28/01/12

OS NOMES DE DEUS NO ANTIGO TESTAMENTO

ELOHIM: "O DEUS PODEROSO"
O primeiro nome pelo qual Deus é reconhecido na Escritura é Elohim, que quer dizer “O Deus Poderoso”. Elohim é o plural de “Eloah”, que significa “aquele que é forte”. O fato de estar no plural remete-nos à Trindade Santa, de que Deus é uma unidade na qual há três pessoas com a mesma essência e natureza, igualmente poderosas. Mas este será um assunto do qual falaremos mais à frente, quando estudarmos a doutrina da Trindade. Este nome é usado quando se quer enfatizar a majestade divina, em seu caráter soberano, tanto no que se refere à obra de criação [Gn 1.1; Is 45.18] quanto à de salvar Israel [Is 54.5; Jr 32.27]; e é, também, o nome pelo qual Deus é mais representado no Antigo Testamento, aparecendo mais de 2.200 vezes. Ele deriva de "el", o nome mais simples pelo qual Deus é designado, no sentido de ser primeiro, ser senhor, indicando, mais especificamente, plenitude de poder.

O fato de “El” ser um nome genérico, sendo atribuído também aos falsos deuses, não dá a Deus um sentido "nomina propria" [nome próprio], fez com que ele aparecesse na Escritura combinado com outros nomes para ajudar a distinguir o Deus verdadeiro e vivo dos falsos e mortos deuses das religiões pagãs. Podemos citar, como exemplos:

a) El-Shaddai: “Deus Todo-Poderoso”.
Este foi o nome que Deus usou para se revelar a Abraão, quando do estabelecimento formal do pacto de Deus com o patriarca [Gn 17.1-2]. Em princípio, "Shaddai" designa que Deus tem todo o poder, seja no céu ou na terra, indicando-o como Senhor e Soberano sobre tudo e todos, mas no sentido de ter o poder de proteção divina ao povo do pacto, apontando para o cumprimento fiel de suas promessas, e também como fonte de bem-aventurança e consolação.
Também foi com este nome que o Senhor se revelou a Moisés, anunciando-lhe as pragas que sobrevieram sobre o Faraó e o Egito.

b) El Elyon: "O Deus Altíssimo"
Ainda que como El-Shaddai, este nome indique o poder e majestade de Deus, ele o descreve como o possuidor de todas as coisas, o Altíssimo, aquele que está elevado acima de toda a criação, reinando absoluto sobre ela; ele é o mais alto e exaltado ser, sendo todos os demais seres sujeitos a ele. A primeira vez em que ela aparece é em Gênesis 14.18-24, quando Abraão resgata o seu sobrinho Ló e recupera os bens tomados pelo inimigo.

ADONAI: "O DEUS GOVERNADOR"
Este nome significa "Senhor, mestre, possuidor" e, relaciona-se com os anteriores, quanto ao seu significado. Deriva de "dun" ou de "Adon", ambas significando julgar, governar, em posição de autoridade, de senhorio ou domínio. Especialmente ela se aplica a Deus como o Senhor, o Governador Todo-Poderoso, a quem tudo está sujeito e com quem o homem se relaciona como servo. Mas também mostra a superioridade do Deus de Israel sobre os demais deuses; sendo ele o governador último de todas as coisas e a autoridade máxima sobre todos os reinos. Não há ninguém ou nada como ele, nem capaz de desafiá-lo ou enfrentá-lo [Dt 10.17]. Era o nome pelo qual Israel se dirigia a Deus costumeiramente. Com o tempo, perdeu força e prestígio para o nome Jeová [Yahweh].

Assim como Deus é absoluto, o seu governo também o é. De forma que todos os demais poderes, naturais ou sobrenaturais estão debaixo de sua autoridade, sendo ele o possuidor legítimo de tudo, sem se excluir nada.

YAHWEH: "O DEUS REDENTOR"
Gradativamente, na história do povo de Israel, e, à medida em que Deus se revelava ao seu povo, os demais nomes foram sendo abandonados e substituídos por "Yahweh", como o Deus da graça. Este passou a ser o nome pessoal divino, revelando o seu caráter redentor, como o libertador do povo hebreu do cativeiro, por isso foi revelado a Moisés. Sempre foi reconhecido como o nome incomunicável, pelos quais os judeus temiam pronunciá-lo, em razão da leitura equivocada que faziam de Levítico 24.16. Por isso, ao lerem os trechos sagrados onde aparecia, substituíram-no por "Adonai" ou por "Elohim". Ele deriva do verbo "hayah", que significa "ser", indicando a presença e existência constante de Deus, em seu caráter imutável [Ex 3.14]. Revela-nos também que Deus está permanentemente presente na redenção do seu povo, e de que ele cumpre e cumprirá todas as promessas do pacto realizado com os heróis da fé. Sendo o "Eu Sou", eterno, perfeito, santo, e imutável, suas promessas de salvação também são eternas e imutáveis. Também é o nome empregado exclusivamente para Deus, não sendo empregado em relação a mais ninguém, indicando uma relação infalível entre Deus e seu povo, como aquele que o libertará e o redimirá dos seus pecados e transgressões.

