18/12/12

É a Oração Necessária?


Orar é ter a comunhão com o Pai um contacto vital e pessoal com Deus que é mais do que suficiente. Nós devemos estar em constante comunhão com Ele “Porque os olhos do Senhor estão sobre os justos. E os seus ouvidos estão atentos (abertos) a sua oração (1Pedro 3:12)
 A oração que produz resultado tem que ser baseada na palavra de Deus. “Porque a palavra de Deus é viva e cheia de poder tornando-a activa, energética e eficaz; é mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, penetrando até a linha divisória do fôlego da vida e do espírito e das juntas e medulas isto é as partes mais intimas da nossa natureza expondo, separando, avaliando e julgando os pensamentos do coração.
 Orar é esta palavra “VIVA” na nossa boca. A nossa boca deve

11/12/12

OS ADVENTISTAS CITAM MUITO O AT COMO PROVA DAS SUAS DOUTRINAS


Objeção: Os Adventistas citam muito o AT como prova das suas Doutrinas, especialmente a Lei e o Sábado. Já os cristãos encontram as suas orientações e doutrinas no NT.

RESPOSTA: Nós citamos muito o Antigo Testamento, como também citamos muito do Novo. Na verdade, nós não fazemos distinção de autoridade entre o Antigo e o Novo Testamento, e é por essa mesma razão que nós somos cristãos. Acreditamos que toda a Bíblia, do Génesis ao Apocalipse, é inspirada por Deus e, portanto, com razão, o GUIA para as nossas vidas.
 
Algumas pessoas, quando discutem sobre a Lei e o Sábado, procuram estabelecer um contraste, ou mesmo conflitos entre o Antigo e o Novo Testamento, como se o primeiro fosse de pouco ou nenhum valor e completamente substituível por este último. Este falso contraste está na raiz de grande parte do raciocínio errado, que marca os argumentos daqueles que afirmam que a Lei e o Sábado foram abolidos na cruz.

A “Bíblia” dos apóstolos era o que hoje é conhecido como o Velho Testamento. Os primeiros escritos dos primeiros cristãos não começaram a surgir vinte, trinta ou mais anos após a ascensão de Cristo. Também não existiam prensas de impressão e serviços de correio para rapidamente distribuir esses escritos. Só aos poucos é que eles ganharam circulação. É inteiramente razoável acreditar que, durante o primeiro século da era cristã o termo Escrituras, mencionado várias vezes no Novo Testamento, era amplamente entendido como o que chamamos Antigo Testamento.
 
Cristo admoestou os judeus “Examinais as Escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna; e são elas que dão testemunho de mim“ (João 5:39). E então ele acrescentou: “… se, de fato, crêsseis em Moisés, também creríeis em mim; porquanto ele escreveu a meu respeito. Se, porém, não credes nos seus escritos, como crereis nas minhas palavras?” (João 5:46-47). A razão pela qual os discípulos não compreenderam os acontecimentos da semana da crucifixão era que eles não entendiam corretamente as Escrituras, o Antigo Testamento. (Ver Lucas 24:27). No dia da ressurreição Ele mostrou-lhes como a Sua morte e ressurreição foram um cumprimento da profecia: “Então, lhes abriu o entendimento para compreenderem as Escrituras“ (Lucas 24:45).
 
Nem os apóstolos deram qualquer evidência de que deviam suprimir o Velho Testamento em favor de alguns escritos que eles começaram a produzir. Paulo escreveu a Timóteo: “…desde a infância, sabes as sagradas letras, que podem tornar-te sábio para a salvação pela fé em Cristo Jesus. Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra.” (2 Timóteo 3:15-17).
 
Tanto Cristo como os apóstolos citavam repetidamente o Antigo Testamento para a confirmação de seus ensinamentos. Para Satanás, Cristo disse: “Está escrito”, e três vezes citou o Antigo Testamento. (Ver Mateus. 4:4-10). Ele repreendeu os escribas e fariseus, citando o quinto mandamento, do livro do Êxodo, e citando as palavras de Isaías. (Ver Mateus. 15:1-9). Veja também o diálogo de Cristo com o jovem rico e com o doutor da Lei (Mateus 19:16-19, Lucas 10:25-28). Textos de grande importância, nestas referências ao Antigo Testamento estão de forma objetiva citações aos Dez Mandamentos.
 
Como pôde Paulo provar que todos os homens, judeus e gentios, eram culpados diante de Deus e, portanto, tinham necessidade da salvação oferecida por Cristo? Citando o Antigo Testamento. (Veja Romanos 3:9-18). E como sabia ele que era um pecador perante Deus e necessitava do evangelho? Chamando à mente o que foi escrito no Antigo Testamento, mais especificamente o que foi escrito nos Dez Mandamentos (Veja Romanos 7:7). Para a igreja de Roma, Paulo ordenou: “A ninguém fiqueis devendo coisa alguma, exceto o amor com que vos ameis uns aos outros; pois quem ama o próximo tem cumprido a lei.” (Romanos 13:8). Ele professa estar estabelecendo um novo código, o qual foi o resultado de uma nova revelação a ele dada? Não. Ele cita o Antigo Testamento, especificamente os Dez Mandamentos. (Ver os versículos 9 e 10 de Romanos 13) E como é que Paulo apoiava o seu apelo para os filhos obedecerem a seus pais? Citando o Antigo Testamento, especificamente os Dez Mandamentos. (Cf. Efésios 6:1-3).
 
Como desenvolveu Tiago o seu argumento de se ter “respeito às pessoas”, ele estabeleceu novas leis? Não. Ele cita o Antigo Testamento, concentrando-se nas citações dos Dez Mandamentos. (Veja Tiago 2:8-12). E que prova ofereceu Pedro em apoio à sua declaração de que deveríamos ser “santos”? “porque escrito está: Sede santos, porque eu sou santo.” (1 Pedro 1:16). A prova é uma citação de Levítico 11:44 “Eu sou o SENHOR, vosso Deus; portanto, vós vos consagrareis e sereis santos, porque eu sou santo“.
 
As Escrituras, do Génesis ao Apocalipse, são um todo. A fonte do Antigo e do Novo Testamento é a mesma: a inspiração do Espírito de Deus. O seu objetivo é o mesmo: desdobrar o plano de Deus, revelar a Cristo, alertar contra o pecado, e apresentar o santo e correto padrão de Deus.
 
Alguém há muito bem observou: O Novo Testamento está escondido no Antigo, o Velho Testamento é revelado no Novo. Podemos compreender melhor a promessa no último livro da Bíblia, de uma recriação, uma nova terra, e uma árvore da vida, quando nos voltamos para o primeiro livro da Bíblia que os descreve. A terra boa, com a sua árvore original da vida, que saiu das mãos de Deus quando Ele primeiro criou este mundo. Compreendemos melhor o significado da cruz, e as palavras de Cristo: “E eu, quando for levantado da terra, atrairei todos a mim mesmo”, quando lemos o relato da queda do homem.
 
Nós não devemos esquecer que os títulos “Antigo Testamento” e “Novo Testamento” são títulos dados pelo homem. Os escritores da Bíblia, portanto, não dividiam assim as Escrituras. Ambos os Testamentos tratavam sobre o drama do pecado e da salvação. O Antigo Testamento apresenta a promessa de uma nova terra e um novo pacto, bem como retrata as iniquidades do homem desde os primeiros dias. O Novo Testamento descreve em pormenor o “velho homem” do pecado e o antigo problema da rebelião do homem, bem como descreve o “novo homem” em Jesus Cristo e as glórias de um mundo vindouro.
 
A inter-relação do Antigo Testamento com o Novo, a dependência um do outro, jamais foi compreendida pelo nosso adversário, o Diabo. É por isso que ele há muito tempo começou seus ataques contra a Bíblia, procurando minar a historicidade e autenticidade do Velho Testamento. Foi nesse ponto que a maior crítica a Bíblia começou. E com o velho destruído, o novo logo desmorona por falta de fundamento histórico e significado. É compreensível que os modernistas devam ter tido necessidade de minimizar a autoridade espiritual e o significado do Antigo Testamento. Mas o que é inexplicável é a atitude de alguns que se consideram fundamentalistas no que diz respeito ao Antigo Testamento.
 
