, e acharão “descanso para a sua alma”.
Conclusão: a única razão de ser mencionado o Sábado nessa passagem, é o facto de ser o Sábado um penhor do eterno repouso de Deus, quando o Seu plano se completar, na redenção. “Resta ainda um repouso para o povo de Deus” (v.9). É o repouso do pecado, das angústias e frustrações da vida neste mundo condenando. É o repouso refrigerante da alma redimida, na eternidade.

24/07/08

CRIANÇAS, VELHOS E MALDIÇÃO NA NOVA TERRA

Qual o significado do texto de ISAÍAS 65:20?

Isaías 65:20 – Não haverá mais nela criança de poucos dias, nem velho que não cumpra os seus dias; porque o menino morrerá de cem anos; porém o pecador de cem anos será amaldiçoado.
Devemos ter em mente que uma boa parte das profecias do Velho Testamento é de duplo cumprimento: um local e outro futuro. Um refere-se ao Israel literal, outro ao Israel espiritual.
Isaías 65:17-25, o Profeta fala sobre os novos céus e a nova terra que Deus Se proporia instaurar se Israel atendesse às mensagens dos profetas e cumprisse o propósito divino, após a libertação do cativeiro. Isto, no entanto, não aconteceu. Ao contrário, Israel falhou.
Em Israel não se cumpriram as condições da nova terra. Temos, então, de encontrar a aplicação futura. É fácil concluir que esses versículos apontam para novos céus e Terra Restaurada a serem estabelecidos no fim do milénio.
O texto de Isaías 65:20 (cabeçalho), como está na Edição Revista e Actualizada no Brasil: “Não haverá mais nela (na Nova Terra) criança para viver poucos dias, nem velho que não cumpra os seus dias; porque morrer aos cem anos é morrer ainda jovem, e quem pecar só aos cem anos será amaldiçoado”.
Interpretando a passagem em relação ao Israel literal (histórico), nota-se pelas expressões “não haverá criança para viver poucos dias”, que Deus prometia acabar com a mortalidade infantil. Não haveria mortes prematuras. Os anciãos não morreriam antes de terem vivido todo o período designado por Deus.
Da mesma forma, os jovens não morreriam antes de terem vivido o tempo determinado pelo Senhor – um período fixado em cem anos. Tal seria a situação de Israel, caso obedecesse à vontade do Senhor.
Face ao fracasso de Israel, e como Deus está agora a realizar o Seu propósito através da Igreja Cristã, esta passagem do livro do profeta Isaías não se cumprirá com aqueles pormenores. O Novo Testamento esclarece bem este ponto.
Nos novos céus e a na Nova Terra a serem instaurados no fim do milénio, não haverá morte de modo algum, como se lê: Apocalipse 21:1 a 4 – “E VI um novo céu, e uma nova terra. Porque já o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe.
E eu, João, vi a santa cidade, a nova Jerusalém, que de Deus descia do céu, adereçada como uma esposa ataviada para o seu marido. E ouvi uma grande voz do céu, que dizia: Eis aqui o tabernáculo de Deus com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo Deus estará com eles, e será o seu Deus. E Deus limpará de seus olhos toda a lágrima; e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas.”
Não há maldição alguma, em nenhuma idade. O sentido foi ampliado para o infinito.
Conforme as Escrituras, o Evangelho do Reino será proclamado a todo o Mundo, Jesus virá, destruirá os ímpios, mas levará os fiéis para o Céu. Mil anos mais tarde, o Senhor voltará, ressuscitará oa ímpios, executará o castigo final, RECRIARÁ A TERRA e a entregará aos salvos glorificados, para que se torne a sua habitação por toda a eternidade.
Desta maneira, quando uma passagem da Bíblia é comparada com outras passagens paralelas (ou relativas ao mesmo assunto), e os planos e propósitos de Deus são interpretados em primeiro lugar em relação ao Israel literal, e depois com referência à Igreja Cristã (Israel espiritual), verifica-se que existe perfeita harmonia entre os textos que descrevem acontecimentos futuros e assuntos paralelos.

PROMESSA PARA ISRAEL: Isaías 65:20
1- Novos céus e nova terra (melhores condições climáticas e ecológicas).
2- Generoso limite para a vida humana.
· Não morreriam criancinhas, jovens e os anciãos completariam os seus dias de 100 anos.
· Para o pecador, a maldição o atingiria aos cem anos. Quando morresse, estaria selada a sua punição.
Nota: Israel falhou, e as promessas não foram concretizadas.


PROMESSA PARA OS CRISTÃOS (Apocalipse 21:4; 22:3)
1- Novos céus e Nova Terra (condições paradisíacas).
2- Nenhum limite para a vida.
· Não existirá morte para ninguém (crianças ou velhos).
· Não haverá mais qualquer maldição.
Nota: Os fiéis não falharão, e habitarão na Nova Terra.

22/07/08

ESPÍRITOS EM PRISÃO

INTRODUÇÃO
1ª Pedro 3:19,20 - No qual também foi, e pregou aos espíritos em prisão. Os quais noutro tempo foram rebeldes, quando a longanimidade de Deus esperava nos dias de Noé, enquanto se preparava a arca; na qual poucas (isto é, oito) almas se salvaram pela água.
"ESPÍRITOS EM PRISÃO". Esta frase tem confundido a muitos, porque têm a ideia de que um espírito seja um homem ´desencarnada' , existente algures numa região inferior. Daí dizerem que, entre a crucifixão e a ressurreição, Jesus foi a esse lugar, seleccionou os espíritos dos antediluvianos dos dias de Noé, e pregou, concedendo-lhes segunda oportunidade de salvação. Isto envolve os erros da consciência na morte; da existência de um lugar, como seja o purgatório; da possibilidade de uma segunda oportunidade; da descida de Cristo ao inferno, suposto local dos espíritos desencarnados.

"Nos dias de Noé". Aqui está a chave para se descobrir a época da pregação. Noé foi o instrumento usado por Cristo e pelo Espírito, e por ele a mensagem do arrependimento foi pregada, antes do Dilúvio: "O Apóstolo Pedro passa do exemplo de Cristo ao do mundo antigo, e apresenta aos judeus, a quem escrevia, o acontecimento referente aos que creram na pregação de Cristo por intermédio de Noé, e obedeceram - atitude bem diversa daquela dos que continuaram desobedientes e descrentes - dando a entender aos judeus que eles se encontravam sob sentença semelhante. Deus não iria suportar por muito mais tempo". - Mathew Henry.

Noé foi um "pregador da justiça" (2ª Pedro 2:5) e de Génesis 6:3 ressalta bem claro que o Espírito de Deus estava com ele.

