31/12/09

O PRINCÍPIO DIA-ANO


É possível inferir de citações bíblicas e do Espírito de Profecia a idéia de que o princípio dia/ano não deve ser aplicado depois de 1844? E como fica a interpretação de Apoc 8:1 de que “quase meia hora profética” equivale a sete dias? — M. T. F.
Calculamos as 2300 tardes e manhãs de Daniel 8:14 como 2300 anos mediante a aplicação do princípio dia-ano. Considerando que a purificação do santuário terrestre ocorria num único dia, não deveria o juízo investigativo, nesse caso, ter durado apenas um ano? Por que esse princípio deixa, agora, de ser aplicado?

O princípio dia/ano é aplicável exclusivamente a períodos de tempos proféticos apocalípticos que se estendem no máximo até 1844. Não pode ser aplicado de outra forma.
É verdade que a purificação do antigo santuário terrestre ocorria num determinado dia do ano litúrgico de Israel. Mas não tomava o dia todo, para que valesse um ano completo pelo aludido princípio.
Mesmo que o tomasse, esse dia, a exemplo do que ocorria com outros dias de eventos religiosos, era apenas uma data de calendário e nada mais que isso; não perfazia um “período profético’ menos ainda apocalíptico; portanto, o princípio dia/ano nada tem que ver com aqueles dias, e vice-versa.
Se tivéssemos que aplicar o princípio a essas datas, entraríamos em sérias dificuldades. Por exemplo, a festa dos “pães asmos’ que apontava para o corpo de Jesus oferecido na cruz, durava sete dias, Se a aplicação fosse correcta, o corpo de Jesus deveria permanecer na forma de um sacrifício (na cruz, ou mesmo na sepultura), por sete anos.
A festa de Pentecostes, que apontava para a descida do Espírito Santo, era comemorada, a exemplo da Expiação, num dia apenas; deveria, então, o Espírito Santo ter vindo sobre a Igreja apenas durante um ano? E assim por diante.
Cada festa religiosa dos judeus tinha uma importante aplicação escatológica, concernente ao seu significado, mas não ao tempo de sua duração. Uma coisa é independente da outra.
Com respeito à primeira pergunta, lembro que toda vez que nos desviamos de nosso critério de interpretação profética, o historicismo, nos arriscamos a descambar para a fantasia. Ellen G. White sempre respeitou esse critério em seus comentários sobre as profecias (ver especialmente o livro O Grande Conflito), e é por isso que ela afirmou categoricamente que “o tempo não tem sido um teste desde 1844, e nunca mais o será” (Primeiros Escritos, pág. 75); depois de 1844 “não pode haver contagem definida de tempo profético” (Manuscrito 59, 1900).
É por isso também que ela afirma que “nenhum período profético se estende até ao segundo advento” (O Grande Conflito, pág. 456) e que “quanto mais frequentemente se marcar um tempo definido para o segundo advento, e mais amplamente for ele ensinado, tanto mais se satisfarão os propósitos de Satanás” (Ibidem, pág. 457). Tudo isto subentende que o princípio dia-ano não deve ser aplicado para além de 1844.
Apocalipse 10:6 afirma que já não haveria “mais demora” quando o anjo estivesse para tocar a sétima trombeta (v. 7). O termo original grego vertido como “demora” nesse texto é chronos, que quer dizer “tempo que transcorre” (vem daí a palavra cronómetro).
Entendemos que a sétima trombeta é tocada a partir de 1844. Em 1840 completou-se o período de 391 anos e 15 dias da sexta trombeta (9:15). A expressão “para tocar’: significando a iminência do toque, aponta para um pouco de tempo antes de 1844. Nessa ocasião, o estudo profético era intenso, e abriu a perspectiva do cumprimento do “mistério de Deus’: como previsto em Apoc. 10:7.
“Tempo que transcorre” é a condição sine qua non para qualquer período, não importando a sua duração. Naturalmente, “tempo que transcorre” não significa necessariamente “períodos de tempo” previamente estabelecidos; mas sem “tempo que transcorre” não haverá o estabelecimento de qualquer período.
O que o anjo está dizendo, portanto, não é que não haveria passagem de tempo desde o toque da sétima trombeta até a volta de Jesus, pois ninguém é tão tolo que afirme que o tempo, de lá para cá, não tem transcorrido. Significa, sim, que não haveria mais período definido, específico, de tempo profético a ser inserido em qualquer época após 1844. Os que propõem, por exemplo, o cumprimento dos 1290 e 1335 dias de Daniel 12:11 e 12 para imediatamente antes da volta de Jesus violam o que o Apocalipse declara.
Ellen G. White confirma tudo isso. Comentando Apocalipse 10:6, ela diz: “Esse tempo, que o anjo anuncia com solene juramento, não é o fim da história deste mundo, nem do tempo de graça, mas de tempo profético que precederia o advento de nosso Senhor; isto é, as pessoas não terão outra mensagem sobre tempo definido.
Após este período de tempo, que se estende de 1842 a 1844, não pode haver um delineamento definido de tempo profético. O cômputo mais longo se estende até o Outono de 1844” (SDABC, vol. 7, pág. 971). “Esta mensagem anuncia o fim dos períodos proféticos:’ — Mensagens Escolhidas, vol. 2, pág. 108.
Portanto, se os períodos de tempo profético avançam, no máximo, até 1844, segue-se que o princípio dia-ano (necessário para o cálculo dos referidos períodos) não mais é válido para depois desta data. Isto significa que a interpretação correcta de Apoc. 8:1 não exigirá o emprego deste princípio, da mesma forma que não o empregamos na interpretação do milénio do capítulo 20.

27/12/09

ERAM MAGOS OU SÁBIOS OS QUE VISITARAM JESUS AQUANDO DO SEU NASCIMENTO?

Quando estudamos a profecia das Setenta Semanas, em Daniel 9:24-27, percebemos como ela é importante nos dias actuais para nós que estamos observando quando o Anticristo aparecerá na cena mundial. Prepare-se para um choque e para receber novos esclarecimentos.
Como os magos souberam que a estrela que viram no céu era tão especial que partiram em uma longa viagem a camelo para apresentarem presentes ao futuro Rei? Espere um minuto! Quem lhes disse sobre o Rei? Além disso, aqueles homens nem mesmo eram judeus; eram pagãos, adoradores de Zoroastro!
Como eles podiam saber algo sobre o recente nascimento do Messias judeu que tinha sido profetizado por tanto tempo? Quando avançamos 33 anos no tempo, vemos Jesus chorando pelo povo de Jerusalém, pois não o reconheceram como o Messias. Ele disse:
"... Ah! se tu conhecesses também, ao menos neste teu dia, o que à tua paz pertence! Mas agora isto está encoberto aos teus olhos. Porque dias virão sobre ti, em que os teus inimigos te cercarão de trincheiras, e te sitiarão, e te estreitarão de todos os lados; e te derrubarão, a ti e aos teus filhos que dentro de ti estiverem, e não deixarão em ti pedra sobre pedra, pois que não conheceste o tempo da tua visitação." [Lucas 19:42-44].
Mostraremos que Jesus tinha todo o direito de esperar que as pessoas soubessem quando Ele apareceria, pois esse segredo precioso tinha sido revelado ao profeta Daniel mais de 500 anos antes.
A Profecia Mais Importante de Toda a Bíblia
O fato de Daniel ser um funcionário graduado no governo babilónio é muito significativo no nosso estudo, pois somente os oficiais graduados e os líderes religiosos importantes daquele tempo tinham acesso aos livros, pois não havia imprensa, somente manuscritos. Os sábios que foram visitar o menino Jesus eram estudiosos e, portanto, tinham acesso aos escritos de Daniel. Além disso, eram magos, uma ordem da religião pagã de Zoroastro, na Média e na Pérsia. [1] Os magos eram antigos intérpretes dos sonhos e eram astrólogos (prognosticadores), encantadores, feiticeiros e mágicos. O rei os chamava de "sábios", pois eles o convenceram que podiam oferecer bons conselhos e interpretar seus sonhos. Hoje, entretanto, nós os chamaríamos de feiticeiros. Sempre que um rei pagão conquistava outra nação, ele tomava os melhores jovens e os melhores "sábios" e os levava para sua corte, para orientá-lo.
Na Bíblia, vemos os magos na corte do rei babilónio Nabucodonosor. Na verdade, os magos tinham muito respeito por Daniel, pois ele salvou as vidas dos magos do seu tempo. Você deve lembrar a história:
O rei Nabucodonosor teve um sonho terrível, dado por Deus, e ficou muito perturbado. No entanto, ele não conseguia se lembrar do sonho e nem sabia o que significava. O rei convocou todos os magos, incluindo Daniel, e exigiu que eles lhe dissessem qual tinha sido o sonho e qual era a interpretação. Ele os ameaçou de morte se não lhe dissessem qual tinha sido o sonho e o que significava. Quando os soldados foram cumprir a ordem do rei de matar todos os magos, Daniel pediu mais um prazo. Após muita oração de Daniel e de seus três companheiros, Hananias, Misael e Azarias, Deus revelou o sonho a Daniel e o rei Nabucodonosor poupou a vida dos magos. [Daniel 2:1-19].
Daquele momento em diante, os magos reverenciaram muito Daniel, pela grande visão que recebera de Deus. Provavelmente, eles não creram em Deus como o único Deus do universo; mas em vez disso, creram que era o mais poderoso daquele tempo e, certamente, muito poderoso em qualquer época. No entanto, ainda continuaram sendo politeístas.
Os magos que visitaram o menino Jesus conheciam os escritos de Daniel, sem dúvida tinham cópias do seu livro e conheciam a profecia das setenta semanas. Quando a estrela apareceu no céu, eles sabiam que estava na época para aquela profecia se cumprir. Quando viram a estrela, seu conhecimento daquela profecia incrivelmente precisa, mais a acção motivadora do Espírito Santo, fez com que embarcassem em uma longa jornada até Israel para prestar homenagem ao Messias judeu.
Vamos agora considerar essa impressionante profecia do maravilhoso livro de Daniel.
Vamos estudar a profecia referente ao tempo da vinda de Jesus Cristo, dada com detalhes inacreditáveis quase 500 anos antes de Ele nascer. Você verá que Deus anunciou o dia exacto em que Jesus se apresentaria aos judeus como o longamente aguardado Messias! [cumprido ao pé da letra em Mateus 21:1-11].
Uma Profecia Inigualável
"Setenta semanas estão determinadas sobre o teu povo, e sobre a tua santa cidade, para cessar a transgressão, e para dar fim aos pecados, e para expiar a iniquidade, e trazer a justiça eterna, e selar a visão e a profecia, e para ungir o Santíssimo. Sabe e entende: desde a saída da ordem para restaurar, e para edificar a Jerusalém, até ao Messias, o Príncipe, haverá sete semanas, e sessenta e duas semanas; as ruas e o muro se reedificarão, mas em tempos angustiosos. E depois das sessenta e duas semanas será cortado o Messias, mas não para si mesmo; e o povo do príncipe, que há de vir, destruirá a cidade e o santuário, e o seu fim será com uma inundação; e até ao fim haverá guerra; estão determinadas as assolações." [Daniel 9:24-26].
A semana mencionada no verso 27, refere-se à última semana de anos, um período que chamamos de Tribulação.
O termo "semana" referindo-se a sete anos era comum entre os judeus. O termo vem da ordem de Deus em Levítico 25:1-7 para cultivar um campo por seis anos, permitindo que descanse no sétimo ano. Esse período de sete anos veio a ser conhecido como "semana de anos". Portanto, Setenta Semanas (de Anos) são 490 anos.
Observe que essa profecia contém três partes:
1. Sete semanas de anos (49 anos)
2. Sessenta e duas semanas de anos (434 anos)
3. Uma semana de anos (7 anos)
No ponto exacto na história quando as 7+62 Semanas de Anos se cumpriram, Israel podia esperar que o Messias se apresentasse. Que grande notícia! Isso significava que Israel não poderia deixar de perder o Messias! Tudo o que os israelitas precisavam fazer era contar, acompanhar os eventos actuais que se desdobravam e conhecer essa profecia.
Este estudo mostra-nos várias coisas:
1. Que os magos sabiam que o tempo da vinda do Messias estava próximo.
2. Por que Israel deixou de esperar o Messias.
3. Como isso se aplica a nós hoje.
Vamos agora considerar o significado da profecia:
1. Duração da Profecia
Essa profecia estipulava que o Messias seria apresentado a Israel e que seria morto após a passagem de 69 semanas de anos desde o ponto inicial. Quando multiplicamos 69x7, compreendemos que o tempo envolvido aqui é igual a 483 anos. Como no calendário judaico lunar o ano tem 360 dias, podemos facilmente ver que Deus está falando sobre 173.880 dias. Portanto, podemos esperar que 173.880 dias após o período inicial dado na profecia, o Messias se apresentaria a Israel como o Rei.
2. Ponto Inicial da Profecia (Daniel 9:25a)
Neste verso, Deus disse que a profecia iniciaria "desde a saída da ordem para restaurar e para edificar Jerusalém..." Quando Deus deu essa profecia a Daniel, Israel estava cativo na Babilónia; no entanto, Deus já tinha anunciado anteriormente, por meio do profeta Jeremias, que esse cativeiro duraria setenta anos. Esse período de setenta anos estava terminando rapidamente; na verdade a história regista que o rei medo-persa Artaxerxes emitiu o decreto autorizando a reconstrução de Jerusalém em 457 AC. Portanto, era fazer contas e ter a data do maior evento da História até então. Israel não o fez, lamentavelmente!
3. A Matemática da Profecia
A. As Primeiras Sete Semanas
Se você estudar o livro de Neemias, verá o relato da migração dos judeus para reconstruírem Jerusalém após o decreto de Artaxerxes. Neemias assumiu a liderança dos esforços para a reconstrução, que foi realizada com tantas dificuldades e sob tantas ameaças dos inimigos, que os construtores carregavam espadas na cintura enquanto trabalhavam na reedificação dos muros. Assim, a profecia do verso 25b foi cumprida: "as praças e as circunvalações se reedificarão, mas em tempos angustiosos".
Esse esforço começou em 445 AC e culminou em 396, exactamente 49 anos, conforme profetizado.
B. O Segundo Período (62 Semanas de Anos, ou 483 anos)
Daniel 9:26 fala sobre o "Ungido", que viria após esse período de tempo e que seria morto. Os estudiosos mais conservadores compreendem que essa passagem se refere a Jesus Cristo, não no seu nascimento, mas em sua apresentação como o Príncipe, o Messias. [2]. "Existem dois eventos na vida de Cristo em que ele foi apresentado oficialmente. Um foi no seu baptismo e o outro foi quando entrou triunfantemente em Jerusalém." [3] Esse último evento tornou-se conhecido como Domingo de Ramos. Quando ocorreu? O Messias Jesus veio a Jerusalém na Páscoa, em 6 de Abril do ano 32 DC." [4].
Notas de Rodapé
1. "Dictionary of the Bible", editado por William Smith, The S. S. Scranton Company, 1904 pg 501
2. John MacArthur Jr., "The Future of Israel", Word of Grace Communications, pg 21
3. Ibidem
4. Ibidem