Qual a razão de procurem rasgar em duas a túnica de uma única peça que é a Escritura? Porque estabelecem a doutrina de que uma santa ordem de Deus no Antigo Testamento deve aguardar ser reestabelecida no Novo antes que tenha autoridade na Era Cristã, quando o registo é claro de que os escritores do Novo Testamento, citavam o Velho, não apenas para informar os seus leitores que determinada passagem do Velho ainda era obrigatória, mas para corroborarem que as suas declarações recentemente proferidas no Novo Testamento concordavam com o velho e, portanto, eram igualmente vinculativas. Por outras palavras, os apóstolos, lembravam os seus leitores que os “homens santos de Deus” nos “velhos tempos” falaram inspirados pelo Espírito Santo, desejava que estes leitores vissem que eles, os apóstolos, falavam pelo mesmo Espírito Santo. (2 Pedro 1:21) Assim, repetidamente citavam em apoio à sua fundamentação doutrinária as admoestações e palavras dos homens “santos” que escreveram o Antigo Testamento.
 
É verdade que os rituais cerimoniais descritos no Antigo Testamento expiraram, por prescrição, na cruz, para, em seguida, a sombra conhecer a realidade. E os escritores do Novo Testamento, especificamente atestaram, que esses ritos, conforme definidos em uma série de leis cerimoniais, tinham chegado ao fim. Mas esse fato em nada faz o Velho Testamento inferior ao Novo ou justifica a alegação de que o novo suplantou o antigo.
 
Extraído do Livro “Answers to objections – Respostas a Objeções” de Francis D.Nichol págs 15 e 16.

Blog Sétimo Dia

25/11/12

Vídeo 180 Graus: Contra o Aborto

 


O criador do filme pró-vida “180”, que se tornou um fenómeno na internet, diz que recebe “milhares” de testemunhos descrevendo como a lembrança inesquecível do Holocausto no filme e os argumentos sobre o aborto convenceram os que escreveram as cartas a  opor-se ao aborto legalizado.
O vídeo tornou-se um grande fenómeno no YouTube depois do seu lançamento em setembro, alcançando a segunda colocação entre os vídeos mais debatidos e assistidos e a terceira colocação entre os filmes favoritos do mês passado, de acordo com dados postados na página de Facebook de Pro-Life Rocks. Mais de 1 milhão de pessoas já  assistiram.
O documentário pró-vida de 33 minutos tem uma abertura com cenas perturbantes de vários jovens que não conseguem reconhecer Adolf Hitler, uma ignorância que o autor e entrevistador Ray Comfort liga à aceitação generalizada do moderno Holocausto: o aborto legalizado. Enquanto jovens adultos que são entrevistados no filme são forçados a conectar a matança legalizada de judeus com o fato de que a sociedade está aceitando a matança de bebés em gestação, eles são vistos mudando de opinião, passando a opor.se ao aborto.
“Assistir ao 180 é como andar na montanha-russa — uma experiência que provoca emoções —, pois assistimos pessoas se contorcendo enquanto são colocadas num dilema moral com perguntas do tipo ‘se enterraríamos judeus vivos (algo que aconteceu na Segunda Guerra Mundial), sob a ponta de um revólver nazista’”, disse Comfort. “O filme testa o caráter para mostrar o quanto as pessoas valorizam a vida humana. Ficar ignorante do que é possivelmente a parte mais sombria da história humana inevitavelmente resultará na desvalorização da vida, e uma repetição do Holocausto”.
Comfort diz esperar que o filme “possa estar chegando até uma escola secundária perto de você”: no mês passado, entre 180.000 e 200.000 exemplares do DVD de 33 minutos foram distribuídos para as 100 mais importantes universidades dos EUA, e agora o autor, que é judeu e co-apresentador de um programa de TV, está voltando a atenção para as escolas secundárias.
Embora alguns possam fazer objeção à iniciativa de dar lição sobre o Holocausto para adolescentes da escola secundária, Comfort, que é pastor evangélico e judeu, diz que os Estados Unidos hoje precisam muito de tal educação.
“Voltei aos nossos estúdios [depois de filmar 180] com 14 entrevistas com pessoas que acham que [Hitler] era comunista, ou um ator, ou que até mesmo nunca tinham escutado o nome dele”, disse ele. “Esses jovens são um tanto ignorantes quanto ao que é possivelmente a parte mais sombria da história humana, pois o sistema de educação dos EUA os deixou na mão”.
Comfort disse que os vídeos do 180 estão “rapidamente desaparecendo das prateleiras, como se fossem sorvetes vendidos em pleno verão quente”, nas campanhas locais de doação.
Mas a coisa mais fascinante sobre 180 não é sua popularidade, mas seu impacto em audiências que são a favor do aborto, diz ele. “A coisa estupenda é que as pessoas que assistem a esse filme mudam da posição pró-aborto para a posição pró-vida”, disse Comfort. “Temos recebido milhares de e-mails de pessoas, muitas das quais mudaram enquanto estavam assistindo ao filme”.
Uma estudante de escola pública secundária na Virginia Ocidental escreveu um e-mail sobre como o 180 ajudou a mudar a mente da sala de aula inteira dela acerca do aborto. “Nesta semana passada em nossa aula de educação cívica estávamos escrevendo trabalhos didáticos sobre leis que desejávamos mudar nos EUA. Depois de assistir a esse vídeo, minha escolha é mudar as leis de aborto, e como eu desejava que fosse ilegal”, escreveu ela.
Depois que eu havia acabado de ler meu trabalho didático, surgiu um debate na aula (obviamente) sobre como é que eles achavam que o aborto deveria ser uma escolha, principalmente se o bebê está doente ou a causa da gravidez é um estupro. Mas logo que começamos a comparar essa situação com Hitler e os judeus, a mente de todos começou a mudar… Por causa do filme 180, pude mudar a opinião da minha classe inteira sobre o aborto e no final da aula, todos os 25 estudantes e meu professor haviam levantado a mão concordando que o aborto propositado deveria ser ilegal.
Outro escreveu simplesmente: “Eu costumava votar em candidatos pró-aborto. Mas nunca mais farei isso. NUNCA”.
Traduzido por Julio Severo: www.juliosevero.com

22/11/12

A DANÇA CONSIDERADA À LUZ DA BÍBLIA

Uma análise das referências bíblicas à dança revela o fato de que as danças israelitas consideradas como apropriadas eram de natureza litúrgica, sendo acompanhadas por hinos de louvor a Deus. Elas eram geralmente praticadas entre grupos de pessoas do mesmo sexo e sem quaisquer conotações sensuais (ver Êx 15:20; Jz 11:34; 21:21-23; I Sm 18:6; II Sm 6:14-16; I Cr 15:29).

A Bíblia fala também de pelo menos de duas ocasiões em que pessoas estiveram envolvidas em danças inadequadas.
A primeira delas foi a dança idolátrica dos israelitas no contexto da adoração do bezerro de ouro (Êx 32:19). A segunda foi a dança da filha de Herodias para agradar ao rei Herodes e convidados, no banquete em que João Batista foi executado (Mt 14:6; Mc 6:22).
Embora os judeus nos dias de Jesus continuassem a praticar a dança (ver Lc 15:25), não encontramos nenhuma evidência no Novo Testamento de que a igreja cristã primitiva perpetuasse tal costume. Há quem sugira que esse rompimento cristão com a dança deve-se à degeneração já no tempo de Cristo.
Em contraste com as danças litúrgicas do período bíblico, a maioria das danças modernas são praticadas sob o ritmo sensual das músicas profanas, que desconhecem completamente o princípio enunciado em Filipenses 4:8: “Finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvou existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento.”
Grande parte das danças de hoje tem-se transformado num dos maiores estimuladores do sensualismo. Mesmo não se envolvendo diretamente em relações sexuais explícitas, os seus participantes geralmente entregam-se ao sensualismo mental (ver Mt 15:19-20), desaprovado por Cristo em Mateus 5:27-28: “Ouvistes que foi dito: Não adulterarás. Eu, porém, vos digo: qualquer que olhar para uma mulher com intenção impura, no coração, já adulterou com ela.”
Há aqueles que endossam as danças particulares entre cônjuges unidos pelos laços matrimoniais. Embora tais práticas pareçam inocentes à primeira vista, elas representam o primeiro passo rumo a estilos mais avançados de dança, integrando eventualmente o casal a grupos dançantes. Seja como for, o cristão dispõe hoje de outras formas de integração e entretenimento sociais mais condizentes com os princípios bíblicos de conduta do que a excitação e o sensualismo promovidos pela maioria das danças modernas.
Texto de autoria do Dr. Alberto Timm, publicado na Revista Sinais dos Tempos, novembro de 1997, p. 29.

12/11/12

QUEM É O ESPÍRITO SANTO?

Quem é o Espírito Santo?

