29/01/11

CONSEQUENCIAS DE REJEITAR VOLUNTÁRIAMENTE O ESPÍRITO SANTO

Se alguém proferir alguma palavra contra o Filho do homem, ser-lhe-á isso perdoado; mas, se alguém falar contra o Espírito Santo, não lhe será isso perdoado, nem neste mundo nem no porvir. Mat. 12:32.
Fora justamente antes disso que Jesus operara pela segunda vez o milagre de curar um possesso, cego e mudo, e os fariseus haviam renovado a acusação: “Ele expulsa os demônios pelo príncipe dos demônios.” Mat. 9:34. Cristo disse-lhes positivamente que em atribuir a obra do Espírito Santo a Satanás, estavam-se separando da fonte de bênçãos. Os que tivessem falado contra o próprio Cristo, não Lhe discernindo o caráter divino, poderiam receber perdão; pois mediante o Espírito Santo poderiam ser levados a ver seu erro e arrepender-se. Seja qual for o pecado, se a alma se arrepende e crê, a culpa é lavada no sangue de Cristo; mas aquele que rejeita a obra do Espírito Santo, assume uma posição que impede o acesso ao arrependimento e à fé.
É pelo Espírito que Deus opera no coração; quando o homem rejeita voluntariamente o mesmo, e declara que é de Satanás, corta o conduto por onde Deus Se pode comunicar com ele. Quando o Espírito é afinal rejeitado, nada mais pode Deus fazer pela alma. …
Não é Deus que cega os homens ou lhes endurece o coração. Envia-lhes luz para lhes corrigir os erros e guiá-los por veredas seguras; é pela rejeição dessa luz que os olhos cegam e o coração se endurece. Muitas vezes o processo é gradual e quase imperceptível. A luz chega até à alma por meio da Palavra de Deus, de Seus servos, ou diretamente por Seu Espírito; mas quando um raio de luz é rejeitado, dá-se o parcial entorpecimento das percepções espirituais, e a segunda revelação da luz é menos claramente discernida. Destarte aumenta a treva, até que se faz noite na alma. Assim se dera com esses guias judeus. Estavam convencidos de ser Cristo assistido por um poder divino, mas a fim de resistir à verdade, atribuíam a obra do Espírito Santo a Satanás. Procedendo desse modo, escolhiam deliberadamente o engano; renderam-se a Satanás, e daí em diante foram regidos por seu poder. O Desejado de Todas as Nações, págs. 321-323.

25/01/11

ALGUMAS DIFERENÇAS ENTRE AS DOUTRINAS DE DEUS E DO DIABO


Sim, Satanás também tem uma doutrina para a salvação da humanidade. Ela se chama perfeccionismo. Em vários aspectos, ela é semelhante a doutrina de salvação de Deus, mas existem grandes diferenças entre uma e outra doutrina.
A doutrina de salvação de Deus possui um padrão para avaliar a conduta de todas as pessoas. Esse padrão é a lei de Deus. A doutrina de salvação de Satanás também possui a lei de Deus como padrão para avaliar a conduta dos seres humanos.
A doutrina de salvação de Deus tem a Jesus como o Modelo perfeito. Na doutrina de salvação de Satanás, Jesus também é o Modelo perfeito.
A doutrina de salvação de Satanás tem algumas características a mais:
- O cristão não pode ter defeitos de caráter. Se tiver, está perdido. E o diabo gosta disso.
- O cristão é chamado a ter um carácter semelhante ao de Cristo. Se não for exactamente igual a Cristo, está perdido. E o diabo sente gozo.
- O cristão não pode ter comportamento pecaminoso. Se tiver, infelizmente você não atingiu o ideal de Deus e esttá perdido. Satanás vai estar lá para acusar.