Se compararmos Lucas 4:18-21; Isaías 42:7 e 61:1 veremos que Jesus compreendia que a obra que deveria realizar era a "abertura da prisão aos presos". Achavam-se ligados em pecado, e Cristo devia fazer essa obra, porquanto sobre Ele estava "o Espírito de Jeová". O que Jesus fez durante o Seu ministério, foi feito por Noé na sua época.

Adam Clarke, concluíndo pela impossibilidade de se tratar de "espíritos desencarnados", diz que a frase "os espíritos dos justos aperfeiçoados" (Hebreus 12:23) "certamente se refere a homens justos, e homens que estão na igreja militante; e o Pai dos ´espíritos´(Hebreus 12:9) é uma referência a homens ainda no corpo; e o ´Deus dos espíritos de toda a carne´(Números 16:22 e 27:16) significa homens, não em estado desencarnados".

O Dr. Pearson, da Ingreja Anglicana, diz: "É certo, pois, que Cristo pregou àquelas pessoas que nos dias de Noé era desobedientes, em todo o tempo em que a ´longanimidade de Deus esperava´e, consequentemente, enquanto era oferecido o arrependimento, e é igualmente certo que Ele nunca lhes pregou depois de terem morrido".

Vemos assim que mesmo eminentes teólogos, que acreditam na imortalidade da alma, admitem que essa passagem não ensina a doutrina da alma imortal. (Revista Adventistas, Março de 1963, ps. 31,32.

Quem eram esses "espíritos em prisão" e como Cristo lhes pregou é correctamente explicado por João Wesley: " Por meio de que Espírito pregou Ele? - Através do ministério de Noé, aos espíritos em prisão - os homens perversos antes do Dilúvio. ... Quando a longanimidade de Deus esperava? - Durante cento e vinte anos, por todo o tempo em que estava a ser preparada a Arca; quando então Noé os admoestava a que fugissem da ira futura." - Explanatory Notes Upon the New Testament, p. 615.

03/07/08

A PARÁBOLA DO RICO E LÁZARO

INTRODUÇÃO: Prova esta parábola a imortalidade da alma? Como entender este assunto, que nos deixa perplexos?
Ver Lucas 16:19-31.


A parábola do rico e Lázaro representa os mortos como indo para um estado intermediário, onde os justos são tratados amorosamente por Abraão, num lugar chamado ´seio de Abraão´; e os ímpios, num outro lugar, mantidos numa condição de tormento. Ambos estão em tal situação que se podem ver, até manter uma conversa, embora separados por um grande abismo ao qual ninguém pode atravessar.
O que se revela interessante nesta parábola é o facto de ser a única relatada deste género. É o único lugar nas Escrituras onde se menciona um tal lugar como o ´seio de Abraão´, ou onde os ímpios são descritos como sofrendo agora em tormentos por causa dos seus pecados, ou onde os mortos são representados como num contínuo estada de consciência.
Em primeiro lugar, devemos ter consciência que esta história é uma parábola. Este facto é revelado pelo próprio contexto bíblico que apresenta uma série de cinco parábolas em Lucas 15 e 16. Este relato do rico e Lázaro é reconhecido como uma parábola por estudiosos da Bíblia e é assim apresentada na relação de parábolas bíblicas constante nos livros de Estudos Bíblicos, Comentários, etc.
É óbvio que uma doutrina não pode ser estabelecida com base numa parábola. Os detalhes desta parábola não provam a condição dos mortos assim como a parábola das dez virgens não provam que os membros da igreja se dividirão exactamente num proporção de metade salvos e metade perdidos.
Ao examinarmos as condições declaradas nesta alegoria, encontraremos provas adicionais de que esta parábola não representa as condições da morte.
Estão os ímpios mortos a sofrer actualmente? Descobrimos que não estão, pois estão reservados ´para o dia do juízo´(2ª Pedro 2:9). Se estão reservados para serem punidos, então é porque não o estão a ser agora. Nem mesmo os demónios estão a ser punidos presentemente. Eles também estão ´reservados…para o juízo do grande dia´(Judas 6). Os demónios disseram mesmo a Jesus: ´Viestes aqui atormentar-nos antes do tempo?´ (Mateus 8:29). Chegará o dia em que todos os transgressores serão punidos, contudo sabemos que este tempo ainda não é chegado.
Estão os mortos conscientes? Esta parábola representa os mortos como estando num estado de consciência e tendo a possibilidade de falar, de ouvir, sede e sentimentos, bem como manifestam interesse por aqueles que ainda estão vivos. Todas estas coisas, a Bíblia declara que os mortos não podem fazer.
´O seio de Abraão´. Sabemos que não existe um lugar literal com esse nome como prova disso apresentamos os seguintes exemplos:
1- As Escrituras dizem claramente que os mortos não sabem coisa nenhuma; que eles não amam, nem estão conscientes sobre o que se passa com os vivos. Não podem manter vias as suas próprias almas, de modo que almas mortas saga significa (Ezequiel 18:20; Tiago 5:20).
2- Só na Segunda Vinda de Jesus os ´bons” e os ´maus´ serão separados. É nessa ocasião, disse Jesus, que Ele separará as ovelhas dos bodes – os justos dos ímpios – e convidará os justos a tomarem posse da sua recompensa (Mateus 25:31-34).
3- Abraão, representado como aquele que tem a responsabilidade desse local e como o que fala das necessidades e condições daqueles que ainda vivem, nada sabe a nosso respeito. A Bíblia diz que Deus é nosso Pai, ´ainda que Abraão não nos conhece´ (Isaías 63:16). Ele não nos conhece porque todos os mortos estão inconscientes do que se passa entre os vivos: ´Os mortos não sabem coisa alguma´. Eclesiastes 9:5.
Os homens morrem e vão para a sepultura. Dormem no pó da terra até ao dia da Ressurreição, ocasião em que serão chamados dos sepulcros. Esta verdade, não deixa lugar para a existência de um local intermediário tal como descrito nesta parábola. Assim, precisamos de a compreender como uma alegoria apresentada por Jesus para ensinar uma lição importante.
Para que propósito foi dada esta parábola do rico e de Lázaro? A resposta é evidente. De uma forma vívida revela como termina o tempo de graça para o homem com a morte. Após a morte não há segunda oportunidade. Esta parábola serve para demonstrar o desespero futuro dos infiéis.
Que o homem tem todas as evidências da verdade necessárias nesta vida é evidenciado na parábola: ´Eles têm Moisés e os profetas (as Escrituras)…Se não ouvem a Moisés e aos profetas, tão pouco se deixarão persuadir, ainda que ressuscite alguém dentre os mortos´.
Os homens determinam o seu destino para sempre nesta vida. Esse destino estabelecido é representado pelo ´grande abismo´ da parábola. Tal abismo não pode ser ultrapassado por qualquer mortal após ter passado o tempo de graça que lhe é assegurado nesta vida.
Que há um fim ao tempo de graça concedido por Deus é evidente pelo facto de que os anjos caídos deixaram de estar sob a graça, mas reservam-se para o juízo, quando serão punidos. Deus é um Deus de justiça e de misericórdia, e para aqueles que pecaram e persistem no pecado, recusando a concedida misericórdia, o juízo ser-lhes-á aplicado. Esse facto é realçado na parábola.



