30/03/12

QUAL O SIGNIFICADO DE CÉUS (plural) E TERRA - Isaías 66:22?

Muitas pessoas ao lerem Isaías 66:22 interrogam-se sobre esta diferença entre plural e singular.

O profeta Isaías no verso 22 apresenta a restauração de todas as coisas quando findar o pecado sobre este mundo. A segunda vinda de Cristo será marcada de restauração plena não apenas dos seres humanos que aguardam a Sua vinda com temor, obediência e amor mas também trará restauração física para o planeta Terra. Bom, para o planeta Terra todos nós sabemos, porém, temos que ter em mente que o texto também aplica a restauração além da terra usando a expressão céus. Alguns ensinam que os céus que serão restaurados serão os céus atmosféricos (ver 2ª Coríntios 12:2*). Este céu realmente será restaurado, porém temos que ter em mente que os céus das aves já fazem parte da terra como num todo. Portanto fica evidente que algo além deste planeta está nos planos da restauração. Mas como poderia os céus além da terra serem restaurados se lá não houve a infecção do pecado?
Análise do contexto

Antes do pecado entrar neste mundo, antes mesmo da terra ser criada, sabemos que no céu houve um ser que cometeu pecado. Lucifer rebelou-se contra Deus e contra a sua lei no céu e consequentemente arrastou um terço dos anjos que serviam e amavam a Deus. Use a sua imaginação e reflita nisto. Como conseguiu Lucifer pôr em causa o caráter de Deus de tal forma a conseguir fazer que uma terça parte de anjos também se revoltasse contra Deus? Que tipo de argumento usou ele e quão perfeita foi a sua capacidade de argumentação a ponto de levar seres perfeitos a terem dúvidas da justiça divina?
Não nos foi revelado o nível de argumentação e intelecto usado por Lucifer para conseguir tal façanha, mas sabemos pelos resultados, que ele foi surpreendente e extremamente capaz de realizar tal proeza. Não é à toa que a Bíblia diz que ele era muito sábio, perfeito e cheio de resplendor (Ezeq. 28:16 e 17).

Lucifer questionou o caráter de Deus de tal forma que semeou dúvidas quanto a Sua integridade, caráter e justiça. Essa dúvida permeou não apenas o entendimento dos anjos que com ele caíram, mas também de todo o Universo. Todos os anjos e seres criados por Deus em todo o vasto universo não foram infectados mas foram afetados pelo pecado através da dúvida (1).

26/03/12

Estou ao Lado de John Piper


John Piper desafia tradição da Igreja Batista e faz pregação polémica sobre batismo no espírito santo e dons espirituais
O estudo acerca dos dons espirituais gerou sempre polémica no meio cristão, haja vista a própria Igreja Batista ter várias ramificações por divergências neste assunto.

Numa pregação o pastor John Piper demonstrou a sua visão acerca dos dons espirituais como dons de línguas e de cura. Para o pastor da Igreja Batista Betel de Minneapolis há razões para acreditarmos na contemporaneidade dos dons.

No estudo ele apresenta quatro delas: a primeira é sobre o termo “batismo com o Espírito Santo”, baseado em Atos 1:5 e 11:16. Sobre isso Piper escreveu que “se o Espírito te cobre como um batismo, não podemos imaginar o Espírito entrando de maneira sorrateira e quieta enquanto você dorme e fazendo morada de maneira imperceptível.”

Outro aspecto pregado por evangélicos pentecostais que Piper concorda é sobre o poder, a ousadia e a confiança. “Jesus diz em Atos 1.5 e 8 que o batismo com o Espírito significa: “mas recebereis a (virtude) poder… e ser-me-eis testemunhas”. Isso é uma experiência de ousadia, confiança e vitória sobre o pecado.”

“Não há motivo para pensar que até mesmo para Paulo o batismo com o Espírito Santo estava limitado ao momento inicial da conversão. E certamente no livro de Atos o batismo com o Espírito Santo é mais que um ato divino subconsciente de regeneração- é uma experiência consciente de poder (Atos 1.8).”

Outro ponto apresentado pelo pastor reformado é sobre ao testemunho descrito em Atos. “Na verdade a terceira razão que me faz pensar isso é que quando pegamos uma concordância e procuramos em todas as passagens em Atos onde o Espírito Santo trabalha nos cristãos, nunca é de forma subconsciente. Em Atos o Espírito Santo não é uma influência silenciosa, mas experimentação de poder. ”

Já o quarto e último ponto fala sobre a manifestação do Espírito como consequência da fé, e não de forma subconsciente. “Em Atos 11.15-17 Pedro relata como o Espírito Santo desceu sobre Cornélio assim como nos discípulos em Pentecostes. (…) Note que o dom do Espírito, ou batismo com o Espírito, é precedido pela fé.”

Concluindo esse estudo sobre o Batismo do Espírito, Piper fala sobre os dons de línguas. “Em si mesma a língua é relativamente sem importância. A verdadeira contribuição valiosa da renovação carismática é sua implacável ênfase na verdade que receber o dom do Espírito é uma experiência real marcante.”