20/12/09

FÉ E ACCÇÃO NO BRASIL

PROÍBE A BÍBLIA BEBER VINHO?

Pergunta: Se beber vinho é condenado na Bíblia, por que em Provérbios 31:5-6 há uma recomendação para dar de beber vinho aos angustiados?

Resposta: “Para que não bebam, e se esqueçam da lei, e pervertam o direito de todos os aflitos. Dai bebida forte aos que perecem e vinho, aos amargurados de espírito” Provérbios 31:5-6.

O comentarista Metodista
Adão Clarke, assim explica esse texto em seu comentário bíblico: “Dai bebida forte para aquele que está morrendo. Já temos visto que bebidas embriagantes eram misericordiosamente dadas aos criminosos condenados, para torná-los menos sensíveis às torturas que enfrentariam na morte. Isto é o que foi oferecido a nosso Senhor, mas ele recusou” . Essas bebidas eram feitas misturando ervas narcóticas. Nos dias de Jesus, oferecia-se ao indivíduo uma mistura de vinagre efel (mesmo em momentos de dor, Cristo rejeitou tal substância, pois não queria perder a Sua consciência com os efeitos do álcool. Ver João 19:28 e 29 – compare com o Salmo 69:21, que profetizou esse evento. Que exemplo para o ser humano, que muitas vezes quer mergulhar-se no álcool para fugir dos seus problemas, sendo que a solução e cura vêm pelo “bater de frente” com a situação. Diante das situações desesperadoras, Jesus nos orienta a irmos a Ele [Mateus 11:28-30].

17/12/09

ESTUDO SOBRE A ÉTICA CRISTÃ

No mundo contemporâneo, a igreja sofreu modificações drásticas com relação ao comportamento pessoal de cada membro. Junto com a chamada evolução, que na verdade está mais para descobrimento do próprio livre-harbítrio, está a responsabilidade de lidar com o conhecimento do bem e do mal, que é a razão, que nos foi imposto pelos primeiros “homens” (Adão e Eva). Dado este é fato, entendemos que razão, é a forma de se executar o livre-harbítrio com o conhecimento do bem e do mal, de forma a identificarmos correctamente o que é e o que não é lícito ou conveniente realizar. Este é o princípio da Ética Cristã. Entender este ponto é crucial para compreender a lógica deste estudo, e saber aplicar a ética cristã ao seu dia-a-dia.
Em 1ª Coríntios 14:26-33 diz: Deut. 1:3
26. Portanto, meus irmãos, o que é que deve ser feito? Quando vocês se reúnem na igreja, um irmão tem um hino para cantar; outro, alguma coisa para ensinar; outro, uma revelação de Deus; outro, uma mensagem em línguas estranhas; e ainda outro, a interpretação dessa mensagem. Que tudo seja feito para o crescimento espiritual da igreja.
27. Se algum de vocês falar em línguas estranhas, então que apenas dois ou três falem, um depois do outro, e que alguém interprete o que está sendo dito.
28. Mas, se não houver ninguém que possa interpretar, então fiquem calados e falem somente consigo mesmos e com Deus.
29. No caso de dois ou três receberem a mensagem de Deus, estes devem falar, e os outros que pensem bem no que eles estão dizendo.
30. Se uma outra pessoa que estiver ali sentada receber a mensagem de Deus, quem estiver falando deve se calar.
31. Vocês todos podem anunciar a mensagem de Deus, um de cada vez, para que todos aprendam e fiquem animados.
32. Quem fala deve controlar o dom de anunciar a mensagem de Deus,
33. pois Deus não quer que nós vivamos em desordem e sim em paz.
Esta passagem nos mostra uma série de critérios a ser seguidos quando colocamos em pauta a liturgia do culto. Bom, primeiro passo, o que vem a ser (significar) a palavra liturgia? No dicionário Michaelis denota-se o seguinte: “Liturgia” – s. f. Ordem das cerimónias e preces de que se compõe o culto público e oficial instituído por uma igreja, resumindo, liturgia é nada mais e nada menos do que a organização cerimonial do culto, ou, pautar a maneira como o culto será conduzido.
Nos versículos acima, temos claramente as directivas (regras) para a liturgia de um culto, Paulo coloca bem nítido a maneira como as pessoas responsáveis e principalmente os membros devem se portar, se dirigir, durante o momento em que Deus está presente, sabendo que se fosse uma autoridade pública presente no local, haveria uma maneira mais respeitosa de se comportar mediante a presença dele. Mas como Deus não se faz fisicamente visível, então há uma certa displicência. Na minha visão, entendo claramente ao contrário, é exactamente neste momento que devemos nos manter numa postura de mais respeito e “inclinação patriótica espiritual” (vou falar disso mais na frente), para com o Senhor.
Em 1ª Coríntios 12:12-13, Paulo diz também:
12. Cristo é como um corpo, o qual tem muitas partes. E todas as partes, mesmo sendo muitas, formam um só corpo.
13. Assim, também, todos nós, judeus e não-judeus, escravos e livres, fomos baptizados pelo mesmo Espírito para formar um só corpo. E a todos nós foi dado de beber do mesmo Espírito.
Nesta passagem, Paulo exemplifica para a igreja de corintos algo de extrema importância mas simples e primária; Que a igreja do Senhor, todas, têm suas funções com seus respectivos responsáveis como membros, cada um executando uma acção/medida diferente do outro, mas com uma finalidade, o crescimento e o desenvolvimento do corpo.
A principal característica do corpo de Cristo está sendo mencionada no versículo 13, quando ele diz: “Assim, também, todos nós, judeus e não-judeus, escravos e livres, fomos baptizados pelo mesmo Espírito para formar um só corpo. E a todos nós foi dado de beber do mesmo Espírito.”, que é a prática da aceitação do homem espiritual, sem observar o que ele é por fora, rico ou pobre, velho ou novo, gordo ou magro e etc, cuja meta é formar um único corpo baptizado pelo mesmo espírito.