27/06/08

QUANDO RECEBEMOS A VIDA ETERNA?

Filipenses 1:20 a 24 – Segundo a minha intensa expectação e esperança, de que em nada serei confundido; antes, com toda a confiança, Cristo será, tanto agora como sempre, engrandecido no meu corpo, seja pela vida, seja pela morte. Porque para mim o viver é Cristo, e o morrer é ganho. Mas, se o viver na carne me der fruto da minha obra, não sei então o que deva escolher. Mas de ambos os lados estou em aperto, tendo desejo de partir, e estar com Cristo, porque isto é ainda muito melhor. Mas julgo mais necessário, por amor de vós, ficar na carne.

Ao ler este texto, ficamos com a impressão que o Apóstolo Paulo ensina que o crente vai para o Céu assim que morre. Como compreender esta passagem bíblica?

A carta escrita à Igreja de Filipos, durante a prisão de Paulo em Roma. Paulo tinha estado preso pelo Evangelho em Jerusalém, perseguido em diferentes lugares e não tinha cessado de anunciar as Boas Novas. Anos se tinham passado, os crentes de Filipos e de outras igrejas fundadas pelo Apóstolo estavam muito preocupados com aquele que lhes tinha levado a esperança e o consolo da vida eterna em Jesus.
Por esta razão Paulo afirma: Filipenses 1:12 – ´E quero, irmãos, que saibais que as coisas que me aconteceram contribuíram para maior proveito do evangelho.´ É neste contexto, que o Apóstolo escreve (vs. 20 a 24). A sua vida está completamente centrada em Cristo, ele está disposto a fazer o que for melhor para magnificar a Cristo, continuar os seus labores com o seu Senhor ou morrer. Para ele o viver é Cristo. A morte, se Cristo assim o permitir, é ganho, não somente para ele pessoalmente, mas também para o Evangelho.
Se ele tivesse que fazer a escolha da vida ou da morte, não saberia qual escolher. ´Mas de ambos os lados estou em aperto, tendo desejo de partir, e estar com Cristo, porque isto é ainda muito melhor.´
Este versículo é o que faz surgir a pergunta: Ao morrer une-se o crente a Cristo? Por outras palavras, vai para o Céu quando morrer?
Muitos cristãos, baseados nesta passagem, conluiem uma resposta afirmativa. Verificando atentamente a afirmação de Paulo, não é claro que seja isto que ele quis dizer. Há duas coisas que o Apóstolo deseja: 1) partir, isto é, morrer, e 2) estar com Cristo. Não está a dizer que o primeiro desejo se cumpra ao mesmo tempo que o primeiro. Não é este o ponto da sua apresentação.
Encontramos noutras epístolas em que ele tratou este assunto, como por exemplo, em: 1ª Tessalonicenses 4:15 a 18 – ´Dizemo-vos, pois, isto, pela palavra do Senhor: que nós, os que ficarmos vivos para a vinda do Senhor, não precederemos os que dormem. Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor. Portanto, consolai-vos uns aos outros com estas palavras.´
É claramente afirmado, que a reunião de todos os crentes fiéis se dará por ocasião da gloriosa vinda de Cristo. É sabido que uma passagem bíblica, deve ser comparada com outras (hermenêutica) e Jesus consola os discípulos, quando estes tomam consciência que em breve ficariam sem o Senhor: João 14:1 a 3 – ´NÃO se turve o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito. Vou preparar-vos lugar. E quando eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos levarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também.´ Cristo afirma ´virei outra vez, e vos levarei para Mim mesmo, para que onde Eu estiver estejais vós também.´
Assim, disse-lhes que a reunião teria lugar na Sua segunda Vinda. Se a reunião acontecesse no momento da morte, Jesus teria dito: ´Já não falta muito para estarmos juntos para sempre, em breve alguns serão mortos por causa da vossa fé, outros morrerão de morte natural, e no momento da morte por qualquer causa que ocorra, vos reunireis comigo.´ Mas não foi isto que Jesus disse.
Paulo na passagem que estamos a apreciar não se pode contradizer, menos ainda, contradizer o que disse o Senhor Jesus, devemos concluir que ele esperava que o seu desejo de ´estar com Cristo” se cumprisse por ocasião da 2ª Vinda.
É importante acrescentar o seguinte: Quando os que dormem em Cristo – mortos que aceitaram a Jesus como Salvador pessoal – ressuscitarem, terão a sensação que tem uma pessoa que foi anestesiada para ser operada, a consciência que o tempo parou. Na morte não há consciência da passagem do tempo.
Ellen White afirma: ´Bendito descanso para o justo cansado! Seja longo ou breve o tempo, não é para eles senão um momento. Dormem, e são despertados pela trombeta para uma imortalidade gloriosa.´ O Conflito dos Séculos, p. 595.

SILÊNCIO NO CÉU

Apocalipse 8:1 – E, HAVENDO aberto o sétimo selo, fez-se silêncio no céu quase por meia hora.

Nesta passagem refere um silêncio no Céu durante meia hora. Estando esta passagem num contexto profético (dia-ano) dá uma semana, ou sete dias. No livro Primeiros Escritos, p. 16, diz que os remidos levam sete dias na ascensão ao Céu. Cristo, com as hostes angelicais, ao descer deve também demorar sete dias. Neste caso, serão, 14 dias, contando-se a descida e a subida. Não há aqui uma contradição?

