31/12/09

O PRINCÍPIO DIA-ANO


É possível inferir de citações bíblicas e do Espírito de Profecia a idéia de que o princípio dia/ano não deve ser aplicado depois de 1844? E como fica a interpretação de Apoc 8:1 de que “quase meia hora profética” equivale a sete dias? — M. T. F.
Calculamos as 2300 tardes e manhãs de Daniel 8:14 como 2300 anos mediante a aplicação do princípio dia-ano. Considerando que a purificação do santuário terrestre ocorria num único dia, não deveria o juízo investigativo, nesse caso, ter durado apenas um ano? Por que esse princípio deixa, agora, de ser aplicado?

O princípio dia/ano é aplicável exclusivamente a períodos de tempos proféticos apocalípticos que se estendem no máximo até 1844. Não pode ser aplicado de outra forma.
É verdade que a purificação do antigo santuário terrestre ocorria num determinado dia do ano litúrgico de Israel. Mas não tomava o dia todo, para que valesse um ano completo pelo aludido princípio.
Mesmo que o tomasse, esse dia, a exemplo do que ocorria com outros dias de eventos religiosos, era apenas uma data de calendário e nada mais que isso; não perfazia um “período profético’ menos ainda apocalíptico; portanto, o princípio dia/ano nada tem que ver com aqueles dias, e vice-versa.
Se tivéssemos que aplicar o princípio a essas datas, entraríamos em sérias dificuldades. Por exemplo, a festa dos “pães asmos’ que apontava para o corpo de Jesus oferecido na cruz, durava sete dias, Se a aplicação fosse correcta, o corpo de Jesus deveria permanecer na forma de um sacrifício (na cruz, ou mesmo na sepultura), por sete anos.
A festa de Pentecostes, que apontava para a descida do Espírito Santo, era comemorada, a exemplo da Expiação, num dia apenas; deveria, então, o Espírito Santo ter vindo sobre a Igreja apenas durante um ano? E assim por diante.
Cada festa religiosa dos judeus tinha uma importante aplicação escatológica, concernente ao seu significado, mas não ao tempo de sua duração. Uma coisa é independente da outra.
Com respeito à primeira pergunta, lembro que toda vez que nos desviamos de nosso critério de interpretação profética, o historicismo, nos arriscamos a descambar para a fantasia. Ellen G. White sempre respeitou esse critério em seus comentários sobre as profecias (ver especialmente o livro O Grande Conflito), e é por isso que ela afirmou categoricamente que “o tempo não tem sido um teste desde 1844, e nunca mais o será” (Primeiros Escritos, pág. 75); depois de 1844 “não pode haver contagem definida de tempo profético” (Manuscrito 59, 1900).
É por isso também que ela afirma que “nenhum período profético se estende até ao segundo advento” (O Grande Conflito, pág. 456) e que “quanto mais frequentemente se marcar um tempo definido para o segundo advento, e mais amplamente for ele ensinado, tanto mais se satisfarão os propósitos de Satanás” (Ibidem, pág. 457). Tudo isto subentende que o princípio dia-ano não deve ser aplicado para além de 1844.
Apocalipse 10:6 afirma que já não haveria “mais demora” quando o anjo estivesse para tocar a sétima trombeta (v. 7). O termo original grego vertido como “demora” nesse texto é chronos, que quer dizer “tempo que transcorre” (vem daí a palavra cronómetro).
Entendemos que a sétima trombeta é tocada a partir de 1844. Em 1840 completou-se o período de 391 anos e 15 dias da sexta trombeta (9:15). A expressão “para tocar’: significando a iminência do toque, aponta para um pouco de tempo antes de 1844. Nessa ocasião, o estudo profético era intenso, e abriu a perspectiva do cumprimento do “mistério de Deus’: como previsto em Apoc. 10:7.
“Tempo que transcorre” é a condição sine qua non para qualquer período, não importando a sua duração. Naturalmente, “tempo que transcorre” não significa necessariamente “períodos de tempo” previamente estabelecidos; mas sem “tempo que transcorre” não haverá o estabelecimento de qualquer período.
O que o anjo está dizendo, portanto, não é que não haveria passagem de tempo desde o toque da sétima trombeta até a volta de Jesus, pois ninguém é tão tolo que afirme que o tempo, de lá para cá, não tem transcorrido. Significa, sim, que não haveria mais período definido, específico, de tempo profético a ser inserido em qualquer época após 1844. Os que propõem, por exemplo, o cumprimento dos 1290 e 1335 dias de Daniel 12:11 e 12 para imediatamente antes da volta de Jesus violam o que o Apocalipse declara.
Ellen G. White confirma tudo isso. Comentando Apocalipse 10:6, ela diz: “Esse tempo, que o anjo anuncia com solene juramento, não é o fim da história deste mundo, nem do tempo de graça, mas de tempo profético que precederia o advento de nosso Senhor; isto é, as pessoas não terão outra mensagem sobre tempo definido.
Após este período de tempo, que se estende de 1842 a 1844, não pode haver um delineamento definido de tempo profético. O cômputo mais longo se estende até o Outono de 1844” (SDABC, vol. 7, pág. 971). “Esta mensagem anuncia o fim dos períodos proféticos:’ — Mensagens Escolhidas, vol. 2, pág. 108.
Portanto, se os períodos de tempo profético avançam, no máximo, até 1844, segue-se que o princípio dia-ano (necessário para o cálculo dos referidos períodos) não mais é válido para depois desta data. Isto significa que a interpretação correcta de Apoc. 8:1 não exigirá o emprego deste princípio, da mesma forma que não o empregamos na interpretação do milénio do capítulo 20.