R: É o Espírito de Deus

1.       I Coríntios 3;16 "Não sabeis vós sois o templo de Deus, e que o Espírito de Deus habita em vós? João 16;7 ao14

 

2.      É consolador Hebreus 9;14

 

3.      É eterno João 14;16

 

4.      É uma pessoa João 16;13 e I Coríntios 2;13

 

5.      É o Espírito da verdade:

5.1  O Espírito Santo fala (João 16;13,Atos 13;2,Timóteo 4;1,Apocalipse 14;13),

5.2  Reparte (1Corintios 12;11),

5.3  Auxilia (Romanos 8;26),

5.4  O Espírito Santo possui os pensamentos de Deus e habita em cada crente (Romanos 8;27 e I Coríntios 6;16)

5.5  Ele inspira 2 Pedro 1;21.

 

Há muitos conceitos erróneos sobre a identidade do Espírito Santo. Alguns vêem o Espírito Santo como uma força mística. Outros entendem o Espírito Santo como sendo um poder impessoal que Deus disponibiliza aos seguidores de Cristo. O que diz a Bíblia a respeito da identidade do Espírito Santo? Colocando de forma simples – a Bíblia diz que o Espírito Santo é Deus. A Bíblia também nos diz que o Espírito Santo é uma Pessoa, um Ser com mente, emoções e uma vontade.

 

O fato do Espírito Santo ser Deus é claramente visto em muitas Escrituras, incluindo Atos 5:3-4. Nestes textos Pedro confronta Ananias da razão dele ter mentido ao Espírito Santo, e a ele diz “não mentiste aos homens, mas a Deus”. É uma declaração clara de que mentir ao Espírito Santo é mentir a Deus. Podemos também saber que o Espírito Santo é Deus porque Ele possui os atributos ou características de Deus. Por exemplo, a omnipresença do Espírito Santo é vista em Salmos 139:7-8: “Para onde me irei do teu Espírito, ou para onde fugirei da tua face? Se subir ao céu, lá tu estás; se fizer no inferno a minha cama, eis que tu ali estás também.” Em I Coríntios 2:10 vemos a característica da omnisciência do Espírito Santo: “Mas Deus no-las revelou pelo seu Espírito; porque o Espírito penetra todas as coisas, ainda as profundezas de Deus. Porque, qual dos homens sabe as coisas do homem, senão o espírito do homem, que nele está? Assim também ninguém sabe as coisas de Deus, senão o Espírito de Deus.”

 

Podemos saber que o Espírito Santo é mesmo uma Pessoa porque Ele possui uma mente, emoções e vontade. O Espírito Santo pensa e sabe (I Coríntios 2:10). O Espírito Santo pode ser entristecido (Efésios 4:30). O Espírito intercede por nós (Romanos 8:26-27). O Espírito Santo toma decisões de acordo com Sua vontade (I Coríntios 12:7-11). O Espírito Santo é Deus, a terceira “Pessoa” da Trindade. Como Deus, o Espírito Santo pode verdadeiramente agir como o Confortador e Consolador que Jesus prometeu que Ele seria (João 14:16,26; 15:26).

02/11/12

Você escuta vozes?

Todo aquele que é da verdade ouve a Minha voz. João 18:37.

O Pastor Bob Oltoff é conselheiro em Thousand Oaks, Califórnia. Bob conta uma história fascinante sobre uma mulher que enfrentava marcas profundas do seu passado. “Veio uma mulher ao meu escritório. Ela vinha sofrendo de depressão profunda”, diz Bob. Quanto mais eu falava com ela, mais eu via como estava enredada em seu passado. Depois de examinar um pouco suas origens, posicionei três cadeiras – uma para ela utilizar ao falar de seus sentimentos, outra para ela utilizar ao olhar para o que estava dizendo e uma terceira para ela utilizar ao examinarmos o que a Palavra de Deus tinha para dizer sobre o assunto. Depois de falar sobre os seus sentimentos, ela mudou-se para a cadeira onde passou a discutir o seu discurso negativo sobre si mesma.
“Quando olhamos para as coisas negativas que ela começou a citar, perguntei-lhe: ‘De onde vêm estas fitas?’ Ela conseguiu citar diferentes pessoas, pais, professores e amigos do passado, os quais eram a fonte daquelas idéias negativas. Depois, ela mudou-se para a última cadeira e olhou para o que a Palavra de Deus dizia sobre aquelas coisas. ‘É isto que Deus está lhe dizendo?’ perguntei, referindo-me ao seu discurso negativo. Pude ver seus olhos brilharem ao dizer: ‘Não! Não é isto que Deus diria. Deus diria: ‘Eu te amo.’”
Que tipo de vozes você ouve? São vozes negativas do passado, vozes de culpa e condenação, medo e dúvida? Você pode estar certo de que qualquer voz que o deixe desanimado e que não lhe dê esperança é a voz do inimigo. Satanás nos deixa quebrantados e machucados, com todas as portas fechadas, mas Jesus nos cura e nos anima. Quando Jesus fala conosco, mesmo ao admoestar-nos, Ele sempre abre uma porta de esperança. Ele diz: “Curarei a sua infidelidade, Eu de Mim mesmo os amarei.” Osé. 14:4. O amor de Jesus flui do Seu coração para curar nossas dores. Ele é quem “sara os de coração quebrantado e lhes pensa as feridas”. Sal. 147:3.
Escute Sua voz. É a voz da esperança, de ânimo e de alegria, a voz que nos eleva. É a voz de um Salvador amoroso que realmente Se importa conosco. Se você abrir o seu coração, ouvirá Suas palavras de ânimo ainda hoje. Se ouvir com atenção, você vai escutar Suas palavras de esperança.
Pr. Mark Finley – Sobre a Rocha.

26/10/12

O Ateísmo de Boutique

A estupidez humana não cessa de me espantar. Leio na imprensa que o chefão da BBC, Mark Thompson, admitiu que a emissora inglesa jamais zombaria de Maomé como zomba de Cristo, justificando que ridicularizar o profeta muçulmano teria o mesmo peso emocional da pedofilia.

No Velho Continente, o assunto ganhou amplitude e ocupou as manchetes dos jornais, uma vez que os cristãos tem enfiado a cabeça na areia quando é essencial que a mostrasse ao mundo.
Os argumentos de Thompson fundamentam-se no sopro da mentira de que cristãos não reagem quando são abordados, suportam tudo e tem pouca relação com as questões étnicas do mundo. Enfim, o diretor da BBC é um desses tipos clássicos que trata Cristo apenas como o herói estampado em camisetas.
Justificativa falível? Um tom vulgar de insulto? Sim. Sobretudo quando a ignorância é atrevida, ou a má-fé intelectual de quem falsifica a história para construir uma narrativa “apropriada”.
Supondo de que Mark Thompson está simplesmente mal informado, convém desmontar algumas das suas involuntárias alucinações ao lembrar-lhe que a religião cristã é o pilar que fundamenta a democracia, construiu a base dos valores morais do ocidente e, diferente de outras religiões fundamentalistas, não pune com severidade infiéis por abandonarem a fé.
Hoje, nas conversas cultas da Europa, criticar o cristianismo converteu-se em um novo mantra para celebridades, acostumadas a praticar caridade em países africanos, para depois exibir-se perante as lentes sentimentais do mundo.
Eis o subproduto da sociedade europeia que enriqueceu e atingiu patamares de conforto que convidam ao ócio. E, com o ócio, vem à futilidade e irritabilidade própria de quem procura sair dessa condição com novas formas de incomodar o semelhante.
Isso não significa, ao contrário do que pensa os fanáticos, de que Thompson quer promover a natureza industrial do ateísmo, nem tão pouco está a serviço de uma organização para varrer o cristianismo. Não se trata disso. Ele é, apenas, mais um infeliz dos tantos que andam por ai a emitir opiniões sem fundamento.
Discutir o cristianismo, ao contrário do que pensa Thompson, é um pouco mais complexo do que soltar uns comentários adolescentes que talvez impressionem alguns alunos rebeldes sem causa.
Alexsandro Nogueira é jornalista.

14/10/12

Quem é o Novo Israel?

O Conceito de Israel no Novo Testamento

O material abaixo foi extraído de outro artigo do Dr. Bacchiocchi mais completo e profundo sobre a campanha do “Deixados Para Trás”, abaixo anunciado. Trata em maior detalhe sobre um importante aspecto nessa discussão, o papel de Israel nas profecias. Contudo, eis algumas reflexões sobre esta questão do papel de Israel nas profecias:

Avaliação do Ponto de Vista dos “Dois Povos”

É o conceito de uma distinção radical entre o plano de Deus para Israel e para a Igreja um ensino bíblico válido ou um pressuposto infundado? Acaso o ponto de vista neotestamentário para a Igreja é o de um povo diferente e separado do povo do “Israel natural”? A resposta é abundantemente clara. O Novo Testamento considera a Igreja, não como uma “intercalação” temporária, mas como continuação do verdadeiro Israel de Deus. Para verificar esta última posição, breve alusão será feita a algumas sigificativas declarações de Cristo, Pedro e Paulo.