Não há nenhuma contradição. O raciocínio apresentado a isso leva: a de que o tempo que Cristo e os anjos durará sete dias na 2ª Vinda. A velocidade de Cristo e da Sua corte angelical não será igual à dos remidos glorificados. ´Assim como o relâmpago sai do Oriente e se mostra até ao Ocidente, assim será a vido do Filho do Homem´. Rápida como um relâmpago.
Cristo é Deus e tem a faculdade de superar o tempo e o espaço. E os anjos? Lemos: Daniel 9:21 – ´Estando eu, digo, ainda falando na oração, o homem Gabriel, que eu tinha visto na minha visão ao princípio, veio, voando rapidamente, e tocou-me, à hora do sacrifício da tarde.´
Ora se no inicio de uma oração, o anjo recebe a ordem para sair do Céu e ir em auxílio de Daniel. A oração encontra-se em Daniel 9:4-19 e, no hebraico esta oração teria demorado cerca de 8 minutos.
Daniel ainda falava, quando o anjo Gabriel chegou. O mesmo acontecerá com os ´dez milhares´ de anjos que, segundo Primeiros Escritos, p. 16, descerão com Cristo. Assim, só nos resta o tempo da ascensão que, de facto, será de sete dias.

16/06/08

UMA VEZ SALVO, PARA SEMPRE SALVO?

Questão: Será que o pecador que aceita a Jesus, uma vez salvo, não se poderá nunca mais perder?
TEXTO BÍBLICO: João 10:27-29 - As minhas ovelhas ouvem a minha voz, e eu conheço-as, e elas me seguem. E dou-lhes a vida eterna, e nunca hão de perecer, e ninguém as arrebatará da minha mão. Meu Pai, que mas deu, é maior do que todos; e ninguém pode arrebatá-las da mão de meu Pai.

COMENTÁRIO: Esta declaração de Jesus significa que as Suas ovelhas não estão livres de perigo do inimigo, ninguém as poderá arrebatar das Suas mãos. Cristo tem poder para as guardar na medida que as suas vidas estejam dedicadas ao Senhor.

Todos corcodarão em que Deus concede ao pecador liberdade para escolher se aceitará ou rejeitará a salvação. Após ter aceite a Jesus como Salvador e ter sido perdoado dos pecados, Deus não suprimirá a liberdade da pessoa escolher o estilo de vida que deseje viver. A pessoa justificada poderá escolher permanecer salvo ou retornar à condição que tinha antes de ser salvo.

O tema da salvação, é apresentadao nas Sagradas Escrituras em três tempos verbais diferentes:
1- Passado - justificação obtida: Tito 3:5 - ´Não pelas obras de justiça que houvéssemos feito, mas segundo a sua misericórdia, nos salvou pela lavagem da regeneração e da renovação do Espírito Santo.´ Esta passagem, claramente indica que a pessoas é salva da penalidade do pecado.
2- Presente - justificação em operação: 1ª Corintios 1:18 - ´Porque a palavra da cruz é loucura para os que perecem; mas para nós, que somos (estamos sendo) salvos, é o poder de Deus.´ A pessoa está a passar por um processo de salvação, sendo liberta do poder do pecado.
3- Futuro - glofificação final: (1ª Pedro 1:5 - ´Que mediante a fé estais guardados na virtude de Deus para a salvação, já prestes para se revelar no último tempo.´ A pessoa será libertada total e definitivamente da própria presença do pecado.

A doutrina de que um cristão não poder perder a vida eterna tende a inspirar um sentimento de falsa segurança que poderá levar ao desastre. O Apóstolo Paulo admoestou contra esta situação ao dizer: 1ª Corintios 10:12 - ´Aquele, pois, que cuida estar em pé, olhe não caia.´ No contexto imediato ele lembra o exemplo da apostasia de muitos em Israel, mostrando que ´tudo isto lhes sobreveio como figuras, e estão escritas para aviso nosso.´ v. 11.
Ainda e à luz do triste exemplo de Israel, o próprio Apóstolo refere a possibilidade da su própria rejeição: 1ª Corintios 9:27 - ´Antes subjugo o meu corpo, e o reduzo à servidão, para que, pregando aos outros, eu mesmo não venha de alguma maneira a ficar reprovado

Neste contexto ler: 1ª Coríntios 9:23 a 10:14.

Desta maneira, convém lembrar as palavras de Paulo dirigidas ao gálatas: Gálatas 5:4 - ´Separados estais de Cristo, vós os que vos justificais pela lei; da graça tendes caístes.´ Os que cairam da graça é porque, anteriormente, estavam nela firmados.

Finalmente, como confirmação de qua a Bíblia aponta a possiblidade de uma pessoa genuínamente salva se poder perder no que diz respeito à salvação, é a constante exortação a perseverar na fé, examinemos as seguintes passagens:

Lucas 9:26 - Porque, qualquer que de mim e das minhas palavras se envergonhar, dele se envergonhará o Filho do homem, quando vier na sua glória, e na do Pai e dos santos anjos.

Mateus 24:13 - Mas aquele que perseverar até ao fim será salvo.

Colossenses 1:21-23 - A vós também, que noutro tempo éreis estranhos, e inimigos no entendimento pelas vossas obras más, agora contudo vos reconciliou. No corpo da sua carne, pela morte, para perante ele vos apresentar santos, e irrepreensíveis, e inculpáveis. Se, na verdade, permanecerdes fundados e firmes na fé, e não vos moverdes da esperança do evangelho que tendes ouvido, o qual foi pregado a toda criatura que há debaixo do céu, e do qual eu, Paulo, estou feito ministro.

1ª Timóteo 1:19 - Conservando a fé, e a boa consciência, a qual alguns, rejeitando, fizeram naufrágio na fé.

2ª Pedro 2:20-22 - Porquanto se, depois de terem escapado das corrupções do mundo, pelo conhecimento do Senhor e Salvador Jesus Cristo, forem outra vez envolvidos nelas e vencidos, tornou-se-lhes o último estado pior do que o primeiro. Porque melhor lhes fora não conhecerem o caminho da justiça, do que, conhecendo-o, desviarem-se do santo mandamento que lhes fora dado. Deste modo sobreveio-lhes o que por um verdadeiro provérbio se diz: O cão voltou ao seu próprio vômito, e a porca lavada ao espojadouro de lama.

1ª Corintios 15:1 - TAMBÉM vos notifico, irmãos, o Evangelho que já vos tenho anunciado; o qual também recebestes, e no qual também permaneceis. Pelo qual também sois salvos se o retiverdes tal como vo-lo tenho anunciado; se não é que crestes em vão.



12/06/08

TEM A PESSOA O DESTINO MARCADO?

Muitas pessoas acreditam no destino e dizem que quando acontece alguma coisa de extraordinário, já estava destinado. Será que uma criança quando nasce, Deus já lhe traçou o que lhe vai acontecer?

Não há dúvida, antes mesmo do nascimento de qualquer pessoa, Deus já sabe como será essa pessoa e quais os episódios que irão ser marcantes na sua vida. A questão é; acontece porque Deus determinou que assim fosse ou pelo uso que a pessoa fizer do livre arbítrio?