Satanás tem a sua própria concepção de justiça, o seu próprio padrão pelo qual um ser caído pode tornar-se merecedor da salvação e a sua própria versão do evangelho.
Quem tiver algum defeito de caráter, quem não for igual, exactamente igual ao Modelo Jesus e tiver um comportamento pecaminoso, é e será sempre reivindicado por Satanás como merecedor da perdição.
Para Satanás quem quer que seja que tenha algum envolvimento com o pecado deve morrer. Afinal, esse é o salário do pecado.
O diabo quer que Deus determine o destino eterno de cada indivíduo com base no registo real da vida dessa pessoa.
Antes de concordar que Satanás e sua doutrina estão certos, vejamos a diferença principal entre a doutrina dele e a de Deus.
Satanás, na sua doutrina de salvação, incorporou o que Deus exige de nós, mas deixou de fora a provisão que Deus fez em Cristo para atender a essas demandas.
A diferença entre as duas doutrinas está basicamente no julgamento. A justiça de Cristo é que faz toda a diferença.
Na doutrina de Satanás não existe espaço para a graça ou para a fé.
Satanás gosta da lei de Deus pois ela condena a todos nós como transgressores e merecedores da morte. Ele fica muito feliz com esta condenação.
Satanás enfatiza a Jesus como o Modelo perfeito que todos nós devemos alcançar. Nada poderia ser mais desesperador do que a comparação entre nós e Cristo.
Vejamos tudo isto num texto de Ellen White que apresenta a realidade de um julgamento, os argumentos de Satanás e a resposta divina para a questão.
"Enquanto Jesus faz a defesa dos súbitos de Sua graça, Satanás acusa-os diante de Deus como transgressores. O grande enganador procurou levá-los ao cepticismo, fazendo-os perder a confiança em Deus, separar-se do Seu amor e violar a Sua lei. Agora aponta para o relatório de sua vida, para os defeitos de carácter e contraste com Cristo, que desonraram a seu Redentor, para todos os pecados que ele os tentou a cometer; e por causa disto os reclama como súbitos seus.
Jesus não lhes justifica os pecados, mas apresenta o seu arrependimento e fé, e, reclamando o perdão para eles, ergue as mãos feridas perante o Pai e os santos anjos, dizendo: "Conheço-os pelo nome. Gravei-os na palma de Minhas mãos. "Os sacrifícios para Deus são o espírito quebrantado; a um coração quebrantado e contrito não desprezarás, ó Deus!"" Sal. 51:17. E ao acusador de Seu povo, declara: "O Senhor te repreende, ó Satanás; sim, o Senhor, que escolheu Jerusalém, te repreende; não é este um tição tirado do fogo?" Zac. 3:2. Cristo vestirá Seus fiéis com Sua própria justiça, para que os possa apresentar a Seu Pai como "igreja gloriosa, sem mancha, nem ruga, nem coisa semelhante". Efés. 5:27. Seus nomes permanecem registados no livro da vida, e está escrito com relação a eles: "Comigo andarão de branco; porquanto são dignos disso." Apoc. 3:4." (O Grande conflito, p.484)
O texto menciona pessoas que foram salvas por Cristo, mesmo apresentando defeitos de carácter, não exactamente iguais a Cristo e tendo cometido inúmeros pecados.
O texto acima desmantela todo o sistema de salvação arquitectado pelo diabo, o perfeccionismo.
O texto destaca o que realmente faz diferença e que é determinante para a salvação dos seres humano: A justiça de Cristo na vida do pecador arrependido.
"O pensamento de que a justiça de Cristo nos é imputada, não por algum mérito de nossa parte, mas como um dom gratuito de Deus, é um precioso pensamento. O inimigo de Deus e do homem não quer que esta verdade seja claramente apresentada; pois sabe que, se o povo a aceitar plenamente, está despedaçado o seu poder." (Obreiros evangélicos, p. 161)
Leia de novo este texto meditando em cada palavra. Veja que coisa fantástica! Você quer despedaçar o poder de Satanás? A justiça imputada é um precioso pensamento. A justiça imputada não é aquela que você faz algo... É aquela na qual DEUS faz algo por você.
"Justiça sem mancha alguma só pode ser obtida por meio da justiça imputada de Cristo." (Review and Herald, 3-9-1901)
Vou citar uma lista de textos sobre a justiça imputada para que você jamais se deixe enganar com a doutrina satânica do perfeccionismo.
"A grande obra operada pelo pecador, impuro e maculado pelo mal, é a obra da justificação. Por Ele, que fala a verdade, é o pecador declarado justo. O Senhor imputa ao crente a justiça de Cristo e perante o Universo o pronuncia justo. Transfere os seus pecados para Jesus, o representante, substituto e penhor do pecador." (Mens. Escolhidas, vol.1, p. 392)
"Seus pecados são retirados e colocados na conta de Cristo. Sua justiça lhes é imputada." (Medicina e salvação, p. 27)
"...nossos pecados são postos sobre Cristo e Sua justiça nos é imputada. Ele foi feito pecado por nós, para que nEle fôssemos feitos justiça de Deus." (Test. Seletos, vol. 2, p.73)
"Ninguém pode ser justificado por quaisquer obras próprias. Só pode ser liberto da culpa do pecado, da condenação da lei, da pena da transgressão, pela virtude do sofrimento, morte e ressurreição de Cristo. A fé é a condição única de obter a justificação, e a fé abrange não só a crença mas também a confiança." (Mens. Escolhidas, vol. 1, p. 389)
"Não deveis confiar em vossa própria bondade ou boas obras. Deveis chegar confiantes no Sol da Justiça, crendo que Cristo tirou vossos pecados e vos imputou a Sua justiça." (Mens. Escolhidas, vol. 1, p. 328)
"Uma religião legalista tem sido considerada uma forma correcta de religião para este tempo. Mas é engano." (Mens. Escolhidas, vol. 1, p. 388)
Leia somente mais estes que abordam a perfeição pela justiça imputada:
"A fé pode apresentar a perfeita obediência de Cristo em lugar da transgressão e rebeldia do pecador." (Mens. Escolhidas, vol. 1, p. 367)
"Mediante o perdão do pecado e a justiça imputada de cristo, o homem pecador e caído pode tornar-se perfeito em Jesus." (Manuscrito, 148, [1897])
"Por meio dos méritos de Cristo, de Sua justiça, que pela fé nos são imputados, cumpre-nos atingir a perfeição do carácter cristão." (Test. para a igreja, 744)
"Quando, mediante a fé em Jesus Cristo, o homem realiza o melhor que está ao seu alcance, procurando guardar o caminho do Senhor pela obediência aos Dez Mandamentos, a perfeição de Cristo é imputada para cobrir a transgressão da alma contrita e obediente." (Fund. da educ. cristã, 135)
Não aceite os enganos satânicos. Não troque o evangelho de Cristo por esta imitação demoníaca. Que Deus o abençoe.
Lembre-se sempre: "E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará." João 8:32
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22/01/11