JEJUM BÍBLICO

1- SIGNIFICADO
JEJUAR significa abster-se totalmente ou parcialmente de alimentos por um período de tempo com um propósito específico.
Tem sido praticado por muitos em todas as épocas, em muitos países, culturas e religiões. Pode ter finalidade espiritual e mesmo medicinal.
2 – O QUE A BIBLIA DIZ
A Bíblia não ordena a prática do Jejum, mas refere-o várias vezes como uma prática usado pelo povo de Deus.
2.1 – No Velho Testamento, os judeus tinham um dia de jejum instituído: o do Dia da Expiação
Lv. 16.31 e 23.27, que também ficou conhecido como "o dia do jejum" Jr. 36.6 e ao qual Paulo se referiu como "o jejum" At. 27.9.
Mas em toda a Bíblia não há uma única ordem acerca do jejum. Apesar de o povo Judeu jejuar, muitas vezes o Senhor não apreciava a prática: “Por que jejuamos nós, e não atentas para isto? Por que afligimos a nossa alma, e tu não o levas em conta? – “ Eis que, no dia em que jejuais, cuidais dos vossos próprios interesses e exigis que se faça todo o vosso trabalho. Eis que jejuais para contendas e para rixas e para ferirdes com punho iníquo; jejuando assim como hoje, não se fará ouvir a vossa voz no alto”Is. 58:3-4.
2.2 –Jesus refere-se ao jejum para condenar a forma prática de como alguns o realizavam:
“Quando jejuardes, não vos mostreis contristados como os hipócritas; porque desfiguram o rosto com o fim de parecer aos homens que jejuam. Em verdade vos digo que eles já receberam a sua recompensa. Tu, porém, quando jejuardes, unge a cabeça e lava o rosto, com o fim de não parecer aos homens que jejuas, e sim ao teu Pai, em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te
recompensará.” (Mt. 6.16-18.) Jesus não ensina a prática do Jejum. Ele constata que alguns praticavam o jejum para impressionarem outros, quando o motivo principal deveria o de exprimirem a sua condição de miseráveis perante Deus, o Pai.
2.3 – Era costume dos fariseus jejuarem dois dias
por semana Lc. 18.12, mas Jesus e os seus discípulos não o faziam. Um dia perguntaram a Jesus: “Disseram-lhe eles: Os discípulos de João e bem assim os fariseus frequentemente jejuam e fazem orações; os teus, entretanto, comem e bebem. Jesus, porém, lhes disse: Podeis fazer jejuar
os convidados para o casamento, enquanto está com eles o noivo? Dias virão, contudo, em que lhes será tirado o noivo; naqueles dias, sim, jejuarão.” Lc. 5.33-35.
2.4 – As epistolas do Novo Testamento não referem o Jejum.
3 – OBJECTIVO DE ALGUNS JEJUNS
Pode-se considerar que determinadas práticas no Velho Testamento envolvia o Jejum parcial (abstinência de determinados alimentos) ou o Jejum (abstinência de qualquer elemento)
3.1 – A lei do nazireado – voto de consagração ao Senhor - envolvia não comer e beber certos alimentos e bebidas (Nm. 6.3,4).
3.2 – Devido a certos pecados Samuel e o povo jejuaram em Mispa, 1Sm. 7.6, Neemias 9.11, com o objectivo de declararem o seu arrependimento.
3.3 –Davi e o povo jejuaram um tempo depois da morte de Saul, Jonatas e Abner. O país estava de luto e David sentia a falta dos amigos Jonatas e
Abner. 2Sm. 1.12 e 3.35.
3.4 – O rei Josafá pediu um jejum porque temia ser vencido pelos moabitas e amonitas 2Cr. 20.3.
3.5 – Esdras proclamou um jejum junto ao rio Ava, para orar por protecção e bênção de Deus sobre a sua viagem Esd. 8.21-23;
3.6 – Ester pediu um jejum para protecção no seu encontro com o rei. Est. 4.16.
3.7 – Daniel tinha o hábito de contristar-se perante Deus pelo seu povo com Jejum, oração e
humilhação com sacos de cinza. Dn. 9.3. Normalmente o jejum estava associado a 3 motivos:
Tristeza (Jz 20:26;1Sm 31:13;2Sm1:12; 1Rs 21:27; Est 4:3; Sl 35:13; Dn 6:18);
Confissão dos pecados (2Sm 12; 1Sm 7:6; Jonas 3:5; Ne 9:1);
Busca do Senhor (2 Cr 20:3; Esd 8:21-23; Ester 4:16; Joel 1:14; 2:15; Ne 1:4; Dan 9:3).
4 – CURIOSIDADES
A Bíblia narra alguns Jejuns cujo espaço temporal foi variado, como:
1 dia – O Dia da Expiação. Jer.36.6
3 dias – O pedido de Ester. Est. 4.16
3 dias – Paulo após a conversão. At. 9.9
7 dias – O povo de Israel pela morte de Saul. 1Sm. 31.13
14dias – Paulo e os que com ele estavam no navio. At. 27.33.
21 dias –Daniel em favor de Jerusalém(Dn. 10.3.
40 dias –Jesus no deserto, para ser tentado. Lc. 4.1,2.
40 dias –Moisés (Ex. 34.28) e Elias (2Re. 19.8) jejuaram quarenta dias, tal como Jesus, mas em
circunstancias especiais . Moisés foi envolvido pela glória divina. Elias caminhou 40 dias na força do alimento que o anjo lhe trouxe.
5– CONCLUSÃO
Nos dias de Jesus, os fariseus tinham transformado o jejum num ritual e num espectáculo. Jesus viu isso e reclamou. O jejum não é um ritual mecânico, para ser praticado simplesmente com o propósito de cumprir com a pratica de jejuar. Mas quando a tristeza, a culpa ou a necessidade por uma comunicação mais íntima com o Senhor pede isso, então o jejum pode ser praticado. Não é uma ordem expressa por Deus, mas o crente em Jesus pode sentir a necessidade de ir aos pés do Senhor, em humildade e grande consternação por motivos diversos: de tristeza, arrependimento,
consagração…
Os cristãos no principio da Igreja jejuavam ocasionalmente, quando as circunstâncias segundo eles entendiam eram especiais. ´

14/12/09

O MAIS IMPORTANTE CAMPO DE BATALHA - I

A mente humana tem sido comparada a um computador, em que a memória está a ser continuamente programada pró uma desta duas fontes: Cristo ou Satanás. Como um computador, o seu funcionamento depende da informação recebida. Depois de analisada a informação, a mente formula as suas decisões e o subsequente desenrolar da acção.

“Cristo é a fonte de todo o bom impulso.”(1) Ao contrário, “Satanás procura continuamente impressionar e controlar a mente, e ninguém estará a salvo a não ser que tenha uma constante ligação com Deus.” (2) “Há unicamente dois poderes que dominam a mente dos homens – o poder de deus e o de Satanás.” (3) “Satanás assume o domínio de qualquer mente que não esteja decididamente sob o domínio do Espírito Santo.” (4)

À clara e penetrante luz das afirmações anteriores, tentemos analisar como trabalham os dois grandes poderes, o Bem e o Mal. “Vinde pois, e arrazoemos…” (Is. 1:18) é a base do plano de trabalho de Deus com a família humana. “Em primeiro lugar, Deus pede o coração, os afectos.” (5)

“Dá-me, filho meu, o teu coração, e os teus olhos observem os meus caminhos.” (Prov. 23:26)

“O plano de começar pelo exterior e procurar operar interiormente tem sempre falhado e falará sempre. O plano de Deus para vós é começar na própria sede de todas as dificuldades – o coração – e então do coração hão-de jorrar os princípios da justiça; a reforma será tanto externa como interna.” (6)

Diz-se frequentemente sobre alguém que está a aprender a tornar-se cristão, “Só lhe falta abandonar este ou aquele mau hábito”. Posses, atitudes ou hábitos de vida não são o problema; são apenas sintomas do verdadeiro problema. Deus diz “…o homem olha para o que está diante dos olhos, porém o Senhor olha para o coração” (1ª Sam. 16:7). “Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, pois dele procedem as saídas da vida” (Prov. 4:23)

“Como o fermento, misturado à farinha, opera do interior para o exterior, assim é pela renovação do coração, que a graça de Deus actua para transformar a vida. Não basta a mudança exterior para nos pôr em harmonia com Deus. Muitos há que procuram mudar, corrigindo este ou aquele mau hábito, e esperam desse modo tornar-se cristãos, mas estão a começar no lugar errado. O nosso primeiro trabalho é no coração.” (7)

Podemos ver facilmente que o método usado por Deus para alcançar o Seu objectivo para o homem é começar pela mente ou coração. Mas mesmo isto deverá acontecer mediante a nossa permissão voluntária. “Eis que estou à porta e bato…” (Apoc. 3:20). “Se quiserdes, e ouvirdes, comereis o bem desta terra” (Isaías 1:19).

“…Deus apenas aceitará serviço feito de livre vontade.” (8) Portanto, Ele não pode aceitar a obediência que resulte da obrigação, da força, ou mesmo da vontade de satisfazer uma consciência culpada.

“O homem que tenta observar os mandamentos de Deus apenas por sentir que é uma obrigação – porque é requerido que assim faça – jamais sentirá o prazer da obediência. Não obedece. Quando, por contrariarem a inclinação humana, os reclamos de Deus são considerados um fardo, podemos saber que a vida não é uma vida cristã. A verdadeira obediência é a expressão de um princípio interior. Origina-se no amor à justiça, no amor à lei de Deus” (9)

O método de trabalho de Satanás começou no Céu, onde foi bem sucedido nos seus esforços para difundir a rebelião que se iniciou na sua própria mente. “A sua táctica consistia em perturbar com argumentos subtis referentes aos propósitos de Deus. Tudo o que era simples ele envolvia em mistério e, através de uma ardilosa perversão, lançava a dúvida sobre as mais claras declarações de Jeová.” (10)

O seu plano foi tão eficaz que ele o tem vindo a aplicar, aqui na Terra, há sis mil anos.

“O inimigo é obreiro mestre, e se o povo de Deus não for constantemente guiado pelo Espírito de Deus, será enredado e preso.

“Há já milhares de anos que Satanás está a fazer experiências sobre as propriedades da mentes humana, e tem aprendido a conhecê-la bem. Mediante a sua obra subtil nestes últimos dias, está a ligar a mente humana com a sua própria, imbuindo-a dos seus próprios pensamentos; e ele está a fazer esta obra de maneira tão enganadora, que os que aceitam a sua direcção não sabem que estão a ser conduzidos por ele segundo lhe apraz. O grande enganador espera confundir a mente de homens e mulheres de tal maneira que nenhuma outra voz, a não ser a sua, seja ouvida.” (11)

O trabalho de Satanás começou no Céu, sugerindo dúvidas, questões e pensamentos de uma forma tão subtil, que os anjos não caídos não se aperceberam de que estavam a ser manipulados por ele. Expressavam pensamentos que tinham a sua origem nele, pensando que eram deles próprios (12). Um plano que funcionou tão bem no céu, funcionaria, sem dúvida, bem na terra. Nós somos testemunhas do seu sucesso.

Agora analisemos juntos esses planos. Os dois poderes procuram um controlo completo da mente, com exclusão do outro. Deus, através da submissão voluntária do homem a Ele; Satanás, pela insistência do homem na independência – uma dádiva do próprio diabo.