O Senhor tem um propósito geral para o Universo e para cada pessoa, mas Ele não estabelece o destino da pessoa, nem força a vontade humana, tanto no que diz respeito aos interesses eternos como em relação aos interesses temporais. Propomos a leitura de alguns textos bíblicos:
Josué 24:15 – Porém, se vos parece mal aos vossos olhos servir ao SENHOR, escolhei hoje a quem sirvais; se aos deuses a quem serviram vossos pais, que estavam além do rio, ou aos deuses dos amorreus, em cuja terra habitais; porém eu e a minha casa serviremos ao SENHOR.

Isaías 55:1 – Ó VÓS, todos os que tendes sede, vinde às águas, e os que não tendes dinheiro, vinde, comprai, e comei; sim, vinde, comprai, sem dinheiro e sem preço, vinho e leite.

João 1:12 – Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que crêem no seu nome.

João 7:37 – E no último dia, o grande dia da festa, Jesus pôs-se em pé, e clamou, dizendo: Se alguém tem sede, venha a mim, e beba.

Apocalipse 22:17 – E o Espírito e a esposa dizem: Vem. E quem ouve, diga: Vem. E quem tem sede, venha; e quem quiser, tome de graça da água da vida.

O propósito de Deus para todas as pessoas é que todos cheguem ao conhecimento da verdade e tenham uma vida feliz. Ver:

2ª Pedro 3:9 – O Senhor não retarda a sua promessa, ainda que alguns a têm por tardia; mas é longânime para connosco, não querendo que alguns se percam, senão que todos venham a arrepender-se.

João 10:10 – O ladrão não vem senão a roubar, a matar, e a destruir; eu vim para que tenham vida, e a tenham com abundância.

3ª João 1:2 – Amado, desejo que te vá bem em todas as coisas, e que tenhas saúde, assim como bem vai a tua alma.

Contudo, o Senhor não interfere na vontade individual, e cada pessoa colherá as consequências da maneira como emprega o livre arbítrio.

Naturalmente, os acontecimentos da vida estão sob o domínio de Deus, e Ele faz com que todas as coisas cooperem “para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o Seu propósito”. Romanos 8:28, também sucede que quando alguém se endurece no mal, o Senhor retira a Sua protecção dessa pessoa, e ela fica entregue ao domínio de Satanás. Não esqueçamos, porém, que em tudo isso a livre escolha da pessoa desempenha uma parte preponderante.

Para confirmar o que expomos vejamos estes três textos bíblicos:
Eclesiastes 9:11 – Voltei-me, e vi debaixo do sol que não é dos ligeiros a carreira, nem dos fortes a batalha, nem tampouco dos sábios o pão, nem tampouco dos prudentes as riquezas, nem tampouco dos entendidos o favor, mas que o tempo e a oportunidade ocorrem a todos.
Ezequiel 18:26 – Desviando-se o justo da sua justiça, e cometendo iniquidade, morrerá por ela; na iniquidade, que cometeu, morrerá.
Ezequiel 18:27 – Mas, convertendo-se o ímpio da impiedade que cometeu, e procedendo com rectidão e justiça, conservará este a sua alma em vida.
Todo o capítulo 28 de Deuteronómio constitui cabal demonstração de que é atitude e a vontade da pessoa que influem grandemente no seu bem-estar futuro, tanto nas questões materiais como espirituais.

“A cada nação, a cada indivíduo de hoje, tem Deus designado um lugar no Seu grande plano. …Todos estão pela sua própria escola decidindo o seu destino, e Deus governa acima de tudo para o cumprimento do Seu propósito.” Educação, p. 178 – Ellen G. White

“Ver um acontecimento no futuro não faz com que o mesmo ocorra, assim como ver um acontecimento no passado tão pouco o leva a ocorrer. Quanto aos eventos futuros, podemos dizer com Whedon: ´O conhecimento apanha-os, mas não os origina´” – Strong, Systhmatic Theology, p. 286.

PREDESTINAÇÃO, SIM OU NÃO?

Ao ler atentamente Romanos 8:28-30, parece fundamentar a crença na eleição bíblica. Ou seja, certas pessoas estão predeterminadas para a salvação e outras para a condenação eterna. Leiamos os textos bíblicos e analisemos este delicado assunto.

Romanos 8:28-30 – E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito. Porque os que dantes conheceu também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogénito entre muitos irmãos. E aos que predestinou a estes também chamou; e aos que chamou a estes também justificou; e aos que justificou a estes também glorificou.

HÁ textos que realmente parecem apoiar a doutrina Calvinista dos decretos irreversíveis de Deus. no entanto, o assunto poderá ser melhor entendido partindo desta premissa: Deus predestina carácter, e não pessoas. Carácter que Deus possa usar e desenvolver dentro do Seu plano.

Cada nome escrito no livro da vida do Cordeiro (Apocalipse 13:8 - E adoraram-na todos os que habitam sobre a terra, esses cujos nomes não estão escritos no livro da vida do Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo.) é o nome de um carácter. Desses vários caracteres Deus tem os seus filhos. Essas pessoas viveram e vivem nesta terra sob aceitando a graça de Deus.

O carácter está no livro da vida desde o princípio. De um desses caracteres inscritos no livro da vida Deus chamou Caim, por exemplo. Caim, contudo, fracassou, e alguém foi chamado para tomar o seu lugar. Isto está claro em (Apocalipse 3:11 - Eis que venho sem demora; guarda o que tens, para que ninguém tome a tua coroa). Esse “tomar” significa substituição. Certamente Deus não nos admoestaria dessa forma, a menos que estivéssemos em perigo.

Tendo em mente esta verdade, isto é, que Deus elege caracteres e não pessoas, não é difícil entender-se os textos (aparentemente) difíceis como (Romanos 9:18-23 - Logo, pois, compadece-se de quem quer, e endurece a quem quer. Dir-me-ás então: Por que se queixa ele ainda? Porquanto, quem tem resistido à sua vontade? Mas, ó homem, quem és tu, que a Deus replicas? Porventura a coisa formada dirá ao que a formou: Por que me fizeste assim? Ou não tem o oleiro poder sobre o barro, para da mesma massa fazer um vaso para honra e outro para desonra? E que direis se Deus, querendo mostrar a sua ira, e dar a conhecer o seu poder, suportou com muita paciência os vasos da ira, preparados para a perdição. Para que também desse a conhecer as riquezas da sua glória nos vasos de misericórdia, que para glória já dantes preparou). Onde Paulo fala de ´vasos de ira, preparados para a perdição´ em contraste a ´vasos de misericórdia, para a glória que preparou de antemão´. Ambos os tipos de vasos foram eleitos, como caracteres, mas os de ira não permaneceram na condição de graça para que se desenvolvessem dentro do plano divino.