O Ajuntamento do Verdadeiro Israel por Cristo

Ao chamar e ordenar doze discípulos como Seus apóstolos, Cristo manifestou a intenção de reunir o remanescente messiânico das doze tribos de Israel num novo organismo, chamado a Igreja (Mat. 16:18-19). Este não é um organismo independente designado a repor Israel temporariamente mas um rebanho que reúne tanto as “ovelhas perdidas da casa de Israel” (Mat. 10:6; cf. 15:24; Atos 1:8) como as ovelhas perdidas do mundo gentílico.

Referindo-se à profecia de Isaías com respeito à reunião dos gentios, Cristo anunciou: “Ainda tenho outras ovelhas, não deste aprisco; a Mim Me convém conduzi-las; elas ouvirão a Minha voz; então haverá um rebanho e um pastor” (João 10:16; cf. Isa. 56:6-8). Como pastor messiânico, Cristo veio reunir o remanescente de Israel e gentios, não em dois rebanhos separados, mas num só rebanho.

Quando elogiando a fé do centurião, Jesus disse: “Digo-vos que muitos virão do Oriente e do Ocidente e tomarão lugares à mesa com Abraão, Isaque e Jacó no reino dos céus. Ao passo que os filhos do reino serão lançados para fora, nas trevas”. (Mat. 8:11-12). É digno de nota que Cristo não promete o Reino de Deus a uma futura geração de judeus, como alguns dispensacionalistas mantêm, mas a crentes de todas as nações, “do Oriente e do Ocidente”.

Uma Realidade Presente

O reino messiânico prometido no Velho Testamento é visto por Cristo não como um evento futuro envolvendo a restauração territorial e política de Israel, mas como uma realidade presente que raiou mediante Seu ministério vitorioso sobre o pecado, Satanás e a morte.

“Se, porém, Eu expulso demónios, pelo Espírito de Deus, certamente é chegado o reino de Deus sobre vós” (Mat. 12:28). O reino de Cristo é composto, não por dois povos separados, Israel e a Igreja, mas por um povo, o “Novo Israel”, consistindo de judeus e gentios crentes.

Aos discípulos Jesus declarou: “Não temais, ó pequenino rebanho; porque vosso Pai Se agradou em dar-vos o Seu reino” (Lucas 12:32). Notem que o prometido Reino messiânico é dado não a uma futura geração de judeus (Mat. 11:29; 13:38; 8:11-12).

F. F. Bruce comenta adequadamente: “O chamado de Jesus por discípulos para estarem junto a Si a fim de formarem o ‘pequenino rebanho’ que receberia o Reino (Lucas 12:32; cf. Dan 7:22, 27) O assinala com o fundador do Novo Israel”.

Os profetas falam de Israel como rebanho ou ovelha de Deus (Isa. 40:11; Jer. 31:10; Ezeq. 34:12-14). Ao chamar Seus discípulos de “pequenino rebanho” ao qual Deus estava dando o Reino, está inegavelmente identificando Seus discípulos quanto ao verdadeiro remanescente de Israel.

Ademais, ao comissionar Seus apóstolos para “fazer discípulos de todas as nações” (Mat. 28:19), Cristo revelou que a missão profética do Israel nacional (Isa. 49:6; 60:3) estava sendo cumprida por Seu rebanho messiânico, a Igreja, que consiste de discípulos procedentes de todas as nações. Israel prossegue existindo, não à parte da Igreja, mas como parte dela.

A Descrição do Novo Israel por Pedro

Pedro, à semelhança de Cristo, via a Igreja como cumprimento das promessas feitas ao antigo Israel. No dia de Pentecoste, Pedro declarou que a profecia de Joel concernente à restauração messiânica de Israel (Joel 2:28-32) se estava cumprindo através do derramamento do Espírito Santo sobre a Igreja (Atos 2:16-21).

Para Pedro, a Igreja não é uma entidade não-predita no Velho Testamento, nem uma interrupção temporária do plano divino para Israel; antes, é o cumprimento do remanescente escatológico de Israel.

Se o início da Igreja é visto por Pedro como cumprimento de uma profecia concernente a Israel, temos razões em crer que os eventos finais da Igreja devem também representar o cumprimento de certas profecias do Velho Testamento relativas a Israel.

A Igreja é o Novo Israel

É digno de nota que Pedro aplica à Igreja aqueles títulos do Velho Testamento que designam a Israel: “Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes Daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz, vós, sim, que antes não éreis povo, mas agora sois povo de Deus, que não tínheis alcançado misericórdia, mas agora alcançastes misericórdia” (1 Ped. 2:9-10).


Esta descrição da Igreja é uma combinação de três passagens veterotestamentárias (Êxo. 19:6; Isa. 43:20-21; Osé. 1:6, 9; 2:1) que caracterizam o povo de Deus. Pedro reúne a visão de Israel do Velho Testamento e proclama seu cumprimento na Igreja.

Em palavras bastante claras, Pedro demonstra que a “raça escolhida” não é mais exclusivamente os judeus étnicos, mas tanto crentes judeus tal como gentios. A Igreja é o novo Israel que cumpre as promessas feitas ao Israel do Velho Testamento.

A Visão de Paulo do “Israel de Deus”

À semelhança de Cristo e Pedro, Paulo também via a Igreja como o verdadeiro Israel. Falando aos judeus reunidos na sinagoga em Antioquia da Pisídia, Paulo afirmou: “Nós vos anunciamos o evangelho da promessa feita a nossos pais, como Deus a cumpriu plenamente a nós, seus filhos, ressuscitando a Jesus” (Atos 13:32-33).

Neste discurso Paulo explica que as promessas de Deus aos pais foram cumpridas na ressurreição de Cristo. O cumprimento não resulta no estabelecimento de um reino judaico durante o milénio, mas no “perdão dos pecados” concedido mediante Cristo a “todo o que crer” (Atos 13:38-39).

As promessas feitas a Israel são, portanto, cumpridas na Igreja do Novo Testamento, não mediante uma restauração política dos judeus étnicos, mas através de uma redenção espiritual de todos os crentes.

Na epístola aos gálatas Paulo emprega a frase “o Israel de Deus” inclusive tanto de judeus quanto de gentios: “Nem a circuncisão é cousa alguma, nem a incircuncisão, mas o ser nova criatura. E a todos quantos andarem de conformidade com esta regra, paz e misericórdia sejam sobre eles e sobre o Israel de Deus” (Gal. 6:15-16).
 
Alguns dispensacionalistas mantêm que a frase “o Israel de Deus” refere-se exclusivamente aos judeus crentes. Eles traduzem a palavra grega kai como “e”, significando “adicionalmente a”. Destarte, “o Israel de Deus” refere-se exclusivamente aos cristãos judeus que Paulo supostamente distingue da igreja como um todo, porque deixaram o legalismo para seguirem a regra de Cristo.

Unidade de Judeus e Gentios

Esta interpretação, contudo, ignora tanto o contexto imediato de Gálatas quanto a ênfase teológica mais ampla. O contexto imediato fala de “quantos andarem de conformidade com esta regra”. Isso deve incluir os crentes judeus e gentios, uma vez que é dito que tanto a circuncisão quanto a incircuncisão nada representam.

Assim, o “Israel de Deus” é uma descrição adicional de ambos os grupos que andam “de conformidade com esta regra”. O contexto mais amplo realça a unidade que ambos os grupos compartilham em Cristo: “Não pode haver judeu nem grego; nem escravo nem liberto; nem homem nem mulher; porque todos vós sois um em Cristo Jesus. E, se sois de Cristo, também sois descendentes de Abraão, e herdeiros segundo a promessa” (Gál. 3:28-29).

À luz do contexto imediato e mais amplo, o “Israel de Deus” não pode ser um grupo distinto de judeus crentes, à parte dos gentios crentes. Alegar assim representa destruir a própria unidade que Paulo se empenha em estabelecer.

Antes, a frase “Israel de Deus” foi empregada por Paulo como uma maneira explicativa para qualificar adicionalmente “quantos andarem em conformidade com esta regra”. Ou seja, pessoas crentes judeus e gentios.

A Integração dos Gentios no Israel, por Paulo.

Paulo ensina repetidamente a integração de gentios em Israel como herdeiros das promessas de Deus. Em Efésios ele claramente explica que os gentios que noutro tempo estavam “sem Cristo, separados da comunidade de Israel, e estranhos às alianças da promessa” (Efé. 2:12), não mais são “estranhos às alianças da promessa . . . mas . . . não mais estrangeiros e peregrinos, mesmo concidadãos dos santos”, como membros da “família de Deus” (Efé. 2:19).