27/12/09

ERAM MAGOS OU SÁBIOS OS QUE VISITARAM JESUS AQUANDO DO SEU NASCIMENTO?

Quando estudamos a profecia das Setenta Semanas, em Daniel 9:24-27, percebemos como ela é importante nos dias actuais para nós que estamos observando quando o Anticristo aparecerá na cena mundial. Prepare-se para um choque e para receber novos esclarecimentos.
Como os magos souberam que a estrela que viram no céu era tão especial que partiram em uma longa viagem a camelo para apresentarem presentes ao futuro Rei? Espere um minuto! Quem lhes disse sobre o Rei? Além disso, aqueles homens nem mesmo eram judeus; eram pagãos, adoradores de Zoroastro!
Como eles podiam saber algo sobre o recente nascimento do Messias judeu que tinha sido profetizado por tanto tempo? Quando avançamos 33 anos no tempo, vemos Jesus chorando pelo povo de Jerusalém, pois não o reconheceram como o Messias. Ele disse:
"... Ah! se tu conhecesses também, ao menos neste teu dia, o que à tua paz pertence! Mas agora isto está encoberto aos teus olhos. Porque dias virão sobre ti, em que os teus inimigos te cercarão de trincheiras, e te sitiarão, e te estreitarão de todos os lados; e te derrubarão, a ti e aos teus filhos que dentro de ti estiverem, e não deixarão em ti pedra sobre pedra, pois que não conheceste o tempo da tua visitação." [Lucas 19:42-44].
Mostraremos que Jesus tinha todo o direito de esperar que as pessoas soubessem quando Ele apareceria, pois esse segredo precioso tinha sido revelado ao profeta Daniel mais de 500 anos antes.
A Profecia Mais Importante de Toda a Bíblia
O fato de Daniel ser um funcionário graduado no governo babilónio é muito significativo no nosso estudo, pois somente os oficiais graduados e os líderes religiosos importantes daquele tempo tinham acesso aos livros, pois não havia imprensa, somente manuscritos. Os sábios que foram visitar o menino Jesus eram estudiosos e, portanto, tinham acesso aos escritos de Daniel. Além disso, eram magos, uma ordem da religião pagã de Zoroastro, na Média e na Pérsia. [1] Os magos eram antigos intérpretes dos sonhos e eram astrólogos (prognosticadores), encantadores, feiticeiros e mágicos. O rei os chamava de "sábios", pois eles o convenceram que podiam oferecer bons conselhos e interpretar seus sonhos. Hoje, entretanto, nós os chamaríamos de feiticeiros. Sempre que um rei pagão conquistava outra nação, ele tomava os melhores jovens e os melhores "sábios" e os levava para sua corte, para orientá-lo.
Na Bíblia, vemos os magos na corte do rei babilónio Nabucodonosor. Na verdade, os magos tinham muito respeito por Daniel, pois ele salvou as vidas dos magos do seu tempo. Você deve lembrar a história:
O rei Nabucodonosor teve um sonho terrível, dado por Deus, e ficou muito perturbado. No entanto, ele não conseguia se lembrar do sonho e nem sabia o que significava. O rei convocou todos os magos, incluindo Daniel, e exigiu que eles lhe dissessem qual tinha sido o sonho e qual era a interpretação. Ele os ameaçou de morte se não lhe dissessem qual tinha sido o sonho e o que significava. Quando os soldados foram cumprir a ordem do rei de matar todos os magos, Daniel pediu mais um prazo. Após muita oração de Daniel e de seus três companheiros, Hananias, Misael e Azarias, Deus revelou o sonho a Daniel e o rei Nabucodonosor poupou a vida dos magos. [Daniel 2:1-19].
Daquele momento em diante, os magos reverenciaram muito Daniel, pela grande visão que recebera de Deus. Provavelmente, eles não creram em Deus como o único Deus do universo; mas em vez disso, creram que era o mais poderoso daquele tempo e, certamente, muito poderoso em qualquer época. No entanto, ainda continuaram sendo politeístas.
Os magos que visitaram o menino Jesus conheciam os escritos de Daniel, sem dúvida tinham cópias do seu livro e conheciam a profecia das setenta semanas. Quando a estrela apareceu no céu, eles sabiam que estava na época para aquela profecia se cumprir. Quando viram a estrela, seu conhecimento daquela profecia incrivelmente precisa, mais a acção motivadora do Espírito Santo, fez com que embarcassem em uma longa jornada até Israel para prestar homenagem ao Messias judeu.
Vamos agora considerar essa impressionante profecia do maravilhoso livro de Daniel.
Vamos estudar a profecia referente ao tempo da vinda de Jesus Cristo, dada com detalhes inacreditáveis quase 500 anos antes de Ele nascer. Você verá que Deus anunciou o dia exacto em que Jesus se apresentaria aos judeus como o longamente aguardado Messias! [cumprido ao pé da letra em Mateus 21:1-11].
Uma Profecia Inigualável