Há, ainda, nomes compostos de Yahweh, como, por exemplo, Yahweh Jireh ["O Senhor proverá", Gn 22.14], Yahweh Nissi ["O Senhor é minha bandeira", Ex 17.15], e Yahweh Shalom ["O Senhor é paz", Jz 6.24].

A partir dos massoretas, os quais acrescentaram vogais entre as consoantes, o tetragrama Yhwh, passou-se a grafar da forma como o usamos aqui.

A IGREJA CATÓLICA ROMANA A BÍBLIA E A TRADIÇÃO

É necessário reconhecer o grande papel da Igreja Católica no que diz respeito ao bem-fazer. Muitas das escolas e universidades assim como hospitais, foram fundados e preservados pela Igreja Católica. Reconhece-lo é ir ao encontro da Bíblia que diz: “Conheço as tuas obras, e o teu amor, …tenho porém contra ti que toleras Jezabel…” , e ela continua nesta área e em muitas outras a ter um carácter humanitário formidável. É pois, necessário ter sempre isto em mente, ao escrever sobre o Catolicismo, não se pode escrever contra as pessoas, de forma alguma, seria degradante ofender quem de forma tão desprendida dedicam as suas vidas na ajuda a povos nas regiões mais difíceis da Terra, vi isto muitas vezes. O que me inquieta, é o fato da Igreja “tolerar Jezabel”, a pagã , a adoradora de ídolos, a dos falsos profetas e sacerdotes, a que pretende ter poder, este porém, não vem de Deus mas unicamente do homem. Uma e outra vez, sem conta, alianças com a politica e compromissos com o paganismo em detrimento da Revelação. O que me aflige a mim que fui Católico, é ver com que facilidade a Palavra de Deus (Bíblia) é colocada em pé de igualdade com a Tradição.
Se é Católico Romano, por favor entenda que este post não foi escrito para ofender de forma alguma. O meu objetivo é examinar a verdade, toda e qualquer verdade, e compará-la à Bíblia. Não interessa quem, ou qual grupo proclama saber a verdade, nós sabemos que a Bíblia é a Palavra de Deus, e que nenhuma verdade vinda de Deus irá contradizer a mesma. Examine o conteúdo, se o fizer está a fazer algo que a Bíblia recomenda (2 Ts 5:21; 1 Pe 3:15; 2 Tm 2:15; Atos 17:11, Jd 3). Uma vez que a Igreja Católica considera que a Bíblia é a palavra de Deus, estou a colocar a doutrina católica à prova, com base na Bíblia.

Se você é um protestante, você provavelmente se sentirá confortável visitando este texto, já que ele vai, principalmente, confrontar ensinamentos da Igreja Católica Romana. É evidente que a Igreja Romana adicionou muito à doutrina cristã que não está revelado na Escrituras. Isso é uma questão que necessita ser tratada. É vital.
A Igreja Protestante cita a Bíblia como fonte de conhecimento doutrinário. A Igreja Católica, por outro lado, cita a Bíblia e a Tradição. Por favor, considere o texto a seguir:
"...a Igreja, a quem está confiada a transmissão e interpretação da Revelação, não tira só da Sagrada Escritura a sua certeza a respeito de todas as coisas reveladas. Por isso, ambas (A Sagrada Escritura e a Sagrada Tradição) devem ser recebidas e veneradas com igual espírito de piedade e reverência."1
Aparentemente, a Tradição é a fonte das doutrinas que claramente não são ensinadas na Bíblia, embora a Igreja Católica ainda diga que essas doutrinas estão implícitas no texto, e elucidadas através da Tradição Apostólica. Algumas delas são: A Missa, Penitência, Adoração de Maria, Purgatório, o Clero, a Confissão (sacramento), o Rosário, pecados Mortais e Veniais, e estátuas dentro da Igreja. A questão é se esses ensinamentos da Igreja Católica Romana têm credibilidade ou não. Eles representam realmente o Cristianismo? Eles podem ser fundamentados na Bíblia? Eles contradizem a Bíblia?
Este post e todos os blogs tem por objectivo tentar examinar as doutrinas de Roma e compará-las à Bíblia, para ver se elas são fiéis ou contraditórias à Palavra de Deus. Nós sabemos que toda a verdade na Igreja Cristã de Deus vem do Alto, através do Espírito Santo. A verdade não será, portanto, contraditória. Vamos ver o que a palavra escrita de Deus diz, e comparar com a Palavra Não Escrita, que é a Tradição da Igreja Católica Romana.
1.Catecismo da Igreja Católica, parágrafo 82.