“O inimigo preparara-se para a sua última investida contra a igreja. Tem-se dissimulado de tal forma que muitos dificilmente acreditam que ele existe, muito menos se convencem da sua extraordinária actividade e poder. Esqueceram em grande parte o registo do seu passado. E quando ele der um passo em frente não o reconhecerão como seu inimigo, a velha serpente, mas como um amigo, alguém que está a efectuar um bom trabalho. Gabando-se da sua independência, obedecerão, sob a sua influência enganosa e maligna, aos piores impulsos do coração humano e, contudo, acreditam que é Deus que os está a servir Deus, mas ao inimigo de toda a justiça. Poderiam ver que a sua proclamada independência é um dos mais pesados grilhões que Satanás pode colocar nas mentes desequilibradas.” (13)

10/12/09

A IGREJA CATÓLICA E O PURGATÓRIO


A Igreja Católica Romana não ensina ao seu povo que é possível confiar completamente no total perdão dos pecados por meio da morte de Cristo somente. Nem lhes ensina que a justiça de Deus, realizada por Jesus Cristo, é a sua herança permanente. Com isso, um católico fiel nunca aprende que pode ter completa segurança da salvação durante a sua vida terrestre, pois ainda é capaz de cometer “pecado mortal.” A Sagrada Escritura ensina que o “pecado mortal”, é o pecado contra o Espírito Santo, ou seja, o pecado do qual o pecador não se arrependeu e no poder de Jesus se afastou. A redenção católica passa sempre e depende da fidelidade à doutrina da igreja e prática.

Os católicos aprendem que quando morrerem, se eles não tiverem cometido pecados mortais (e com a excepção da classe especial de crentes chamados “santos”), todos vão para um lugar que a igreja chama de purgatório. O Catecismo afirma, "todos os que morrem na graça de Deus e em sua comunhão, mesmo que imperfeitamente purificados, estão verdadeiramente assegurados de sua eterna salvação; mas após a morte eles passam por uma purificação, como para obter a santidade necessária para entrar no gozo do céu..."

"A Igreja formulou a sua doutrina da fé no purgatório especialmente nos Concílios de Florença e de Trento" (Catecismo 1030-1031). Esse conceito de purgatório levou a uma doutrina católica antibíblica de orações pelos mortos (Catecismo 1032). Os católicos aprendem que "é o único pensamento santo e salutar orar pelos mortos, a fim de que eles possam ser libertados dos seus pecados" (Catecismo 958).

Conselho: João 3:16

Actos 4:12

Mateus 11:28

1ª Tes. 4:13-17

1ª Cor. 15:51-54

03/12/09

COMO SER OPTIMISTA?

“Não vos inquieteis, pois, pelo dia de amanhã; porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo. Basta a cada dia o seu mal.” (Mat. 6:34)
A palavra preocupação por si só já nos ensina algumas coisas. É a “pré” ocupação, ou seja, é ter a mente ocupada com acontecimentos que ainda não tiveram lugar. Aliás, essa é uma das diferenças marcantes entre os pessimistas e os optimistas. Enquanto aqueles estão sempre preocupados pensando que nada vai dar certo estes, os optimistas, estão sempre lutando para que tudo dê certo.
A diferença entre um optimista e um pessimista é bem simples. Um alegra-se com o que tem, enquanto que o outro está sempre a lamentar por tudo aquilo que não tem. O optimista olha para uma garrafa com água, e exclama: “oh! Quem bom, a garrafa está meio cheia.” Enquanto que o pessimista, no meio dos seus lamentos, diz: “Ih! A garrafa está meio vazia.”
Temos desconvir que o ser humano, desde que entrou o pecado no mundo, tem tudo para ser pessimista (se o desejar); pois pesam sobre ele o seu habitat, a Terra, maldições que culminam com a morte. Entretanto, os que crêem em Deus e na Sua Palavra sabem que existe mais do que “meia garrafa” de esperança. Há uma plenitude de bênçãos de saúde, paz, felicidade e de vida à espera deles. Por isso, são realistas ao enfrentarem o problema do pecado. Sabem que o “salário do pecado é a morte”, mas encontram sólidos argumentos para olhar para o amanhã com segurança, pois sabem também que “o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor.” (Rom. 6:23).
O cristão tem o dever de ser optimista. A fé nas promessas divinas anima-o a levantar os olhos das mazelas e problemas deste mundo e olhar para tudo aquilo que o aguarda no mundo vindouro. Isto, entretanto, não quer dizer que ele passa a viver num mundo irreal, não! Do alto, pela graça de Deus, ele encontra forças, tanto para superar problemas como para os suportar com ânimo e coragem. Deus dá ao coração do crente um claro discernimento para saber distinguir entre aquilo que é passageiro e efémero, e aquilo que é eterno. Por isso, a sua preocupação está sempre voltada para o que é eterno. Por isso, a sua preocupação está sempre voltada para o que é mais importante; isto é, o eterno.
“Portanto, não vos inquieteis com o dia de amanhã, pois o amanhã trará os seus cuidados; basta ao dia o seu próprio mal. “ (Mat. 6:34).

27/11/09

FOI A BÍBLIA DADA POR HOMENS?

Parte da Bíblia foi escrita por homens, estes foram inspirados pelos Espírito Santo, a outra parte foi escrita directamente por Deus: Os Dez Mandamentos, logo ela foi toda inspirada por Deus.
A profecia não foi originada pelo homem mas sim foi enviada por Deus. A Bíblia diz em 2 Pedro 1:21 “Porque a profecia nunca foi produzida por vontade dos homens, mas os homens da parte de Deus falaram movidos pelo Espírito Santo.”

A profecia diz-nos exactamente o que vai acontecer no futuro. A Bíblia diz em Isaías 42:9 “Eis que as primeiras coisas já se realizaram, e novas coisas eu vos anuncio; antes que venham à luz, vo-las faço ouvir.”

Deus revelou os Seus planos aos profetas. A Bíblia diz em Amós 3:7 “Certamente o Senhor Deus não fará coisa alguma, sem ter revelado o seu segredo aos seus servos, os profetas.”

25/11/09

A CERIMÓNIA DE LAVAR OS PÉS

Pergunta: Será que há razão para a cerimónia do lava-pés? Não andamos com os pés descalços ou de sandálias como no tempo de Jesus!
Resposta: O ensinamento Bíblico do lava-pés está registado em João 13. Vamos analisá-lo juntos?

"Antes da festa da Páscoa, sabendo Jesus que era chegada a sua hora de passar deste mundo para o Pai, e havendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim. Enquanto ceavam, tendo já o Diabo posto no coração de Judas, filho de Simão Iscariotes, que o traísse, Jesus, sabendo que o Pai lhe entregara tudo nas mãos, e que viera de Deus e para Deus voltava, levantou-se da ceia, tirou o manto e, tomando uma toalha, cingiu-se. Depois deitou água na bacia e começou a lavar os pés aos discípulos, e a enxugar-lhos com a toalha com que estava cingido. Chegou, pois, a Simão Pedro, que lhe disse: Senhor, lavas-me os pés a mim? Respondeu-lhe Jesus: O que eu faço, tu não o sabes agora; mas depois o entenderás. Tornou-lhe Pedro: Nunca me lavarás os pés. Replicou-lhe Jesus: Se eu não te lavar, não tens parte comigo. Disse-lhe Simão Pedro: Senhor, não somente os meus pés, mas também as mãos e a cabeça. RESPONDEU-LHE JESUS: AQUELE QUE SE BANHOU NÃO NECESSITA DE LAVAR SENÃO OS PÉS, POIS NO MAIS ESTÁ TODO LIMPO; e vós estais limpos, mas não todos. Pois ele sabia quem o estava traindo; por isso disse: Nem todos estais limpos. Ora, depois de lhes ter lavado os pés, tomou o manto, tornou a reclinar-se à mesa e perguntou-lhes: Entendeis o que vos tenho feito? Vós me chamais Mestre e Senhor; e dizeis bem, porque eu o sou. ORA, SE EU, O SENHOR E MESTRE, VOS LAVEI OS PÉS, TAMBÉM VÓS DEVEIS LAVAR OS PÉS UNS AOS OUTROS. PORQUE EU VOS DEI EXEMPLO, PARA QUE, COMO EU VOS FIZ, FAÇAIS VÓS TAMBÉM. Em verdade, em verdade vos digo: Não é o servo maior do que o seu senhor, nem o enviado maior do que aquele que o enviou. SE SABEIS ESTAS COISAS, BEM-AVENTURADOS SOIS SE AS PRATICARDES." - João 13:1-17

A cerimónia do lava pés possui dois significados básicos na vida do cristão:
1) Renovar a nossa fé no sacrifico e ressurreição de Cristo, purificando-nos assim dos nossos pecados. Assim, o lava-pés é uma pequena confirmação de que continuamos no caminho da salvação ao lado de Deus, e deve ser praticado por todos os que assim desejarem caminhar com Deus até à volta de Jesus.
2) Desenvolver em nós a humildade de Cristo. Assim, como nosso Mestre e Senhor Jesus Cristo, nós também devemos ser e demonstrar humildade para com todos, principalmente para com os nossos irmãos de fé!
Desta forma, temos um exemplo e mandamento de Jesus e devemos continuar a praticar sempre que possível a cerimónia do lava-pés antes de participarmos do pão e do vinho, ambos sem fermento, aliás, o lava pés faz parte integrante da Santa Ceia.

Que Deus o continue abençoar!

ALMA E ESPÍRITO - EXPLICAÇÃO

Para o cristão, que busca estar no Justo Caminho de Deus é importante saber o que está em jogo, do que se trata e com quais elementos tem de travar a boa batalha. Sendo assim tentaremos consolidar e condensar algumas noções sobre alma, espírito e salvação.
Espírito: Ponto de contacto com Deus. É através do meu espírito que tenho consciência de Deus e me relaciono com Ele. Deus é Espírito e só podemos perceber Deus no espírito. ( Ef 2:22 Jo 4:24 )
Alma: É tudo que o homem é, e a consciência do que é. A sua personalidade. O seu eu. É o mundo dos pensamentos, sentimentos (volitiva) e decisões. A alma está entre o espírito e o corpo. Pertence aos dois. Está ligada ao mundo espiritual através do espírito e ao mundo material através do corpo. Através da alma temos consciência de nós e dos que nos rodeiam. É de alguma maneira o nosso "sonar".

14/11/09

COMO PODE DEUS OUVIR TODA AS ORAÇÕES?

AS TRÊS GRANDE DIFICULDADES DOS CRISTÃOS EVANGÉLICOS


1 - A questao relacionada com escolha divina de Israel.

A razão de Deus ter o Seu "povo escolhido" não foi só para conceder-lhe privilégios, mas uma MISSÃO. Nesse ponto muitos cristãos confundem, ou não aprofundam o papel de Israel relativamente ao "testemunhas de IHWH" ser luz das nações até aos confins da Terra (Isa. 43:10, 11; 42:6; 49:6).
Por isso Israel situava-se numa região do mundo ainda hoje tremendamente estratégica--a encruzilhada de três continentes; Europa, Ásia e África.
O papel de Israel era transmitir aos moradores da Terra o conhecimento do verdadeiro Deus, a Sua lei e o Seu plano de salvação [Ver Salmo 67].
O apelo divino para os estrangeiros se unirem ao concerto com Israel em Isa. 56:2-7 (por sinal, a partir da observância do sábado) ocorre no contexto do ideal divino expresso no vs. 7, "a Minha casa será chamada casa de oração para TODOS os povos".