Essa integração de gentios à “comunidade de Israel” e “às alianças da promessa” tiveram lugar mediante Jesus Cristo que uniu tanto os judeus quanto os gentios “para que dos dois criasse em si mesmo um novo homem, fazendo a paz, e reconciliasse ambos em um só corpo com Deus, por intermédio da cruz, destruindo por ela a inimizade” (Efé. 2:15-16).


O pensamento de um propósito separado para crentes judeus na presente era ou num futuro milénio é aqui totalmente excluído por Paulo. De fato, tal pensamento destruiria a própria unidade de judeus e gentios que Cristo realizou.

Paulo explica aos efésios que foi pela revelação de Deus que se tornou conhecida a ele este “mistério” de como “os gentios são co-herdeiros, membros do mesmo corpo e co-participantes da promessa em Cristo Jesus por meio do evangelho” (Efé. 3:5-6).


Três vezes Paulo ressalta aqui que os gentios compartilham com Israel a promessa da aliança. Qualquer sistema teológico que divida o que Deus ajuntou está operando contra o propósito divino.

A Imagem Paulina da Oliveira

Em Romanos 9-11 Paulo descreve a integração de gentios em Israel utilizando a imagem efetiva do enxerto de ramos bravos de oliveira (gentios) à única oliveira do Israel de Deus (Rom. 11:17-24). Observem que para Paulo a salvação dos gentios não resulta no brotar de uma nova oliveira, mas em enxertar os gentios na mesma oliveira.

A árvore de Israel não é arrancada por causa de descrença, mas é podada, ou seja, reestruturada mediante o enxerto de ramos gentios. A Igreja vive da raiz e tronco do Israel do Velho Testamento (Rom. 11:17-18). Por meio dessa expressiva imagem, Paulo descreve a unidade e continuidade que existe no plano redentor de Deus para Israel e a Igreja.

Inter-relação Entre Israel e a Igreja

Os dispensacionalistas apelam a Romanos 11:25-26 para argumentar em favor de uma futura conversão da nação de Israel, independentemente da Igreja. A passagem assim reza: “Porque não quero, irmãos, que ignoreis este mistério, para que não sejais presumidos em vós mesmos, que veio endurecimento em parte a Israel até que haja entrado a plenitude dos gentios. E assim todo o Israel será salvo” (Rom. 11:25-26).


Os dispensacionalistas explicam esta passagem como ensinando uma conversão em larga escala da nação de Israel após a reunião da plenitude dos gentios estar completa, pouco antes do tempo do Retorno de Cristo.

Essa interpretação ignora quatro importantes observações:

Primeiro, a frase “todo Israel será salvo” dificilmente se refere apenas à última geração de judeus, uma vez que esta seria apenas uma fração de todos os judeus que viveram.

Em segundo lugar, o texto não está discutindo a sucessão temporal, mas a maneira pela qual Israel será salvo. O texto não diz “e então [após a reunião dos gentios] todo Israel será salvo”. Antes, declara: “E assim [desse modo, pelo fato de os israelitas serem movidos por ciúmes pela salvação dos gentios] todo Israel será salvo”.

Em terceiro lugar, os judeus estão sendo salvos por serem reenxertados na mesma oliveira em que os gentios também estão. Assim, a salvação dos judeus não ocorre independentemente da dos gentios, mas concomitantemente a isso.
 
Por fim, se a reunião de um número pleno de gentios tem lugar ao longo da história, há razão para duvidar que o mesmo também seja verdadeiro quanto à reunião dos judeus. De fato, no vs. 31 Paulo especificamente declara que os judeus “agora foram desobedientes, para que igualmente eles alcancem misericórdia, à vista da que vos foi concedida”.

Essas observações claramente indicam que Paulo aqui não está apresentando uma ordem de dispensações sucessivas, mas uma promessa de inter-relação dinâmica entre a salvação de Israel e a da Igreja.

O equivocado pressuposto de dois povos com dois destinos em grande medida deriva de uma teologia de desprezo para com os judeus, antes que do ensino bíblico de um rebanho, um pastor, e um destino. O Novo Testamento freqüentemente fala dos judeus em cotejo com os gentios, mas nunca ensina ou deixa implícito que Deus tenha em mente um futuro separado para Israel, distinto daquele planejado para os gentios.

Há uma unidade existente entre Israel e a Igreja. Na Nova Jerusalém estão inscritos tanto os nomes das doze tribos de Israel quanto os nomes dos doze apóstolos, os primeiros nas doze portas e os últimos nos doze fundamentos (Apo. 21:12, 14).

A Igreja e Israel assim compartilham não só da mesma salvação presente, mas também da mesma glorificação e restauração finais. O futuro de Israel é visto no Novo Testamento, não em termos de um reino milenial político na Palestina, mas em termos de bênção eterna compartilhada com os remidos de todas as eras numa nova terra restaurada.

Conclusão

À luz das considerações precedentes concluímos que o ensino popular promovido por Left Behind [deixados para trás, um popular filme religioso e série de livros de ficção escatológica] de um desaparecimento súbito de milhões de cristãos, deixando para trás uma massa de judeus descrentes e pessoas inconversas, é uma ficção enganosa e não uma verdade bíblica. A popularidade desse engano pode ser atribuída à falsa premissa de que os crentes serão poupados de sofrer a tribulação final.

Numa época em que as pessoas engolem toda sorte de analgésicos para evitar ou aliviar a dor, não surpreende que muitos estejam dispostos a engolir também o engano de um Arrebatamento pré-tribulacional–um ensino que promete às pessoas isenção do sofrimento da tribulação final.

Tal ensino atraente, contudo, não carece apenas de suporte bíblico, mas é também incriminatório do caráter de Deus. Retrata a Deus como um Ser discriminador que dá tratamento preferencial à Igreja removendo-a de sobre a Terra, antes de despejar a tribulação final sobre os que são deixados para trás.

Left Behind [deixados para trás] posiciona a conversão de muitos descrentes durante a tribulação–um ensino alheio à Bíblia. Repetidamente o Apocalipse afirma que aqueles que experimentam as pragas finais “não se arrependeram de sua obras” (Apo. 16:11; 16:9).

Ademais, destrói a unidade e finalidade da Vinda de Cristo, apresentada nas Escrituras como um evento único que ocorre após a Grande Tribulação. Nessa ocasião os santos adormecidos serão ressuscitados, os santos vivos serão transformados, os crentes de todas as eras se reunirão com o Senhor, e aqueles que são deixados para trás “sofrerão penalidade de eterna destruição, banidos da face do Senhor” (2 Tess 1:9).
 
Não haverá uma segunda chance para os que são deixados para trás quando do Advento, porque o fogo purificador da presença de Cristo consumirá todos os pecadores e todo o vestígio do pecado: “Virá, entretanto, como ladrão o dia do Senhor, no qual os céus passarão com grande estrondo e os elementos se desfarão abrasados; também a terra e as obras que nela existem serão atingidas” (2 Ped. 3:10). Nossa bendita esperança repousa não sobre a ficção de desaparecer subitamente no espaço, mas na promessa do retorno de Cristo para criar “novos céus e uma nova terra nos quais habita a justiça” (2 Ped. 3:13).

Autor: Prof. Samuele Bacchiocchi – atuou como professor de História Eclesiástica e Teologia na Universidade Andrews até jubilar-se. Ele é conferencista internacional e autor de vários livros de sua área de especialidade, tendo sido o primeiro não-católico a doutorar-se pela Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma, ligada diretamente ao Vaticano. Pela qualidade de seu trabalho acadêmico ali recebeu até medalha de ouro concedida pelo Papa Paulo VI e um de seus livros foi editado pela gráfica daquela instituição com o imprimatur da Igreja Católica.

Colaboração: Prof. Azenilto Brito.

10/10/12

São os Adventistas: um “grupo aberrante”?