Nestes textos apresenta-se o soberano poder de Deus, o Seu direito de agir, a Sua longanimidade, a Sua bondade. Poderíamos exemplificar com o caso de Faraó. Ele não nasceu predeterminado para a destruir os israelitas, mas Deus consentiu que subisse ao trono para Ele (Deus) pudesse demonstrar o Seu poder e a Sua glória através de Faraó. Faraó teve o privilégio de presenciar o poder e a glória de Deus. Poderiam tais prodígios ter tocado o coração deste homem e levá-lo à obediência a Deus como o fez Nabucodonosor. Infelizmente assim não foi!

Outro ponto a considerar: que o destino de cada pessoa não é pré-determinado evidencia-se claramente em (II Pedro 1:10) - Portanto, irmãos, procurai fazer cada vez mais firme a vossa vocação e eleição; porque, fazendo isto, nunca jamais tropeçareis,). Se o destino eterno de uma alma fosse fixado irrevogavelmente, como poderia ela ser exortada a tornar firme o seu destino? Ou como entenderíamos (Hebreus 3:14 - Porque nos tornamos participantes de Cristo, se retivermos firmemente o princípio da nossa confiança até ao fim.) Ou ainda (Mateus 24:13 - Mas aquele que perseverar até ao fim será salvo)?

Ainda sobre o carácter, assiste-nos a faculdade de escolher o carácter que quisermos, e todos são convidados a escolher o que é recto, para a nossa salvação. (João 3:16 - Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigénito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.) e (Apocalipse 22:17 - E o Espírito e a esposa dizem: Vem. E quem ouve, diga: Vem. E quem tem sede, venha; e quem quiser, tome de graça da água da vida). Sem dúvida, sendo Deus Omnisciente, Ele sabe de antecedência que será salvo e quem se perderá. Para estudo a aprofundar, deixamos os seguintes textos:
Êxodo 20:6; Isaías 55:7; Ezequiel 33:11; 2ª Pedro 3:9.

Não nos estenderemos mais, convidamos a ler o seguinte pensamento: “A formação de um carácter nobre é obra de uma vida inteira, e deve ser o resultado de um esforço diligente e perseverante. Deus dá as oportunidade; o êxito depende do aproveitamento das mesmas.” Ellen G. White, Patriarcas e Profetas , p. 454.

Conclusão: Em Romanos 8:28-30 ensina o seguinte: que Deus pode conduzir aos Seus legítimos fins, às Suas verdadeiras metas todos aqueles que se Lhe submetem e aceitam os Seus planos e caminhos. Considerada no seu sentido correcto, a eleição bíblica ou predestinação é um assunto deveras confortador; considerada de maneira incorrecta, é desanimadora para a vida cristã.

09/06/08

SEPARADO ANTES DE NASCER

Tendo sido o Apóstolo Paulo separado por Deus, antes mesmo de nascer, porque razão só na estrada de Damasco, veio a conhecer o Evangelho e aceitá-lo? Como compreender Gálatas 1:15?

* - Mas, quando aprouve a Deus, que desde o ventre de minha mãe me separou, e me chamou pela sua graça.
Deus tinha o propósito de usar Paulo como Seu representante entre os gentios, mesmo antes de eles nascer. Naturalmente, esse propósito estava subordinado ao próprio critério do Apóstolo. Deus, de antemão, sabia que Paulo responderia ao chamado, quando este atingisse o seu coração.
O plano do Apóstolo era totalmente diferente do de Deus para a sua vida. O que aconteceu na estrada de Damasco, aconteceu como uma grande surpresa. No entanto, o descendente da tribo de Benjamim aceitou e reconheceu essa experiência como um acto especial da Providência divina, "convidando-o a seguir o plano traçado para a sua vida".
"Que me separou". Diz o Comentário Bíblico Adventista: "A evidência textual está dividida entre esta e a tradução: ´o que me pôs à parte´, isto é, para o ministério evangélico. Desde o nascimento, a educação e o treino de Paulo, a crença e a prática, tinham sido segundo a tradição do judaísmo (v. 14). Nada na sua experiência de vida o predispunha a rejeitar o sistema legal; de facto, cada coisa o motivava a continuar a praticar o que tinha feito até ali. Do ponto de vista humnao não havia explicação satisfatória para a sua mudança de crença na salvação pela lei para a salvação mediante a fé. A mudança pode ser atribuída únicamente à directa intervenção de Deus."

ESTAVA JUDAS PREDESTINADO?

Uma das questões frequentes; estaria Judas destinado a ser o traidor? Se sim, não teve culpa, porque não passou de um instrumento para cumprir o plano divino.

Judas não foi predestinado para trair Jesus. Em nenhum lugar na Bíblia se diz que Deus determinara a traição de Cristo. A traição foi prevista, ocorreu. O próprio Jesus sabia de antemão quem o ia trair, e revelou o facto antes que acontecesse. Ver:

* Mateus 26:20-25 - E, chegada a tarde, assentou-se à mesa com os doze. E, comendo eles, disse: Em verdade vos digo que um de vós me há de trair. E eles, entristecendo-se muito, começaram cada um a dizer-lhe: Porventura sou eu, SENHOR? E ele, respondendo, disse: O que põe comigo a mão no prato, esse me há de trair. Em verdade o Filho do homem vai, como acerca dele está escrito, mas ai daquele homem por quem o Filho do homem é traído! Bom seria para esse homem se não houvera nascido. E, respondendo Judas, o que o traía, disse: Porventura sou eu, Rabi? Ele disse: Tu o disseste.

* Lucas 22:19-23 - E, tomando o pão, e havendo dado graças, partiu-o, e deu-lho, dizendo: Isto é o meu corpo, que por vós é dado; fazei isto em memória de mim. Semelhantemente, tomou o cálice, depois da ceia, dizendo: Este cálice é o novo testamento no meu sangue, que é derramado por vós. Mas eis que a mão do que me trai está comigo à mesa. E, na verdade, o Filho do homem vai segundo o que está determinado; mas ai daquele homem por quem é traído! E começaram a perguntar entre si qual deles seria o que havia de fazer isto.

* Marcos 14:17-21 - E, chegada a tarde, foi com os doze. E, quando estavam assentados a comer, disse Jesus: Em verdade vos digo que um de vós, que comigo come, há de trair-me. E eles começaram a entristecer-se e a dizer-lhe um após outro: Sou eu? E outro disse: Sou eu? Mas ele, respondendo, disse-lhes: É um dos doze, que põe comigo a mão no prato. Na verdade o Filho do homem vai, como dele está escrito, mas ai daquele homem por quem o Filho do homem é traído! Bom seria para o tal homem não haver nascido.