2 - A incompreensão dos conteúdos dos debates de Paulo sobre a lei.
A chave para entender este ponto está em Rom. 9:30-32. Paulo diz que a fé NÃO ANULA a lei, e sim a CONFIRMA (Rom. 3:31), e diz que com a sua mente serve à lei de Deus (Rom. 7:25), a que traz o preceito "não cobiçarás", sendo santa, justa, boa, espiritual (vs. 7, 8, 12, 14, 22), dela recomendando naturalmente aos GENTIOS de Éfeso e Roma os seus 5o., 6o., 7o., 8o., 9o. e 10o. preceitos (Efé. 6:1-3; 4:24-31; Rom. 13:8-10).
Paulo não condenava a lei, e sim o seu "uso ilegítimo" (1 Tim. 1:8)--tê-la como fonte de justiça, o que nunca representou o seu real papel. Esse uso errado da lei causou o tropeço da nação.

3 - A incompreensão sobre a origem do sábado e a argumentação que Jesus usa no confronto com os Judeus enquanto ao sábado.
Para isso basta perguntar: Qual era o teor de tais debates com a liderança judaica--SE deviam guardar o sábado, QUANDO guardar o sábado, ou COMO observar o dia no seu devido espírito?
Convido com toda a estima cristã todos quantos estão de boa vontade e desejam a VERDADE acima de qualquer PRECONCEITO a estudar estes assuntos nos diferentes blogs que elencamos. Deus o abençoe em Jesus.

BUSQUEM A JESUS

PORQUE RAZÃO AS 2.300 TARDES E MANHÃS TEM INICIO EM 457 a.C?

Pergunta: Porque razão o período profético 2300 tardes e manhãs se inicia em 457 a.C? Como encontrar isso na Bíblia?

Resposta: Alguns estudiosos se surpreendem quando subtraem 457 (a data da saída da ordem para restaurar Jerusalém) de 2.300 e notam que não atinge o ano de 1844 como data terminal das 2.300 tardes e manhãs de Daniel 8:14. Nesse tipo de conta o resultado óbvio é 1843.
Se desejamos saber matematicamente quando o referido período terminou não podemos simplesmente subtrair 457 de 2.300 pelo fato de que o primeiro montante é uma data e o segundo corresponde a número de anos. Número de anos se subtrai de número de anos, e não de datas ou vice-versa. Assim temos de converter a data de 457 a.C em número de anos a.C e então subtrai-los de 2.300 para chegarmos ao fim desse período.
O decreto de Artaxerxes emitido em 457 a.C (7º ano de seu reinado) foi posto em execução no outono desse ano, isto é, faltando mais ou menos 1/4 do ano para que esse terminasse, já que o ano possui 4 estações, considerando que no hemisfério norte o outono começa entre o fim de setembro e o início de outubro. Portanto, a data é 457 a.C, mas o número de anos é 456 completos mais 1/4 de 457, que ainda faltava transcorrer. Assim temos:
data: 457 a.C número de anos a.C: 456+1/4

Considerando que até o batismo de Jesus passar-se-iam 483 anos (7 + 62 semanas X [multiplicando] 7 dias/anos), temos: 483 – 456+1/4 = 26+3/4, isso é, passados 26 anos completos da era cristã, mais 3/4 do ano seguinte ocorreu o batismo de Jesus, ou seja, o outono de 27 AD. Assim temos:
data: 27 a.D número de anos a.D: 26+3/4

O evento do Calvário ocorreria 3,5 anos depois do batismo. Como a conta envolve quartos e não meios, devo considerar 3+2/4 como equivalentes a 3,5 e adicioná-los a 26+3/4. O resultado será 29+5/4, ou 30+1/4. A cruz foi levantada 30 anos completos depois de Cristo mais 1/4 do ano seguinte, isto é, a primavera de 31 a.D (e sabemos que Cristo morreu por ocasião da Páscoa). Assim temos:
data: 31 a.D número de anos a.D: 30+1/4

Até a morte de Estêvão são mais 3,5 anos, e as 70 semanas, ou 490 anos, chegam ao fim. Somando 3+2/4 a 30+1/4 chegamos a 33+3/4 do ano seguinte, o outono de 34 a.D. Assim temos:
data: 34 a.D número de anos a.D: 33+3/4

Subtraindo 490 (o número de anos correspondentes às 70 semanas) de 2.300 (também número de anos) sobram 1810 anos que somados a 33+3/4 (quando terminam os 490 anos ou 70 semanas) chegamos a 1843+3/4 do ano seguinte, o que corresponde a outono de 1844. Assim temos:
data: 1844 a.D número de anos a.D: 1843+3/4

Chegamos a esse mesmo resultado subtraindo 456+1/4 de 2300. Em outras palavras, esse período profético termina em outubro de 1844.

11/11/09

QUAL É O VERDADEIRO BAPTISMO?

Uma das cerimónias mais bonitas do cristianismo é o baptismo. Seu simbolismo é muito significativo e representa, basicamente, o início de uma nova vida ao lado de Cristo. Quem deve ser baptizado, quando e como? Descubra as respostas para estas perguntas neste estudo.

1. De acordo com a Bíblia Sagrada, quantas formas de baptismo há? Efésios 4:5
2. Em que três partes do sacrifício de Jesus o baptizado mostra a sua fé? Romanos 6:3 e 4
3. Que simboliza o baptismo? Romanos 6:10 e 12
4. De acordo com o apóstolo Paulo, o que acontece ao sermos baptizados em Jesus Cristo? Gálatas 3:27
5. Quantas coisas, das que Jesus ordenou, devem ser ensinadas e praticadas pelos que são baptizados? Mateus 28:20
6. Descreva o baptismo de Jesus no Rio Jordão. Mateus 3:16
7. Como foi baptizado o eunuco, funcionário da rainha da Etiópia? Atos 8:38
8. Por que o verdadeiro baptismo bíblico deve ser por imersão na água? O que isso representa? Colossenses 2:12
9. Segundo Jesus, quem será salvo para o Reino de Deus? Marcos 16:16. Baseado neste texto, você acha correcto baptizar crianças?
10. Quão essencial é que a pessoa seja baptizada na água? João 3:5
11. O baptismo é para “remissão dos pecados”. Jesus não tinha pecados, então por que foi baptizado? Mateus 3:13-17
Assim como Deus não Se cansa mas “descansou” no sétimo dia para dar-nos exemplo, Jesus foi baptizado para nos dar exemplo também.
12. O que devemos fazer antes de ser baptizados? Atos 2:38
13. Como devemos viver depois de baptizados? Romanos 6:4; Colossenses 3:1 e 2
14. Que pergunta ajudou Paulo a tomar a mais importante decisão de sua vida e demonstra que não é bom adiarmos nossas decisões nesse assunto? Actos 22:16

A minha Decisão:
Creio que existe apenas um tipo de baptismo verdadeiro – o bíblico. E entendo que crer e não querer ser baptizado é como amar e não querer casar-se; assumir compromisso. Decido ser baptizado por imersão, como Jesus foi, e pertencer à Igreja Adventista do Sétimo Dia.

25/10/09

A COERÊNCIA E IMUTABILIDADE DA BÍBLIA

Centenas de livros já foram escritos sobre as evidências da inspiração divina da Bíblia. Estas evidências são muitas e variadas. Infelizmente, esses livros não são tão lidos actualmente o quanto seria desejável. Na verdade, a maioria das pessoas que questionam a veracidade da Bíblia nunca a leram, ou só pequenas partes! Estas pessoas tendem a aceitar a crença popular de que a Bíblia está cheia de erros e que não é importante no nosso mundo moderno.
Entretanto, os escritores da Bíblia afirmam repetidas vezes que eles transmitiam a própria Palavra de Deus: infalível e tendo autoridade em si própria no mais alto grau possível. Este é uma afirmação muito forte para um escritor e se os cerca de quarenta homens que escreveram as Escrituras estavam errados, então eles estavam ou a mentir, ou eram loucos, ou as duas coisas.
Mas, por outro lado, se o maior e mais influente livro de todas as épocas – um livro que contém a mais bela literatura e o mais perfeito código moral já imaginado – foi escrito por um grupo de fanáticos, então há alguma esperança de encontrar sentido e propósito neste mundo?
Se alguém investigar seriamente as evidências bíblicas, esta pessoa irá descobrir que a afirmação de ser divinamente inspirada (declarada cerca de 3.000 vezes na Bíblia de diversas formas) é amplamente justificada.
Profecias cumpridas
Umas das mais incríveis evidências para a inspiração divina da Bíblia são as profecias que se cumpriram. Centenas de profecias feitas na Bíblia tiveram o seu cumprimento até ao último detalhe. E a maioria delas foi cumprida quando o seu escritor já tinha morrido.
Por exemplo: Em cerca de 538 AC (Daniel 9:24-27), Daniel, o profeta, predisse que Jesus viria como o Salvador e Príncipe prometido para Israel exactamente 483 anos depois que o imperador persa desse aos judeus permissão para reconstruir a cidade de Jerusalém que estava em ruínas nesta época. Essa profecia foi clara e definitivamente cumprida no tempo exacto.
A Bíblia também contém uma grande quantidade de profecias sobre as nações e cidades específicas ao longo da história, todas foram literalmente cumpridas. Mais de 300 profecias foram cumpridas pelo próprio Jesus Cristo durante a sua primeira vinda. Outras profecias referem a difusão do Cristianismo pelo mundo, falsas religiões e muitos outros assuntos.
Não há outro livro, antigo ou moderno, como a Bíblia. As profecias vagas e geralmente erróneas, feitas por pessoas como Jeanne Dixon, Nostradamus, Edgar Cayce e outros como eles, não podem, nem de longe, serem colocadas na mesma categoria das profecias bíblicas. Nem outros livros religiosos como o Alcorão, os escritos de Confúcio e literatura religiosa similar. Somente a Bíblia manifesta esta evidência profética e ela a faz em uma escala tão gigantesca que torna absurda qualquer outra explicação que não a sua inspiração divina.
Uma autoridade histórica única
A consistência histórica das Escrituras é também uma classe de evidências por si só, infinitamente superior aos registos escritos deixados pelo Egipto, Assíria e outras nações antigas. As confirmações arqueológicas do registo bíblico são quase inumeráveis. O Dr. Nelson Glueck, a maior autoridade em arqueologia israelita, disse:
“Nenhuma descoberta arqueológica contradisse qualquer referência bíblica. Dezenas de achados arqueológicos foram feitos que confirmam em exacto detalhe as declarações históricas feitas pela Bíblia. E, da mesma maneira, uma avaliação própria de descrições bíblicas tem geralmente levado a fascinantes descobertas no campo da arqueologia moderna.”
Autoridade científica
Uma outra espantosa evidência da inspiração divina da Bíblia é o facto de que muitos princípios da ciência moderna foram registados como factos da natureza na Bíblia muito antes que qualquer cientista os confirmasse experimentalmente. Uma amostra inclui:
A terra redonda (Isaías 40:22)
A quase infinita extensão do universo (Isaías 55:9)
A lei da conservação de massa e energia (II Pedro 3:7)
O cíclo hidrológico (Eclesiastes 1:7)
O vasto número de estrelas (Jeremias 33:22)
A lei do aumento da entropia (Salmo 102:25-27)
A suma importância do sangue para a vida (Levítico 17:11)
A circulação atmosférica (Eclesiastes 1:6)
A campo gravitacional (Jó 26:7)
e muitos outros
Estes factos obviamente não são referenciados nas grandes enciclopédias da ciência moderna, mas em termos da experiência básica no homem no dia-a-dia. Ainda assim, eles estão completamente de acordo com as descobertas modernas da ciência.
É significativo também que nenhum erro foi demonstrado na Bíblia, seja em ciência, história ou qualquer outro assunto. Muitos erros foram realmente declarados, mas eruditos bíblicos foram sempre capazes de encontrar soluções para esses problemas.
Estrutura única
A incrível estrutura da Bíblia deve ser colocada em perspectiva também. Embora ela seja uma colecção de 66 livros, escritos por cerca de quarenta homens ao longo de um período de cerca de 2.000 anos, a Bíblia ainda assim é um só Livro, em perfeita unidade e consistência.
Os escritores na época em que escreviam, não faziam ideia de que, os seus escritos seriam incorporados num só livro. No entanto, cada um desses escritos individuais preenche perfeitamente o seu lugar e serve a um único propósito. Qualquer pessoa que estude diligentemente a Bíblia irá encontrar padrões estruturais e matemáticos cuidadosamente bordados no seu tecido com uma intrincada simetria que não são passíveis de explicação através do acaso ou coincidência.
E o tema que a Bíblia desenvolve consistente e grandiosamente do Génesis ao Apocalipse é o majestoso trabalho de Deus na criação do universo e a redenção de todas as coisas através de seu único filho, o Senhor Jesus Cristo.
O efeito único da Bíblia
A Bíblia também é única no efeito sobre os homens tanto individual como sobre a história das nações. Ela é o livro mais vendido de todas as épocas, tocando corações e mentes, amada por pelo menos uma pessoa em qualquer raça, nação ou tribo para a qual foi levada. Ricos ou pobres, educados ou simples, reis ou plebeus, homens de qualquer origem ou modo de vida já forma atingidos por esse livro. Nenhum outro livro jamais teve tal apelo universal ou produziu efeitos tão duradouros.
Uma evidência final de que a Bíblia é verdadeira é o testemunho dos que acreditaram nela. Multidões de pessoas, no passado e no presente, descobriram por experiência própria que suas promessas são verdadeiras, seu conselho é confiável, seus comandos e restrições são sábios e que sua maravilhosa mensagem de salvação vai ao encontro de qualquer necessidade para todo o tempo e eternidade.