Muitas perguntas me chamaram a atenção. Nossos irmãos de todas as denominações religiosas fizeram o programa acontecer –  com cada pergunta… Uma melhor que a outra! Entretanto, o que mais me fez refletir foi aquela questão em que indagaram se a Igreja Adventista é ou não uma “seita”.
As acusações contra o adventismo são muitas. Poderia transcrever uma lista de “adjetivos” que são direcionados à fé adventista. Mas, para você ter uma ideia do que tem sido dito por aí, deixo-lhe a opinião de Norman Geisler e Ron Rhodes, apresentada no livro “Resposta às Seitas” (Rio de Janeiro, RJ: CPAD, 2008), p. 159. Ao falar de seitas que ensinam dietas alimentares e comemorações de festas religiosas, os autores não perderam tempo:
“Outros grupos aberrantes, como os Adventistas do Sétimo Dia, também acreditam que os cristãos ainda permanecem sob a lei mosaica”. (Grifos meus).
Há justificativa para tamanho preconceito? Pelo que estudamos ontem a respeito das 28 doutrinas fundamentais adventistas, a resposta é um NÃO. No momento em que Tito Rocha recebia as perguntas de nosso público, ele enquadrava-as em alguma de nossas doutrinas fundamentais. E, ao analisarmos cada uma delas, pôde-se perceber que, mesmo possuindo crenças distintivas (crença no dom profético dado a Ellen White, na doutrina do santuário e do juízo investigativo, bem como na reforma de saúde), os Adventistas do Sétimo Dia em seus seis grandes blocos de doutrinas demonstram ser praticamente iguais aos demais cristãos.
Ninguém é obrigado a gostar do adventismo. Mas se for um seguidor de Jesus, precisa gostar dos adventistas e crer como eles sobre os seis grandes blocos doutrinários que englobam suas 28 doutrinas. Quem ler o livro “Nisto Cremos” (Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2008) verá que a Doutrina de Deus, a Doutrina do Homem, a Doutrina da Salvação, a Doutrina da Igreja, a Doutrina da Vida Cristã e a Doutrina dos Últimos eventos (Escatologia) em essência estão em harmonia com o cristianismo ortodoxo, que preserva as doutrinas fundamentais das Escrituras.
Por isso, me pergunto: será que se alguém ler sobre as crenças adventistas no livro “Nisto Cremos” – ao invés de se ater a fontes secundárias escritas por gente que acha saber alguma coisa – não chegaria à conclusão que, no sentido pejorativo do termo (seita) os adventistas não se enquadram? Sinceramente, creio que quem nos acusa de sermos uma “seita” está “mais por fora que arco de barril”.
Gostaria de fazer um convite a você, amado (a) leitor. Procure ler o livros como “Nisto Cremos” e/ou “Questões Sobre Doutrina” (Casa, 2010) antes de formar uma opinião definitiva sobre os adventistas. Mantendo contato com nossa literatura oficial (fontes primárias) você terá uma surpresa agradável: saberá que os adventistas são filhos de Deus, que crêem na salvação pela fé em Cristo (Ef 2:8, 9) e aceitam o poder transformador do Espírito Santo que atua no íntimo (Hb 8:10) para os colocar em harmonia com a vontade de Deus (Fp 2:10).
Como diz o amigo Tito: “não tenha preconceito”. Estude, analise e, com nossas crenças em mãos, questione seu líder religioso para que ele tenha a oportunidade de saber mais sobre o assunto. Vocês poderão não aceitar todas as doutrinas mais quais acreditamos, mas, com certeza aprenderão a respeitá-las. Isso fará com que o adventismo seja visto com bons olhos e, assim, cada um de nós, mesmo discordando em alguns pontos, trabalhará unido pelo mesmo motivo: o avanço do reino de Deus.
Após a leitura de um dos livros indicados, gostaria que respondesse à seguinte pergunta: “em qual dos 6 grandes blocos doutrinários ensinados pelo adventismo se vê a característica de um movimento sectário?”. Aguardarei com respeito suas considerações e despeço-me com um texto bíblico que li ontem, para nossa reflexão:
“Porém confesso-te que, segundo o Caminho, a que chamam seita, assim eu sirvo ao Deus de nossos pais, acreditando em todas as coisas que estejam de acordo com a lei e nos escritos dos profetas” (At 24:14)

Um abraço,


Leandro Quadros

NOTA: será que após a leitura de Atos 24:14 Norman Geisler e Ron Rhodes teriam a coragem de afirmar que Paulo fazia parte de um “grupo aberrante”, por ele aceitar a lei mosaica? O que os autores diriam das palavras de Jesus em João 5:46, 47?

08/10/12

Jesus é um anjo, uma criatura de Deus ou Ele é Deus?



Em Judas no verso 9 é dito que Jesus não teve poder para combater o Diabo?
 Rom. 14:17 e 20 afirma que podemos comer qualquer alimento?
 Quando começa o sábado? É a meia – noite ou ao pôr – do –sol?
 O poder nossa fé pode mudar a vontade de Deus para a nossa vida?
 Na leitura da Bíblia, todas as aplicações devem ser tomadas para nosso tempo?
 Jesus foi o primeiro a ser ressuscitado e subiu ao céu?
 Se Jesus foi gerado pelo Espírito Santo como Ele chama Deus de Pai?
 Onde fica o espírito de uma pessoa que fica em possessão demoníaca?

30/09/12

Como encarar o fardo da depressão



Pode um cristão ficar deprimido? A depressão no cristão não é indicação de que ele não confia em Deus? É pecaminoso o sentimento depressivo?

Antes de considerar o assunto, vejamos algumas declarações de Davi: “Por que está abatida, oh! minha alma?” (Salmo 42:5). “Sinto abatida dentro de mim a minha alma” (Salmo 42:6). “Por que te perturbas dentro de mim?” (Salmo 42:5). Agora vejamos a declaração de outros homens bíblicos. Elias disse: “Toma agora, ó Senhor a minha alma” (I Reis 19:4); e Jonas: “Melhor me é morrer do que viver” (Jonas 4:3). Quer ir um pouco mais adiante? Veja o que Jesus falou: “A Minha alma está profundamente triste até a morte” (Mateus 26:38).
Geralmente, quando uma pessoa está deprimida, fica com o rosto triste, o semblante descaído, chora, perde o apetite e sente como se sua situação não tivesse saída. Para completar, a pessoa sente-se culpada porque acha que o cristão não pode ficar deprimido e aí o problema se complica mais.
O que fazer quando na vida surgirem momentos difíceis que nos levam ao desânimo? O conselho do salmista é: “Lança o teu fardo sobre o Senhor e Ele te susterá”.
O que significa isto? Primeiro: aceite-se como você é. Não tenha medo das situações adversas. Deus nos criou com temperamentos diferentes. Uns são mais duros e dificilmente tremem; outros, por sua vez, são mais sensíveis e sujeitos a sentir-se fracos diante da adversidade. Aceite-se a si mesmo do jeito que você é. Isto não quer dizer que a personalidade distorcida que podemos trazer antes da conversão deve dominar a nossa vida. Mas, deixe que o Espírito Santo complete em você a obra que iniciou. Então não desespere. Reconheça sua realidade e aceite-a.
Em segundo lugar, louve o nome de Deus mesmo que não sinta que deve louvar. Louve-O porque o amor de Deus, Sua misericórdia e as bênçãos que Ele está disposto a derramar sobre você, não dependem de como você se sente, mas de quanto você significa para Ele. Você é a coisa mais importante para Deus, ao ponto de enviar Seu Filho Unigénito para salvá-lo.
A palavra fardo [ou cuidados] usada em Salmo 55:22, no original hebraico é yehab e significa “carga pesada”. A Septuaginta usa a mesma palavra, mérinma, que significa “cuidado”, “ansiedade”, “preocupação” pelo que ainda não aconteceu.
O conselho divino para nós é então: “Filho, Eu o amo. Você não tem que andar preocupado pelos problemas que ainda não apareceram. Confie em Mim, lance sobre Mim o seu fardo. Eu o ajudarei a chegar descansado ao porto seguro.”
O dia de hoje está diante de você. Ao seu lado, embora você não possa vê-Lo, está Jesus, pronto a carregar o fardo que o oprime. Aceite o convite e parta para a luta na companhia dAquele que nunca falha. (Alejandro Bullon)

14/09/12

A LONGEVIDADE SEGUNDO A BÍBLIA

“Então disse o SENHOR: Não contenderá o meu Espírito para sempre com o homem; porque ele também é carne; porém os seus dias serão cento e vinte anos”. Génesis 6:3

Os 120 (cento e vinte) anos retratados nesse versículo recebem duas interpretações:

1. Seria o tempo que Deus esperaria até destruir o mundo com o dilúvio, a partir daquela data.

Se assim foi, Moisés teve 120 anos para construir a arca e pregar a salvação para a humanidade, na esperança de que alguém se convertesse e também fosse salvo do dilúvio. A Bíblia diz que era um povo corrupto e despreocupado quanto às coisas espirituais:
“Porquanto, assim como, nos dias anteriores ao dilúvio, comiam, bebiam, casavam e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca, E não o perceberam, até que veio o dilúvio, e os levou a todos”. Mateus 24:38-39

“Os quais noutro tempo foram rebeldes, quando a longanimidade de Deus esperava nos dias de Noé, enquanto se preparava a arca; na qual poucas (isto é, oito) almas se salvaram pela água”;
1 Pedro 3:20

Também se refere a Noé como um pregador da justiça: “E não perdoou ao mundo antigo, mas guardou a Noé, pregoeiro da justiça, com mais sete pessoas, ao trazer o dilúvio sobre o mundo dos ímpios” . 2 Pedro 2:5

2. Seriam a idade limite para a vida máxima do homem, estabelecida por Deus a partir do dilúvio.
Antes do dilúvio a Bíblia traz o registo de pessoas que viveram muito além disso. Por exemplo: Adão viveu 930 anos; Sete, 912 anos; Noé, 950 anos e Matusalém, o recordista, viveu 969 anos.