Fonte: Gospelprime
Nota: “A promessa do Espírito Santo não é limitada a algum século ou raça. Cristo declarou que a divina influência do Espírito deveria estar com Seus seguidores até ao fim. Desde o dia do Pentecoste até ao presente, o Confortador tem sido enviado a todos os que se rendem inteiramente ao Senhor e a Seu serviço. A todos os que aceitam a Cristo como um Salvador pessoal, o Espírito Santo vem como consolador, santificador, guia e testemunha. Quanto mais intimamente os crentes andam com Deus, tanto mais clara e poderosamente testificam do amor do Redentor e da Sua graça salvadora. Os homens e mulheres que através dos longos séculos de perseguição e prova desfrutaram, em larga escala, a presença do Espírito em sua vida, permaneceram como sinais e maravilhas no mundo. Revelaram, diante dos anjos e dos homens, o transformador poder do amor que redime.” Atos dos Apóstolos p. 49
Neste curto trecho Ellen White disse o que o Pastor John Piper apresenta nesta mensagem. Deixamos o convite a todos os Batistas sinceros a lerem Atos dos Apóstolos da autoria Ellen G. White.

24/03/12

A QUEM A AUTORIDADE À BÍBLIA OU AO CATOLICISMO?


Antes de começar a examinar as doutrinas Católicas Romanas específicas, devemos determinar quem é a autoridade final.

Aqui encontramos a nossa primeira grande discrepância. A Bíblia declara que ela é a única e final autoridade, enquanto o Catolicismo ensina que existem três autoridades finais. O Catecismo da Igreja Católica, de 1994, declara:
"Fica, portanto, claro que segundo o sapientíssimo plano divino, a Sagrada Tradição, a Sagrada Escritura e o Magistério da Igreja estão de tal modo entrelaçados e unidos, que um não tem consistência sem os outros, e que juntos, cada qual a seu modo, sob a ação do mesmo Espírito Santo, contribuem eficazmente para a salvação das almas." P. 38, #95 Catecismo da Igreja Católica (1994)
De acordo com esta passagem, as Escrituras, a Tradição da Igreja (ensinos entregues através dos tempos), e o Magistério (a tarefa de dar uma autêntica interpretação da Palavra de Deus) são de igual importância. Ver também P. 35, #82 De acordo com a doutrina Católica, a Tradição da Igreja e o Magistério são tanto a Palavra de Deus como as Escrituras escritas.

"A Sagrada Escritura é a Palavra de Deus enquanto é redigida sob a moção do Espírito Santo. Quanto à Sagrada Tradição, ela "transmite integralmente aos sucessores dos apóstolos a palavra de Deus confiada por Cristo Senhor e pelo Espírito Santo aos apóstolos, para que, sob a luz do Espírito de verdade, eles por sua pregação fielmente a conservem, exponham e difundam." P. 35, #81 Catecismo da Igreja Católica (1994)
A questão óbvia é o que acontece quando estas três "autoridades finais" discordam entre si. O Catecismo dá a resposta:
"O ofício de interpretar autenticamente a palavra de Deus escrita ou transmitida foi confiado unicamente ao Magistério vivo da Igreja, cuja autoridade se exerce em nome de Jesus Cristo, isto é, aos bispos em comunhão com o sucessor de Pedro, o bispo de Roma." P. 36, #85 Catecismo da Igreja Católica (1994)
É importante notar que quando o Catecismo explica que a tarefa de interpretar a Palavra de Deus foi confiada à "Igreja", está se referindo exclusivamente à Igreja Católica Romana. Esse é o caso através de todo o Catecismo. "A Igreja" refere-se sempre à Católica Romana.
O Catecismo repete a mesma doutrina, usando palavras diferentes:
"É dever dos exegetas esforçar-se, dentro dessas directrizes, por entender e expor com maior

