“ Quem é semelhante a besta e quem poderá pelejar contra ela?” Apocalipse 13
Em toda historia sempre o poder se impôs sobre o homem de forma devastadora, e para tanto, não raras vezes, usou beleza, ostentação, símbolos religiosos, propaganda, e outros artifícios para estabelecer ainda mais a “dignidade” e supremacia do seu poder.
Foi o caso dos faraós egípcios, ou dos reis “divinos” da antiguidade para os quais eram edificadas estatuas, construções suntuosas e símbolos comemorativos com significado religioso. Eram “divinos” Césares enriquecendo com “justos” impostos, eram papas que coroavam e descoroavam reis em quase toda idade media, vendendo “justas” indulgências (perdão e salvação) andando em carruagens, morando em palácios, catedrais, eram ricos, poderosos e “abençoados” que ate hoje, são considerados pela maioria e por si mesmos, como “prósperos” no Senhor, desfilando sua benção diante dos demais excluídos de sua pompa, entusiasmo, castas, karmas, poder e alegria de viver regaladamente. Quando poderosos cristãos são questionados sobre a falta de semelhança com Cristo em simplicidade, o qual em sua vinda humilde quebrou tal paradigma, não poucos ainda conseguem responder que Jesus já sofreu por eles toda humilhação e sofrimento.
A tendência humana de se precaver do poder é visível em toda historia, é comum ver pessoas com seu poder “subindo para a cabeça”, gastam volumosas somas com ostentação ao lado de muitas misérias e miseráveis na terra. Mesmo que seja qualquer poderzinho, fama, dinheiro, beleza, agilidade, inteligência (não sabedoria), etc. são o bastante para fabricar uma cabeça orgulhosa, que se impõe diante dos demais exigindo submissão em todo quanto for aspectos que se possam avistar: Decisões diversas, financeiras, valores, Idéias e ate religiosidade é determinado por quem tem mais poder.
Mas quem disse que prosperidade não tenha uma parcela de verdade bíblica também se coloca no outro extremo, pois benção e prosperidade marcaram promessas e a vida de muitos servos de Deus, não obstante, todos tiveram que passar pelo deserto de Moises, de Jó, de Davi, de Abraão, homens ricos e prósperos que passaram por grandes provações. Mas essa regra que liga sucesso material a “abençoados” na Bíblia, é muito frágil, pois não poucos sucumbiram em seu corpo material como foram o caso de muitos profetas e a maioria dos co-participantes do sofrimento do Filho de Deus em seu martírio, o qual por si mesmo, já desmonta essa relação materialista de pensamento.
Diante disso, quero alertar para o texto da imponente besta apocalíptica para a qual a terra em simpatia aclama: “Quem poderá pelejar contra ela? E toda a terra se maravilhou seguindo a besta”.
Ali se fala de um poder politico-religioso conquistando a simpatia de toda a terra e se impondo não pela benção de Deus, mas pela sua grandeza e forca, domínio terreal, ajudada pelo inimigo de Deus.