PROFECIAS CUMPRIDAS SOBRE A SEGUNDA VINDA DE CRISTO

A Gloriosa Esperança
Uma das mais solenes e gloriosas verdades reveladas na Bíblia é a segunda vinda de Cristo, para completar a grande obra da redenção.
Quando o Salvador estava prestes a ser separado de seus discípulos, confortou-os em sua tristeza com a certeza de que Ele viria novamente: “NÃO se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito. Vou preparar-vos lugar. E quando eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos levarei para mim” (João 14:1-3). “E quando o Filho do homem vier em sua glória, e todos os santos anjos com ele, então se assentará no trono da sua glória; E todas as nações serão reunidas diante dele” (Mateus 25:31-32).
A vinda do Senhor tem sido em todos os séculos a esperança de Seus verdadeiros seguidores. A promessa do Salvador no Monte das Oliveiras, de que viria outra vez, iluminou o futuro para os seus discípulos, enchendo seus corações de alegria e esperança, que tristezas não poderiam apagar nem provações ofuscar. Em meio de sofrimento e perseguição, “o aparecimento do nosso grande Deus e Salvador Jesus Cristo” é a “bendita esperança”. Quando os cristãos tessalonicenses estavam cheios de pesar ao sepultarem os seus entes queridos, que haviam esperado viver para testemunhar a vinda do Senhor, Paulo, seu professor, apontou-lhes a ressurreição, que ocorrerá por ocasião do advento do Salvador. Então, os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro e juntos com os vivos serão arrebatados para encontrar o Senhor no ar. “E assim”, disse ele, “estaremos sempre com o Senhor. Portanto, consolai-vos uns aos outros com estas palavras” ( 1 Tess 4:16-18).
Na rochosa ilha de Patmos o discípulo amado ouve a promessa: “Certamente, cedo venho”, e sua anelante resposta sintetiza a prece da igreja em toda a sua peregrinação: “Ora vem, Senhor Jesus” (Apoc. 22:20).
A profecia não somente prediz a maneira e desígnios da vinda de Cristo, mas apresenta sinais pelos quais os homens devem saber quando ele está próximo. Nesta seção, vamos olhar para 20 sinais de que a volta do Senhor está próxima, “mesmo à porta”.
A Destruição de Jerusalém.
“não ficará aqui pedra sobre pedra que não seja derrubada” “Então, os que estiverem na Judéia, fujam para os montes” (Mateus 24:2, 16).
É uma questão de fato histórico que Jerusalém foi destruída no ano 70 dC pelo guerreiro romano Tito.
Cristo viu em Jerusalém um símbolo do mundo endurecido na incredulidade e rebelião. As desgraças de uma raça decaída, oprimindo Sua alma, arrancaram de Seus lábios aquele clamor extremamente amargo. ”Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas, e apedrejas os que te são enviados! Quantas vezes quis eu ajuntar os teus filhos, como a galinha os seus pintos ajunta debaixo das asas, e não quiseste?” Lucas 13:34
Ele viu a história do pecado traçada na miséria humana, lágrimas e sangue, seu coração estava cheio de compaixão infinita para com os aflitos e sofredores da Terra; Ele ansiava aliviá-los todos. Mas até mesmo a mão dEle não podia voltar a maré da miséria humana; poucos buscam sua única fonte de ajuda. Ele estava disposto a derramar sua alma na morte, para trazer a salvação ao seu alcance; mas poucos vêm a Ele para ter vida.
Uma Grande Perseguição.
“Porque haverá então grande aflição, como nunca houve desde o princípio do mundo até agora, nem tampouco há de haver” (Mateus 24:21). “lançarão mão de vós, e vos perseguirão, entregando-vos às sinagogas e às prisões, e conduzindo-vos à presença de reis e presidentes, por amor do meu nome…E até pelos pais, e irmãos, e parentes, e amigos sereis entregues; e matarão alguns de vós” (Lucas 21:12-16).
Esta profecia aponta principalmente para o longo período de tribulação que teve lugar durante a Idade das Trevas e foi instigado pela igreja apóstata. Durou mais de mil anos, multidões foram torturadas, queimadas na fogueira, ou ambos. Mais de 50 milhões de cristãos foram mortos por sua fé neste período de terrível tribulação.
Um escritor diz que a igreja apóstata “derramou mais sangue inocente do que qualquer outra instituição que já existiu entre os homens.” W.E.H. Lecky, história da ascensão e influência do Espírito do Racionalismo na Europa, (Reimpressão; Nova York: Braziller, 1955) vol. 2, pp 40-45.
“Desde o nascimento do papado até o presente momento, estima-se pelos historiadores cuidadosos e credíveis, que mais de cinquenta milhões da família humana, foram abatidos pelo crime de heresia pelos perseguidores papistas …” John Dowling, A história do catolicismo, pp 541-542.
Um Grande Terramoto.
No ano de 1755 ocorreu o mais terrível terremoto que já fora registrado. Apesar de comumente ser conhecido como o terremoto de Lisboa, estendeu-se pela maior parte da Europa, África e América. Foi sentido na Groenlândia, nas Índias Ocidentais, na ilha da Madeira, na Noruega e Suécia, Grã-Bretanha e Irlanda. Abrangeu uma extensão de pelo menos quatro milhões de quilômetros quadrados. Na África, o choque foi quase tão grave como na Europa. Uma grande parte da Argélia foi destruída; e a uma curta distância do Marrocos, uma aldeia de oito ou dez mil habitantes foi engolida. Uma vasta onda varreu a costa da Espanha e da África, submergindo cidades, e causando grande destruição.
Foi na Espanha e em Portugal que o choque atingiu a maior violência. Em Cadiz a ressaca foi dita ser da altura de vinte metros. Montanhas – algumas das maiores em Portugal – “Foram impetuosamente sacudidas, e algumas delas abriram nos seus cumes, e enormes massas foram lançadas para os vales subjacentes. Chamas foram relatadas sendo emitidas a partir dessas montanhas”. Em Lisboa, “um som de um trovão foi ouvido sob o solo e imediatamente depois um violento choque derribou a maior parte da cidade. No percurso de cerca de seis minutos pereceram sessenta mil pessoas. O mar primeiro recuou, formando uma faixa seca, e então voltou, aumentando cinqüenta metros acima de seu nível normal”. ”A circunstância mais extraordinária que aconteceu em Lisboa durante a catástrofe, foi o afundamento do novo cais, construído inteiramente de mármore, com vultosa despesa. Uma grande multidão de pessoas tinham se abrigado lá por segurança, como um local onde podiam estar fora do alcance dos destroços das ruínas, mas de repente o cais afundou com todo o povo sobre ele, e nenhum dos cadáveres jamais flutuou na superfície”.