Espírito de Profecia - Estrutura Profética


Iremos estudar a estrutura profética de alguns livros do Espírito de profecia, nomeadamente, aqueles que, a nosso ver, são os mais pertinentes: 1º- O Grande Conflito; 2º- Primeiros Escritos. Para o efeito iremos passo a passo aos acontecimentos finais, tal como são descritos pela mensageira do Senhor para que assim possamos ver o paralelo entre ambos os livros. Na verdade, o conjunto da obra escrita sob esta nomenclatura, não é e nem podia ser diferente dos escritos daqueles que existiram no passado distante. Pois “nos tempos antigos, Deus falou aos homens pela boca dos seus profetas e apóstolos. Nestes dias Ele lhes fala por meio dos Testemunhos do Seu Espírito. Não houve ainda um tempo em que mais seriamente falasse ao Seu povo a respeito da Sua vontade e da conduta que este deve ter”. Tal como referimos, iremos colocar os acontecimentos tal como estão relatados nestes dois livros - Primeiros Escritos e o Grande Conflito – para uma visão mais precisa da narrativa dos referidos acontecimentos. A este propósito iremos retomar o início da supremacia papal, ou seja, o começo do tempo profético de 1260 dias/anos.
Supremacia Papal
Quando é que esta teve o seu início? Como já vimos acima, esta teve como ponto de partida o ano 538 e prolongou-se até 1798. A mensageira do Senhor comenta os seus efeitos no livro Primeiros Escritos, pp. 210-228; no O Grande Conflito, do cap. 3 ao 16, pp. 43 a 214. (Aqui fala dos 1260 anos, incluindo neles temas como: a Reforma Protestante, a Grande Apostasia, etc).
Aqui abramos um parêntesis: - O livro - O Grande Conflito – no princípio, não era tal como o conhecemos hoje, era diferente. Este livro conheceu um desenvolvimento, pois ele não é mais nem menos do que o produto final de todo um processo. A mensageira do Senhor teve a sua primeira visão, no que ao - O Grande Conflito - respeita, em 1848. Nada escreveu nesta data, mas recebeu uma visão que lhe deu uma panorâmica do conteúdo que compõe este livro. A 14 de Março de 1858, no Estado de Ohio, teve outra visão concernente ao Conflito dos Séculos – conflito entre as forças da justiça e as do mal – desde a queda de Satanás do Céu até à nova Terra; esta visão durou cerca de duas horas. Após esta visão começou a escrever e, como resultado escreveu um pequeno livro que se chamou - Spiritual Gifts (Dons Espirituais), vol. I.196
O livro - Spiritual Gifts - é um livro pequeno se o compararmos com o - O Grande Conflito. No primeiro, a mensageira do Senhor, escreveu, a traços largos, a grande controvérsia entre as forças do Bem e as do Mal. Com o decorrer do tempo, a opinião foi-se generalizando de que era necessário ampliar este livro. Assim sendo, começou a recolher alguns artigos que tinha escrito anteriormente noutras publicações; começou a escrever o que Deus lhe tinha revelado desde a primeira visão e outras visões e o resultado foi ter escrito um livro completo, de maior amplitude, o qual teve o título de Espírito de Profecia vol. IV. Se desejarmos ver a síntese do Conflito dos Séculos, tal como foi escrita, originalmente sob o título – Spiritual Gifts (Dons Espirituais) – esta encontra-se relatada na parte final do livro Primeiros Escritos, pp. 129-295. Estes são 4 volumes do Espírito de Profecia, que mais não são do que os predecessores dos 5 livros da série Grande Conflito. Tudo isto foi publicado em 1880. E, no ano de 1888, finalmente, foi terminado o livro – Conflito dos Séculos ou - O Grande Conflito -, tal qual existe hoje. Fechamos aqui o parêntesis
É muito importante tomarmos tudo isto em conta. Assim, o livro Primeiros Escritos, dedica quantas páginas ao tema da supremacia papal? Cerca de 18 páginas (pp. 210-228). No entanto, sobre este mesmo tema, o livro - O Grande Conflito - dedica muitas mais páginas (do cap. 3 ao 16, pp. 43-214). O livro – Primeiros Escritos – foi escrito muito cedo no ministério de Ellen White. O livro – O Grande Conflito – foi escrito muito mais tarde no seu ministério quando tinha mais luz e mais conhecimento e, por esta razão, este período no – O Grande Conflito – cobre muito mais tempo.
A Queda do Papado
Quando é que o papado caiu? Como vimos acima, no final dos 1260 anos, ou seja, no ano de 1798. No livro – Primeiros Escritos – nada é dito, enquanto que no – O Grande Conflito - sim. Neste livro, cap. 15, na pp. 215 à 232, aborda o golpe mortal que ministrou o exército de Napoleão ao poder papal. O título deste capítulo 15 é “A Escritura Sagrada e a Revolução Francesa”. Na verdade, porque é que este tema não é mencionado no livro – Primeiros Escritos? Pela simples razão de não possui luz e conhecimento que Deus lhe deu. Assim, no livro - O
Grande Conflito – temos a ferida mortal que foi infligida ao papado.
O Surgimento dos Estados Unidos
Convém recordar aqui a sequência que se analisou no livro do Apocalipse. O que é que vimos? Em primeiro lugar, vimos a guerra no céu; em segundo lugar, a guerra no Antigo Testamento, com as bestas de Daniel; em terceiro lugar, a guerra quando Cristo nasceu. E sob que Império é que Cristo nasceu? Claro, sob o Império Romano. Depois deste ter caído surge o período profético dos 1260 anos. Logo após este ter terminado, levantou-se da Terra uma besta, um poder que tinha algumas particularidades interessantes: 1- tinha chifres semelhantes aos de um cordeiro; 2- falava como o dragão. Esta besta/poder, representa, como vimos, os Estados Unidos da América. Assim sendo, não surpreende encontrar, nos capítulos seguintes do livro – O grande Conflito – e nos – Primeiros Escritos – a menção dos Estados Unidos – o seu papel na profecia. Será que esta referência nos deve surpreender? Pensamos que não. E porquê? Pela simples razão de que a estrutura do Apocalipse indica claramente que assim deveria ser.
Assim no livro – Primeiros Escritos – encontramos este tema nas pp. 229 – 269. Quantas páginas? Cerca de 40. Mas, no livro – O Grande Conflito - o tema começa na p. 233 e prolonga-se até à 451, ou seja, todo o capítulo 3 até parte do capítulo 4. Será que os Estados Unidos são importantes na profecia? Fala dos Mileritas, dos 2300 dias; do santuário; do estado dos mortos, etc. Fala, primordialmente, até à p. 451 do papel dos Estados Unidos na proclamação da profecia dos 2300 dias. Fala também do ano de 1844 e de como se originou a mensagem neste país. Segundo a estrutura do Apocalipse, qual será o seguinte passo? Depois que a Terra ajuda a mulher, ou seja, esta Terra onde se proclama a mensagem de Deus, a qual será diferente. Agora, levanta-se, de novo, a perseguição movida, inspirada pelo dragão contra a Igreja e o seu remanescente – período que corresponde à cura da ferida mortal da besta. Podemos perguntar-nos por que razão estamos a proceder desta forma? Mais tarde, quando abordarmos o capítulo 11 de Daniel, toda esta estrutura revelar-se-á tremendamente útil, pois é de vital importância ter presente este contexto.
No livro – Primeiros Escritos – a mensageira do Senhor não menciona directamente a ferida curada da besta. No capítulo “Os pecados de Babilónia”, p. 273 existem certas indicações, indícios, mas nada de tão elaborado como no livro – O Grande Conflito. Neste livro, a começar na p. 453 até à 484, (cap. 35 ao 37), é abordado o tremendo crescimento do poder de Roma papal. A ferida é sarada e assim vai recuperando, paulatinamente, o seu antigo poder para que a profecia bíblica se possa cumprir, na medida em que esta última refere que este poder recuperará totalmente a sua supremacia. Em abono da verdade, estes capítulos falam da cura da ferida mortal.
A Conquista do Mundo pelo Papado
Será que este poder conquistará todo o mundo quando a sua ferida mortal for, finalmente, curada? Segundo o que se encontra nas Escrituras, a nossa resposta só pode ser afirmativa. Na verdade, em função do quanto está preconizado em função da cura da sua ferida mortal, quantos se “maravilharam após a besta”? A resposta é muito clara: - “(…) e toda a terra se maravilhou após a besta” – Apocalipse 13.3. Através desta pincelada colorida, não teremos dúvidas de que o papado recuperará o seu domínio mundial. Na idade Média onde é que o papado consolidada o seu poder? Sem dúvida que era na Europa. Mas, no final da História, segundo as Escrituras, onde é que este manifestará o seu poder. Igualmente, não temos qualquer dúvida que será em todo o mundo, em toda a Terra – cf. Apocalipse 13.8; 17.2; 18.3.
Nos Primeiros Escritos, a mensageira do Senhor não menciona como o papado despertará para conquistar o mundo; mas, se lermos - O Grande Conflito, da pp. 453 à 484 - descobriremos que aqui diz claramente que este poder sentar-se-á, novamente, no trono do mundo, por ter conquistado o mundo inteiro, à excepção do remanescente de Deus. Isto é muito importante, pois poderemos imaginar o cenário que, de certa maneira nos ultrapassa – todo o mundo liderado por este poder – menos o remanescente de Deus!