"Setenta semanas estão determinadas sobre o teu povo, e sobre a tua santa cidade, para cessar a transgressão, e para dar fim aos pecados, e para expiar a iniquidade, e trazer a justiça eterna, e selar a visão e a profecia, e para ungir o Santíssimo. Sabe e entende: desde a saída da ordem para restaurar, e para edificar a Jerusalém, até ao Messias, o Príncipe, haverá sete semanas, e sessenta e duas semanas; as ruas e o muro se reedificarão, mas em tempos angustiosos. E depois das sessenta e duas semanas será cortado o Messias, mas não para si mesmo; e o povo do príncipe, que há de vir, destruirá a cidade e o santuário, e o seu fim será com uma inundação; e até ao fim haverá guerra; estão determinadas as assolações." [Daniel 9:24-26].
A semana mencionada no verso 27, refere-se à última semana de anos, um período que chamamos de Tribulação.
O termo "semana" referindo-se a sete anos era comum entre os judeus. O termo vem da ordem de Deus em Levítico 25:1-7 para cultivar um campo por seis anos, permitindo que descanse no sétimo ano. Esse período de sete anos veio a ser conhecido como "semana de anos". Portanto, Setenta Semanas (de Anos) são 490 anos.
Observe que essa profecia contém três partes:
1. Sete semanas de anos (49 anos)
2. Sessenta e duas semanas de anos (434 anos)
3. Uma semana de anos (7 anos)
No ponto exacto na história quando as 7+62 Semanas de Anos se cumpriram, Israel podia esperar que o Messias se apresentasse. Que grande notícia! Isso significava que Israel não poderia deixar de perder o Messias! Tudo o que os israelitas precisavam fazer era contar, acompanhar os eventos actuais que se desdobravam e conhecer essa profecia.
Este estudo mostra-nos várias coisas:
1. Que os magos sabiam que o tempo da vinda do Messias estava próximo.
2. Por que Israel deixou de esperar o Messias.
3. Como isso se aplica a nós hoje.
Vamos agora considerar o significado da profecia:
1. Duração da Profecia
Essa profecia estipulava que o Messias seria apresentado a Israel e que seria morto após a passagem de 69 semanas de anos desde o ponto inicial. Quando multiplicamos 69x7, compreendemos que o tempo envolvido aqui é igual a 483 anos. Como no calendário judaico lunar o ano tem 360 dias, podemos facilmente ver que Deus está falando sobre 173.880 dias. Portanto, podemos esperar que 173.880 dias após o período inicial dado na profecia, o Messias se apresentaria a Israel como o Rei.
2. Ponto Inicial da Profecia (Daniel 9:25a)
Neste verso, Deus disse que a profecia iniciaria "desde a saída da ordem para restaurar e para edificar Jerusalém..." Quando Deus deu essa profecia a Daniel, Israel estava cativo na Babilónia; no entanto, Deus já tinha anunciado anteriormente, por meio do profeta Jeremias, que esse cativeiro duraria setenta anos. Esse período de setenta anos estava terminando rapidamente; na verdade a história regista que o rei medo-persa Artaxerxes emitiu o decreto autorizando a reconstrução de Jerusalém em 457 AC. Portanto, era fazer contas e ter a data do maior evento da História até então. Israel não o fez, lamentavelmente!
3. A Matemática da Profecia
A. As Primeiras Sete Semanas
Se você estudar o livro de Neemias, verá o relato da migração dos judeus para reconstruírem Jerusalém após o decreto de Artaxerxes. Neemias assumiu a liderança dos esforços para a reconstrução, que foi realizada com tantas dificuldades e sob tantas ameaças dos inimigos, que os construtores carregavam espadas na cintura enquanto trabalhavam na reedificação dos muros. Assim, a profecia do verso 25b foi cumprida: "as praças e as circunvalações se reedificarão, mas em tempos angustiosos".
Esse esforço começou em 445 AC e culminou em 396, exactamente 49 anos, conforme profetizado.
B. O Segundo Período (62 Semanas de Anos, ou 483 anos)
Daniel 9:26 fala sobre o "Ungido", que viria após esse período de tempo e que seria morto. Os estudiosos mais conservadores compreendem que essa passagem se refere a Jesus Cristo, não no seu nascimento, mas em sua apresentação como o Príncipe, o Messias. [2]. "Existem dois eventos na vida de Cristo em que ele foi apresentado oficialmente. Um foi no seu baptismo e o outro foi quando entrou triunfantemente em Jerusalém." [3] Esse último evento tornou-se conhecido como Domingo de Ramos. Quando ocorreu? O Messias Jesus veio a Jerusalém na Páscoa, em 6 de Abril do ano 32 DC." [4].
Notas de Rodapé
1. "Dictionary of the Bible", editado por William Smith, The S. S. Scranton Company, 1904 pg 501
2. John MacArthur Jr., "The Future of Israel", Word of Grace Communications, pg 21
3. Ibidem
4. Ibidem