Após o dilúvio a idade não se reduziu a 120 anos subitamente mas, de forma progressiva, aqueles que nasceram a partir daquele evento foram vivendo menos.

Por exemplo, Arfaxade, filho de Sem e neto de Noé, que nasceu 2 anos após o dilúvio, viveu 438 anos; Selá, filho de Arfaxade, viveu 433 anos; seu filho 464 e já na 5ª geração a vida diminuiu para 241 anos (Génesis 11). Terá, pai de Abraão, viveu 205 anos, Abraão 175 anos (Gn 25:7), Isaque 180 anos (Génesis 35:28) e Jacó 147 anos (Gn 47:28). A partir daí as idades foram diminuindo e Moisés viveu 120 anos, já o rei Davi, cerca de 70 anos.

VOLTANDO-NOS PARA OS DIAS ATUAIS
Segundo o Guinnes Book, a pessoa viva mais velha do mundo é actualmente a americana Besse Cooper, com 116 anos e a pessoa que mais viveu no mundo foi a francesa Jeanne Calment que viveu 122 anos e 164 dias (1).

Na revista Superinteressante encontramos o seguinte relato: A marca tida como limite da longevidade humana é de 120 anos. “Ao longo da História, há registros de gente com 120 anos, mas esse é apenas um número mágico, sem comprovação científica”, explicou à SUPER a professora de Genética Marília Cardoso Smith, da Universidade Federal de São Paulo (2). Na verdade a ciência tem conseguido aumentar a idade média, mas não a idade máxima.

QUAL SERIA, ENTÃO, A INTERPRETAÇÃO MAIS CORRETA?
Na dúvida entre uma e outra talvez possamos ficar com as duas.
Que Deus nos abençoe!
Pensamento para reflexão: “Hábitos físicos corretos promovem a superioridade mental. Faculdade intelectual, força física e longevidade dependem de leis imutáveis. Nesta questão o acaso não existe. O Deus da natureza não interferirá para preservar os homens das consequências da violação das leis da natureza. Há muita genuína verdade no provérbio: "O homem é o arquiteto do seu próprio destino." Conquanto os pais sejam responsáveis pela estampa do caráter, bem como pela educação e instrução de seus filhos, é ainda verdade que nossa posição e prestatividade no mundo dependem, em grande medida, de nossa própria conduta. Daniel e seus companheiros desfrutaram os benefícios de instrução e educação corretas logo nos primeiros tempos de vida, mas essas vantagens tão-somente, não teriam feito deles o que foram. Chegou o momento em que deviam agir por si mesmos, quando o futuro deles dependia de sua conduta. Decidiram então ser fiéis às lições que lhes foram dadas na meninice. O temor de Deus, que é o princípio da sabedoria, foi o fundamento de sua grandeza. O Espírito de Deus fortaleceu-lhes cada propósito bom, cada nobre resolução.” Christian Temperance and Bible Hygiene, págs. 25-28.

FONTES
1. http://pt.wikipedia.org/wiki/Anexo:Lista_das_pessoas_mais_velhas_do_mundo
2. http://super.abril.com.br/alimentacao/65-anos-cada-perna-437886.shtml
3 Bíblia Online: http://www.bibliaonline.com.br/

09/09/12

Como Compreender Lucas 16:16, "A lei e os profetas duraram até João"?

Lucas 16:16 assim descreve que “A lei e os profetas duraram até João; desde então é anunciado o reino de Deus, e todo o homem emprega força para entrar nele”. É necessário entender 3 questões importantes a este respeito, sendo:

1º A lei que durou até João não são os dez mandamentos, mas as leis cerimoniais do santuário que envolvia festas solenes, luas novas e sábados festivos que aconteciam anualmente, mensalmente e semanalmente, que apontavam para a vinda do Messias (Ef 2:15; Cl 2:14-16 – Lc 23). Todas estas leis eram mensagens em forma de simbolismos que representavam e anunciavam a vinda do verdadeiro cordeiro que tiraria o pecado do mundo (Jo 1:29). Além do mais, Jesus está fazendo uma referência a toda a escritura do Antigo Testamento que apresentava a verdade messiânica através de ritos, símbolos e mensagens proferidas pelos profetas (Jo 1:45).

2º Os profetas, juntamente com estas leis, também duraram até João - Bom, assim como as leis, Jesus está descrevendo as mensagens proferidas por estes profetas que prediziam a vinda do Messias. Todos os profetas que profetizaram a respeito da vinda do Messias seriam até João Batista que foi o último profeta que pré-anunciou e preparou o caminho de Jesus.

3º A palavra "duraram" não condiz com a realidade textual do verso. Tanto é verdade que o verso seguinte (17) afirma de forma incisiva que "é mais fácil passar o céu e a terra, que cair um til sequer da lei". Não há contradição, pois o verso 16 apenas descreve que, o que durou ou vigorou até João Batista foram as predições a respeito do Messias que estavam inseridos nas leis ritualísticas e nas mensagens dos profetas. Depois de João Batista nenhum profeta mais anunciaria a primeira vinda de Cristo porque o Cristo predito já estava entre os homens conforme a lei e os profetas predisseram.

De forma objetiva, a lei e os profetas, ou seja, Antigo Testamento, com suas mensagens que clarificaram a promessa de Deus de enviar o Messias, anunciaram sobre esta promessa até João Batista. Qualquer bom comentário bíblico adventista ou não adventista entra em pleno consenso a este respeito. O próprio João Batista foi contundente em apresentar este fato ao afirmar, "arrependei-vos, porque é chegado o reino dos céus" (Mt 3:2), ou seja, ele era o último profeta que desempenharia o papel de proclamador da vinda do Messias.

Observações para refletir:

1º Se a lei durou até João, porque muitos evangélicos, embora não guardem o sábado, respeitam e observam os demais 9 mandamentos?
2º Se os profetas duraram até João, como explicar as revelações do livro do apocalipse que foi escrito depois de João Batista, por volta do ano 90 d.C.?
3º Se não existem mais profetas, por terem durado até João, porque os evangélicos contemporâneos insistem na ideia de suposta revelação, papel exclusivo de profetas?
4º Se a lei terminou até João, por que Jesus disse que quem O ama guardaria seus mandamentos? (Jo 14:15, 21)
5º Se a lei terminou em João, porque Paulo citou alguns dos mandamentos de Êxodo 20 como representação clara de amor ao próximo?
6º Se a lei terminou em João, como entender as mulheres e sua mãe na carne que conheciam muito bem os ensinamentos de Jesus, por terem convivido com ele por anos e anos, e mesmo assim guardaram o sábado segundo o mandamento? (Lc 23:53-56).
7º Se a lei terminou em João, como entender os evangélicos que ensinam com insistência que o sábado foi mudado para o domingo, sugerindo a permanência da lei de um dia santo semanal?
8º Se a lei terminou em João, como entender 1º João 3:4 que diz categoricamente que pecado é a transgressão da lei? Se não existe lei, logo não existe pecado.
9º Se a lei terminou em João Batista, como entender João, o profeta, afirmar que quando recebeu as primeiras revelações deste livro era o dia do Senhor, ou seja, o dia sagrado do mandamento? (Ap 1:10)
10º Se os profetas duraram até João, como entender que nos últimos dias haveria o dom da profecia? (At 2:17 e 18).
11º Se a lei terminou em João, como entender.... etc, etc, etc, etc,

Parece que o problema não está com a lei, mas com as pessoas que interpretam equivocadamente o papel da lei. O que é importante não é a letra da lei em si, mas os princípios que estão por detrás dela. Por este motivo é que também é chamado de lei do amor (Rm 13:10; Jo 14:15), ou lei espiritual (Rm 7:14).

O tal resumo da lei que alguns evangélicos sugerem relaciona-se com Mateus 22:34-40. No entanto, distorcem afirmando que não há mais leis e que todas as leis agora são apenas duas, amar o próximo e a Deus. Na verdade, Jesus, nestes versos, não efetuou um novo resumo da lei, mas, citando um resumo que Moisés já tinha feito no Antigo Testamento. Observe Deuteronómio 6:5 “Amar a Deus acima de todas as coisas”, e Levítico 19:18 “amar ao próximo como a ti mesmo”. Como visto, este resumo já era bem antigo e Jesus apenas fez referência a uma citação já existente desde os tempos antigos. O fato revelado aqui é que toda a lei, ou todos os mandamentos, devem ter como base a essência do amor (Rm 13:10), por se tratar de relacionamento e obediência a Deus e relacionamento com o próximo.