22/03/12

O Concerto da Graça Restauradora

Uma das questões que sempre tem assombrado a raça humana desde que ela conheceu a história de Adão e Eva no Paraíso é: Como poderia o homem reconquistar o Paraíso? Como poderia o homem atingir a perfeição sem pecado?

Muitas diferentes filosofias e sistemas religiosos conflituantes têm sido projetados para atender ao anseio inerente do homem por buscar uma vida mais elevada, perfeita. Nosso propósito específico é investigar a resposta inspirada oferecida no antigo Israel e registrada no Antigo Testamento.

Moisés e todos os profetas começaram da pressuposição religiosa de que o homem foi criado por seu Criador à imagem de Deus, à Sua semelhança (Gén. 1:26), e então foi colocado no belo Jardim do Éden com o privilégio de ter comunhão com Deus e governar o mundo como representante de Deus (Gén. 2; Sal. 8).

O homem não foi criado para viver para si mesmo ou para o mundo, tentando achar significado ou perfeição em si mesmo ou na humanidade. Perfeição original do homem era a perfeita relação com seu Criador-Pai que lhe deu Seu mandato e missão para o mundo. Esta dimensão religiosa do homem como criatura recebeu um símbolo concreto no descanso de Deus no sétimo dia da Semana da Criação (Gén. 2:2-3). A celebração da obra da Criação de Deus no sétimo dia deu significado e direção à vida e pensamento do homem. A adoração de Deus como Criador deu-lhe verdadeira dignidade e liberdade ao homem. O homem estava livre da escravidão da auto-deificação e de imaginários deuses na natureza.

Conhecendo seu Criador, o homem podia conhecer-se a si mesmo. O homem não pode conter o significado da vida em si mesmo. Isto não pode ser achado na natureza ou no mundo ao seu redor.

O dia de Sábado foi designado especificamente para apontar ao homem a Deus como a fonte de sua nobreza e destino: ser um filho de Deus, seu Pai. Não foi no Sábado, mas no sexto dia que o homem foi criado – um fato impressionante e significativo. Embora ele pudesse ser chamado a obra prima da Criação, a perfeição do homem foi dada no sétimo dia, o dia de adoração e louvor. Entrando no repouso de Deus do sétimo dia como filho e participante festivo de Deus, regozijando-se na perfeita obra do Pai, o homem receberia a alegria da santidade e perfeição de seu Benfeitor.

Sem a adoração do Criador, o homem é escravo para adorar um outro deus, um ídolo de sua própria fabricação. A miséria do homem moderno secularizado é que ele nem mesmo compreende sua auto-deificação e auto-adoração.

Israel foi escolhido como o único povo que conhecia a soberania do Criador como seu Deus Redentor, que lhes deu um único modo de adoração e missão no mundo.