* João 13:21-30 - Tendo Jesus dito isto, turbou-se em espírito, e afirmou, dizendo: Na verdade, na verdade vos digo que um de vós me há de trair. Então os discípulos olhavam uns para os outros, duvidando de quem ele falava. Ora, um de seus discípulos, aquele a quem Jesus amava, estava reclinado no seio de Jesus. (Então Simão Pedro fez sinal a este, para que perguntasse quem era aquele de quem ele falava. E, inclinando-se ele sobre o peito de Jesus, disse-lhe: Senhor, quem é? Jesus respondeu: É aquele a quem eu der o bocado molhado. E, molhando o bocado, o deu a Judas Iscariotes, filho de Simão. E, após o bocado, entrou nele Satanás. Disse, pois, Jesus: O que fazes, faze-o depressa. E nenhum dos que estavam assentados à mesa compreendeu a que propósito lhe dissera isto. Porque, como Judas tinha a bolsa, pensavam alguns que Jesus lhe tinha dito: Compra o que nos é necessário para a festa; ou que desse alguma coisa aos pobres. E, tendo Judas tomado o bocado, saiu logo. E era já noite.

O plano divino não obrigava A, B, ou C a trair Jesus, mas o Senhor sabia que isto iria acontecer, e o confirmou. Aconteceu por sorte ou por azar, Judas entrar no enredo. Contudo, o traidor agiu livre e conscientemente na sua acção infeliz, e por isso foi culpado.

Diz o Ellen G. White: "O Salvador lia o coração de Judas. Sabia as profundezas da iniquidade a que, se o não livrasse a graça de Deus, havia de imergir. ... Abrisse ele o coração a Cristo, e a graça divina baniria o demónio do egoísmo, e mesmo Judas se poderia tornar um súbdito do Reino de Deus." O Desejado de Todas as Nações, p. 215.


Agiu, portanto, conscientemente.


03/06/08

FOI O BOM LADRÃO NAQUELE DIA PARA O CÉU?

OBJECÇÃO: “CRISTO DISSE AO LADRÃO NA CRUZ QUE ESTARIA COM ELE NO PARAÍSO” (Ver Lucas 23:43).

O texto, nas traduções portuguesas correntes, reza assim: “Disse-lhe Jesus: em verdade te digo que hoje estarás comigo no Paraíso”. Os crentes na doutrina de almas ou espíritos imortais apresentam ousadamente 1ª Pedro 3:18,20 numa tentativa de provarem que quando Cristo morreu na cruz desceu a pregar a certas almas perdidas que se encontravam no inferno. Mas essa pretensão manifesta-se logo desprovida de fundamento quando nos é apresentado este texto de Lucas 23:42 e se pretende que quando Cristo morreu na cruz foi imediatamente para o Paraíso. Cremos que Cristo não foi para o Paraíso naquela sexta-feira da crucificação, e pelos seguintes motivos:

Se o leitor comparar Apocalipse 2:7 com Apocalipse 22:1,2, verá que o Paraíso é onde está o “trono de Deus”. Portanto se Cristo foi para o Paraíso naquela sexta-feira à tarde, Ele foi para a própria presença de Deus; mas Cristo mesmo, na manhã da ressurreição, declarou a Maria, ao cair ela aos Seus pés para O adorar: “Não me detenhas (me toques) porque ainda não subi para Meu Pai, mas vai para Meus irmãos, e dize-lhes que Eu subo para Meu Pai e vosso Pai, Meu Deus e vosso Deus”. (João 20:17). Estas palavras de Cristo concordam perfeitamente com as palavras do anjo às mulheres que foram à sepultura: “Vinde, vede o lugar onde o Senhor jazia”. (Mateus 28:6). Ele tinha jazido na sepultura e esse foi o motivo porque disse na manhã da ressurreição: “Ainda não subi para Meu Pai”.

Temos, portanto, de ser colocados na embaraçante posição de tentar decidir se aceitamos as declarações feitas às mulheres por Cristo e pelo anjo na manhã da ressurreição, ou a declaração feita por Jesus ao ladrão na sexta-feira à tarde? Não, Cristo não se contradisse. Notai que a conjunção “que” não aparece no original deste versículo. Os nossos tradutores usaram o seu melhor critério em colocá-la onde a colocaram, mas o seu trabalho não foi certamente inspirado. Por isso não necessitamos de nos ater a essa introdução feita recentemente pelos tradutores, quando nos esforçarmos por determinar o pensamento dos escritores de há mais d 19 séculos.

Se os tradutores, que em geral fizeram excelente trabalho, tivessem posto o “que” de Lucas 23:43 depois de “hoje” em vez de depois de “digo”, não estaríamos em presença de uma contradição aparentemente insolúvel. As palavras de Cristo poderiam então ser correctamente compreendidas assim: Na verdade te digo hoje (neste dia em que parece que sou abandonado por Deus e pelos homens e morro como um criminoso comum) que tu estarás comigo no Paraíso. Em vez de ficar desprovida de sentido, a palavra “hoje” adquire um significado real.

Portanto, Cristo disse, segundo a língua original: Em verdade te digo hoje, comigo estarás no Paraíso – e não “que hoje”.

Construção da frase semelhante ocorre nos escritos do profeta Zacarias: “Voltai à fortaleza, ó presos de esperança: também hoje vos anuncio que vos recompensarei de dobro”. (Zacarias 9:12). O contexto mostra que a expressão “dobro” não devia ocorrer naquele próprio (hoje), mas era um acontecimento futuro. É evidente que “hoje” qualifica “declaro”, da mesma sorte que em Lucas 23:43 “hoje” qualifica “digo”, o que não só é gramaticalmente correcto, mas paralelo à linguagem de Zacarias. Não há pois contradição entre a mensagem dada ao ladrão e a comunicada a Maria. E, devemos acrescentar, não há entidade consciente introduzindo-se no Paraíso naquela triste sexta-feira à tarde.

ACERCA DO ESTADO INCONSCIENTE DO HOMEM NA MORTE

OBJECÇÃO: Quando Estêvão foi martirizado, orou: “Senhor Jesus, recebe o meu espírito2. Actos 7:59. Cristo na cruz disse: “Pai, nas Tuas mãos entrego o Meu espírito”. Lucas 23:46. Isto prova que na morte o homem real, ou seja, a entidade imortal chamada “espírito”, deixa o corpo.