20/12/09

FÉ E ACCÇÃO NO BRASIL

PROÍBE A BÍBLIA BEBER VINHO?

Pergunta: Se beber vinho é condenado na Bíblia, por que em Provérbios 31:5-6 há uma recomendação para dar de beber vinho aos angustiados?

Resposta: “Para que não bebam, e se esqueçam da lei, e pervertam o direito de todos os aflitos. Dai bebida forte aos que perecem e vinho, aos amargurados de espírito” Provérbios 31:5-6.

O comentarista Metodista
Adão Clarke, assim explica esse texto em seu comentário bíblico: “Dai bebida forte para aquele que está morrendo. Já temos visto que bebidas embriagantes eram misericordiosamente dadas aos criminosos condenados, para torná-los menos sensíveis às torturas que enfrentariam na morte. Isto é o que foi oferecido a nosso Senhor, mas ele recusou” . Essas bebidas eram feitas misturando ervas narcóticas. Nos dias de Jesus, oferecia-se ao indivíduo uma mistura de vinagre efel (mesmo em momentos de dor, Cristo rejeitou tal substância, pois não queria perder a Sua consciência com os efeitos do álcool. Ver João 19:28 e 29 – compare com o Salmo 69:21, que profetizou esse evento. Que exemplo para o ser humano, que muitas vezes quer mergulhar-se no álcool para fugir dos seus problemas, sendo que a solução e cura vêm pelo “bater de frente” com a situação. Diante das situações desesperadoras, Jesus nos orienta a irmos a Ele [Mateus 11:28-30].