O centro da adoração de Israel era o santuário e seu sagrado culto expiatório. É desse centro de culto que nós temos que entender o livro dos Salmos que fala de apenas dois grupos ou classes de pessoas: o

21/03/12

A ORIGEM HISTÓRICA DA GUARDA DO DOMINGO

Na instituição do sábado está implícito o próprio acto de bênção, santificação e separação de um dia para a humanidade e isso indica uma função permanente. A santificação do sábado significa que Deus desejou entrar no tempo humano. O que toma um período de tempo ou um lugar santo é a presença de Deus.
Ao santificar o sábado e entrar no tempo humano Deus demonstra a Sua disposição em entrar na própria carne humana. Assim, o sábado é uma prefiguração da encarnação, um símbolo e anúncio da própria encarnação.
Na História da Salvação nós temos continuidade, não interrupções. As instituições estabelecidas na Criação, tal como o sábado, o trabalho, o repouso, o matrimónio, são instituições que na verdade prosseguem ao longo da História da Salvação. Contudo, há diferentes momentos na História da Salvação em que essas instituições adquirem novo significado. No relatório do Génesis o sábado obtém um significado cosmológico, proclama ao mundo que Deus é o perfeito Criador e que ficou perfeitamente satisfeito com a Criação que havia realizado. Assim, em Génesis o sábado transmite essa mensagem da perfeição divina no que concerne à Criação.
Mas se seguirmos de Génesis para Êxodo, aprendemos que Deus não só criou o mundo, mas as pessoas. E formou um novo povo, Israel, ao qual concedeu o sábado para simbolizar o desejo do Criador em restaurar o interrompido relacionamento que o pecado produziu, separando o Criador de Suas criaturas. Assim, em Êxodo encontramos o sábado associado com a Redenção.
Os Dez Mandamentos se iniciam dizendo — "Eu sou o Senhor teu Deus que te tirou da terra do Egipto." Ele é o Libertador, e para que fosse mantida a lembrança desse Libertador, Deus ordenou: "Lembra-te de santificar o dia de sábado." Lembra-te por livrar o teu servo, tua serva, teu filho, tua filha, dando-lhes liberdade e, em certo sentido, redenção a todos os israelitas de modo a que o próprio Deus fosse lembrado como o Libertador. E essa mensagem é particularmente expressa em Deuteronómio 5:15 onde o motivo dado para a guarda do sábado não é a Criação, mas a Redenção. Nesse sentido é que a passagem declara: "Lembra-te de que foste servo na terra do Egipto, e que o Senhor teu Deus te tirou dali com mão forte e braço estendido; pelo que o Senhor teu Deus te ordenou que guardasses o dia do sábado."
Sendo, pois, que o sábado não é apenas símbolo da Criação, mas também da Redenção, tendo carácter cósmico, universal, a sua obrigatoriedade é também universal.

Há dois factores principais para a transição do sábado para o domingo. Por um lado temos o anti judaísmo, ou seja, a necessidade que surgiu [entre os cristãos dos primeiros séculos] de separarem-se, diferenciarem-se dos judeus. Foi este realmente um factor preponderante que induziu muitos cristãos a abandonarem todas as festividades associadas com os judeus.
Teve lugar na primeira parte do século II, particularmente na regência do Imperador Adriano. Ele reinou de 117a 138 e foi quem proibiu categoricamente a observância do sábado e a prática do judaísmo. Isto aconteceu porque os judeus estavam constantemente a revoltar-se contra o domínio dos romanos sobre sua terra.
Quando os romanos se viram ante a persistente luta de independência da parte dos judeus, sentiram a necessidade de impor uma legislação muito restritiva e repressiva e uma das consequências foi a proibição rigorosa da observância de festividades judaicas como a Páscoa e o Sábado.
Em consequência dessas medidas restritivas contra os judeus, os cristãos de Roma julgaram necessário demonstrar perante as autoridades a separação e diferenciação dos cristãos em relação aos judeus pela mudança das festividades judaicas a dias diferentes. Por exemplo, a Páscoa judaica, que até aquele tempo era celebrada pêlos cristãos em geral no dia 14 de Nisã (uma data fixa que podia ocorrer em qualquer dia da semana) foi transferida para o domingo. Semelhantemente, o repouso foi transferido do sábado do sétimo dia para o primeiro dia da semana.
Na verdade, o abandono do sábado foi motivado primariamente pela necessidade sentida pelos cristãos de se separarem dos judeus a fim de evitar as medidas repressivas e as penalidades impostas sobre a comunidade judaica.
Mas, pode surgir a pergunta — porque foi escolhido o domingo, quando outro dia qualquer poderia cumprir a mesma finalidade? Sexta-feira, por exemplo, poderia muito bem comemorar a Paixão de

19/03/12

BÊNÇÃOS E PERIGOS AO PARTICIPAR NA CEIA DO SENHOR

O Perigo quando se participa «Indignamente» da Santa Ceia, não discernindo o Corpo e o Sangue de Jesus Cristo, nos elementos que a eles simbolizam: Disse o apóstolo Paulo: «Pois quem come e bebe, sem discernir o corpo [de Jesus], come e bebe juízo para si...» (1 Cor 11.29). A palavra «...discernir...» é tradução do vocábulo grego diakrino, que significa «julgar corretamente» a seriedade do rito, porquanto abusar desse símbolo significa abusar da realidade simbolizada.