24/10/09

TU ÉS FILHO DE DEUS

Todos vocês são filhos de Deus mediante a fé em Cristo Jesus. 
Gálatas 3:26
Conta-se que, após o sermão, o novo pastor cumprimentava a sua nova comunidade, à porta da igreja, quando um menino apressado tentou sair despercebido. “Quem é a tua família?” perguntou o pastor. O menino ficou paralisado. Essa era a última pergunta à qual ele queria responder. A sua mãe era solteira, e os seus colegas, naquela época e contexto, incomodavam-no muito por causa disso. Ele recebeu um apelido na igreja, que se tornou conhecido na escola e, em pouco tempo, tornou-se conhecido na localidade onde vivia.
A mãe mandava-o para a Escola Sabatina, aos Sábados, mas os pais dos outros meninos da igreja tentavam evitar que os seus filhos brincassem com ele, nem sempre o menino tinha o melhor comportamento, era até considerado como uma “má influência”. Embora decidido a não voltar mais à igreja, a criança não conseguiu vencer a curiosidade de conhecer o novo pastor. Mas a curiosidade tinha custado caro. Que responder a esta pergunta?
Antes que o menino pudesse responder, o pastor disse: “Eu sei quem és... posso perceber alguns traços fisionómicos que são característicos da tua família...”. Agora todos, não só o menino, estavam estarrecidos, finalmente, o pastor concluiu: “tu és filho de Deus!”
Não importa quão frágil seja a sua histórico familiar. Aqueles que recebem a Jesus como Salvador e Senhor passam a pertencer à mais nobre de todas as famílias.
Ore:
Obrigado, Senhor, por termos a oportunidade de pertencer à tua família. Ajuda-nos a receber afectuosamente todos aqueles que o senhor mesmo trouxer para o 
Seu aprisco. Em nome 
de Jesus. Amém.
Pense:
Todos os filhos de Deus são nossos irmãos.

22/10/09

QUE MÚSICA POSSO OUVIR?

Romanos – 14:19; Fil. 4:8
Posso ouvir uma canção sertaneja, ou nordestina, ou arábica, ou africana, ou cigana, ou gaúcha, ou espanhola, ou americana?
E aquele sucesso que todo mundo canta?
E o grupo do momento, posso escutar como todo mundo faz?Encontramos, muitas vezes, dois tipos de comportamento entre os irmãos, e geralmente ambos criticam os que não agem como eles: o primeiro é o grupo RADICAL: queimam os seus cds de músicas não cristãs, deitam fora DVD´s vídeos de grupos mundanos, e dizem que os que não fazem isso são carnais e talvez nem crentes.
O outro grupo é o LIBERAL: ouvem qualquer coisa, não mudam seu gosto musical, apreciam todas as canções e todos os grupos, dançam suas baladas e consideram os radicais perniciosos ao evangelho.
Devemos ter um critério mínimo de escolha de músicas. Creio não serem correctas as posturas exemplificadas acima.
Os radicais tornam-se carnais e vaidosos, considerando-se mais santos que os outros. Os liberais, por sua vez, esquecem que muitas canções e ritmos são antagónicos ao Reino de Deus e aos ensinos do Senhor.
Penso que podemos escolher uma música, passando-as por quatro peneiras. É como se eu coasse a cevada ou o sumo quatro vezes. Então podemos ouvir e até recomendar a canção com tranquilidade, sem drama de consciência.
O primeiro crivo é: “ESTA MÚSICA EXALTA OUTROS DEUSES?” Então preste atenção à letra, e procure encontrar elementos que comprometam a canção: chamar os orixás, exaltar outras divindades, ensinar a praticar o ocultismo, etc. Se a música contiver isso, já não estará entre as seleccionáveis;
Segundo crivo: “A MÚSICA INCITA À REBELDIA?” A canção ensina filhos rebelarem-se contra os pais, cidadãos rebelarem-se contra o país ou as autoridades? A música desrespeita os mais velhos? A canção ensina a andar longe dos compromissos cristãos? Se ela enquadrar-se nisso, então devo tirá-la da minha selecção;
Terceiro crivo: “A MÚSICA APELA À PROSTITUIÇÃO, AO ADULTÉRIO OU AO COMPORTAMENTO MORAL PERVERTIDO? As músicas que ensinam a trair o cônjuge, a sair com pessoas casadas, a praticar o sexo antes do casamento, a enganar a namorado/a, a iludir os pais, a abandonar os valores morais cristãos, essas canções não prestam para mim.Para que irei encantar os meus ouvidos com aquilo que alego desagradar o meu coração e entristecer o meu Deus?
Por último, devo perguntar: “ESTAREI A ESCANDALIZAR O MEU IRMÃO?” Buscar coisas apenas para a minha satisfação, mesmo que custem a edificação dos meus irmãos, é um comportamento correcto? Não.
Então, se algo que se credenciou nas três primeiras peneiras, não se credenciar na quarta, deverá ficar só para mim, e não servir de tropeço aos meus irmãos. É importante que discirnamos entre o que é escandalizar a fé ou submeter-se às manias de quem se julga mais crente que os outros. Há escândalos justos, aqueles que se baseiam em princípios cristãos (como os registados acima), mas há também a atitude do "contra", isto é, aqueles que só admitem as coisas que lhes apetecem, e feitas ou escolhidas por eles. Esses são egoístas e insaciáveis, nunca estarão plenamente satisfeitos.
Quando o escândalo é justo devemos mudar de gosto e de atitude, comprovando nossa humildade e amor a Cristo. Já o criticismo de quem vive a colocar defeitos no próximo deve ser repreendido em nome de Jesus, pois isso sim é um escândalo, obra da carne, vaidade, egoísmo e jactância. Sejamos criteriosos diante do Senhor, na escolha de nossas músicas. E boa música para todos!

21/10/09

QUANDO NASCEU JESUS?