O choque do terremoto “foi instantaneamente seguido da queda de todas as igrejas e conventos, e de quase todos os grandes edifícios públicos e, um quarto das casas. Em cerca de duas horas depois, irrompeu um incêndio em diferentes bairros, e se enfureceu com tal violência que pelo espaço de quase três dias a cidade ficou completamente desolada. O terremoto ocorreu num dia santo, quando as igrejas e conventos estavam repletos de gente, dos quais poucos escaparam”. ”O terror do povo era indescritível. Ninguém chorou, mas foram além das lágrimas. Eles corriam aqui e acolá, em delírio, com horror e espanto, batendo no rosto e seios, exclamando: ‘Misericórdia! o mundo está acabando! Mães esqueciam seus filhos, e corriam carregando crucifixos. Infelizmente muitos correram para as igrejas buscando proteção, mas em vão eram os Sacramentos expostos, em vão as pobres criaturas abraçavam os altares, imagens, padres e povo foram todos enterrados em uma ruína comum. “
O Sol convertido em Trevas.
“E, logo depois da aflição daqueles dias, o sol escurecerá, e a lua não dará a sua luz, e as estrelas cairão do céu, e as potências dos céus serão abaladas” (Mateus 24:29).
Vinte e cinco anos depois do Grande Terremoto apareceu o sinal seguinte mencionado em Apocalipse 6:12 – o escurecimento do sol e da lua. O que tornou isto mais marcante foi o fato de que o tempo de seu cumprimento havia sido definitivamente apontado. Na conversa do Salvador com os seus discípulos no Monte das Oliveiras, depois de descrever o longo período de provação da igreja – os 1260 anos da perseguição papal, em relação aos quais ele havia prometido que a tribulação deveria ser encurtada – Ele mencionou certos acontecimentos que precederiam sua vinda, e fixou o momento em que o primeiro destes deveria ser testemunhado: “Ora, naqueles dias, depois daquela aflição, o sol se escurecerá, e a lua não dará a sua luz” (Marcos 13:24). Os 1.260 dias, ou anos, terminaram em 1798. Um quarto de século antes, a perseguição tinha cessado quase inteiramente. Entre estas duas datas, de acordo com as palavras de Cristo, o sol devia escurecer.
Em 19 maio de 1780, esta profecia se cumpriu. Não foi um eclipse. Timothy Dwight diz: “A 19 de maio de 1780, houve um marcante dia escuro. Velas foram acesas em muitas casas, os pássaros estavam em silêncio e desapareceram, e as aves de capoeira retiraram-se para se empoleirar… Uma opinião muito geral prevaleceu, que o dia do julgamento estava à mão”. Citado em Coleções históricas Connecticut, compilada por John Warner Barber (2º Ed; New Haven: Durrie & Peck and J.W. Barber, 1836) p. 403. Para comentários adicionais sobre este evento, por favor continue lendo.
O Dia Escuro
“… Quase se não totalmente sozinho como o mais misterioso e ainda inexplicado fenômeno deste tipo…está o dia escuro de 19 de maio de 1780 - o mais inexplicável escurecimento de todo o céu e atmosfera visíveis na Nova Inglaterra”. Que a escuridão não era devido a um eclipse é evidente pelo fato de que a lua estava então quase cheia. Ela não foi causada por nuvens, ou espessura da atmosfera, pois, em algumas localidades onde a escuridão se estendia, o céu estava tão limpo que as estrelas podiam ser vistas. Quanto à incapacidade da ciência de atribuir uma causa satisfatória para essa manifestação, o astrônomo Herschel declara: ”O dia negro na América do Norte foi um dos admiráveis fenômenos da natureza que a filosofia está perdida para explicar”.
“A extensão das trevas também foi muito marcante, foi observada nas regiões mais a leste da Nova Inglaterra; a Oeste, na parte mais remota de Connecticut e, em Albany, NY, para o sul, foi observada em toda a costa marítima e ao norte, na medida em que as colônias americanas se estendiam. Provavelmente excederam esses limites, mas os limites exatos nunca foram positivamente conhecidos. No que diz respeito à sua duração, continuou na vizinhança de Boston, pelo menos, catorze ou quinze horas”.
“A manhã estava clara e agradável, mas por volta das oito horas foi observada uma aparência incomum no sol. Não havia nuvens, mas o ar era denso, tendo uma aparência de fumaça, e o sol brilhava com uma coloração pálida, amarelada, mas continuou a crescer mais e mais escuro, até que ele ficou escondido da vista.” Eram as ”Trevas da meia-noite ao meio-dia.”
“A ocorrência causou alarme e intenso desconforto em multidões de mentes, bem como consternação a toda criatura bruta, as aves de capoeira fugiram de seus abrigos desnorteadas, e os pássaros de seus ninhos, e o gado retornou aos seus estábulos”. As rãs e os falcões da noite começaram as suas notas. E a equipe de galos como na alvorada. Os agricultores foram forçados a abandonar seus trabalhos nos campos. Os negócios foram geralmente suspensos, e velas foram acesas nas casas”. O Poder Legislativo de Connecticut estava em sessão em Hartford, mas era incapaz de fazer negócios. Tudo tinha a aparência e a melancolia da noite”.
A intensa escuridão do dia foi sucedida, uma ou duas horas antes do anoitecer, por um céu parcialmente claro, e o sol apareceu, embora ainda estivesse obscurecido pela névoa, negra e densa. Mas “esse intervalo foi seguido por um retorno do obscurecimento com maior densidade, que tornou a primeira metade da noite terrivelmente escura além de toda a experiência anterior das prováveis milhões de pessoas que a viram. Desde logo depois do por do sol até a meia-noite, nenhum raio de luz da lua ou estrela penetrou a abóbada superior. Foi pronunciada “a escuridão das trevas!”. Disse uma testemunha ocular da cena: “Eu não podia conceber, na época, que, se cada corpo luminoso do Universo estava envolto em escuridão impenetrável, ou atingido fora da existência, as trevas não poderiam ter sido mais completas”. Embora a lua naquela noite subiu ao máximo, “Não tinha o menor efeito para dissipar as sombras de morte”. Depois da meia-noite a escuridão desapareceu, e a lua, quando se tornou visível, tinha a aparência de sangue.
O poeta Whittier assim fala deste dia memorável:
“Foi em um dia de maio do distante ano
de mil setecentos e oitenta, que caiu
Sobre o florescer e doce vida da primavera,
Sobre a terra fresca e o céu do meio-dia,
“Um horror de grandes trevas”.
Homens oravam e mulheres choravam,
todos os ouvidos afiados cresciam
Para ouvir o trompete da condenação estilhaçar
O céu negro”.