O que estava a ocorrer com a Igreja de Corinto era a mistura das coisas sagradas com as profanas ou seja, não havia diferença entre o alimento quotidiano e o que tinha sido posto à parte com o exclusivo objectivo de recordar-lhes a morte expiatória de Cristo. Com este gesto participavam da Ceia do Senhor Jesus «indignamente», como se ela não tivesse qualquer relação com o Corpo e o Sangue de Cristo.
Veja a correção de Paulo aos coríntios, com relação aos seus comportamentos diante da Mesa do Senhor Jesus; «não podeis beber o cálice do Senhor [Jesus] e o cálice dos demónios; não podeis ser participantes da Mesa do Senhor [Jesus] e da mesa dos demónios» (1 Cor 10.21). O crente não pode fazer tal coisa devido ao seu conhecimento da natureza da idolatria, não é impedimento de ordem física mas moral. Os que estão consagrados ao verdadeiro Deus, como poderiam das libações oferecidas a Satanás e aos seus anjos?
Não compreendiam o zelo do Deus Vivo (Êx 20.5; Deut 4.24; Jos 24.19, 1 Cor 10.22) e a gravidade da transigência com o mundo. O próprio Cristo falou deste erro fatal; «Ninguém pode servir dois senhores» (Mat 6.24). A Santa Ceia é uma cerimónia de índole sagrada e, quem participa dela «indignamente», peca terrivelmente contra o Senhor Jesus. Comer e beber indignamente não é comer «sendo indigno», como alguns entendem, pois verdadeiramente digno ninguém era, mas «indignamente» refere-se à maneira e ao espírito de quem participa, isto é, participar da Mesa do Senhor Jesus com um espírito indiferente, egocêntrico e irreverente, com ódio no coração contra outro irmão, sem qualquer intenção ou desejo de abandonar os pecados conhecidos e de aceitar o concerto da graça com todas as suas promessas e deveres. Todos nós precisamos evitar estes maus comportamentos e conceitos pecaminosos para que não sejamos reprovados por Jesus (João 12.48).

Paulo acusa com veemência muitos cristãos de Corinto, dizendo que eles estavam a ser «culpados do Corpo e do Sangue de Cristo», porque tomavam parte na Ceia indignamente, como se ela não tivesse nenhuma relação com a morte de Cristo e com o Seu Corpo oferecido em sacrifício vicário (João 3.16). Paulo relaciona aos coríntios os resultados funestos que muitos haviam adquiridos, por não discernir o Corpo e Sangue de Cristo, pois participavam da Santa Ceia indignamente, veja a seguir:

1) Responsabilidade pela Morte de Cristo: «...Será culpado do corpo e do sangue do Senhor...» (1 Cor 11.27): O termo grego traduzido por «...culpado...» é enochos, que significa «passível», «responsável por», «culpado». Esse termo, vinculado à palavra morte, significa «digno de morte», envolvendo alguém que fez algo que merece a punição capital. Porém, isoladamente, esse termo pode significar «culpado de um crime». Portanto, está aqui em foco uma «culpa» associada ao Corpo de Cristo. Neste caso a pessoa torna-se culpada por participar de um gravíssimo crime, ou seja, na causa da crucificação de Cristo. Significando que a pessoa é considerada responsável pela Sua morte. Ou ainda, isso torna o indivíduo culpado de «violar» ou de «pecar contra» o corpo e o sangue de Cristo. Pois, não fez diferença entre o sagrado e o profano. Sendo assim, o indivíduo será julgado (vss. 31,32). O versículo em foco mostra-nos o quanto a Santa Ceia tem um sentido tão solene. Por isso, devemos ter muito cuidado para não participarmos dela indignamente.
2) Responsabilidade pela própria condenação: «...Come e bebe juízo para si...» (1 Cor 11.29): «...juízo...», nesse caso, significa «julgamento», no grego, «krima», o qual aqui está em foco uma «punição» ou «penalidade». Ninguém é obrigado participar do pão e do cálice do Senhor Jesus indignamente, mas é preciso estar consciente, que ao participar deste ato irreverentemente, com um espírito indiferente, é expor-se imediatamente ao desagrado de Deus e a um castigo como o que se menciona nos versículos 30 e 31.

17/03/12

A mentira de Raabe

Como explicar o fato da prostituta Raabe ter escondido os espias de Josué, e haver mentido a esse respeito (Js 2), e Deus ainda usar de misericórdia para com ela e seus familiares? (Js 6:22-25)

Somos propensos, muitas vezes, a pensar que Deus, para ser justo, deve restringir a Sua oferta de salvação apenas às pessoas moralmente dignas. Mas a mensagem bíblica, revelada tanto no Antigo Testamento como no Novo, é que a oferta de salvação é extensiva a todos os pecadores. São de Cristo as palavras: “Os sãos não precisam de médico, e sim os doentes. Não vim chamar justos, e sim pecadores ao arrependimento” (Lc 5:31 e 32). Em Isaías 1:18 é apresentado o convite: “Vinde, pois, e arrazoemos, diz o Senhor; ainda que os vossos pecados sejam como a escarlata, eles se tornarão brancos como a neve; ainda que sejam vermelhos como o carmesim, se tornarão como a lã.”
A experiência da prostituta Raabe é uma das mais belas histórias de salvação pela graça “mediante a fé” (Ef 2:8) encontradas nas páginas do Antigo Testamento. Como Abraão foi justificado pela fé (Gn 15:6; Rm 4), e essa fé se evidenciou na prática de boas obras (Tg 2:21-24), assim também o foi Raabe. Hebreus 11:31 declara que “pela fé, Raabe, a meretriz, não foi destruída com os desobedientes, porque acolheu com paz aos espias”. E Tiago 2:25 acrescenta que a fé dessa mulher foi genuína porque resultou na prática de boas obras.