17/12/09

ESTUDO SOBRE A ÉTICA CRISTÃ

No mundo contemporâneo, a igreja sofreu modificações drásticas com relação ao comportamento pessoal de cada membro. Junto com a chamada evolução, que na verdade está mais para descobrimento do próprio livre-harbítrio, está a responsabilidade de lidar com o conhecimento do bem e do mal, que é a razão, que nos foi imposto pelos primeiros “homens” (Adão e Eva). Dado este é fato, entendemos que razão, é a forma de se executar o livre-harbítrio com o conhecimento do bem e do mal, de forma a identificarmos correctamente o que é e o que não é lícito ou conveniente realizar. Este é o princípio da Ética Cristã. Entender este ponto é crucial para compreender a lógica deste estudo, e saber aplicar a ética cristã ao seu dia-a-dia.
Em 1ª Coríntios 14:26-33 diz: Deut. 1:3
26. Portanto, meus irmãos, o que é que deve ser feito? Quando vocês se reúnem na igreja, um irmão tem um hino para cantar; outro, alguma coisa para ensinar; outro, uma revelação de Deus; outro, uma mensagem em línguas estranhas; e ainda outro, a interpretação dessa mensagem. Que tudo seja feito para o crescimento espiritual da igreja.
27. Se algum de vocês falar em línguas estranhas, então que apenas dois ou três falem, um depois do outro, e que alguém interprete o que está sendo dito.
28. Mas, se não houver ninguém que possa interpretar, então fiquem calados e falem somente consigo mesmos e com Deus.
29. No caso de dois ou três receberem a mensagem de Deus, estes devem falar, e os outros que pensem bem no que eles estão dizendo.
30. Se uma outra pessoa que estiver ali sentada receber a mensagem de Deus, quem estiver falando deve se calar.
31. Vocês todos podem anunciar a mensagem de Deus, um de cada vez, para que todos aprendam e fiquem animados.
32. Quem fala deve controlar o dom de anunciar a mensagem de Deus,
33. pois Deus não quer que nós vivamos em desordem e sim em paz.
Esta passagem nos mostra uma série de critérios a ser seguidos quando colocamos em pauta a liturgia do culto. Bom, primeiro passo, o que vem a ser (significar) a palavra liturgia? No dicionário Michaelis denota-se o seguinte: “Liturgia” – s. f. Ordem das cerimónias e preces de que se compõe o culto público e oficial instituído por uma igreja, resumindo, liturgia é nada mais e nada menos do que a organização cerimonial do culto, ou, pautar a maneira como o culto será conduzido.
Nos versículos acima, temos claramente as directivas (regras) para a liturgia de um culto, Paulo coloca bem nítido a maneira como as pessoas responsáveis e principalmente os membros devem se portar, se dirigir, durante o momento em que Deus está presente, sabendo que se fosse uma autoridade pública presente no local, haveria uma maneira mais respeitosa de se comportar mediante a presença dele. Mas como Deus não se faz fisicamente visível, então há uma certa displicência. Na minha visão, entendo claramente ao contrário, é exactamente neste momento que devemos nos manter numa postura de mais respeito e “inclinação patriótica espiritual” (vou falar disso mais na frente), para com o Senhor.
Em 1ª Coríntios 12:12-13, Paulo diz também:
12. Cristo é como um corpo, o qual tem muitas partes. E todas as partes, mesmo sendo muitas, formam um só corpo.
13. Assim, também, todos nós, judeus e não-judeus, escravos e livres, fomos baptizados pelo mesmo Espírito para formar um só corpo. E a todos nós foi dado de beber do mesmo Espírito.
Nesta passagem, Paulo exemplifica para a igreja de corintos algo de extrema importância mas simples e primária; Que a igreja do Senhor, todas, têm suas funções com seus respectivos responsáveis como membros, cada um executando uma acção/medida diferente do outro, mas com uma finalidade, o crescimento e o desenvolvimento do corpo.
A principal característica do corpo de Cristo está sendo mencionada no versículo 13, quando ele diz: “Assim, também, todos nós, judeus e não-judeus, escravos e livres, fomos baptizados pelo mesmo Espírito para formar um só corpo. E a todos nós foi dado de beber do mesmo Espírito.”, que é a prática da aceitação do homem espiritual, sem observar o que ele é por fora, rico ou pobre, velho ou novo, gordo ou magro e etc, cuja meta é formar um único corpo baptizado pelo mesmo espírito.