05/01/11

O ESPIRITISMO Á LUZ DA BÍBLIA

Introdução: “ Doutrina cujos partidários pretendem comunicar com os espíritos dos mortos, por um intermediário, a que dão o nome de médium.” Dicionário Contemporâneo, de Aulette.
“A crença daqueles que pensam que se estabelecem ocasionalmente comunicação entre os vivos e os mortos que sobrevivem em algum outro modo de existência.” Enciclopédia Internacional W. M. Jackson.

“A verdade primordial do espiritismo consiste na faculdade e possibilidade de o espiritismo voltar, sob certas condições, a comunicar-se com os que estão na matéria.” N. F. Rawlin, pregador espírita.

1. Existia esta doutrina nos tempos antigos?
Lev. 19:31 “Não vos voltareis para os que consultam os mortos nem para os feiticeiros; não os busqueis para não ficardes contaminados por eles. Eu sou o Senhor vosso Deus.”

“O aspecto fenomenal do espiritismo moderno, reproduz todos os princípios essenciais da mágica, feitiçaria e sortilégios do passado. Os mesmos poderes estão envolvidos, operam os mesmos seres.” F.F. Morse, em Pratica do Ocultismo , p. 85.

2. Como considera Deus os feiticeiros?
Mal. 3: 5 “E chegar-me-ei a vós para juízo; e serei uma testemunha veloz contra os feiticeiros, contra os adúlteros, contra os que juram falsamente, contra os que defraudam o trabalhador em seu salário, a viúva, e o órfão, e que pervertem o direito do estrangeiro, e não me temem, diz o Senhor dos exércitos.”

3. Que diz o Senhor dos ensino dos agoireiros e encantadores?
Jer. 27:9-10 “Não deis ouvidos, pois, aos vossos profetas, e aos vossos adivinhadores, e aos vossos sonhos, e aos vossos agoireiros, e aos vossos encantadores, que vos dizem: Não servireis o rei de Babilónia; porque vos profetizam a mentira, para serdes removidos para longe da vossa terra, e eu vos expulsarei dela, e vós perecereis.”
F. B. Meyer, da Inglaterra, faz a seguinte advertência conta a sedução do espiritismo: “Conheci várias famílias que foram levadas à desgraça por haverem recorrido a clarividentes e médiuns. Há graves perigos nessas coisas; e quando os poderes ocultos são usados para fins egoístas, é possível que homens e mulheres sejam tomados de espíritos maus, como no caso da jovem de Filipos (Actos 16:16-18). O povo é louco ao brincar com os rebotalhos do mundo espírita.” Present Thruth, 7 Novembro de 1911.

4. Antes da entrada dos israelitas em Canaã, que instruções deu Moisés no tocante a essas coisas?
Deut. 18: 9-13 “Quando entrares na terra que o Senhor teu Deus te dá, não aprenderás a fazer conforme as abominações daqueles povos. Não se achará no meio de ti quem faça passar pelo fogo o seu filho ou a sua filha, nem adivinhador, nem prognosticador, nem agoireiro, nem feiticeiro, nem encantador, nem quem consulte um espírito adivinhador, nem mágico, nem quem consulte os mortos; pois todo aquele que faz estas coisas é abominável ao Senhor, e é por causa destas abominações que o Senhor teu Deus os lança fora de diante de ti. Perfeito serás para com o Senhor teu Deus.”

Nota: Quem quer que consulte médiuns ou com eles se envolva, ou quem quer que professe receber instrução ou comunicações dos espíritos de mortos, desobedece a esta clara instrução, colocando-se em terreno inimigo. No Éden, ao negar que a morte seria o resultado da desobediência foi a morte o resultado.
Muitas pessoas que perderam os seus queridos anelam entrar em contacto com os seus familiares. É nestas circunstâncias que Satanás procura todas as oportunidades para entrar na vida desta pessoas e prende-las a si.

No regime teocrático de Israel, que lei havia relativa aos feiticeiros e aos tinham espíritos de adivinhos?
Lev. 20: 27 O homem ou mulher que consultar os mortos ou for feiticeiro, certamente será morto. Serão apedrejados, e o seu sangue será sobre eles.
Isto mostra quão perigosa e mortífera é aos olhos de Deus qualquer coisa dessa espécie.

5. Com que é que o Apóstolo Paulo classifica a feitiçaria, e que diz ele dos que são culpados dessas coisas?
Gálatas 5: 20 “A idolatria, a feitiçaria, as inimizades, as contendas, os ciúmes, as iras, as facções, as dissensões, os partidos, as invejas, as bebedices, as orgias, e coisas semelhantes a estas, contra as quais vos previno, como já antes vos preveni, que os que tais coisas praticam não herdarão o reino de Deus. Mas o fruto do Espírito é: o amor, o gozo, a paz, a longanimidade, a benignidade, a bondade, a fidelidade. A mansidão, o domínio próprio; contra estas coisas não há lei.

6. Que deverá fazer alguém se for convidado a consultar um espírito adivinho?
Isaías 8:19 “Quando vos disserem: Consultai os que têm espíritos familiares e os feiticeiros, que chilreiam e murmuram, respondei: Acaso não consultará um povo a seu Deus? Acaso a favor dos vivos consultará os mortos?”

Nota: Dando o sentido deste passo, diz o Dr. Adam Clarke: “Não recorreria uma nação ao seu Deus? por que se interrogariam os mortos no que concerne aos vivos?”
Mas isso é exactamente o que o espiritismo manda os homens fazerem – interrogar os mortos naquilo que concerne aos vivos.

7. Que instrução dá a esse respeito o apóstolo João?
1ª João 4:1 “Amados, não creiais a todo espírito, mas provai se os espíritos vêm de Deus; porque muitos falsos profetas têm saído pelo mundo.

8. Como testar se estes espíritos são de Deus ou do Diabo?
Isaías 8: 20 “A Lei e ao Testemunho! Se eles não falarem segundo esta palavra, nunca lhes raiará a alva.”

9. Devemos deixar-nos influenciar por sinais ou maravilhas realizados pelos que procuram desviar-nos de Deus e da Sua lei?
Deut. 13: 1-4; “Se levantar no meio de vós profeta, ou sonhador de sonhos, e vos anunciar um sinal ou prodígio, e suceder o sinal ou prodígio de que vos houver falado, e ele disser: Vamos após outros deuses que nunca conhecestes sirvamo-los! Não ouvireis as palavras daquele profeta, ou daquele sonhador; porquanto o Senhor vosso Deus vos está provando, para saber se amais o Senhor vosso Deus de todo o vosso coração e de toda a vossa alma. Após o Senhor vosso Deus andareis, e a ele temereis; os seus mandamentos guardareis, e a sua voz ouvireis; a ele servireis, e a ele vos apegareis.”