A palavra aqui traduzida por “espírito” deriva da palavra grega pneuma, o que sucede sempre que se lê “espírito” no Novo Testamento. O sentido primário de pneuma é “vento, ar”, e como a vida está associada tão intimamente com o ar que respiramos, penuma pode também significar “vida”. Não há nada na palavra pneuma que sugira uma entidade imaterial, consciente.

Estêvão não orou: “Recebe-me. Isto é muito significativo, porque certamente nesta oração está falando o homem real, e não apenas o invólucro, o corpo. Se Estêvão acreditasse que os justos vão para o Céu por altura da morte, seria legítimo esperar que ele orasse: “Recebe-me na glória”. Mas Estêvão, o ser animado – o seu pneuma, a sua vida.

Estêvão sabia que a sua vida era um dom de Deus. Ele podia dizer, como Job: “O espírito de Deus me fez. (Job 33:4). Este grande dom estava prestes a deixá-lo, e ele desejava confiá-lo à guarda de Deus agora que já não podia retê-lo por mais tempo. Ele acreditava na verdade, mais tarde expressa por Paulo: “A vossa vida está escondida com Cristo em Deus. Quando Cristo, que é a nossa vida, Se manifestar, então também vós vos manifestareis com Ele em glória”. (Col. 3:3,4). Estêvão sabia que no dia da ressurreição receberia de novo a vida, a vida imortal.

A maior parte do que acaba de ler-se acerca das palavras de Estêvão aplica-se, com toda a evidência, também às palavras de Cristo. Ele confiou à guarda de SEU Pai a vida que estava prestes a depor pelos pecados do mundo. na manhã da ressurreição o anjo de Deus O chamou desde o novo túmulo de José, para retomar a vida que voluntariamente tinha deposto. Assim lemos que Estêvão ao render o espírito, adormeceu. (Col. 7:60).

30/05/08

DEBAIXO DA LEI OU DA GRAÇA?


AGRADECEMOS a sua questão, ela é de facto pertinente, tanto mais que no Blogue Tempo PROFÉTICO...Tempo de CURA, damos muito realce a estudos bíblicos relativos à Lei de Deus e ao Sábado.
O texto que menciona Romanos 6:14: "Porque o pecado não terá domínio sobre vós, pois não estais debaixo da lei, mas debaixo da graça. "

O QUE SIGNIFICA ESTAR DEBAIXO DA LEI?

Não há outra forma de o dizer: ´é estar sob a pena da lei, é estar condenado, ou no mínimo estar sob acusação´. Uma pessoa que é apanhada em excesso de velocidade, infracção da lei, ela está sujeita a uma coima mais ou menos pesada, tudo dependendo do que estipula a lei.

Quando este motorista satisfizer a pena, esta deixa de existir. O culpado fica com o direito de conduzir, volta a estar ´debaixo da graça de conduzir´, a usufruir da lei civil de transitar. Todas as restrições lhe serão retiradas enquanto obedecer ao código da estrada.

Neste texto de Romanos 6:14, o Apóstolo Paulo dirige-se aos cristãos de Roma, eram crentes, pessoas que tinham aceite a Jesus como Salvador pessoal, veja o texto a seguir: Romanos 6:2,3 - De modo nenhum. Nós, que estamos mortos para o pecado, como viveremos ainda nele? Ou não sabeis que todos quantos fomos baptizados em Jesus Cristo fomos baptizados na sua morte?

Ou seja para eles os prazeres do mundo tinham sido enterrados no momento do baptismo, o baptismo fora o testemunho público que deram que em Cristo iam viver uma vida nova, uma vida sem transgredir as ordenanças de Deus. Sob o poder de Deus se tinham colocado e d´Ele receberiam poder para não transgredir. No mesmo capítulo o Apóstolo realça mais dois versículos: Romanos 6:17,18 - Mas graças a Deus que, tendo sido servos do pecado, obedecestes de coração à forma de doutrina a que fostes entregues. E, libertados do pecado, fostes feitos servos da justiça.

Esta expressão ´obedecestes de coração à forma de doutrina´refere-se sem margens para dúvida que eles agora obedeciam à Lei de Deus. Por esta razão, os crentes de Roma estavam libertos dos pecados, isto é, livres da condenação da lei enquanto obedecessem pela graça de Cristo. A Lei de Deus não os salvaria, a Lei de Deus aponta o pecado, aponta também o meio de ser resgatado da penalidade, Cristo Jesus. Aceitando Jesus no coração, aceita o poder para viver sem transgredir.

Uma pessoa perdoada pela graça de Jesus sente a motivação para obedecer. Obedece não para ser salvo, mas porque está salvo pela graça. Assim, não está sob a Lei, mas sob a Graça. Os que estão sob a Lei, são os que dizendo que tem Cristo, nem por isso deixam de transgredir a Lei de Deus. Aconselho um texto bíblico: I João 3:2-4 - Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não é manifestado o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a Ele; porque assim como é o veremos. E qualquer que n´Ele tem esta esperança purifica-se a si mesmo, como também Ele é puro. Qualquer que comete pecado, também comete iniquidade; porque o pecado é iniquidade.

Todo este capítulo é maravilhoso! ´agora somos filhos de Deus´, ´E qualquer que n´Ele tem esta esperança purifica-se a si mesmo´, termina dizendo: ´porque o pecado é iniquidade.´ Ora, iniquidade significa literalmente a transgressão da Lei de Deus, logo esta pessoa não está debaixo da Graça, está debaixo da Lei, da condenação. Esta pessoa pode estar bem intencionada, mas não deixa de estar enganada.

Terminamos esta curta resposta com este último texto: I João 2:1-4 - MEUS filhinhos, estas coisas vos escrevo, para que não pequeis; e, se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o justo. E Ele é a propiciação pelos nossos pecados, e não somente pelos nossos, mas também pelos de todo o mundo. E nisto sabemos que O conhecemos: se guardarmos os seus mandamentos. Aquele que diz: Eu conheço-O, e não guarda os seus mandamentos, é mentiroso, e nele não está a verdade.

Resumindo:
1) Somos filhos de Deus por Jesus.
2) Não devemos transgredir, temos um Advogado.
3) Estamos sob a Sua Graça.
4) Devemos guardar os Seus Mandamentos.
5) Se não guardamos os Mandamentos, somos mentirosos, não estamos sob a Graça.
6) A Graça e os Mandamentos, parecem os dois carris da linha férrea. Ainda que a linha Graça é a mais poderosa e cria o poder para chegarmos por Cristo e em Cristo ao pleno gozo da salvação.

Deus o abençoe!