JEJUM BÍBLICO

1- SIGNIFICADO
JEJUAR significa abster-se totalmente ou parcialmente de alimentos por um período de tempo com um propósito específico.
Tem sido praticado por muitos em todas as épocas, em muitos países, culturas e religiões. Pode ter finalidade espiritual e mesmo medicinal.
2 – O QUE A BIBLIA DIZ
A Bíblia não ordena a prática do Jejum, mas refere-o várias vezes como uma prática usado pelo povo de Deus.
2.1 – No Velho Testamento, os judeus tinham um dia de jejum instituído: o do Dia da Expiação
Lv. 16.31 e 23.27, que também ficou conhecido como "o dia do jejum" Jr. 36.6 e ao qual Paulo se referiu como "o jejum" At. 27.9.
Mas em toda a Bíblia não há uma única ordem acerca do jejum. Apesar de o povo Judeu jejuar, muitas vezes o Senhor não apreciava a prática: “Por que jejuamos nós, e não atentas para isto? Por que afligimos a nossa alma, e tu não o levas em conta? – “ Eis que, no dia em que jejuais, cuidais dos vossos próprios interesses e exigis que se faça todo o vosso trabalho. Eis que jejuais para contendas e para rixas e para ferirdes com punho iníquo; jejuando assim como hoje, não se fará ouvir a vossa voz no alto”Is. 58:3-4.
2.2 –Jesus refere-se ao jejum para condenar a forma prática de como alguns o realizavam:
“Quando jejuardes, não vos mostreis contristados como os hipócritas; porque desfiguram o rosto com o fim de parecer aos homens que jejuam. Em verdade vos digo que eles já receberam a sua recompensa. Tu, porém, quando jejuardes, unge a cabeça e lava o rosto, com o fim de não parecer aos homens que jejuas, e sim ao teu Pai, em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te
recompensará.” (Mt. 6.16-18.) Jesus não ensina a prática do Jejum. Ele constata que alguns praticavam o jejum para impressionarem outros, quando o motivo principal deveria o de exprimirem a sua condição de miseráveis perante Deus, o Pai.
2.3 – Era costume dos fariseus jejuarem dois dias
por semana Lc. 18.12, mas Jesus e os seus discípulos não o faziam. Um dia perguntaram a Jesus: “Disseram-lhe eles: Os discípulos de João e bem assim os fariseus frequentemente jejuam e fazem orações; os teus, entretanto, comem e bebem. Jesus, porém, lhes disse: Podeis fazer jejuar
os convidados para o casamento, enquanto está com eles o noivo? Dias virão, contudo, em que lhes será tirado o noivo; naqueles dias, sim, jejuarão.” Lc. 5.33-35.
2.4 – As epistolas do Novo Testamento não referem o Jejum.
3 – OBJECTIVO DE ALGUNS JEJUNS
Pode-se considerar que determinadas práticas no Velho Testamento envolvia o Jejum parcial (abstinência de determinados alimentos) ou o Jejum (abstinência de qualquer elemento)
3.1 – A lei do nazireado – voto de consagração ao Senhor - envolvia não comer e beber certos alimentos e bebidas (Nm. 6.3,4).
3.2 – Devido a certos pecados Samuel e o povo jejuaram em Mispa, 1Sm. 7.6, Neemias 9.11, com o objectivo de declararem o seu arrependimento.
3.3 –Davi e o povo jejuaram um tempo depois da morte de Saul, Jonatas e Abner. O país estava de luto e David sentia a falta dos amigos Jonatas e
Abner. 2Sm. 1.12 e 3.35.
3.4 – O rei Josafá pediu um jejum porque temia ser vencido pelos moabitas e amonitas 2Cr. 20.3.
3.5 – Esdras proclamou um jejum junto ao rio Ava, para orar por protecção e bênção de Deus sobre a sua viagem Esd. 8.21-23;
3.6 – Ester pediu um jejum para protecção no seu encontro com o rei. Est. 4.16.
3.7 – Daniel tinha o hábito de contristar-se perante Deus pelo seu povo com Jejum, oração e
humilhação com sacos de cinza. Dn. 9.3. Normalmente o jejum estava associado a 3 motivos:
Tristeza (Jz 20:26;1Sm 31:13;2Sm1:12; 1Rs 21:27; Est 4:3; Sl 35:13; Dn 6:18);
Confissão dos pecados (2Sm 12; 1Sm 7:6; Jonas 3:5; Ne 9:1);
Busca do Senhor (2 Cr 20:3; Esd 8:21-23; Ester 4:16; Joel 1:14; 2:15; Ne 1:4; Dan 9:3).
4 – CURIOSIDADES
A Bíblia narra alguns Jejuns cujo espaço temporal foi variado, como:
1 dia – O Dia da Expiação. Jer.36.6
3 dias – O pedido de Ester. Est. 4.16
3 dias – Paulo após a conversão. At. 9.9
7 dias – O povo de Israel pela morte de Saul. 1Sm. 31.13
14dias – Paulo e os que com ele estavam no navio. At. 27.33.
21 dias –Daniel em favor de Jerusalém(Dn. 10.3.
40 dias –Jesus no deserto, para ser tentado. Lc. 4.1,2.
40 dias –Moisés (Ex. 34.28) e Elias (2Re. 19.8) jejuaram quarenta dias, tal como Jesus, mas em
circunstancias especiais . Moisés foi envolvido pela glória divina. Elias caminhou 40 dias na força do alimento que o anjo lhe trouxe.
5– CONCLUSÃO
Nos dias de Jesus, os fariseus tinham transformado o jejum num ritual e num espectáculo. Jesus viu isso e reclamou. O jejum não é um ritual mecânico, para ser praticado simplesmente com o propósito de cumprir com a pratica de jejuar. Mas quando a tristeza, a culpa ou a necessidade por uma comunicação mais íntima com o Senhor pede isso, então o jejum pode ser praticado. Não é uma ordem expressa por Deus, mas o crente em Jesus pode sentir a necessidade de ir aos pés do Senhor, em humildade e grande consternação por motivos diversos: de tristeza, arrependimento,
consagração…
Os cristãos no principio da Igreja jejuavam ocasionalmente, quando as circunstâncias segundo eles entendiam eram especiais. ´

14/12/09

O MAIS IMPORTANTE CAMPO DE BATALHA - I

A mente humana tem sido comparada a um computador, em que a memória está a ser continuamente programada pró uma desta duas fontes: Cristo ou Satanás. Como um computador, o seu funcionamento depende da informação recebida. Depois de analisada a informação, a mente formula as suas decisões e o subsequente desenrolar da acção.