Mas o fato da vida de Raabe ser poupada, sendo ela uma prostituta e havendo mentido aos emissários do rei de Jericó, não significa que Deus estivesse sancionando tais pecados explicitamente condenados no Decálogo (ver Êx 20:14 e 16). Nesse incidente, Deus manifestou Sua graça salvadora a uma prostituta possuída de uma fé genuína, com o propósito de salvá-la de sua vida de pecado. O mesmo poder regenerador que atuaria na vida da “mulher adúltera”, durante o ministério terrestre de Cristo (Jo 8:1-11), também transformou a vida da prostituta Raabe. E o mesmo amor compassivo que perdoaria as mentiras do pretensioso apóstolo Pedro (Mc 14:27-31; 66-72) também perdoou a mentira de Raabe.

A galeria dos heróis da fé (ver Hb 11), da qual Raabe faz parte (verso 31), não é composta por santos que nunca pecaram, mas por pecadores que pela graça divina alcançaram a vitória sobre os seus pecados. Essa galeria é formada por pessoas que, à semelhança do filho pródigo (Lc 15:11-32), deixaram as imundícies de uma vida de pecado e voltaram à casa paterna; pessoas que estavam mortas em “delitos e pecados” mas que foram regeneradas pela graça divina (Ef 2:1 e 5). Assim como Deus perdoou e regenerou Raabe, Ele também está disposto a perdoar e regenerar a cada um dos demais seres humanos atingidos pelos “dardos inflamados do maligno” (Ef 6:16).

Fonte: Alberto Timm, Sinais dos Tempos, junho de 1999, p. 29.
Blog Sétimo Dia

08/03/12

TEXTOS BÍBLICOS SOBRE A TRINDADE

“Quando o vi, caí a seus pés como morto; e ele pôs sobre mim a sua destra, dizendo: Não temas; eu sou o primeiro e o último” (Apocalipse 1:17).
“Assim diz o Senhor, Rei de Israel, seu Redentor, o Senhor dos exércitos: Eu sou o primeiro, e eu sou o último, e fora de mim não há Deus” (Isaías 44:6).
“E outra vez, ao introduzir no mundo o primogénito, diz: E todos os anjos de Deus o adorem. Ora, quanto aos anjos, diz: Quem de seus anjos faz ventos, e de seus ministros labaredas de fogo. Mas do Filho diz: O teu trono, ó Deus, subsiste pelos séculos dos séculos, e cetro de equidade é o cetro do teu reino” (Hebreus 1:6-8).
“Então ordenou-lhe Jesus: Vai-te, Satanás; porque está escrito: Ao Senhor teu Deus adorarás, e só a ele servirás” (Mateus 4:10).
“Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que antes que Abraão existisse, eu sou” (João 8:58).

“Respondeu Deus a Moisés: EU SOU O QUE SOU. Disse mais: Assim dirás aos olhos de Israel: EU SOU me enviou a vós” (Êxodo 3:14).
“E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Ajudador, para que fique convosco para sempre” (João 14:16).
“Mas o Ajudador, o Espírito Santo a quem o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas, e vos fará lembrar de tudo quanto eu vos tenho dito” (João 14:26).
“E não entristeçais o Espírito Santo de Deus, no qual fostes selados para o dia da redenção” (Efésios 4:30).

“Disse o Espírito a Filipe: Chega-te e ajunta-te a esse carro” (Atos 8:29).
“Disse então Pedro: Ananias, por que encheu Satanás o teu coração, para que mentisses ao Espírito Santo e retivesses parte do preço do terreno? Enquanto o possuías, não era teu? E vendido, não estava o preço em teu poder? Como, pois, formaste este desígnio em teu coração? Não mentiste aos homens, mas a Deus” (Atos 5:3-4).

O meu texto preferido: 2ª Coríntios 13:13

05/03/12

ADULTÉRIO: DEFINIÇÃO, CAUSAS E CONSEQUÊCIAS.