10. Sabem os mortos alguma coisa?
Não! (Job 14: 20,21; Ecl. 9:5,6,10)

11. A quem se devem atribuir esses prodígios?
Apoc. 16:14 “Pois são espíritos de demónios, que operam sinais; os quais vão ao encontro dos reis de todo o mundo, para os congregar para a batalha do grande dia do Deus Todo-Poderoso.”

12. Qual será uma das características dos últimos tempos?
1ª Tim. 4:1 “Mas o Espírito expressamente diz que em tempos posteriores alguns apostatarão da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demónios.”

Testemunhos:
“Tenho trabalhado no Hospício de doentes mentais durante mais de 15 anos, como interno, assistente de psiquiatria, nas casas de saúde, numa das quais o Sanatório de Botafogo, tenho um pavilhão a meu cargo, e na clínica privada, tenho observado muitos casos de influência maléfica de prática espírita.” Professor Espozel, Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro.

“O número de perturbados mentais, em que as perturbações mentais surgiram em consequência da frequência de práticas espíritas, não tem diminuído, e sim, pelo contrario, aumentado.” Prof. Henrique Roxo, catedrático de clínica Psiquiátrica da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro.

13. Como engana Satanás?
2ª Cor. 11:14,15 “E não é de admirar, porquanto o próprio Satanás se disfarça em anjo de luz. Não é muito, pois, que também os seus ministros se disfarcem em ministros da justiça; o fim dos quais será conforme as suas obras.”
Apoc. 13:13-14 “E operava grandes sinais, de maneira que fazia até descer fogo do céu à terra, à vista dos homens; e, por meio dos sinais que lhe foi permitido fazer na presença da besta, enganava os que habitavam sobre a terra e lhes dizia que fizessem uma imagem à besta que recebera a ferida da espada e vivia.”

14. Como será a vinda de Cristo?
Isaías 25:9 “E naquele dia se dirá: Eis que este é o nosso Deus; por ele temos esperado, para que nos salve. Este é o Senhor; por ele temos esperado; na sua salvação gozaremos e nos alegraremos.”

Conclusão: 1ª Pedro 5:8
“Mas o povo de Deus não será desencaminhado. Os ensinos deste falso cristo não estão de acordo com as Escrituras... E demais, não será permitido a Satanás imitar a maneira do advento de Cristo. O Salvador advertiu o Seu povo contra o engano neste ponto, e predisse claramente o modo da Sua segunda vinda. (S. Mat. 24:24-27)...Não há possibilidade de ser imitada esta vinda. Será conhecida universalmente, testemunhada pelo mundo inteiro.” O Conflito dos Séculos, p. 676,677.

01/01/11

QUEM FOI O NOSSO SUBSTITUTO?

Como Deus podia expressar simultaneamente a Sua justiça no juízo e o Seu amor no perdão? A solução foi esta: providenciando um substituto para o pecador, de modo que o substituto recebesse o juízo, e o pecador, o perdão. É claro que nós, pecadores, ainda estamos sofrendo algumas das conseqüências dos nossos pecados, mas a conseqüência penal, a penalidade merecida pela rebelião contra Deus, essa foi levada por Outro em nosso lugar, e pela providência divina acabamos não precisando suportá-la.

A questão vital então é a seguinte: quem foi o nosso substituto? Quem tomou o nosso lugar, levou o nosso pecado, sofreu a nossa penalidade, morreu a nossa morte? É certo que a Escritura ensina: “Deus prova o seu próprio amor para conosco, pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores” (Rom. 5:8). Conquanto correta, essa é uma resposta superficial.

Exatamente quem foi Jesus Cristo? Se Ele foi apenas um homem, como poderia um ser humano substituir a outros seres humanos? Se Ele foi apenas Deus, com a aparência de homem, como poderia representar a humanidade? E nessa hipótese, sendo apenas Deus, como poderia ter morrido?

Embora a Bíblia afirme claramente a divindade da Pessoa que se entregou por nós, não chega de modo algum à conclusão de “Deus ter morrido”. Primeiro, porque, referindo-se a Deus, diz ela incisivamente ser Ele “o único que possui imortalidade” (I Tim. 6:16) e, portanto não pode morrer. De modo que Ele se tornou homem, a fim de poder fazê-lo.

Deus em Cristo
 Deus por meio de Cristo e Deus em Cristo – II Cor. 5:18-19

Nosso substituto, que tomou o nosso lugar e morreu a nossa morte na cruz, não foi Cristo somente, nem Deus somente, mas Deus em Cristo. Dessa forma, sendo completamente Deus e completamente homem, Jesus Cristo foi qualificado para representar tanto a Deus quanto ao homem e servir de intercessor entre ambos.

Não foi à toa que Jesus recebeu o nome de Emanuel, que quer dizer “Deus conosco”, pois no Seu nascimento e por meio dEle o próprio Deus tinha vindo resgatar o seu povo, e salvá-lo de seus pecados (Mat. 1:21-23).

Essa convicção de que o Pai e o Filho não podem ser separados, em virtude de que o Pai estava agindo por meio do Filho, fica clara na expressão de que Deus “nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo” e “estava em Cristo reconciliando consigo o mundo” (II Cor. 5:18-19). Portanto, Deus (o Pai) e Cristo (o Filho) agiram juntos na obra da reconciliação. Foi em Cristo e através dEle que Deus estava efetuando a reconciliação.

Cristo só foi capaz de fazer o que fez porque era quem era, já que a “plenitude” de Deus habitava nEle e operava através dEle (Col. 1:19-20; 2:9). Não é exagero dizer que o cravo pregado na mão de Jesus atravessou até a mão de Deus.

O que vimos, portanto, no drama da cruz foi Deus feito homem em Cristo (o Filho). Daí a importância das passagens do Novo Testamento que falam da morte de Cristo como a morte do Filho de Deus; por exemplo: “Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu Filho unigênito” (João 3:16), “Aquele que não poupou a seu próprio Filho” (Rom. 8:32), e “fomos reconciliados com Deus mediante a morte do seu Filho” (Rom. 5:10).

Nem Cristo somente como homem nem o Pai somente como Deus podia ser nosso substituto. Somente Deus em Cristo, o unigênito Filho do próprio Deus Pai feito homem, podia tomar o nosso lugar. Jesus Cristo, nosso substituto, é “o próprio Deus, o próprio homem, e o próprio Deus-homem”. Se Jesus não é quem os apóstolos dizem que é, então não podia ter feito o que dizem que fez.