“Cristo é a fonte de todo o bom impulso.”(1) Ao contrário, “Satanás procura continuamente impressionar e controlar a mente, e ninguém estará a salvo a não ser que tenha uma constante ligação com Deus.” (2) “Há unicamente dois poderes que dominam a mente dos homens – o poder de deus e o de Satanás.” (3) “Satanás assume o domínio de qualquer mente que não esteja decididamente sob o domínio do Espírito Santo.” (4)

À clara e penetrante luz das afirmações anteriores, tentemos analisar como trabalham os dois grandes poderes, o Bem e o Mal. “Vinde pois, e arrazoemos…” (Is. 1:18) é a base do plano de trabalho de Deus com a família humana. “Em primeiro lugar, Deus pede o coração, os afectos.” (5)

“Dá-me, filho meu, o teu coração, e os teus olhos observem os meus caminhos.” (Prov. 23:26)

“O plano de começar pelo exterior e procurar operar interiormente tem sempre falhado e falará sempre. O plano de Deus para vós é começar na própria sede de todas as dificuldades – o coração – e então do coração hão-de jorrar os princípios da justiça; a reforma será tanto externa como interna.” (6)

Diz-se frequentemente sobre alguém que está a aprender a tornar-se cristão, “Só lhe falta abandonar este ou aquele mau hábito”. Posses, atitudes ou hábitos de vida não são o problema; são apenas sintomas do verdadeiro problema. Deus diz “…o homem olha para o que está diante dos olhos, porém o Senhor olha para o coração” (1ª Sam. 16:7). “Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, pois dele procedem as saídas da vida” (Prov. 4:23)

“Como o fermento, misturado à farinha, opera do interior para o exterior, assim é pela renovação do coração, que a graça de Deus actua para transformar a vida. Não basta a mudança exterior para nos pôr em harmonia com Deus. Muitos há que procuram mudar, corrigindo este ou aquele mau hábito, e esperam desse modo tornar-se cristãos, mas estão a começar no lugar errado. O nosso primeiro trabalho é no coração.” (7)

Podemos ver facilmente que o método usado por Deus para alcançar o Seu objectivo para o homem é começar pela mente ou coração. Mas mesmo isto deverá acontecer mediante a nossa permissão voluntária. “Eis que estou à porta e bato…” (Apoc. 3:20). “Se quiserdes, e ouvirdes, comereis o bem desta terra” (Isaías 1:19).

“…Deus apenas aceitará serviço feito de livre vontade.” (8) Portanto, Ele não pode aceitar a obediência que resulte da obrigação, da força, ou mesmo da vontade de satisfazer uma consciência culpada.

“O homem que tenta observar os mandamentos de Deus apenas por sentir que é uma obrigação – porque é requerido que assim faça – jamais sentirá o prazer da obediência. Não obedece. Quando, por contrariarem a inclinação humana, os reclamos de Deus são considerados um fardo, podemos saber que a vida não é uma vida cristã. A verdadeira obediência é a expressão de um princípio interior. Origina-se no amor à justiça, no amor à lei de Deus” (9)

O método de trabalho de Satanás começou no Céu, onde foi bem sucedido nos seus esforços para difundir a rebelião que se iniciou na sua própria mente. “A sua táctica consistia em perturbar com argumentos subtis referentes aos propósitos de Deus. Tudo o que era simples ele envolvia em mistério e, através de uma ardilosa perversão, lançava a dúvida sobre as mais claras declarações de Jeová.” (10)

O seu plano foi tão eficaz que ele o tem vindo a aplicar, aqui na Terra, há sis mil anos.

“O inimigo é obreiro mestre, e se o povo de Deus não for constantemente guiado pelo Espírito de Deus, será enredado e preso.

“Há já milhares de anos que Satanás está a fazer experiências sobre as propriedades da mentes humana, e tem aprendido a conhecê-la bem. Mediante a sua obra subtil nestes últimos dias, está a ligar a mente humana com a sua própria, imbuindo-a dos seus próprios pensamentos; e ele está a fazer esta obra de maneira tão enganadora, que os que aceitam a sua direcção não sabem que estão a ser conduzidos por ele segundo lhe apraz. O grande enganador espera confundir a mente de homens e mulheres de tal maneira que nenhuma outra voz, a não ser a sua, seja ouvida.” (11)

O trabalho de Satanás começou no Céu, sugerindo dúvidas, questões e pensamentos de uma forma tão subtil, que os anjos não caídos não se aperceberam de que estavam a ser manipulados por ele. Expressavam pensamentos que tinham a sua origem nele, pensando que eram deles próprios (12). Um plano que funcionou tão bem no céu, funcionaria, sem dúvida, bem na terra. Nós somos testemunhas do seu sucesso.

Agora analisemos juntos esses planos. Os dois poderes procuram um controlo completo da mente, com exclusão do outro. Deus, através da submissão voluntária do homem a Ele; Satanás, pela insistência do homem na independência – uma dádiva do próprio diabo.