O grande problema é que alguns entendem que a lei de Deus foi dada para salvar e isto é um erro grotesco. Salvação é um dom que advém somente pelo sacrifício de Cristo, Sua graça eterna (Ef 2:8). A lei não foi dada para salvar, mas para nos proteger colocando-nos distante dos limites do pecado, pois, segundo as Escrituras, o pecado é a transgressão da lei (1 Jo 3:4). Por este motivo é que Paulo afirmou que se não há lei, também não há pecado, ironizando a questão (Rm 4:15).

Bom, mas a lei de Deus é como uma lei de trânsito, lei do casamento, lei da saúde, lei da gravidade, lei da química, lei da física, que favorecem a segurança e manutenção da vida, e no caso da lei de Deus, ela existe para nos conduzir os passos nos aspectos morais. Aquele que seguir sua guia, além de demonstrar claramente submissão a Deus em atos, também será beneficiado por viver longe dos limites do pecado e consequentemente longe das consequências.

Como ressaltado, o grande problema é a maneira equivocada como ensinam a lei. Ela deve ser obedecida, mas por amor e submissão a Deus, por termos sido salvos, e não para sermos salvos. Por este motivo é que Paulo afirmou em 1 Timóteo 1:8 que “Sabemos porém, que a lei é boa, se alguém dela se utiliza de modo legítimo”. Se a utilizarmos de forma legítima, ou correta, com certeza ela será prazerosa (Rm 7:22; Sl 1:2; 119:174), restaurará completamente a alma e dará sabedoria (Sl 19:7; 23:3), além de ser santa, justa e boa (Rm 7:12), serão bem-aventurados os que andam nela (Sl 119:1).

E por último, há uma regra valiosa para testarmos os pregadores de nosso tempo que falam em nome de Jesus, descrita por João, afirmando que, “Aquele que diz que o conhece, e não guarda os seus mandamentos, é mentiroso e nele não está a verdade” (1 Jo 3:4). Qualquer um que pretenda transgredir a lei de Deus e ensinar os outros a se distanciarem desta verdade deve ser considerado um legítimo mentiroso.
Vale lembra também que o Salmista já dizia que os mandamentos de Deus duraria para sempre (Sl 11:7-8) e que jamais faria mudança alguma em Sua palavra (Sl 89:34; Ml 3:6; Tg 1:17; Mt 5:17; Lc 16:17), e que Satanás, o dragão, teria uma ira especial contra os que guardassem os mandamentos de Deus (Ap 12:17).

Bom, há muitas outras evidências que confirmam esta verdade, mas creio ser suficiente... Por demais, Deus lhe abençoe...

Ass. Gilberto Theiss

07/09/12

Como Superar um Vício?

Mesmo sabendo que nada substitui o tratamento especializado que uma pessoa dependente deve receber, existem alguns conselhos que podem parecer úteis. Os doutores W. Dryden y W. Matweychuk, no livro que escreveram em 2003, apresentam algumas sugestões ou receitas que podem auxiliar a quem é vencido por um vício. São as seguintes:

1. Concentre-se no que ganhará se superar o seu vício. Muitos pensam que vão sair perdendo se deixam de usar droga, fumar ou tomar bebidas alcoólicas. É muito melhor ver o ponto de vista positivo, O fumante que tem problemas respiratórios, que tem uma mucosa permanente e que não sente gosto na comida, vai descobrir que uma salada pode ter um sabor incrível e que agora pode encher seus pulmões de oxigénio. Da mesma forma, um alcoólatra que teve um acidente, vai ver que quando sóbrio, pode dirigir com mais segurança e que sem drogas no sistema, o organismo rende melhor na escola e no trabalho. As vitórias de quem está livre dos narcóticos são tremendas, e um incentivo poderoso para conquistar novamente a alegria de viver.

2. Estabeleça objetivos: Abstinência contra o consumo controlado das substâncias. O caminho mais seguro é sempre a abstinência. Alguns especialistas sugerem o método progressivo de cortara droga. Quem fumava um maço por dia, pode fumar dois cigarros menos a cada dia, até chegar a abstinência total. Esse método funciona para algumas pessoas, mas não para todos. Essa pessoas decidem terminar tudo numa pancada só, como quando se corta o rabo de um cachorro. Mas o ponto principal é, acima do longo ou curto prazo, alcançar a abstinência definitiva. Essa é a meta que se tem que lutar sem parar., “sem pressa mas sem parar”, até que se tenha um novo estilo de vida saudável.

3. Descubra a função do seu vício pra você. “Por que bebe, fuma ou consome drogas? Quando o faz? Ao se sentir triste? É para esquecer alguma tristeza ou preocupação? O desejo é maior quando está triste, enjoado ou frustrado? Um paciente me comentou que ia ao bar quando a esposa dava bronca nele. Um jovem se trancava para não consumir mas via os amigos” e saía para drogar-se. Um estudante recorria as anfetaminas para melhorar seu rendimento nos estudos. “O que o vício está trazendo para sua vida?” Reconhecer essa razão o ajuda a encontrar a verdadeira solução, da mesma forma que ajudou a resolver os conflitos do casal do primeiro caso, ter amigos abstémios, como no segundo caso, e estudar mais, sem a ajuda de estimulantes que trazem, no longo prazo, mais contras do que prós.

4. Reconheça o papel importante que a atitute e as desculpas tem para determinar a sua emoção e vencer o consumo de substâncias. “De qualquer maneira iremos todos morrer” dizia um viciado ao explicar-me o risco que sua vida corria com o consumo. “Eu sou forte. Não me vai fazer nada”, acrescentou outro viciado, menosprezando os efeitos letais da cocaína. “Eu posso dirigir/conduzir com os olhos fechados”, argumentava um homem alcoolizado, ou ser advertido sobre o perigo de dirigir embriagado. Há desculpas racionais e irracionais. As primeiras estão de acordo com a realidade e são baseadas no comportamento são e moral. Os exemplos mencionados são expressões de desculpas irracionais que destorcem a imagem de si próprio e a realidade externa. Nunca se deve minimizar os efeitos altamente destrutivos das substâncias nem sobrestimar a própria capacidade de poder controlá-las.

5. Mantenha o controlo na frente da tentação. A tentação é repetitiva e viciante. Quando você cede, entra numa teia de aranha onde é difícil de escapar. Se você está dirigindo numa rodovia que tem um abismo ao lado, o melhor a fazer é dirigir o mais longe possível do abismo pra não cair. Para estar seguro, o melhor é ficar o mais longe possível do perigo, sem brincar e nem se expor aos seus riscos.

6. Aumente o seu nível de tolerância com respeito a frustração. Algumas pessoas não são capazes de tolerar o mínimo dos incómodos, contratempo ou a demora de satisfazer todos os seus desejos; não suportam nenhum sentimento ou situação desagradável. Não toleram a frustração. Nas crianças isso é um comportamento normal. Pro bebés, há que satisfazer-lhes suas necessidades de forma imediata, mas a medida que se cresce, é necessário aprender a controlar os seus impulsos e elevar o nível de tolerância. Isso é sinónimo de estar maduro e de ter se desenvolvido. A droga leva as pessoas ao estado do bebé. É necessário recuperar o controlo e a maturidade.

7. Desenvolva uma auto-aceitação incondicional. Um dos pensamentos de derrotados mais comuns é a convicção de que uma pessoa não é capaz de conseguir nada bom. Essa auto-avaliação negativa é extremamente prejudicial. A melhor forma de combater é aceitando-se a si mesmo e perdoar-se os erros. A auto-aceitação incondicional alimenta a confissão honesta e o leva a adquirir uma responsabilidade maior para o futuro. Dessa maneira, aumentam suas oportunidades para mudar essa dura realidade.

8. Conserve uma mentalidade sã com respeito a vida. Para manter uma abstinência e nao ter uma recaída ao consumo, é importante firmar os valores da vida e desenvolver uma mentalidade sã, vital e um sentimento importante da vida. Quando se entende que Deus dirige a sua vida, e que todos fomos chamados por Ele para levar adiante uma missão útil e valiosa, se fortalecem os valores superiores e se acabam com os impulsos autodestrutivos. Então a vida tem um novo significado, mais pleno e feliz.

Dryden W. y Matweychuk W. Cómo superar las adicciones. (Editorial Hispano Europea, S.A., Barcelona, España. 2003).

Por Mario Pereyra

Mario es doctor en Psicología, psicólogo clínico, terapeuta de familia, investigador y escritor. Actualmente es catedrático de la Universidad de Montemorelos, Nuevo León, México.
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