Antes de tentar responder a pergunta vale ressaltar que em nenhuma ocasião Jesus expressou a ideia de que os seus seguidores devessem celebrar seu aniversário. Pelo contrário, em duas ocasiões quando as pessoas queriam enfatizar os seus laços naturais (mãe e irmãos), Ele rapidamente rebateu esta atitude, realçando a importância dos seus laços espirituais (os discípulos e todos aquele que ouve e pratica sua palavra) – Lc. 11:27,28; Mc. 3:31-35. Por outras palavras, Ele não queria ser venerado como um grande astro e sim como o caminho pelo qual todos os homens poderiam chegar a Deus nas mesmas condições de filiação que Ele tinha. É com este propósito que Jesus realmente instituiu uma cerimónia em sua memória, não um aniversário, uma vez por ano, mas “todas as vezes que o beberdes, em memória de mim (1Co. 11:25)”. Ele queria que lembrássemos d´Ele sempre, não como uma figura histórica a ser homenageada, mas como o pão e o vinho da Ceia, que nos alimentam e nos dão o poder para nos tornarmos como Ele.
Guardando isto em mente e lembrando que “as coisas encobertas pertencem ao Senhor nosso Deus, mas as reveladas nos pertencem a nós e a nossos filhos (Dt. 29:29)”, podemos declarar que a Bíblia nos dá pistas quanto à época do ano em que Jesus nasceu sem contudo precisar uma data exacta.
A informação principal encontra-se no evangelho de Lucas. Lucas era médico, e portanto, pessoa acostumada a tratar de minúcias, homem que devido à sua própria profissão se acostumara a ser meticuloso. Pois bem: no primeiro capítulo do seu evangelho, no versículo 5, encontramos fatos que não se não são encontrados em nenhum dos outros evangelhos: “Nos dias de Herodes, rei da Judeia, houve um sacerdote chamado Zacarias, do turno de Abias. A sua mulher era das filhas de Arão, e se chamava Isabel (Lc.1:5)”. Quero que anote esta expressão: DO TURNO DE ABIAS.
Continuando o relato nos versículos 8 e 9: “Ora, acontecendo que, exercendo ele diante de Deus o
sacerdócio na ordem do seu turno, coube-lhe por sorte, segundo o costume sacerdotal, entrar no santuário do Senhor para queimar incenso”.
O Espírito Santo insiste: NA ORDEM DO SEU TURNO.
Segundo os versículos seguintes, Zacarias teve uma visão de um anjo, que lhe disse que teria um filho. Por não ter crido, ele ficou mudo; essa mudez constituiu um sinal de que aquela visão realmente fora de Deus.
Lucas continua: “Sucedeu que, terminados os dias do seu ministério, voltou para casa. Passados esses dias (dias do seu ministério), Isabel, sua mulher, concebeu”.A conclusão a que chegamos até agora é a seguinte: João Baptista, o profeta, o precursor de Jesus, foi concebido imediatamente após o período em que ocorria o “turno de Abias”, quando Zacarias voltou para casa e para a sua esposa, depois de ministrar no templo.
Lucas 1:26-38 relata que um anjo visitou Maria, e ela “achou-se grávida pelo Espírito Santo” (Mt. 1:18). No final desta visita, o anjo lhe disse: “E Isabel, tua parenta, igualmente concebeu um filho na sua velhice, sendo este já o sexto mês para aquela que diziam ser estéril (Lc.1:26,36).
Ora bem: agora chegamos à conclusão de que Jesus foi concebido seis meses depois de João Baptista, ou seja, seis meses após o período ou “o turno de Abias”. (Veja o quadro no início do nosso estudo).O que é esse turno de Abias? Em que época do ano ocorre?Para responder, precisaremos voltar ao Antigo Testamento.
No livro de 1º Crónicas 24, se apresenta a relação dos turnos em foram organizados os sacerdotes para ministrarem na casa do Senhor. Foi esta relação que originou a tabela do início do nosso estudo. Eles começaram a ministrar no tabernáculo de David, posteriormente passaram a ministrar da mesma forma no templo de Salomão, conforme verificamos em Lucas 1:5 e seguintes, esses turnos de sacerdotes continuaram a ser obedecidos na ordem devida até à destruição do templo de Jerusalém por volta do ano 70 A.D. Nos versículos 7 a 18 encontramos uma relação de vinte e quatro turnos de sacerdotes (lembre-se do 24 anciãos que João viu), distribuídos entre as vinte e quatro famílias de sacerdotes descendentes de Arão, que se sucediam ministrando na casa do Senhor. É fácil concluir que essa escala devia ser cumprida no decorrer do ano religioso ou litúrgico dos judeus. Assim sendo, obviamente cada turno de sacerdotes oficiaria durante quinze dias. “Saiu a primeira sorte a Jeoiaribe, a segunda a Jedaías, a terceira a Harim, a quarta a Seorim, a quinta a Malquias, a sexta a Miamim, a sétima a Coz, a oitava a Abias (1º Crónicas 24:7-10).
REPARE: O TURNO DE ABIAS ERA O OITAVO.
Quando começava a funcionar o primeiro turno?Esta questão é importante, pois como deve ter percebido, o resultado será a resposta do tempo em que nasceu Jesus!O primeiro turno começava a funcionar no primeiro mês do ano religioso dos judeus.
– Quando era exactamente? Vejamos: “Disse o Senhor a Moisés e Arão na terra do Egipto: este mês vos será o principal dos meses; será o primeiro mês do ano (Ex.12:1,2; 13:4; Dt. 16:1). “No mês primeiro, aos catorze do mês, no crepúsculo da tarde, é a Páscoa do Senhor (Lev. 23:5)”.
O primeiro mês do calendário religioso judaico (mês de Abibe – Êxodos 23:15) coincide mais ou menos com o nosso mês de Março (veja o quadro!).
É de facto bem sabido que a Páscoa é uma festa móvel, que cai em Março ou Abril. Ela é móvel justamente porque a sua data não é marcada segundo o nosso calendário, mas segundo o calendário judaico, que se baseia no ano lunar (o nosso é romano, gregoriano).
As pessoas que estão familiarizadas com os costumes modernos dos israelitas ficarão surpreendidas com esta questão, pois na verdade os judeus dos nossos dias, em todo o mundo, comemoram o Ano Novo na data da Festa dos Tabernáculos (ou Festa das Trombetas), isto é, entre Setembro ou Outubro. Esta discrepância com a determinação bíblica deve-se ao facto de que os israelitas, no decorrer dos séculos, por razões que não vêm ao caso neste estudo, mudaram o início do ano civil para o meio, ou seja, do ano religioso – a data da Festa dos Tabernáculos, e por isto existem dois inícios do ano judaico: o secular começar na Festa de Tabernáculos, no primeiro dia do sétimo mês do ano religioso (Lv. 23:23-25), e o religioso começa catorze dias antes da Páscoa (Celebrando a saída do Egipto). Contudo, para nós as modificações feitas pelos homens nada nos interessam. Interessa-nos a Palavra do Senhor: “Este mês (o mês de Abibe, o da Pascoa)... será o primeiro mês do ano (Ex. 12:1,2)”. Assim, o ano religioso começa a primeira festa bíblica, Páscoa, enquanto que o ano civil começa com a terceira festa Bíblica, a Festa de Tabernáculos.Com todos estes dados em mãos, você agora deve estudar com atenção redobrada, o quadro que iniciamos este estudo, a fim de entender melhor.
RESUMINDO...João Baptista foi gerado logo depois do período em que os sacerdotes do turno de Abias serviam no templo, ou seja, no fim de Junho ou começo de Julho, em nosso calendário. Jesus nosso Senhor, foi gerado pelo Espírito Santo seis meses depois, isto é, no fim de Dezembro ou começo de Janeiro (provavelmente durante os dias da festa de Hanuká – a festa das luzes). Contando-se os nove meses normais de gestação, segundo estes cálculos cronológicos, Maria veio dar à luz ao nosso Senhor no fim de Setembro ou começo de Outubro – nos dias da Festa de Tabernáculos, no ano seguinte, ou sétimo mês do calendário judaico – o mês de Etanim (I Reis. 8:2). O sétimo mês judaico era marcado pela soleníssima Festa dos Tabernáculos, a terceira e última das grandes festas instituídas por Deus por intermédio de Moisés.
A conclusão surpreendente a que chegamos é de que Jesus não nasceu nem poderia ter nascido em Dezembro, nem poderia usar para nascer uma data de festividade pagã, como a Saturnália romana ou o natalis invicti solis , mas usou uma festa judaica, a Festa dos Tabernáculos, como ocasião para vir ao mundo.
É importante notarmos a esta altura que estamos tratando com O Deus sábio e lógico, autor da matemática celeste e das ciências exactas, que determinou a órbita dos astros e dos electrões com exactidão inestimável, e que não faz nada por acaso ou coincidência, nem é tomado de surpresa pelo desenrolar dos acontecimentos, pois é Omnisciente.