Deus em Cristo tomou o nosso lugar. Não havia outro meio pelo qual o amor de Deus pudesse ser satisfeito e os seres humanos rebeldes pudessem ser salvos. Em vez de nos aplicar o juízo que merecíamos, Deus em Cristo suportou a penalidade da nossa desobediência em nosso lugar.

Somente o evangelho ensina a substituição divina como o único meio de salvação. Outras religiões ensinam diferentes formas de salvação. As outras religiões, sem contar a filosofia, tentam resolver o problema da culpa sem a intervenção de Deus, e chegam a uma conclusão “barata”. O homem é sempre poupado da humilhação de ter de reconhecer que Deus assumiu o castigo em seu lugar. A tal ensinamento, como único meio de obter a vida eterna, muitos não pretendem submeter-se por uma única explicação: o orgulho.

Um Corpo me Formaste
 Um corpo foi preparado para Jesus – Heb. 10:5

“Nestas palavras anuncia-se o cumprimento do desígnio que estivera oculto desde tempos eternos. Cristo estava prestes a visitar nosso mundo, e a encarnar. Diz Ele: “Corpo Me preparaste.” Houvesse aparecido com a glória que possuía com o Pai antes que o mundo existisse, e não teríamos podido resistir à luz de Sua presença. Para que a pudéssemos contemplar e não ser destruídos, a manifestação de Sua glória foi velada. Sua divindade ocultou-se na humanidade – a glória invisível na visível forma humana”. – Ellen White, O Desejado de Todas as Nações.

O plano da nossa salvação não foi formulado depois do surgimento do pecado. Já existia desde a fundação do mundo. Na verdade, foi apenas a revelação “do mistério que desde tempos eternos esteve oculto”. Rom. 16:25.

Deus não determinou a existência do pecado, mas previu o seu surgimento com muita antecedência. E por um incompreensível amor pelo mundo, decidiu entregar Seu Filho unigênito “para que todo aquele que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. João 3:16.

Cristo assumiu a natureza humana para nos salvar do pecado. Ele Se tornou plenamente humano e continuou sendo plenamente divino em Sua essência. Ergueu-Se como nosso representante para nos redimir, restaurar e nos dar poder para vencer Satanás e o pecado no grande conflito entre o bem e o mal.

Como segundo Adão, Jesus obteve a vitória onde nossos primeiros pais falharam e onde todos falharam desde então. Possibilitou nos tornarmos vitoriosos sobre o pecado pela fé em Seu sangue. Se O recebermos com a simplicidade e humildade de uma criança, seremos salvos (Mat. 11:25; 18:1-3).

Ele viveu sem pecado na Terra e deu Sua vida para adquirir a nossa salvação. Embora não possamos entender completamente este mistério da graça de Deus, somos convidados a aceitá-lo pela fé e reivindicar pessoalmente a salvação que Ele oferece.

Teria sido humilhante para Jesus revestir-Se da natureza humana mesmo enquanto Adão permanecia sem pecado. Mas Jesus aceitou a forma humana quando a raça havia sido enfraquecida por quatro mil anos de pecado. Como qualquer filho de Adão, Ele aceitou os resultados da operação da lei da hereditariedade.

Até mesmo para facilitar uma melhor e mais profunda compreensão do que Jesus Cristo fez por nós, é que precisamos entender quem Ele é, de onde veio e o que era antes de entrar neste mundo pelo ventre de Maria, Sua mãe terrestre.

A Pré-Existência Eterna de Jesus
 Ele estava com Deus e era Deus – João 1:1-3

A divindade de Cristo é um tema presente em toda a Bíblia. Jesus veio do Pai (João 16:28), era Um com o Pai (João 10:30) e existe eternamente com o Pai (João 1:2). Nunca houve tempo em que Jesus não existisse; caso contrário, Ele seria um ser criado, e a Bíblia não ensina isso. É simples. Jesus Cristo sempre existiu, e sempre existirá. Sua existência é sem fim – não teve início nem terminará – é eterna.

Para a mente moderna, a idéia da preexistência de Cristo e Sua encarnação é muito forçada para ser levada a sério. É uma lenda que pertence a uma época pré-científica, pré-racional. Para um mundo criado no método científico, onde só se considera verdade o que pode ser entendido em laboratório ou pela investigação científica, a encarnação de Jesus simplesmente não é algo que pessoas “racionais” podem aceitar, porque existe fora das ferramentas científicas e modernas de investigação e exame. Seria bom se toda verdade só existisse dentro desses parâmetros; mas como não é assim, esses métodos nunca nos trarão à verdade que realmente precisamos conhecer. Ao contrário, aprendemos essas verdades, porque elas nos foram ditas.

Um verdadeiro conhecimento de Jesus só é possível pela revelação. A Bíblia nos diz com todas as letras: Ele era verdadeiramente Deus, no sentido de que tinha as características essenciais de Deus; e então Ele Se humilhou e assumiu as características essenciais de um ser humano, um servo, e também Se tornou completamente humano. Ele era tão verdadeiramente Deus quanto era verdadeiramente homem. Impossível explicar racionalmente as duas naturezas de Jesus: a do homem mortal e a da divindade imortal.

Esta idéia de Deus assumir a forma humana oferece mais razões para se meditar do que todos os demais livros do mundo. Ela nos dá a inegável prova de que Jesus Se importou conosco a ponto de deixar o Seu lugar no Céu e vir aqui “calçar os nossos sapatos”. Como Jesus Se tornou homem, eu não sei. Mas agradeço a cada dia o motivo pelo qual Ele fez isso.

Deus Se Fez Carne e Habitou Entre Nós
 Deus Se fez carne e habitou entre nós – João 1:14

Se alguma vez você se mudou de uma casa para outra, sabe como é acomodar-se em um novo ambiente. Jesus deixou o Céu e “habitou entre nós”.

O dia 6 de setembro de 1997 viu Londres parar. Milhões de pessoas de luto se reuniram para testemunhar o funeral de Diana, princesa de Gales. Cerca de 16 anos antes, o mundo também havia parado para vê-la se casar com o príncipe Charles, herdeiro do trono da Grã-Bretanha. Em seu tempo como membro da família real britânica, Diana veio a representar o conto de fadas que sonha toda moça.