INTRODUÇÃO
O adultério tem sido um tema que sempre vem à tona na vida social da Igreja. Longe de ser um pecado recente, ele possui raízes antigas e complexas, tanto sociais quanto religiosas. O presente estudo pretende esclarecer dúvidas e fatos sobre o adultério e está dividido em cinco partes. A primeira identifica as definições de adultério no Antigo e Novo Testamento. A segunda parte trata das causas e razões do adultério. A terceira parte trata das consequências físicas e emocionais do adultério. A quarta parte lida com as soluções e prevenções. A quinta e última dá a posição da Igreja sobre o adultério.
Definição da Problemática
O que é definido na Bíblia como adultério? Quais são as causas e consequências? Os adúlteros possuem ainda solução para seu casamento e vida espiritual? Qual a posição da Igreja, e o que ela faz ao descobrir entre seus membros pessoas que vivem em adultério?
Propósito e Justificação
Desde o inicio da revolução sexual dos anos sessenta, o adultério tem crescido em larga escala no mundo religioso e secular. Deixando de ser um ato vergonhoso para se tornar uma atitude aceita e comum, as práticas adúlteras têm tomado proporções incríveis, tornando-se comum até na Igreja. Todavia, alguns
defensores da liberdade sexual, têm dito que o adultério foi condenado na Bíblia devido à época em que ela foi escrita, sendo uma prática condicionada a cultura do lugar. Outros dizem que Deus, por ser um Deus de amor, não leva em conta o pecado do adultério, devido o fim da lei do Antigo Testamento, através da morte de Cristo na Cruz. Pior ainda, é atitude tomada por algumas igrejas e alguns adventistas, que não dão o devido valor ao adultério, negligenciando-o e não tratando corretamente os irmãos que caem no erro. Pensando nisto é que o presente artigo lida com este assunto tão delicado e controvertido no meio religioso e secular.
Este é um assunto polémico tanto no âmbito social quanto no religioso. O que será que as pessoas

Consequências Bíblicas do Adultério

O adultério sempre foi uma prática criticada e punida nos tempos antigos. Existem documentos que provam que babilônicos, assírios, persas, egípcios, gregos e romanos castigavam esta pratica sexual. [43] Também na Bíblia, desde cedo o adultério é mencionado e punido, devido a ser uma pratica odiosa a Deus (Ml 2:16). A primeira punição mencionada na Bíblia para os adúlteros é no caso de Judá e Tamar, em Gn 38:24, onde a punição é a fogueira. [44] Outro castigo mencionado na Bíblia é o da mutilação (Ez 23:25). [45] Um meio Talmúdico posterior é o estrangulamento. [46] Porém, o método mais usado e com apoio bíblico era o apedrejamento, sendo o único confirmado por lei (Jo 8:5, Dt 22:22, Ez 16:40). [47] Deve-se notar que as penas variavam conforme o caso. [48] O primeiro passo ao se pegar os adúlteros em flagrante, era levá-los ao tribunal da cidade, e na presença de duas testemunhas, era aplicada a pena de morte. [49] Se os acusados de tal prática fossem ambos casados, os dois seriam apedrejados (Lv 19:20). [50] Caso a relação fosse entre uma virgem desposada e um homem casado, ela tivesse sido seduzida na cidade, ambos também seriam apedrejados (Dt 22:20-22). [51] Caso a relação fosse entre um patrão e uma escrava desposada, receberiam ambos chibatadas, visto este ato ser considerado não estritamente um adultério, devido à escrava ser propriedade do dono (Lv 19:20-22). [52] Quando os adúlteros morriam, ocorria a extinção da linhagem familiar da parte masculina. [53] Caso a opção fosse dar carta de divórcio, se a mulher fosse a adúltera, um rito de desnudação precedia a expulsão do lar, sendo em seguida lhe dado um documento de divórcio (Os 2:12, Jr 13:26-27, Ez 16:37). [54] A mulher cujo marido mantinha suspeitas de infidelidade, passava pelo teste da sota, ou a lei de ciúmes de Nm 5:11-31, onde ela era obrigada a beber água com terra do tabernáculo, jurando que caso mentisse que as maldições bíblicas caíssem sobre ela. [55]
No Novo Testamento as punições já são mais brandas. Devido à perda de autonomia, os judeus não mais matavam os adúlteros, embora ocasionalmente ocorressem apedrejamentos (Jo 8:5). [56] Porém, esta prática foi abandonada pela Igreja Cristã. A primeira referencia ao adultério é de forma velada, onde o concílio de Jerusalém recomenda os cristãos de que se abstenham de relações sexuais ilícitas, onde a palavra grega utilizada no verso inclui o sentido de adultério (At 15:20). [57] O castigo dado para o adultério nas cartas de Paulo é a exclusão ou a disciplina na Igreja, segundo I Co 5:1-6, além de perda da salvação conforme I Co 6:9-10.
Consequências Emocionais
Além das consequências vistas anteriormente, existem hoje as consequências emocionais, físicas e espirituais que afetam tanto à parte traída como a parte infiel.
A parte enganada do casamento é a que mais sofre. Devido à confiança perdida nos anos de investidos no casamento, à parte traída sofre de quatro tipos de sentimentos: A) A parte traída fica paralisada diante da situação. O cônjuge enganado fica imóvel diante da recusa de que seu cônjuge tenha sido infiel. B) A segunda consequência é a autojustificação. O cônjuge traído começa a perguntar o que ele tem de errado, já que é um bom cônjuge, pai ou mãe. O amor próprio é ferido, sobrevindo sentimentos de incapacidade e desamor de si mesmo, ou então passa como mártir. C) Os que se dão por vencidos são aqueles que se escoravam na parte infiel, e ao se deparar com o adultério perdem toda à vontade de viver. D) A vontade de vingança leva a pessoa traída a trair também. [58]
Porém, o cônjuge infiel também passa por crises emocionais, vindo todas em seqüência. O primeiro