19/10/09

O ESPIRITISMO FACE À BÍBLIA

Com seus 170 milhões de habitantes, mais de 70% declarando-se católicos-romanos, o Brasil é considerado demograficamente o maior país católico do mundo. Não obstante, entre os brasileiros, uma religião que cresce extraordinariamente é o espiritismo. Isto se dá tanto em sua forma refinada, chamada de Kardecismo (pautando os seus ensinos e práticas segundo os escritos de Allan Kardec, chamado de (“codificador do Espiritismo”), também conhecido como “alto espiritismo”, como em sua forma popular, ou “baixo espiritismo”, com elementos oriundos do espiritismo de Kardec, do animismo indígena e africano, e do próprio catolicismo-romano. É fato bem sabido ser comum que pessoas de formação católica frequentam as reuniões espíritas, tanto do chamado “alto” quanto do “baixo espiritismo”. Assim, aos domingos assistem à missa, e em outros dias da semana participam regularmente de sessões espíritas. Com isso, alguns chegam a alegar que o Brasil não é mais exactamente “o maior país católico do mundo”, vindo a ser talvez o maior país espírita do planeta!
Ocorre, nesse aspecto, um verdadeiro sincretismo religioso que atrai pessoas adeptas da própria religião principal, o catolicismo, quanto aqueles que se empolgam com as teorias kardecistas. É o caso da Umbanda, Quimbanda ou Candomblé, praticado nas mais diversas regiões do país, com participação tanto de pessoas humildes e sem cultura, quanto de figurões da política e das artes. Nessas religiões, os santos da Igreja Católica recebem nomes diferentes, e são identificados e cultuados como deuses da mitologia desses cultos.
Mas não é só no Brasil que esse fenómeno pode ser testemunhado. Nos Estados Unidos, as seitas e crenças exóticas, inspiradas em filosofias orientais que contêm muitos elementos do espiritismo clássico, vêm tendo crescente aceitação nestas últimas décadas. Os próprios jovens oriundos do movimento hippies adoptaram em massa as religiões da Índia, China e Japão, de onde procedem alguns dos alicerces do espiritismo moderno. Uma famosa ex-artista de Hollywood passou a escrever livros defendendo teses de reencarnação e comunicação com os mortos, popularizando ainda mais tal filosofia.
Num giro pela Europa em uns anos passados, observei publicidade em estações de rádio na Itália e França proclamando as virtudes de certos indivíduos dotados de capacidade supostamente sobrenatural, inclusive com acesso aos que morreram, para ajudar os que precisam de ajuda, obviamente mediante pagamento. . .
Os Princípios Básicos da Fé Espírita
Alegando não se tratar meramente de religião, mas ser três coisas—religião, filosofia e ciência—o espiritismo prega a caridade como básica para o aprimoramento do indivíduo em preparação para uma vida superior no além. Tendo por fundamento a ideia da reencarnação e, subjacente a ela, a da imortalidade da alma, os espíritas ensinam que o corpo não passaria de uma prisão material da verdadeira essência do indivíduo, sua alma, ou espírito. E segundo o admitido princípio da evolução, o homem vai superando gradativamente suas deficiências e purificando-se, através de muitas vidas sucessivas, em diferentes épocas e mesmo formas, até chegar à pureza absoluta. Nessa linha de pensamento, os que vivem agora em sofrimento é porque certamente foram maus na vida e estão sendo refinados para uma existência superior e mais feliz numa outra vida.
O espiritismo também promove a consulta aos que morreram, como não só uma possibilidade real, mas um privilégio a qualquer pessoa que consiga recorrer a seus médiuns, que seriam indivíduos superdotados com a capacidade de evocar os espíritos dos que se foram, atraindo-os mesmo à visão dos que os busquem.
Tendo elementos do cristianismo e de outras religiões antigas, os espíritas chegam a citar a Bíblia como base de tais ideias. Mas o Mestre Jesus é tido por um grande filósofo, como outros grandes fundadores de religiões e promotores de ideias revolucionárias—a exemplo de Buda, Maomé, Confúcio, etc.—e guru de superior intelecto e espiritualidade.
Quando Jesus se entrevista com o líder judaico Nicodemos e lhe diz—“importa-vos nascer de novo” (João 3:7), os espíritas não têm dúvida de que isto representa a reencarnação sendo admitida pelo Cristo. O problema nessa concepção é o costume de partir de ideias preconcebidas como premissa básica e buscar a comprovação para tais ideias em qualquer trecho que tenha a mais leve referência a elas, mesmo indirecta.
João 3:7 7 “Não te admires de eu te haver dito: Necessário vos é nascer de novo.”
Respeitando o Contexto
Alguém já disse que um texto fora do contexto não passa de um pretexto. Se o estudioso do assunto se der ao trabalho de examinar os ensinos de Cristo globalmente, em lugar de apanhar segmentos isolados que aparentemente lhe favoreçam a ideia, não encontrará harmonia de Seus ensinos com o que pregaram os mestres do passado a respeito da morte. Cristo fala em ressurreição, não reencarnação. A própria ideia de “novo nascimento” é tornada clara no verso 5 ao Jesus falar em “nascer da água”. Tendo por base um costume já existente entre os judeus de uma lavagem purificadora para indicar renovação espiritual, fica claro pelo contexto literário e histórico que a referência é ao baptismo, simbolizando a morte para a vida pecaminosa, e um renascer para nova vida segundo o Espírito de Deus. O apóstolo Paulo tornou isto bem claro em Romanos, capítulo 6.
João 3:5 5 “Jesus respondeu: Em verdade, em verdade te digo que se alguém não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus.”
A evidência de que ressurreição não é o mesmo que reencarnação se acha nos relatos dos Evangelhos ao descreverem como Jesus miraculosamente trouxe de volta à vida pessoas que haviam exalado o último suspiro. Há o episódio da filha de Jairo, do filho da viúva de Naim, e, de modo destacado, a volta à vida de seu amigo Lázaro, que já estava sepultado há quatro dias e até “cheirava mal”, todos sobrenaturalmente trazidos de volta à vida por Jesus, com seus mesmos corpos (ver Lucas 8: 41-56; 7: 11-16; João, cap. 11). Portanto, por uma questão de coerência, uma vez que se recorra à Bíblia como documento comprobatório de uma tese, todo o seu contexto deve ser levado em conta para validar ou negar a ideia.
Lucas 8: 41-56 41 “E eis que veio um homem chamado Jairo, que era chefe da sinagoga; e prostrando-se aos pés de Jesus, rogava-lhe que fosse a sua casa; 42 porque tinha uma filha única, de cerca de doze anos, que estava à morte. Enquanto, pois, ele ia, apertavam-no as multidões. 43 E certa mulher, que tinha uma hemorragia havia doze anos [e gastara com os médicos todos os seus haveres] e por ninguém pudera ser curada, 44 chegando-se por detrás, tocou-lhe a orla do manto, e imediatamente cessou a sua hemorragia. 45 Perguntou Jesus: Quem é que me tocou? Como todos negassem, disse-lhe Pedro: Mestre, as multidões te apertam e te oprimem. 46 Mas disse Jesus: Alguém me tocou; pois percebi que de mim saiu poder. 47 Então, vendo a mulher que não passara despercebida, aproximou-se tremendo e, prostrando-se diante dele, declarou-lhe perante todo o povo a causa por que lhe havia tocado, e como fora imediatamente curada. 48 Disse-lhe ele: Filha, a tua fé te salvou; vai-te em paz. 49 Enquanto ainda falava, veio alguém da casa do chefe da sinagoga dizendo: A tua filha já está morta; não incomodes mais o Mestre. 50 Jesus, porém, ouvindo-o, respondeu-lhe: Não temas: crê somente, e será salva. 51 Tendo chegado à casa, a ninguém deixou entrar com ele, senão a Pedro, João, Tiago, e o pai e a mãe da menina. 52 E todos choravam e pranteavam; ele, porém, disse: Não choreis; ela não está morta, mas dorme. 53 E riam-se dele, sabendo que ela estava morta. 54 Então ele, tomando-lhe a mão, exclamou: Menina, levanta-te. 55 E o seu espírito voltou, e ela se levantou imediatamente; e Jesus mandou que lhe desse de comer. 56 E seus pais ficaram maravilhados; e ele mandou-lhes que a ninguém contassem o que havia sucedido.”
Lucas 7: 11-16 11 “Pouco depois seguiu ele viagem para uma cidade chamada Naim; e iam com ele seus discípulos e uma grande multidão. 12 Quando chegou perto da porta da cidade, eis que levavam para fora um defunto, filho único de sua mãe, que era viúva; e com ela ia uma grande multidão da cidade. 13 Logo que o Senhor a viu, encheu-se de compaixão por ela, e disse-lhe: Não chores. 14 Então, chegando-se, tocou no esquife e, quando pararam os que o levavam, disse: Moço, a ti te digo: Levanta-te. 15 O que estivera morto sentou-se e começou a falar. Então Jesus o entregou à sua mãe. 16 O medo se apoderou de todos, e glorificavam a Deus, dizendo: Um grande profeta se levantou entre nós; e: Deus visitou o seu povo.”
Jesus citava repetidamente o Antigo Testamento, que era a Escritura vigente em Seu tempo. Reconhecia sua autoridade como livro histórico e como um manual de instrução da vida prática, e fonte de doutrina religiosa. No Antigo Testamento fala-se sobre a ressurreição, não reencarnação, havendo uma detalhada descrição da ressurreição em Ezequiel 37. É por demais claro que a ideia da imortalidade da alma não encontra apoio ali (ver Ecles. 9:5, 10; Sal. 146:3,4). Igualmente, a prática comum do espiritismo de consultar os mortos, muito difundida entre os povos antigos que circundavam Israel, é claramente condenada nas Escrituras (ver Êxodo 22:18 e Deuteronómio 18:11-14).
Ecles. 9:5, 10; 5 “Pois os vivos sabem que morrerão, mas os mortos não sabem coisa nenhuma, nem tampouco têm eles daí em diante recompensa; porque a sua memória ficou entregue ao esquecimento. 10 Tudo quanto te vier à mão para fazer, faze-o conforme as tuas forças; porque no Seol, para onde tu vais, não há obra, nem projecto, nem conhecimento, nem sabedoria alguma.”
Sal. 146:3,4 3 “Não confieis em príncipes, nem em filho de homem, em quem não há auxílio. 4 Sai-lhe o espírito, e ele volta para a terra; naquele mesmo dia perecem os seus pensamentos.”
Êxodo 22:18 18 “Não permitirás que viva uma feiticeira.”
Deuteronómio 18:11-14 11 “nem encantador, nem quem consulte um espírito adivinhador, nem mágico, nem quem consulte os mortos; 12 pois todo aquele que faz estas coisas é abominável ao Senhor, e é por causa destas abominações que o Senhor teu Deus os lança fora de diante de ti. 13 Perfeito serás para com o Senhor teu Deus. 14 Porque estas nações, que hás de possuir, ouvem os prognosticadores e os adivinhadores; porém, quanto a ti, o Senhor teu Deus não te permitiu tal coisa.”
O profeta Isaías, muitos séculos depois que as leis de Moisés foram proclamadas, exorta o povo de Israel a não contaminar-se com ritos religiosos dos povos pagãos que os rodeavam:(Isaías 8:19, 20).
(Isaías 8:19, 20). 19 “Se disserem: Consultai os encantadores e os adivinhos, que sussurram falando, responde: Não consultará o povo ao seu Deus? Consultará os mortos pelos vivos? 20 À lei e ao testemunho! Se eles não falarem conforme a esta palavras, é porque não têm iluminação”.

Evolução ou Salvação?
Uma das premissas fundamentais do espiritismo—no que se revelaria o seu aspecto de ciência—é a teoria da evolução das espécies. Sabe-se hoje que as posições evolucionistas, popularizadas a partir de Darwin no século XIX—têm sido cada vez mais disputadas. Não se tem podido demonstrar a existência de “elos perdidos” que comprovariam que o homem procede de formas inferiores, e os descobrimentos da Astronomia têm lançado dúvidas sobre as teorias da origem do universo.
Crer que o homem está sempre evoluindo por meio da reencarnação produz uma dúvida difícil de responder: Como se explica o aumento do crime, da corrupção, do divórcio, das intrigas políticas, do consumo de drogas, do suicídio e do desamor em geral, quando tudo isso contradiz a ideia de que a humanidade está evoluindo moral e espiritualmente há séculos e milénios?
Finalmente, a ideia de praticar obras para ganhar a aceitação de Deus e merecer uma vida superior choca-se claramente com o fundamento da mensagem bíblica e cristã. Contrariamente a essa doutrina própria de religiões não-cristãs, as Escrituras ensinam que a salvação do pecador deriva, não de seus próprios actos meritórios, mas da morte de Jesus, que foi perfeito e obedeceu plenamente a toda a lei divina, tomando o lugar dos seres humanos falíveis. (Efésios 2:8-10). Todas as nossas obras estão maculadas pelo pecado, e somente graças à intercessão dAquele que foi feito pecado por nós (Romanos 5:6-12) é que lograremos o perdão e aceitação do Pai, não para continuar tendo existências experimentais e refinadoras sobre esta Terra de sofrimento e dor, mas para viver eternamente na companhia de Deus e de Seus anjos. (João 14:1-3, Apoc. 22:3-5).
Efésios 2:8-10 8 “Porque pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus; 9 não vem das obras, para que ninguém se glorie. 10 Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus antes preparou para que andássemos nelas.”
Romanos 5:6-12 6 “Pois, quando ainda éramos fracos, Cristo morreu a seu tempo pelos ímpios. 7 Porque dificilmente haverá quem morra por um justo; pois poderá ser que pelo homem bondoso alguém ouse morrer. 8 Mas Deus dá prova do seu amor para conosco, em que, quando éramos ainda pecadores, Cristo morreu por nós. 9 Logo muito mais, sendo agora justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira. 10 Porque se nós, quando éramos inimigos, fomos reconciliados com Deus pela morte de seu Filho, muito mais, estando já reconciliados, seremos salvos pela sua vida. 11 E não somente isso, mas também nos gloriamos em Deus por nosso Senhor Jesus Cristo, pelo qual agora temos recebido a reconciliação. 12 Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porquanto todos pecaram.”
João 14:1-3 1 “Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim. 2 Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito; vou preparar-vos lugar. 3 E, se eu for e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos tomarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também.”
Apoc. 22:3-5 3 “Ali não haverá jamais maldição. Nela estará o trono de Deus e do Cordeiro, e os seus servos o servirão, 4 e verão a sua face; e nas suas frontes estará o seu nome. 5 E ali não haverá mais noite, e não necessitarão de luz de lâmpada nem de luz do sol, porque o Senhor Deus os alumiará; e reinarão pelos séculos dos séculos.”
É indiscutível que a Bíblia nos oferece a alternativa verdadeira e, por conseguinte, a melhor. Estudemo-la, pois, e sigamos os seus ensinos.