Mas, se o esplendor da realeza britânica nos impressiona, nossa mente não pode nem começar a conceber a imagem, antes da criação do mundo, em que o Pai celestial planejou com o Filho como a humanidade poderia ser salva, mesmo antes da queda. Da majestade do Céu a verdadeira realeza deste mundo fez um plano para salvar a cada um de nós. Mas o plano de Deus não era revelar-Se através da glória e poder da realeza. Ele tinha um projeto diferente.

Os filmes de Hollywood retratam regularmente a história clássica da trajetória da miséria para a riqueza: o menino pobre cresce e se torna homem próspero; o patinho feio se transforma num cisne; Cinderela se casa com seu príncipe. Mas a história de Cristo renunciando ao Céu para vir aqui é o reverso. Jesus deixou a magnificência do Céu para “andar com nossos sapatos”, morrer em nosso lugar e pagar o preço supremo pelo resgate de cada um de nós.

Ao contemplar a encarnação de Cristo em humanidade, ficamos perplexos diante de um mistério insondável, que a mente humana não pode compreender.

Completamente Deus e Completamente Homem
 Em forma de Deus e em forma de homem – Fil. 2:5-8

Lúcifer dissera: “Subirei ao céu, acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono. … Serei semelhante ao Altíssimo.” Isa. 14:13 e 14. Mas Cristo, “sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus, mas aniquilou-Se a Si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-Se semelhante aos homens”.

Foi um sacrifício voluntário. Jesus poderia ter permanecido ao lado de Seu Pai. Mas preferiu descer do trono do Universo, a fim de trazer luz e vida à humanidade decaída. E não foi pouco que Deus desceu.

Olhe para a cruz. Quem é que está sobre ela? Quem está morrendo lá como um criminoso? É um Homem bom que simplesmente entrou em choque com os mesquinhos políticos de Seu tempo? Ou estamos vendo Alguém mais?

Deus desceu um degrau, e outro, e outro. Esvaziou-Se de Seu poder. Que degrau Ele desceu! Mas Ele desceu mais ainda. Tornou-Se um mero ser humano. O rei Se esvaziou. De Deus passou a ser humano, e depois a servo. Para baixo, para baixo, e para baixo!

Mas não acabou ainda. Ele permitiu que O matassem. Esta não é uma confusão política! Isto é sacrifício! Mas observe: Ele desceu ainda mais. Esta morte é a que estava reservada para os mais vis criminosos. Para baixo, para baixo e para baixo! Ele mergulhou no mais profundo da miséria humana.

Olhe para a cruz. Sobre ela, o Criador do Universo Se contorce na agonia do mais vil e culpado escravo do pecado. Lá está Ele, no fundo do poço da rebelião humana! Do lugar mais elevado ao mais baixo. Para baixo, para baixo e para baixo!

“Cristo foi tratado como nós merecíamos, para que pudéssemos receber o tratamento a que Ele tinha direito. Foi condenado pelos nossos pecados, nos quais não tinha participação, para que fôssemos justificados por Sua justiça, na qual não tínhamos parte. Sofreu a morte que nos cabia, para que recebêssemos a vida que a Ele pertencia”. – Ellen White, O Desejado de Todas as Nações.

Completamente Homem, Mas Sem Pecado
 Sem pecado – Heb. 4:15

Mesmo afirmando Sua humanidade, a Bíblia também deixa claro que Jesus nunca pecou. Por toda a Sua existência em forma humana, Jesus jamais confundiu o certo e o errado, a verdade e o erro. A Epístola aos Hebreus declara que Jesus “foi… tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado” (Heb. 4:15). Pedro, que conheceu bem a Jesus, testemunhou que Ele “não cometeu pecado, nem dolo algum se achou em Sua boca” (I Ped. 2:22). João escreveu que “nEle não existe pecado” (I João 3:5), e Paulo disse que Cristo “não conheceu pecado” (II Cor. 5:21). Enquanto isso, as próprias palavras de Cristo nos versos seguintes (João 8:29 e 46; 15:10) revelam o fato de que, embora humano, Ele nunca pecou.

A Divindade de Cristo
 Jesus é expressa imagem de Deus – Heb. 1:1-3

O Deus que existia antes de assumir a humanidade continuou sendo o mesmo Deus, apesar de estar revestido da humanidade, um conceito que realmente é difícil de se entender.

Embora não possamos entender completamente este mistério da graça de Deus, somos convidados a aceitá-lo pela fé e reivindicar pessoalmente a salvação que Ele oferece.

Cristo não trocou Sua divindade pela humanidade, mas revestiu a divindade com a humanidade. Embora a Sua glória divina tenha se ocultado por um tempo, ao assumir a humanidade, Ele não deixou de ser plenamente Deus quando Se tornou homem. O humano não tomou o lugar do divino, nem o divino ocupou o lugar do humano. Em Cristo, as duas naturezas – humana e divina – eram íntima e inseparavelmente uma só, e ainda tinham uma individualidade distinta. Esse é o grande mistério. A fé nos habilita a aceitar o que não podemos compreender.

Felizmente, para nos beneficiarmos do que Cristo fez por nós, não precisamos conhecer todas as complexidades a respeito da Sua natureza. Deus revelou o suficiente para sermos salvos.

Os computadores fazem coisas surpreendentes. Se você entender como funcionam, eles podem tornar o seu trabalho muito mais fácil. Caso contrário, você pode ter a tendência de ignorar ou diminuir a sua utilidade. Por não compreender completamente um Deus disposto a viver entre os seres humanos, nosso mundo desvaloriza Sua relevância para a vida, tanto quanto a nossa total dependência dEle para alcançar a eternidade.

A Terra, aqui onde o Filho de Deus habitou na humanidade; onde Ele viveu, sofreu e morreu, aqui, quando Ele houver feito novas todas as coisas, será o tabernáculo de Deus com os homens, “com eles habitará, e eles serão o Seu povo, e o mesmo Deus estará com eles, e será o seu Deus”. Apoc. 21:4.

Texto de autoria do Dr. Mauro Braga, IASD Brooklin.