“O inimigo preparara-se para a sua última investida contra a igreja. Tem-se dissimulado de tal forma que muitos dificilmente acreditam que ele existe, muito menos se convencem da sua extraordinária actividade e poder. Esqueceram em grande parte o registo do seu passado. E quando ele der um passo em frente não o reconhecerão como seu inimigo, a velha serpente, mas como um amigo, alguém que está a efectuar um bom trabalho. Gabando-se da sua independência, obedecerão, sob a sua influência enganosa e maligna, aos piores impulsos do coração humano e, contudo, acreditam que é Deus que os está a servir Deus, mas ao inimigo de toda a justiça. Poderiam ver que a sua proclamada independência é um dos mais pesados grilhões que Satanás pode colocar nas mentes desequilibradas.” (13)

10/12/09

A IGREJA CATÓLICA E O PURGATÓRIO


A Igreja Católica Romana não ensina ao seu povo que é possível confiar completamente no total perdão dos pecados por meio da morte de Cristo somente. Nem lhes ensina que a justiça de Deus, realizada por Jesus Cristo, é a sua herança permanente. Com isso, um católico fiel nunca aprende que pode ter completa segurança da salvação durante a sua vida terrestre, pois ainda é capaz de cometer “pecado mortal.” A Sagrada Escritura ensina que o “pecado mortal”, é o pecado contra o Espírito Santo, ou seja, o pecado do qual o pecador não se arrependeu e no poder de Jesus se afastou. A redenção católica passa sempre e depende da fidelidade à doutrina da igreja e prática.

Os católicos aprendem que quando morrerem, se eles não tiverem cometido pecados mortais (e com a excepção da classe especial de crentes chamados “santos”), todos vão para um lugar que a igreja chama de purgatório. O Catecismo afirma, "todos os que morrem na graça de Deus e em sua comunhão, mesmo que imperfeitamente purificados, estão verdadeiramente assegurados de sua eterna salvação; mas após a morte eles passam por uma purificação, como para obter a santidade necessária para entrar no gozo do céu..."

"A Igreja formulou a sua doutrina da fé no purgatório especialmente nos Concílios de Florença e de Trento" (Catecismo 1030-1031). Esse conceito de purgatório levou a uma doutrina católica antibíblica de orações pelos mortos (Catecismo 1032). Os católicos aprendem que "é o único pensamento santo e salutar orar pelos mortos, a fim de que eles possam ser libertados dos seus pecados" (Catecismo 958).

Conselho: João 3:16

Actos 4:12

Mateus 11:28

1ª Tes. 4:13-17

1ª Cor. 15:51-54

03/12/09

COMO SER OPTIMISTA?

“Não vos inquieteis, pois, pelo dia de amanhã; porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo. Basta a cada dia o seu mal.” (Mat. 6:34)
A palavra preocupação por si só já nos ensina algumas coisas. É a “pré” ocupação, ou seja, é ter a mente ocupada com acontecimentos que ainda não tiveram lugar. Aliás, essa é uma das diferenças marcantes entre os pessimistas e os optimistas. Enquanto aqueles estão sempre preocupados pensando que nada vai dar certo estes, os optimistas, estão sempre lutando para que tudo dê certo.
A diferença entre um optimista e um pessimista é bem simples. Um alegra-se com o que tem, enquanto que o outro está sempre a lamentar por tudo aquilo que não tem. O optimista olha para uma garrafa com água, e exclama: “oh! Quem bom, a garrafa está meio cheia.” Enquanto que o pessimista, no meio dos seus lamentos, diz: “Ih! A garrafa está meio vazia.”
Temos desconvir que o ser humano, desde que entrou o pecado no mundo, tem tudo para ser pessimista (se o desejar); pois pesam sobre ele o seu habitat, a Terra, maldições que culminam com a morte. Entretanto, os que crêem em Deus e na Sua Palavra sabem que existe mais do que “meia garrafa” de esperança. Há uma plenitude de bênçãos de saúde, paz, felicidade e de vida à espera deles. Por isso, são realistas ao enfrentarem o problema do pecado. Sabem que o “salário do pecado é a morte”, mas encontram sólidos argumentos para olhar para o amanhã com segurança, pois sabem também que “o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor.” (Rom. 6:23).
O cristão tem o dever de ser optimista. A fé nas promessas divinas anima-o a levantar os olhos das mazelas e problemas deste mundo e olhar para tudo aquilo que o aguarda no mundo vindouro. Isto, entretanto, não quer dizer que ele passa a viver num mundo irreal, não! Do alto, pela graça de Deus, ele encontra forças, tanto para superar problemas como para os suportar com ânimo e coragem. Deus dá ao coração do crente um claro discernimento para saber distinguir entre aquilo que é passageiro e efémero, e aquilo que é eterno. Por isso, a sua preocupação está sempre voltada para o que é eterno. Por isso, a sua preocupação está sempre voltada para o que é mais importante; isto é, o eterno.
“Portanto, não vos inquieteis com o dia de amanhã, pois o amanhã trará os seus cuidados; basta ao dia o seu próprio mal. “ (Mat. 6:34).